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Dentre os ensinamentos do Profeta buscar tratamento médico e ordenava à sua família e companheiros que adoeciam a buscar o tratamento adequado.


Dizia: “Allah não enviou nenhuma doença sem antes ter enviado sua cura” (Bukhari). Também disse: “Ó servos de Allah, busquem tratamento médico” (Abu Dawud, Ibn Majah e Tirmidhi).


Havia três tipos de tratamento para as doenças: através da medicina natural, remédios divinos e a combinação de ambos.


Proibiu o tratamento com substâncias embriagantes ou impuras.


Costumava visitar seus companheiros quando adoeciam. Visitou uma criança judia doente que costumava serví-lo e visitou seu tio que era politeísta. Chamou ambos ao Islam. A criança judia aceitou a mensagem, mas seu tio não.


Costumava aproximar-se do doente, sentar-se próximo de sua cabeça e perguntava sobre sua condição.


Não estava dentre seus ensinamentos do Profeta ﷺ escolher um dia ou horário específico para visitar um doente. Pelo contrário, apressava-se a visitar os doentes em qualquer hora do dia ou da noite.


Seus ensinamentos sobre o uso das medicinas naturais[1]





Dizia: “a febre é um alento quente do inferno, portanto baixem-na com água” (Bukhari e Muslim).


Dizia: “quando algum de vós tiver febre, que molhem-no com água por três noites, antes do amanhecer”.


Quando o Profeta tinha febre, pedia um recipiente (feito de couro) com água e derramava-a sobre sua cabeça, banhando-se. Quando, certa vez, a febre foi mencionada na presença do Profeta ﷺ e um homem a maldisse, ele falou: “não amaldiçoe a febre, pois ela remove os pecados da mesma forma que o fogo remove as impurezas do ferro” (Ibn Majah).


Um homem disse que seu irmão padecia de diarréia. O Profeta disse: “dê a ele mel” (Bukhari e Muslim). O Profeta costumava misturar mel na água e beber em jejum.


Algumas pessoas que haviam chegado a Madinah se queixavam de edemas, então o Profeta lhes disse: “por que não vão onde estão os camelos reservados para a caridade e bebem do leite e urina deles?” Assim fizeram e foram curados (Bukhari e Muslim).


Quando o Profeta foi ferido na batalh de Uhud, Fátima, raa, pegou um pouco de palha, queimou e colocou as conzas para estancar o sangue da ferida. O Profeta enviou por seu companheiro Ubai ibn Ka’b, raa, um médico que cortou uma de suas veias e a cauterizou. E o Profeta disse: “há uma cura em três coisas: a bebida com mel, a sucção com ventosas e a cauterização com fogo. Mas, não aconselho ao meu povo a cauterização” (Bukhari), também disse: “não gosto da cauterização” (Bukhari e Muslim). Isso significa que a cauterização só deve ser utilizada como um último recurso, quando é necessária, pois ela causa uma intensa dor.


Foi-lhe aplicada a sucção com ventosas e ele remunerou a pessoa que a aplicou. Disse: “o melhor tratamento é a sucção com ventosas” (Bukhari e Muslim). Aplicou na cabeça quando estava em estado de ihram devido a uma forte dor de cabeça e em sua lombar quando teve dores nesta região. O Profeta tinha o costume de fazer sucção com ventosas em três lugares: nas costas (entre os ombros) e nas duas veias jugulares. Foi tratado com sucção três vezes, entre os ombros, logo após comer um cordeiro envenenado. Também recomendava a sucção com ventosas a seus companheiros.


Ninguém se queixava de dor de cabeça sem que o Profeta dissesse: “ajuda-te a ti mesmo com a sucção com ventosas”. E quando alguém se queixava de dor nas pernas, ele dizia: “use henna” (Abu Dawud).


Salma, Umm Raafi’, raa, uma serva do Profeta narrou: “sempre que era picado ou machucado com um espinho, aplicava henna sobre isso” (Tirmidhi).


Para a constipação, dizia: “toma sana[2] e sannut[3], pois eles têm a cura para todo o mal, exceto a morte” (Ibn Majah).


Dizia: “teu melhor delineador (para os olhos) é o antimônio. Clareia sua vista e ajuda a crescer o cabelo” (Abu Dawud e Ibn Majah).


Dizia: “quem come sete tâmaras tipo ‘ajwah, pela manhã, não será atingido, neste dia, por magia ou veneno” (Bukhari e Muslim).


