O Islam é a religião da unicidade divina. O Senhor, Bendito e Exaltado seja, é Uno. O Profeta é um só. O Livro é único e a direção para a oração também é uma só.
Os muçulmanos de todos os cantos da terra se voltam, com seu coração e com seus olhos para a sagrada Caaba, símbolo da sua unidade e fonte da resplandecente luz islâmica.
Assim sendo, o fiel deve voltar-se, durante a oração, em direção a Qiblah, que está localizada na Caaba, em Makka, conforme o que disse Deus, o Altíssimo: ”
“ Aonde quer que vás, orienta teu rosto para a Sagrada Mesquita. Onde quer que estejais, voltai vossos rostos em sua direção”. (2ª Surata, vers. 150)
Quem vê a Caaba, volta-se para ela, e quem não a pode ver, volta-se em sua direção, pois isso é só o que pode fazer e Deus não exige de ninguém nada que esteja além de sua capacidade.
Nossos virtuosos antepassados determinaram a quiblah para cada nação. Para fazê-lo, construíram os mirantes das mesquitas direcionados para ela.
O que Fazer quando não se Pode Determinar a Direção da Quiblah
Aquele que não puder determinar a direção para a sua oração por motivo de, por exemplo, nuvens ou escuridão, deve pedir a uma pessoa conhecedora que a oriente. Se não encontrar a quem pedir tal orientação, nada mais lhe resta a fazer senão um esforço de dedução para encontrá-la por si só, orientando-se, então, na direção que lhe parecer ser mais acertada. Sua oração é assim, perfeitamente valida e, uma vez realizada, mesmo que ele venha, depois a descobrir que fez na direção errada, não precisa voltar a fazê-la. Se, no decurso da oração, se apercebe do seu erro, deve mudar de posição e voltar-se para a direção correta, sem interromper a oração.
Se durante a oração alguém o vê e lhe diz que se volte em terminado sentido, deve fazê-lo, sem no entanto, interromper a prece, que será valida, apesar desse movimento, conforme o que foi narrado por Ibn Omar. Ele disse o seguinte:
“Enquanto o povo fazia a Oração da Alvorada, na mesquita de Cuba, alguém veio e lhe disser:” Foram reveladas ao Profeta, estas noites, versículos, ordenados-lhe voltar-se (em suas orações) para a Caaba. Fazei, pois, o mesmo.”As pessoas estavam voltadas frente a Caaba”.
Se levar muito tempo sem conhecer a verdadeira direção da Caaba, voltar-se procurar, antes de cada oração, determiná-la e, em seguida, voltar-se para ela, sem, no entanto, temer de voltar a repetir as orações anteriores.
Quando se Está Isento da obrigação de se Orientar no Sentido da Caaba?
A orientação no sentido da Caaba é um preceito obrigatório, a não ser um dos seguidos casos:
1 – No caso da pessoa ter medo, estar coagida ou doente. Esta pode rezar em outra direção, se, ainda que tenha, não puder orientar-se. A religião é, de fato, tolerante, e o Profeta disse:
“Quando lhes ordeno algo, fazem o melhor que podem”.
Deus, exaltado seja, também disse:
“Se temeis alguma coisa, orai, seja de pé ou cavalgando”. (2ª Surata, vers. 239)
Ibn Omar acrescentou:
“Estejas com o rosto voltado para a Caaba ou não”.
2 – No caso da oração voluntária, para aquele que está sobre a sua montaria. Ela pode ser realizada fazendo-se apenas o gesto de inclinar-se ou de prostrar-se. Do mesmo modo, aquele que estiver num navio, avião ou trem, e que tiver começado a oração voltada para a Caaba, deve permanecer na sua posição original, mesmo que o veículo mude de posição.
Os imames Ahmad, At-Tirmizi e Muslim relataram, aliás, que o Profeta orava em cima da sua montaria quando viajava de volta para Makka ou para Madina, fosse qual fosse a direção em que esta estivesse.
Por outro lado, foi revelado um versículo a este propósito:
“Aonde quer que vos dirijais, notareis a presença de Deus”. (2ª Surata, vers. 115)
Trata-se, bem entendido, das orações voluntárias, e não das obrigatórias.
A Qibla (a direção para a qual os muçulmanos se viram quando oram) até esse ponto tinha sido Jerusalém.
