pois eles representam os verdadeiros interesses, de
acordo com suas interpretações. Porem são os mesmos
que logo seguem essas regras de maneira superficial,
sem um pingo de espiritualidade.
Nossa Shari’at é lógica, pois aponta assegurar os
interesses e evitar prejuízos. Assim, uma pessoa que
despreza o conhecimento dos princípios e os objetivos
básicos da Shari'at carece da aplicação correta da
mesma. A Shari’at Islâmica é baseada em metas, regras
lógicas e conformidade com os interesses comuns. A
jurisprudência é baseada no conhecimento de diferentes
escolas de pensamento jurídico e faz com que os ditames
textuais, ou as opiniões dos estudiosos correspondam
entre si.
Quem não possua o conhecimento destas questões
básicas nunca devem praticar ijtihad. Portanto, devemos
adotar uma atitude moderada, uma abordagem que não
negue a consideração dos interesses comuns a todos,
porem tampouco, não exagerar na hora de tomar-los em
consideração.
Portanto, acreditamos que os grandes eruditos como
Imam Abu Hanifah, Imam Malik, Imam Ash Shaf’ii, Imam
Ahmad, o xeique Ibn Taymiyat e seu aluno Imam Ibn Al
Qayyim em muitos casos, afirmam que deve ser
considerado aqueles interesses que correspondem com
os ditames textuais. No entanto, os estudiosos atuais
podem diferir com os grandes sábios em alguns casos,
considerando que os interesses comuns são diferentes
na atualidade.
O cumprimento adequado destes objetivos e interesses é
um pré-requisito básico para o estabelecimento da
moderação em todos os assuntos.
A moderação ao fazer julgamentos
As coisas mudam, os temas variam, e o presente é
testemunha de coisas novas. Sem dúvida alguma, o
tempo passa e a civilização muda e é fértil, portanto
muitas vezes a opinião de um jurista não é suficiente
para todos os casos.
Portanto, deve haver uma abordagem moderada e
claramente definida no momento de julgar os assuntos,
condições, pessoas, idéias, intenções, metas, sociedades,
estados, sábios e divulgadores. Esta abordagem
moderada deve ser transmitida através de acordos para
familiarizar assim, aqueles que buscam estabelecer uma
reforma e encontrar o caminho através dele. Os sábios
muçulmanos estabeleceram o seguinte princípio: “A
capacidade de julgar uma determinada questão depende
do saber de todos os seus detalhes”. Allah, Exaltado seja,
diz no Alcorão:
“Não sigas e falais nada (oh humanos) que não tenhais
conhecimento, porque sereis interrogados no que haveis
utilizado o teu ouvido, a tua vista e o teu coração”
(Alcorão 07/2;),
Quem pretenda julgar assuntos, intenções, pessoas,
ideologias ou crenças sem ter conhecimento jurídico
suficiente estará agindo de modo ignorante e
irresponsável.
É necessário refletir sobre este versículo e nos apegar
aos mandamentos de Allah, Exaltado seja. Ele proibiu as
pessoas julgarem as questões sem ter um pleno
conhecimento jurídico, considerando o fato de fazer-lo
aproxima a pessoa da idolatria. É dito no Alcorão:
“Dize/ Meu Senhor vedou as obscenidades, tanto pública
como privada, os pecados, a opressão, a idolatria, e dizer
sobre Ele o que ignorais”, (Alcorão 7/ 22).
O Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre
ele) também proibiu emitir julgamentos sem
conhecimento de causa, dizendo: “Apressar-se em emitir
fatuas [sem ter o conhecimento jurídico] é como correr
para entrar no inferno"%”.
Muitas vezes as pessoas são rápidas ao julgar. No
entanto, os estudiosos e os intelectuais que seguem o
método tradicional correto de avaliar as questões, sendo
que eles não devem ser apressados na hora de emitir tais
fatuas.
Os intelectuais, sejam graduados ou não, devem se
abster de métodos não tradicionais para julgar as
questões. Em quanto às pessoas comuns, obviamente,
não devem julgar além do método científico islâmico,
porque caso contrário, encontraremos resultados
aterradores. Podem ser emitidas opiniões erradas sobre
as questões, ideologias, pessoas, sociedades e países,
"% Relatado por: Ad Darami em seu livro de compilação da Sunnat, capítulo
sobre SEmitir Jatuas e sua complexidadeS %P,/.
inclusive as intenções e os sábios muçulmanos, com as
conseqüências que já vimos e outras piores que nem
sequer imaginamos.