Dizia: “não obriguem seus pacientes a comer ou beber, pois Allah os está alimentando e dando de beber” (Tirmidhi e Ibn Majah).


O Profeta ﷺ recomendou a Suhaib, raa, a comer tâmaras secas quando sofresse de um problema nos olhos e permitiu apenas poucas delas. Também recomendou Ali, raa, a comer as tâmaras secas pela mesma razão.


Disse: “se uma mosca cair em uma bebida, submerja-a completamente antes de tirá-la da bebida, pois, em uma de suas asas está a doença e na outra a cura” (Bukhari).


Dizia: “a talbinah[4] conforta o coração de uma pessoa doente e remove algo de sua depressão” (Bukhari e Muslim).


Também disse: “usem a semente negra, pois nela está a cura para todo padecimento, exceto a morte” (Bukhari).


Disse: “fuja da hanseníase como se fugisse de um leão” (Bukhari). Também disse: “uma pessoa doente não deve ser trazida para o meio das pessoas saudáveis” (Bukhari e Muslim).


Entre a delegação de Zaqif havia um portador da hanseníase, então, o Profeta enviou-lhe uma mensagem dizendo: “Tu podes regressar, pois já aceitamos tua requisição” (Muslim).


Seus ensinamentos sobre o tratamento com a recitação (ruqiah)[5]





O Profeta ﷺ tinha o costume de buscar a proteção de Allah contra os gênios (jinn) e do mau olhado dos seres humanos. Alem disso, disse às pessoas que usassem a ruqiah[6] nos afetados pelo mau olhado.


Disse: “o mau olhado é verdadeiro, se houver algo mais rápido que o destino seria o mau olhado. Quando um de vós for atingido, tome um banho” (Muslim).


Certa vez, viu uma menina cujo rosto mostrava o efeito da influência de um jinn. Então disse; “façam ruqiah por ela, pois ela foi afetada pela olhada” (Bukhari e Muslim).


Disse, a um de seus companheiros que havia tratado alguém com uma mordida de animal venenoso com a recitação a surah al Fatiha e a pessoa havia se curado: “como sabias que é indicada para a ruqiah?” (Bukhari e Muslim).


Um homem lhe disse: “um escorpião me picou pela noite”. O Profeta ﷺ respondeu: “se houvesses recitado, ao cair da noite ‘a’udhu bikalimaatil-llahi at-taammaati min sharri ma khalaq’ (busco refúgio nas palavras perfeitas de Allah do mal que existe no que Ele criou), isto não lhe tinha causado dano nenhum” (Muslim).


Quando alguém se queixava de um sofrimento ou sentia alguma dor ou lesão, o Profeta unha sua saliva no dedo indicador, tocava o solo, levantava-o e dizia: “em nome de Allah, a poeira de nossa terra com a saliva de um de nós curará com a permissão de nosso Senhor” (Bukhari e Muslim).


Um de seus companheiros se queixou de dor, então ele disse; “ponha tua mão na parte do teu corpo que dói e repete, sete vezes ‘A`udhu bi`izzatillaahi wa qudratihi min sharri ma ajidu wa uhaadhir’ (busco refúgio na honra e na habilidade de Allah contra o mal que encontro e temo)” (Muslim).


Quando visitava um membro de sua família que estava doente, costumava passar a sua mão direita sobre o paciente e suplicar: “Allaahumma rabban-nasi, adhhibil-ba'sa, washfi, antash-shaafi, la shifa'a illa shifa'uka, shifa'an la iughadiru saqama” (ó Allah, Senhor da humanidade, remove a afecção e cura. Tu és Aquele que cura; não há cura senão a Tua cura, uma cura que não deixa nenhuma seqüela) – Bukhari e Muslim. E quando visitava um doente dizia: “La ba'sa, tahurun in shaa' Allaah” (não há nada completamente mau, é purificação, se Allah desejar) – Bukhari.





O Profeta preferia viajar bem cedo, durante a manhã e nos dias de quinta-feira.





Não gostava que alguém viajasse sozinho, especialmente durante a noite.





Ensinou que quando os viajantes partissem deveriam nomear um dentre eles o líder.





