AS MULHERES E O NOVO MILÉNIO
O fim de cada década (para não falar do milénio) no mundo moderno trouxe-nos sempre
novas variantes nas inovações, não só na moda, mas também na imagem audiovisual, no uso
abusivo da imagem da mulher na publicidade, nos espectáculos em clubes noturnos, óperas,
discotecas e teatros e também na prática da pornografia, etc.
Estamos agora entrando para a era dos “gays” e com o decorrer do milénio veremos
como é que será a situação da mulher relativamente ao passado, pois não há dúvidas que o
passado quase sempre influencia o presente.
No passado também houve relações pré-matrimoniais e extra-conjugais assim como hoje
é muito comum. Mas o que diferencia a situação do passado da actual, é o facto de hoje se estar
ensinando sexo nas escolas, sendo por isso que muitas meninas têm a sua primeira experiência
sexual aos doze anos e até mais cedo.
O homosexualismo é praticado abertamento tendo em muitos países sido legalizado. A
prostituição e o adultério são prática comum, não havendo intenção por parte das autoridades,
de penalisar essas práticas. Uma prostituta aborda descaradamente o cliente, comete-se
impoduradamente o adultério, pois a única condição é o consentimento mútuo entre as partes.
Só o rapto e o estupro é que são considerados ofensa.
Hoje a vigilância contra a imoralidade pública tornou-se fraca e quase inexistente, pois é
considerada desnecessária, e como resultado a perversidade, a libertinagem sexual, o nudismo,
a promiscuidade e a devassidão invadem tudo o que é sítio. Os teatros tornaram-se cenário por
excelência, de perversidade e nudismo. Muitas residências são ornamentadas com pinturas e
fotos com uma forte componente pornográfica. A prostituição tornou-se tão popular, que áreas
de elite e de moda em muitas cidades tornaram-se centros para os turistas se entreterem em
clubes onde o sexo é performado ao vivo.
O mundo moderno tornou-se tão replecto de temas imorais, que a maior parte dos
trabalhos literários não encontra aceitação se não contiver uma componente sexual.
Paralelamente, regista-se uma acentuada desintegração de muitas famílias.
A diferença nos objectivos entre a forma islâmica de vida e a não islâmica, leva-nos à
diferença fundamental entre os métodos de organização social adoptada pelo Isslam e outras
civilizações.
O objectivo do Isslam é o estabelecimento de uma ordem social em que são eliminados
todos os factos que possam pôr em risco a disciplina social. Por outro lado, os objectivos da
civilização ocidental exigem que os dois sexos sejam colocados no mesmo campo de actividade
na vida, e que todos os obstáculos que possam obstruir a junção livre que proporcione
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oportunidades ilimitadas para que cada um usufrua da beleza e charme do outro, sejam
removidos.
Esta situação põe em perigo a instituição do casamento e a própria vida familiar, pois há
escritores e outros intelectuais que advogam a abolição de uma instituição tão antiga como o
casamento.
Não há dúvidas que o Isslam reconhece a igualdade entre os sexos, embora essa
igualdade não signifique que um género é idêntico ao outro. Deus dotou ao homem e a mulher
de características físicas diferentes porque Ele quis que cada um desempenhasse um papel
distinto do outro. O homem é físicamente mais forte e por isso Deus incumbiu-o da
responsabilidade de manutenção, protecção e liderança. Cabe-lhe a tarefa de prover a sua
família do sustento e outras necessidades materiais.
O Isslam atribui um grande valor e consideração ao papel da mãe, a ponto de o Profeta
Muhammad S.A.W. dizer que “O paraíso está debaixo dos pés da mãe”. E o Alcorão recomendanos
que tratemos bem as nossas mães, pois para que nós nascéssemos, elas não só suportaram
o desconforto da gravidez durante nove meses, como se sujeitaram às dores de parto, e ainda
amamentaram-nos e cuidaram de nós durante os primeiros anos de vida. De tal modo o Isslam
atribui importância à mulher, que o Alcorão prescreve severa punição para os que falsamente
acusam de imoralidade sexual as mulheres castas e puras.
Infelizmente as jovens muçulmanas são preconceituadas, pois assumem muitas das
ideias e teorias falsas sem se debruçarem sequer na análise mesmo que superficial da validade
dessas teorias.
Hoje precisamos de senhoras inteligentes, capazes, enérgicas e sinceras na fé, para
organizarem um movimento islâmico activo e efectivo para as mulheres, e alistarem os seus
filhos no mesmo, pois o esforço individual da mãe na educação dos seus filhos, embora seja
louvável, revela-se actualmente inadequado para enfrentar os males que estão junto à porta
das casas dos mais piedosos.
Como é que queremos que os nossos filhos cresçam no amor às virtudes quando tudo o
que eles aprendem fora de casa é contra os princípios sagrados?
Se a mulher muçulmana se refugiar em desculpas para não tomar uma atitude enérgica
contra esta situação por alegadamente estar ocupada com afazeres domésticos, familiares ou
profissionais deixando que a situação se degrade cada vez mais, então só podemos esperar que
os nossos filhos adolescentes se interessem apenas pela moda, cinema, música e discotecas.
Os nossos filhos enveredarão por esses caminhos, não porque estejam possuidos de mau
instinto, mas porque o ambiente que os cerca não tem nada de melhor para lhes dar senão
práticas que só os levam à devassidão.
Para combater este mal, as mulheres muçulmanas devem unir-se e colaborar no
estabelecimento da sua própria escola primária a fim de guiá-los na sua boa educação.
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