Devemos nos esforçar para estabelecer um método
intelectual que nos ajude a tomar decisões. Existiriam
conclusões firmes se não houvesse um método
intelectual firme? É muito importante estabelecer
ideologias e meios corretos para julgar as coisas.
As pessoas não deveriam se apresar em emitir um
julgamento, porque não conhecem os detalhes do tema
em questão; os temas mais sérios devem ser deixados
nas mãos dos sábios competentes que analisarão
coletivamente e minuciosamente. Como pode então, que
os alunos do conhecimento, os intelectuais, os instruídos
ou as pessoas comuns possam assumir a
responsabilidade de julgar situações, países ou
ideologias, sem ter a correspondente consideração,
sagacidade e aplicação da Shari’at?
Algumas pessoas acostumaram julgar questões sobre
princípios específicos, acreditando que com uma só
regra textual serve para dar conclusões gerais. Se tivesse
sido assim tão fácil, os juristas não haveriam sido poucos
tanto no passado como no presente.
Como julgam os juristas muçulmanos
Os juristas muçulmanos têm a responsabilidade de
verificar a autenticidade e o alcance dos textos e
considerar os aspectos racionais e os objetivos
minuciosamente. Ao fazer isso, examinam as intenções e
consideraram o bem-estar público. A conclusão das
decisões judiciais legais não deve estar baseada em um
único texto (deve ser consultado todos os textos
relevantes sobre o assunto), nem tampouco pode ser
atribuída essa responsabilidade para aqueles que
exageram e emitem sentenças finais baseando-se em
meras idéias, conjecturas, nem naqueles que possuem
desinteresse nos assuntos como se nada lhes atingisse.
Precisamos urgentemente o método moderado, e não o
método extravagante daqueles que emitem os piores
juízos sobre diversos assuntos e pessoas. Esses
indivíduos baseiam suas decisões em suposições, e
seguramente verão como desviadas as atitudes dessas
autoridades. Como resultado, quem emitir qualquer
julgamento sem ser moderado, estará se desviando da
moderação que estabelece a Shari’at e do caminho
correto e equilibrado entre os extremos.
O muçulmano deve considerar o seu próximo como uma
pessoa correta e boas intenções; e se observa qualquer
ação ou palavra imprópria, não deve se apressar em
julgar-lo ou criticá-lo. Qualquer declaração que um
muçulmano faça ao público em geral deve incentivar o
bem e proibir o mal, não deve espalhar discórdia,
conflitos e corrupção moral. Assim, tais palavras devem
ser consideradas boas sempre e quando não for
comprovado o contrário. Não devemos julgar as
intenções ou os objetivos das pessoas considerando
apenas as palavras e o comportamento que são visíveis a
olho nu. Allah, Exaltado seja, é o único que sabe as
intenções e os objetivos das pessoas, por isso devemos
ter muito cuidado ao desconfiar das pessoas sem ter
provas. Allah, Exaltado, disse:
“Oh vós que credes! Evite [suspeitar a atitude dos outros],
em verdade, algumas suspeitas são um pecado”. (Alcorão
1G/ 0.3.
É registrado que o Profeta (que a paz e as bênçãos de
Allah estejam sobre ele) disse a uma pessoa que estava
prestes a dar o testemunho: “Acaso vês o sol? Sim,
respondeu a pessoa. “Quando fores testemunha de algo
tão claro como o sol, dê o seu testemunho, caso contrário
não”"".
Hoje, a necessidade de um pensamento moderado está
se tornando mais evidente. Os jovens, as pessoas comuns
e ainda os dignitários que vivem num estado de confusão
e se encontram dispersos entre um modo de pensar
excessivamente rigoroso ou uma concepção puramente
emocional. A percepção e o equilíbrio na maneira de
pensar são elementos indispensáveis; as emoções e o
zelo religioso não devem ser privados de um raciocínio
equilibrado. Quem deixar suas emoções ser a força
motivadora sem buscar o conselho dos sábios, e ignore
as instruções daqueles que possuem autoridade sem
fundamentar a sua atitude em princípios jurídicos
firmes, estará seguindo o método dos Khauaajiris ou dos
Mutazilas e daqueles que seguem cegamente seus
desejos.