Quando montava seu camelo costumava dizer “Allahu akbar” três vezes e, então “Subhaan-alladhi sakhkhara lana hadha wa ma kunna lahu muqrinin. Wa inna ila rabbina lamunqalibun.  Allahumma innaa nas’áluka fii sáfarinaa haadha al birra wa ttaquaa, wa minal 'amali maa tar’daa, Allahumma háwwin 'aleinaa sáfaranaa haadhaa wa á’tui 'annaa bu'dahu, Allahumma Anta assáájibu fiis sáfari, wal khalíífatu fiil ahli, Allahumma innii 'audhu bika min wa'zaa.i assáfari, wa káábatil mándhari, wa suu.il munqálabi fiil maal wal ahli” (Allah é grande, Allah é grande, Allah é grande. Bendito seja Allah que nos facilitou tudo isso que antes não possuíamos e a Nosso Senhor regressaremos. Ó Senhor, rogamos-Te que nesta viagem possamos realizar o que Te agrada. Ó Allah, facilita-nos a viagem e diminua as distâncias. Ó Senhor, Tu és meu companheiro nesta viagem e sob Tua proteção deixei minha família. Ó Allah, refugio-me em Ti de todo o mal que possamos encontrar nesta viagem e tudo que possa acontecer com meus bens e minha família” (Muslim).





Quando voltava costumava dizer: “’aaibuna, taa’ibuna, ‘abiduna, lirabbinaa haamiduna” (Regressamos adorando-Te, arrependidos e agradecidos a Nosso Senhor) – Muslim.





Quando subia uma colina costumava dizer “Allahu akbar”, quando descia um vale, dizia “subhana’Allah”. Um homem lhe disse “tenho a intenção de viajar”, então, ele respondeu “aconselho-te que estejas consciente de Allah e que digas ‘Allahu akbar’ em cada elevação do caminho” (Ibn Majah e Tirmidhi).





Quando amanhecia durante uma viagem ele dizia: “um ouvinte escutou nosso louvor a Allah e isto é uma boa prova. Nosso Senhor está conosco e nos dá Seus favores. Busco refúgio em Allah do Fogo do Inferno” (Muslim).





Quando despedia de seus companheiros que iniciavam uma viagem, costumava dizer: “que Allah proteja tua religião, tua confiança e teus últimos atos (antes da morte)” (Abu Dawud e Tirmidhi).





O Profeta disse: “quando um de vós parardes em um lugar no meio do caminho deve dizer: ‘a’udhu bikalimaat-illaahit-taammati min sharri ma khalaq’ (busco refúgio nas palavras perfeitas de Allah, do mal que existe naquilo que Ele criou). Quem disser isso, então nada lhe causará dano até que deixe este lugar” (Muslim).





Instruiu o viajante a apressar o regresso à sua família tão logo tenha cumprido com o propósito da viagem.





Costumava proibir a mulher muçulmana que viajasse sem um mahram[1], inclusive para distâncias próximas a 12 milhas. Também proibiu levar uma cópia do Qur’an (em árabe) a terras inimigas, por temor que caíssem em mãos inimigas.





Proibiu ao muçulmano a estabelecer sua residência entre as dos politeístas, caso este tenha possibilidades de emigrar para um outro local, e disse: “Eu estou distante de todo o muçulmano que estabelece sua residência entre as residências dos politeístas”. (Abu Daud, at Tirmidh, an Nisai, Ibn Majah), e disse também: “Aquele cujo juntar-se aos politeistas e estabelecer sua residência entre as residências deles, então ele é igual a estes”. (Abu Daud)





Ele viajou quatro vezes: a hijrah (emigração), para o jihad (defender sua comunidade do ataque dos idólatras), para a ‘umrah e o hajj.





Durante suas viagens costumava diminuir suas orações de quatro rakaat, rezando da mesma forma (2 rakaat) desde sua partida até quando regressava. Diminuia apenas as obrigatórias, exceto o witr e a voluntária do fajr.





Nunca especificou nenhuma distância, para sua gente, para que cortassem a oração ou interrompessem o jejum.





Não estava dentre seus ensinamentos unir as orações obrigatórias enquanto montava ou acampava durante suas viagens. Somente unia as orações quando viajava ou reiniciava sua viagem no tempo que entrava uma das orações. Quando partia antes do meio dia atrasava a oração do dhuhr até que chegasse o ‘asr, então desmontava e combinava as orações. Mas, se o tempo da oração do dhuhr entrasse antes que ele iniciasse a viagem, então ele primeiro rezava e só depois iniciava a viagem. Quando estava viajando antes do horário do maghrib atrasava a oração do maghrib até o tempo do ‘isha e então as unia.