Os judeus imaginavam que a escolha implicava uma inclinação em relação ao Judaísmo e que o Profeta precisava de sua instrução.
O Profeta queria que a Qibla fosse mudada para a Caaba.
O primeiro lugar na terra construído para a adoração de Deus, e reconstruído por Abraão.
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No segundo ano depois da migração, o Profeta recebeu o comando para mudar a Qibla de Jerusalém para a Caaba em Meca.
Uma porção inteira da Surata Al-Bácara se refere a essa controvérsia judaica.
As Primeiras Expedições A primeira preocupação do Profeta como governante era estabelecer adoração pública e formular a constituição do Estado:
mas ele não esqueceu que os Coraixitas tinham jurado dar fim à sua religião.
Enfurecidos porque o Profeta tinha tido sucesso em migrar para Medina, eles aumentaram sua tortura e perseguição aos muçulmanos que ficaram para trás em Meca. Suas tramas maléficas não ficaram nisso.
Também tentaram fazer alianças secretas com alguns politeístas de Medina, como Abdullah ibn Ubayy anteriormente mencionado, ordenando que ele matasse ou expulsasse o Profeta.
Os Coraixitas com frequência enviavam mensagens ameaçadoras para os muçulmanos de Medina alertando- os de sua aniquilação, e tantas notícias sobre conspirações e tramas chegaram ao Profeta que ele pediu o posicionamento de guardas ao redor de sua casa.
Foi nessa época que Deus deu permissão aos muçulmanos para lutar contra os descrentes.
Por treze anos tinham sido pacifistas estritos.
Agora, entretanto, várias expedições pequenas foram enviadas, lideradas pelo próprio Profeta ou por algum outro dos emigrantes de Meca com o propósito de fazer um reconhecimento das rotas que levavam até Meca, e também formar alianças com outras tribos.
💧Outras expedições eram lideradas para interceptar algumas caravanas retornando da Síria em rota para Meca, uma forma dos muçulmanos fazerem pressão econômica sobre os Coraixitas e acabar seu assédio dos muçulmanos, tanto em Meca quanto em Medina.
Poucas dessas expedições resultaram em batalha, mas através delas os muçulmanos estabeleceram sua nova posição na Península Árabe, a de que não eram mais um povo fraco e oprimido, mas ao contrário que sua força tinha crescido e eram agora um poder formidável nada fácil de lidar.
A Campanha de Badr Em uma expedição a caravana coraixita em rota para Síria escapou dos muçulmanos.
👳♂️Os muçulmanos esperavam por seu retorno.
Alguns batedores dos muçulmanos viram a caravana, liderada pelo próprio Abu Sufyan, passar por eles, e correram para informar ao Profeta disso e de seu tamanho.
Se essa caravana fosse interceptada seria um grande impacto econômico, um que abalaria toda a sociedade dos mecanos.
💎Os batedores muçulmanos relataram que a caravana faria uma parada nos poços de Badr, e os muçulmanos se preparavam para interceptá-la.
💎toda sua força nesse momento, levantando suas mãos tão alto que seu manto caiu abaixo de seus ombros.
Nesse ponto ele recebeu uma re develação prometendo a ajuda de Deus:
“... Reforçar-vos-ei com mil anjos, que vos chegarão paulatinamente.”
(Alcorão 8:9)
Ao ouvir as boas novas, o Profeta ordenou aos muçulmanos que tomassem a ofensiva.
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O grande exército dos Coraixitas foi esmagado pelo zelo, valor e fé dos muçulmanos, e depois de enfrentar pesadas baixas, não havia o que fazer a não ser fugir.
Os muçulmanos ficaram sozinhos no campo com uns poucos mecanos condenados, entre eles o arquiinimigo do Islam, Abu Jahl.
Os Coraixitas foram derrotados e Abu Jahl foi morto.
A promessa de Deus se realizou:
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“Logo, a multidão será debelada e debandará.”
(Alcorão 54:45)
Em uma das mais decisivas batalhas na história humana, o dia total de perdas ficou apenas entre setenta e oitenta.
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Meca ficou em choque e Abu Sufyan ficou como a figura dominante na cidade.
Ele sabia melhor que ninguém que a situação não poderia ficar como estava.
Sucesso atrai sucesso e as tribos beduínas rapidamente avaliaram que o equilíbrio de poder se direcionava para a aliança com os muçulmanos, e o Islam conquistou muitos novos convertidos em Medina