Aqueles que se deixam levar por suas paixões estão
mergulhados nela simplesmente porque segue
meramente as suas emoções, não as tendo controle por
critério algum nem pelos textos revelados. Os
Khauaarijis disputaram com os Companheiros do
Profeta, a ponto de assassinar o Califa ‘Ali ibn Abu Talib.
Mas quem matou 'Ali Ibn Abu Talib? Foi um dos inimigos
do Islam? Não! Foi um muçulmano que cumpria com as
"" Ad Darimi em seu livro Kashf Al Khafa %/7%. Ver Nasb Ar aia &P7"
suas orações voluntarias e jejuava durante o dia; seu
nome era 'Abdur Rahman Ibn Malyan, o Kharajita. Ele
havia sido enviado anteriormente por 'Umar Ibn Al
Khattab ao Egito para cumprir o desejo de ‘Amr Ibn Al
’As, que pediu ‘Umar lhe enviasse alguém para ensinar as
pessoas recitarem o Alcorão. ‘Umar enviou uma
mensagem para Ibn Al ’As, dizendo: “Vos envio a ‘Abdur
Rahman Ibn Malyan, um homem correto. É meu desejo que
o recebas na sua chegada e conceda-lhe um lugar em que
possa ensinar as pessoas a recitar o Alcorão.”
‘Abdur Rahman Ibn Malyan vivia no Egito até a ascensão
do Khauajiris, que apareceram pela primeira vez no
Iêmen, e logo se mudaram para o Egito, onde começaram
aumentar em número. Foi influenciado por eles, porque
era um homem correto, sensível e introvertido com
pouco conhecimento religioso fora a memorização do
Alcorão. Quando ele recebeu a ordem para matar ao
exemplar Califa ‘Ali ibn Abu Talib, não hesitou em fazê-lo.
Quando foi capturado por isso, não estava arrependido
da sua ação, e até chegou a dizer: “Não me mate de uma
só vez, cortem-me as extremidades diante dos meus olhos
para ver como as cortam na causa de Allah”.
A paixão exagerada em temas religiosos faz com que as
pessoas acreditem que certos atos são certos, quando na
verdade eles são hediondos e condenados pela própria
religião. Todas as formas de emoções intensas, fanatismo
religioso, suposta jihad e o extremismo são rejeitados
pela moderação. Embora seja praticado em nome da
religião, em muitos casos simplesmente fazem com que
as pessoas se afastem da religião. Tais pessoas foram
combatidas por 'Ali Ibn Abu Talib, Ibn Abbas, Mu’auiyah e
também pelos Califados Omíadas e Abássidas. Em todos
os séculos, as pessoas que se apegam a moderação lutam
contra os extremistas, já que o Profeta (que a paz e as
bênçãos de Allah estejam sobre ele) nos advertiu contra
eles.
A moderação no pensamento
A moderação é necessária para julgar situações e
também no método de pensamento e consideração das
causas e conseqüências. Muitas pessoas lidam com
questões baseadas em fatos, considerando apenas aquilo
que vêem sem meditar nas conseqüências. No entanto,
os sábios seguem os princípios da Shari’at, entendem os
objetivos dos seus textos e, portanto, consideram tanto
as causas como os possíveis resultados. Aqueles que
refletem adequadamente as causas pensando nas razões
e nos motivos estarão mais aptos para julgar de maneira
correta os fins. Por outro lado, aqueles que ignoram as
causas não observando as razões e as motivações
concentram-se somente nos objetivos. Claro que isso é
uma maneira errada de pensar, porque um pensamento
firme requer a análise tanto no inicio como no fim.
Aqueles que não consideram as conseqüências estão em
risco de sair da senda reta. As pessoas que priorizam
suas emoções e aqueles que têm uma mente muito
limitada são atraídas pelas aparências sem considerar as
conseqüências.
A moderação também é necessária para distinguir a
realidade da especulação. Muitas pessoas se preocupam
com as teorias e ações que pode ser corretas, porém elas
não são viáveis. Então..., é lógico que os estudiosos da
Shari’at e aqueles que buscam o bem comum para as
pessoas caiam presas em meras especulações
impossíveis de serem colocadas em prática?