Tinha o costume de fazer orações voluntárias durante o dia e a noite enquanto viajava, ou montado em seu camelo. Orientava seu rosto em direção ao caminho que seguia e fazia o ruku’ e o sujud inclinando a cabeça. Abaixava-a mais no sujud do que no ruku’.





Uma vez viajou no Ramadan e rompeu seu jejum, mas deu a seus companheiros a oportunidade de escolher entre jejuar ou não.





Com freqüência usava calçados de couro durante a viagem.





Proibiu àqueles que regressassem aos seus lares, depois de um longo tempo de ausência, que batessem à porta de suas casas pela noite.





Dizia: “os anjos não acompanharão um grupo de viajantes que seja acompanhado por um cão ou um sino” (Muslim).





Quando regressava de uma viagem costumava ir primeiro à mesquita e rezava duas rakaat. Ele era recebido, primeiramente, pelas crianças da sua família.





Tinha o costume, também, de abraçar as pessoas ao voltar de uma viagem e beijava sua família.





O Profeta preferia viajar bem cedo, durante a manhã e nos dias de quinta-feira.





Não gostava que alguém viajasse sozinho, especialmente durante a noite.





Ensinou que quando os viajantes partissem deveriam nomear um dentre eles o líder.





Quando montava seu camelo costumava dizer “Allahu akbar” três vezes e, então “Subhaan-alladhi sakhkhara lana hadha wa ma kunna lahu muqrinin. Wa inna ila rabbina lamunqalibun.  Allahumma innaa nas’áluka fii sáfarinaa haadha al birra wa ttaquaa, wa minal 'amali maa tar’daa, Allahumma háwwin 'aleinaa sáfaranaa haadhaa wa á’tui 'annaa bu'dahu, Allahumma Anta assáájibu fiis sáfari, wal khalíífatu fiil ahli, Allahumma innii 'audhu bika min wa'zaa.i assáfari, wa káábatil mándhari, wa suu.il munqálabi fiil maal wal ahli” (Allah é grande, Allah é grande, Allah é grande. Bendito seja Allah que nos facilitou tudo isso que antes não possuíamos e a Nosso Senhor regressaremos. Ó Senhor, rogamos-Te que nesta viagem possamos realizar o que Te agrada. Ó Allah, facilita-nos a viagem e diminua as distâncias. Ó Senhor, Tu és meu companheiro nesta viagem e sob Tua proteção deixei minha família. Ó Allah, refugio-me em Ti de todo o mal que possamos encontrar nesta viagem e tudo que possa acontecer com meus bens e minha família” (Muslim).





Quando voltava costumava dizer: “’aaibuna, taa’ibuna, ‘abiduna, lirabbinaa haamiduna” (Regressamos adorando-Te, arrependidos e agradecidos a Nosso Senhor) – Muslim.





Quando subia uma colina costumava dizer “Allahu akbar”, quando descia um vale, dizia “subhana’Allah”. Um homem lhe disse “tenho a intenção de viajar”, então, ele respondeu “aconselho-te que estejas consciente de Allah e que digas ‘Allahu akbar’ em cada elevação do caminho” (Ibn Majah e Tirmidhi).





Quando amanhecia durante uma viagem ele dizia: “um ouvinte escutou nosso louvor a Allah e isto é uma boa prova. Nosso Senhor está conosco e nos dá Seus favores. Busco refúgio em Allah do Fogo do Inferno” (Muslim).





Quando despedia de seus companheiros que iniciavam uma viagem, costumava dizer: “que Allah proteja tua religião, tua confiança e teus últimos atos (antes da morte)” (Abu Dawud e Tirmidhi).





O Profeta disse: “quando um de vós parardes em um lugar no meio do caminho deve dizer: ‘a’udhu bikalimaat-illaahit-taammati min sharri ma khalaq’ (busco refúgio nas palavras perfeitas de Allah, do mal que existe naquilo que Ele criou). Quem disser isso, então nada lhe causará dano até que deixe este lugar” (Muslim).





Instruiu o viajante a apressar o regresso à sua família tão logo tenha cumprido com o propósito da viagem.





Costumava proibir a mulher muçulmana que viajasse sem um mahram[1], inclusive para distâncias próximas a 12 milhas. Também proibiu levar uma cópia do Qur’an (em árabe) a terras inimigas, por temor que caíssem em mãos inimigas.