Aqueles que buscam uma verdadeira reforma devem
basear seu trabalho no que é praticável e não construí-lo
sobre teorias que possam tornar a realidade odiosa. O
Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre
ele) começou a espalhar sua mensagem em um povo
pagão. Por acaso conseguiu eliminar imediatamente
todos os procedimentos e métodos do paganismo? A
resposta é não.
Senão que utilizou a base dos costumes pagãos para
espalhar a mensagem do Islam. Se este é o grau de
interação com um sistema pagão, como deve ser então,
se estamos em um país islâmico, ou entre muçulmanos,
ou entre diferentes sábios e estudiosos em assuntos nos
quais existem em si mesmos diferentes interpretações?
Aqueles que se apegam à Shari’at, aqueles quem
convidam as pessoas para o Islam, os oradores, os
imames nas mesquitas, e os estudiosos muçulmanos,
devem se limitar à realidade ao apresentarem temas e
palestras. Não é aceitável apresentar questões de uma
maneira imaginária que seja impossível de praticar. As
pessoas simplesmente não aceitarão colocar em pratica
aquilo que desaprovam. As condições e diferenças
sociais das pessoas que estamos nos dirigimos também
devem ser levadas em conta, pois elas não aceitam a
especulação ou teorias impraticáveis.
O mesmo se aplica para aqueles que trabalham no
campo da divulgação do Islam (D’awah"#). Eles devem
colocar em pratica o que divulgado. Não devem desviarse
da realidade como aqueles que clamam a guerra
"# A palavra D’aua também escrito como D’awah ou D’awat () no
significado tanto religioso ou lingüístico do árabe, não significa
simplesmente divulgar, mas sim, “convidar” ou “chamar”; no sentido da
pessoa ser convidada ou chamada para o Islam, conseqüentemente ela
obtem a salvação nessa vida e na outra.
(jihad) embora não haja razão alguma para isso. Outro
exemplo é o daqueles que convocam os muçulmanos a
luta armada por exemplo, embora isso seja algo que
compete apenas às autoridades. Estes chamados apenas
provocam fanatismos nas pessoas que tentam canalizar
seu extremismo através de meios ilegais, como os
recentes ataques terroristas na cidade de Riyad.
Portanto, é preciso ser responsável com aquilo que diz e
ser realista, ou seja, uma pessoa não deve falar sobre as
coisas uma forma tal que esteja distanciada das pessoas
em uma interpretação completamente diferente daquela
desejada. Ao contrário, deve-se ter em mente que o
quadro geral não é o mesmo do que de seus ouvintes.
Alguns professores universitários ou imames de
mesquitas fazem afirmações que são verdadeiras em si
mesmas, mas têm uma estrutura de aplicação restrita na
qual eles conhecem perfeitamente, mas é muito provável
que seus ouvintes a ignorem, em relação a essa
possibilidade de interpretação é que Allah diz no
Alcorão:
“Oh vós que credes! Não diga: Râ’ina [árabe: cuida-nos, e
em hebraico era um insulto que os judeus que a usavam
para fazer piada do Profeta], mas: Observa-nos e
obedecei”. (Alcorão .: 0E13.
Isto significa que Allah, Exaltado seja, proibiu aos crentes
o uso de um termo que poderia levar a interpretações
equivocadas e de duplo sentido.
A conexão entre o mal-entendido e a
violência
Aqueles que fazem discursos nas mesquitas, escolas ou
universidades podem chegar a pronunciar frases
incorretas, ambíguas ou possíveis a erros de
interpretação, e ao não fazer os esclarecimentos
necessários tornam-se os responsáveis do abandono da
moderação de seus ouvintes.
Devemos considerar o hadith do Mensageiro de Allah
que diz: “Allah é bondoso e ama a bondade em todos os
assuntos; e recompensa as pessoas pela sua bondade,
sendo que despreza a violência”"&. Isto se refere ao fato de
que os muçulmanos devem ser tolerantes quando se
trata de conversações, pensamentos, orientações e
aconselhamentos. Allah, Exaltado seja, é bondoso e ama
a bondade em todos os assuntos. Devemos, então, dizer
algo que não se ajusta com aquilo que agrada a Allah,
Exaltado seja? A pessoa intolerante em seu
comportamento, pensamento, busca de objetivos,
percepção das coisas, forma de atuar e julgar as coisas e
as pessoas, perde a recompensa e o amor de Allah,
Exaltado seja.
A Moderação é também necessária para divulgação do
Islam. A divulgação do Islam requer ordem e
coordenação na justiça e na devoção. Deve ser
implementada através da cooperação das pessoas
corretamente guiadas. Devemos ser tolerantes evitando
a formação de organizações desviadas ou secretas, ou
apoiando objetivos contraditórios e irreais.
O convite ao Islam (D’auah) deve ser baseado na justiça e
"& Relatado por: Muslim ",1#.
na piedade segundo o método dos muçulmanos Sunnis.
Nos países muçulmanos, as autoridades devem ser
seguidas e obedecidas. A obediência a certos grupos ou
ideologias não é licito se contradiz a obediência às
autoridades.
Quando o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah
estejam sobre ele) enviou Mu’adh e Abu Musa ao Iêmen,
um deles foi nomeado líder (Emir). O Profeta (que a paz
e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) ordenou-lhes:
“Facilitem (os assuntos religiosos para as pessoas) e não
os torne difíceis. E mais, levem a eles boas novas e não os
afastem do Islam, e obedeçam uns aos outros”",. Não há
lugar para a obediência cega e obrigatória em uma
aliança ou organização. A obediência é devida somente a
Allah, Exaltado seja, Seu Mensageiro e a pessoa com
autoridade sempre e quando não ordene algo que vá
contra os princípios estabelecido pela Shari’at.
Devemos cooperar com justiça e a piedade e cumprir as
políticas da autoridade, e também cumprir com tudo
aquilo que não cause corrupção.
Sem duvida, existem outros limites que ocupam a mente
das pessoas como existem em alguns países - também
existentes aqui - que nos são transmitidos pelas
organizações secretas ou partidos desviados, e que não
são consistentes com a forma moderada e a metodologia
Sunni. Apesar dos distúrbios que predominavam em seus
tempos, nenhum dos imames muçulmanos formou um
partido que contradizia a autoridade responsável, nem
tampouco formaram alguma outra organização. Pelo
contrário, aceitavam o caminho moderado que considera
possíveis os objetivos e ao chamado islâmico à
", Relatado por: Al EuFhari &#&%.
cooperação na justiça e na devoção.
Necessitamos moderação para encontrar as soluções
para os problemas do povo muçulmano, pois alguns
porta-vozes religiosos, sábios islâmicos e muçulmanos
entusiastas podem acreditar que os problemas do nosso
povo serão resolvidos mediante o zelo religioso. Se esta
tivesse sido a solução, teria ajudado o Profeta Noé, foi
um exemplo de homem com entusiasmo em relação ao
monoteísmo. No entanto, o entusiasmo religioso do
Profeta Noé não foi suficiente para derrotar o politeísmo
e destruir a idolatria que prevaleciam em seu tempo.
De acordo com o Alcorão, o Profeta Noé continuou seu
chamado para o monoteísmo durante 1,G anos. Allah,
Exaltado seja, disse:
“Em verdade, enviamos a Noé a seu povo e permaneceu
enre ees G:E anos, E no meio da ini#Pidade %es
surpreendeu o diúvio”, -coro .G/ 013,
Este exemplo de paciência e persistência que se
prolonou por 1,G anos sendo incentivado pelo
entusiasmo reliioso é sim um dino caminho de
percorrer. Os problemas que nosso povo enfrenta hoje,
como a inorância reliiosa que vemos na maioria dos
países muçulmanos, a falta de uma fé pura, e a busca de
interesses mundanos à custa dos reliiosos não podem
ser resolvidos através do falso zelo reliioso. Podem ser
resolvidos todos estes problemas através de uma
mudança forçada, sendo que essa mudança esteja contra
os princípios estabelecidos na S%ari’a para mudar o
incorreto?
Quando convidamos outras pessoas para o Islam,
devemos adotar um caminho moderado entre os dois
extremos: aqueles que são indiferentes e nunca se
preocupam em encontrar as soluções para os problemas,
e aqueles que estão no caminho do fanatismo e do
extremismo e possuem atitudes desviadas.
Devemos trabalhar em uma estreita cooperação baseada
em um método leal autorizado e definir os problemas
de nosso povo, na tentativa de encontrar soluções. Não
devemos poupar esforços na hora de buscar a bondade, a
reoranização e dar conselhos tendo em conta a situação
atual, orientados pelo método leal e cumprindo o que é
válido em cada situação particular. Aqueles que tendem
a buscar soluções para os problemas do nosso povo
através de ilusões ou pseudo-teorias, continuarão se
enanando em tais fantasias e os problemas continuarão
sem uma solução real.
Além disso, devemos ser moderados no que diz respeito
à forma de como lidamos com as tribulações que nos
acontece como povo, adotando um caminho moderado
entre o exaero dos problemas e o desinteresse dos
mesmos. Os países muçulmanos em eral estão sujeitos a
abusos e nosso país também está em perio. Como
devemos responder a isso?
Principalmente, em relação ao nosso abençoado país,
uma fortaleza do Islam, a fonte de eterna Mensaem, a
fonte de apeo e reforma, vertente de bondade, todos
nós devemos trabalhar de mãos dadas. Nosso overno
trabalha em cooperação com os ministérios, associações,
universidades, instituições de caridade, estudiosos e
propaadores, para combater a crise e encontrar
soluções para os problemas.
Muitas crises aconteceram e muitas pessoas
enfrentaram as chamas devido suas ações irresponsáveis
ou seus excessivos entusiasmos e até mesmo por serem
indiferentes.
Devemos cumprir o seguinte
Por isso, temos de ser eficazes através da abordagem
moderada, procurando exercer influência dentro das
circunstâncias específicas de cada situação ou pergunta.
Sob nenhum ponto de vista devemos confundir
entusiasmo ou exagero na manipulação dos nossos
assuntos.
Por tanto, é necessário projetamos o seguinte:
Primeiro: O apego ao monoteísmo.
Segundo: A obediência à Sunnat do Profeta Muhammad
(que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele).
Terceiro: A importância da unificação dos muçulmanos.
Pontos em que o Profeta refutava
método pagão
O Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre
ele) refutou o povo pré-islâmico pagão de muitas
maneiras. Sobre esses temas o Imam Muhammad ibn
‘Abdul Wahab, escreveu em seu livro “Os conceitos
pagãos pré-islâmicos”. Em seu livro mencionou três
pontos considerados mais importantes do período préislâmico
onde o Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah
estejam sobre ele) os contradiz abertamente:
Primeiro: O monoteísmo (Tauhiid). O povo na época era
politeísta, enquanto que o Profeta (que a paz e as
bênçãos de Allah estejam sobre ele) pregava o
monoteísmo puro.
Segundo: A obediência ao Profeta (que a paz e as
bênçãos de Allah estejam sobre ele), já que as pessoas
naquele tempo não obedeciam a seus líderes, mas Allah,
Exaltado seja, ordenou aos crentes que obedecessem ao
Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre
ele).
Terceiro: A obediência às autoridades, os habitantes de
Makka não tinham um líder antes do Islam, porem o
Profeta (que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre
ele) chamou para que obedecessem a um líder.
O Imam Muhammad ibn ‘Abdul Wahab disse que essas
três questões em detalhes mostravam que o Profeta (que
a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele) pregou e
convocou as pessoas para a luz destes três conceitos.
Na verdade, isso é o que nós devemos predicar; pois
aqueles que exageram os já tensos problemas colocando
dúvidas, ilusões e males, causarão dessa forma um dano
aos interesses públicos e espalharão o fanatismo. Em
tempos de crises, não devemos exagerar, pelo contrário,
devemos encontrar soluções que atendam os
ensinamentos da Shari’at e os requisitos de um
raciocínio firme, sábio, paciente e moderado.
A moderação na política
Esses pontos que mencionarei brevemente exigem uma
investigação mais profunda pois são cruciais para
orientar as pessoas, especialmente os jovens: Devemos
ser moderados em relação à política tomando uma
posição equilibrada entre o cumprimento total e a
ignorância desinteressada. Muitas pessoas que vêem os
canais via satélite ou lêem algum relato político, podem
pensar que estão qualificados para julgar questões
políticas. Na verdade, a política é uma ciência muito
complexa, mesmo para aqueles que recebem
informações de instituições e centros de pesquisa
especializados. As pessoas comuns podem ter uma idéia
e comentar sobre esta ou aquela situação e quais os
procedimentos devem ser seguidos. Sem dúvida alguma,
é necessário compreender as questões políticas, porém
devemos ter em mente que as autoridades estão mais
aptas para lidar com essas questões, porque possuem a
sua disposição conhecimentos que não estão disponíveis
para as pessoas comuns.
Carecem da moderação necessária àqueles que possam
ter certo ponto de vista com respeito a alguma
informação da imprensa ou que, habitualmente tenha
assistido em canais por satélite e acreditando que são
analistas políticos como se fossem os únicos com
entusiasmo sobre o tema. É possível que não consigamos
compreender todos os temas políticos de forma
apropriada, sem duvida, devemos fazer o possível para
entender mais além do que estamos ou não de todo
convencidos com relação aos mesmos.
Devemos buscar a moderação em questões políticas para
assim não serem feitas falsas alegações nem procurar
justificações superficiais. Em um extremo estão aqueles
que exageram acusando aos demais à primeira vista,
embora também existam aqueles que tendem a justificar
todas as posições e decisões políticas. Porém a pessoa
sábia, o que busca o conhecimento, ou que reivindica um
direito justo, deve ser equilibrado neste aspecto,
entendendo a situação e lidando com ela de maneira
correta.
Moderação no sentido referente a dois
conceitos: A nação islâmica e da pátria
A moderação na hora de manter o que é importante e o
que é mais importante ainda:
Neste aspecto, devemos identificar a nossa
responsabilidade no lugar aonde nascemos e na nação
muçulmana. É um erro ignorar a responsabilidade para
com sua pátria, onde estão as autoridades que as
governam, pois a mesma cumpre a função de proteção
mantendo seus interesses e os interesses de outros
membros da sociedade que o rodeiam. A pessoa deve
cumprir com a sua responsabilidade perante a nação
muçulmana, porém não à custa de ignorar sua
responsabilidade para com sua terra natal. Porque
cumprir com a responsabilidade para com sua pátria
tem prioridade, uma vez que um hadith diz: “Comece com
você mesmo e depois com aqueles que estão à sua
responsabilidade, e então..."-”. Isso significa que você
deve começar cuidando e protegendo a si próprio, em
seguida, aos seus familiares mais próximos. Portanto,
quem cuida da nação muçulmana, à custa de ignorar a
sua terra natal, não estará cumprindo com ambas.
Devemos agir segundo as prioridades, ou seja, deve ser
dada prioridade a terra natal, pois é mais importante e
estamos todos de acordo com ela. Além disso, devemos
nos constituir em elementos positivos da nossa nação
muçulmana e cumprir também com os seus interesses.
"- elatado por Muslim %G#&.
Existem pessoas desleixadas em relação a este princípio
e acreditam que tudo é importante e pretendem começar
tudo ao mesmo tempo. Claro que isso é uma posição
errada, pois os intelectuais da ciência e da propagação
do Islam (D’auat) consideram que é necessário começar
com o que é mais importante, mesmo que isso signifique
colocar de lado temporariamente o menos importante.
Devemos agir de acordo com as prioridades, já que
devemos começar com o mais importante e adiar o
menos importânte.
Conclusão
Peço a Allah, Exaltado seja, que nos guie para tudo aquilo
que Lhe agrada e que nos coloque entre aqueles que
foram descritos pelo Califa ‘Ali ibn Abu Talib, um dos
comunicados com o Paraíso, com as palavras: “As
melhores pessoas serão os moderados, e aqueles entre os
excessivos e negligentes, serão requeridas a justiça em
seus casos”. Ser um deles é uma responsabilidade pela
qual devemos nos esforçar.
Peço a Allah que nos conceda o êxito e que faça dos
muçulmanos um povo unido na verdade e no caminho
correto.
Oh Allah, guie a nossos lideres para o que é correto, e
faça que nós e eles cooperemos em conjunto no que é
correto e na devoção, recompensa-os por tudo que
fazem em nome de Allah e aos muçulmanos.
Oh Allah, concede-nos o sucesso em todos nossos
assuntos e faz que cooperemos no que é correto e na
devoção. Peço-Te nosso Senhor, Exaltado seja, que nos
conceda a razão, a verdade, a palavra e nos proteja dos
desvios do caminho correto. Certamente és o Mais
Generoso.
A ultima suplica que desejamos dizer é: Todos os
louvores sejam para Allah, Senhor do Universo e que a
Paz e as Bênçãos de Allah desçam sobre nosso Profeta,
sua família e companheiros.