Proibiu ao muçulmano a estabelecer sua residência entre as dos politeístas, caso este tenha possibilidades de emigrar para um outro local, e disse: “Eu estou distante de todo o muçulmano que estabelece sua residência entre as residências dos politeístas”. (Abu Daud, at Tirmidh, an Nisai, Ibn Majah), e disse também: “Aquele cujo juntar-se aos politeistas e estabelecer sua residência entre as residências deles, então ele é igual a estes”. (Abu Daud)





Ele viajou quatro vezes: a hijrah (emigração), para o jihad (defender sua comunidade do ataque dos idólatras), para a ‘umrah e o hajj.





Durante suas viagens costumava diminuir suas orações de quatro rakaat, rezando da mesma forma (2 rakaat) desde sua partida até quando regressava. Diminuia apenas as obrigatórias, exceto o witr e a voluntária do fajr.





Nunca especificou nenhuma distância, para sua gente, para que cortassem a oração ou interrompessem o jejum.





Não estava dentre seus ensinamentos unir as orações obrigatórias enquanto montava ou acampava durante suas viagens. Somente unia as orações quando viajava ou reiniciava sua viagem no tempo que entrava uma das orações. Quando partia antes do meio dia atrasava a oração do dhuhr até que chegasse o ‘asr, então desmontava e combinava as orações. Mas, se o tempo da oração do dhuhr entrasse antes que ele iniciasse a viagem, então ele primeiro rezava e só depois iniciava a viagem. Quando estava viajando antes do horário do maghrib atrasava a oração do maghrib até o tempo do ‘isha e então as unia.





Tinha o costume de fazer orações voluntárias durante o dia e a noite enquanto viajava, ou montado em seu camelo. Orientava seu rosto em direção ao caminho que seguia e fazia o ruku’ e o sujud inclinando a cabeça. Abaixava-a mais no sujud do que no ruku’.





Uma vez viajou no Ramadan e rompeu seu jejum, mas deu a seus companheiros a oportunidade de escolher entre jejuar ou não.





Com freqüência usava calçados de couro durante a viagem.





Proibiu àqueles que regressassem aos seus lares, depois de um longo tempo de ausência, que batessem à porta de suas casas pela noite.





Dizia: “os anjos não acompanharão um grupo de viajantes que seja acompanhado por um cão ou um sino” (Muslim).





Quando regressava de uma viagem costumava ir primeiro à mesquita e rezava duas rakaat. Ele era recebido, primeiramente, pelas crianças da sua família.





Tinha o costume, também, de abraçar as pessoas ao voltar de uma viagem e beijava sua família.





O Profeta tinha o costume de dizer, em tempos de calamidade: “não há divindade exceto Allah, o Grandioso, o Magnânimo. Não há divindade, senão Allah, o Senhor do grande Trono. Não há divindade, senão Allah, o Senhor dos sete céus, o Senhor da Terra e do nobre Trono” (Bukhari e Muslim).


Quando algo lhe angustiava, ele dizia: “Ó Vivente, ó Subsistente, em Tua misericórdia busco refúgio” (Tirmidhi).


Disse: “a súplica do angustiado é: ‘ó Allah, em Tua misericórdia busco assistência, retifica todos os meus assuntos e não me liberes nem por uma pestanejada (instante). Não há deus senão Tu’” (Abu Dawud). Quando estava angustiado costumava rezar (Abu Dawud).


O Profeta disse: “se um servo de Allah está aflito, com ansiedade ou com pena e diz: ‘Ó Senhor, sou Teu servo, filho de Teu servo e Tua serva, meu completo domínio está em Tuas mãos; cumpro Tuas ordens; Teu decreto é justo, para mim; suplico-Te por todos os Teus nomes com os quais Tu mesmo Te denominaste ou revelaste em Teu Livro ou ensinaste a alguém de Tua criação ou o preservaste em Teu conhecimento oculto, que transformes o Qur’an no que sente o meu coração, na luz de meu peito, aquilo que finaliza minha tristeza e alivia minhas preocupações’, Allah fará desaparecer sua ansiedade e angústia e as transformará em felicidade” (Ahmad).


O Profeta costumava ensinar a seus companheiros que quando sentissem medo ou temor que dissessem: “Refugio-me nas palavras perfeitas de Allah, de Seu asco e Seu castigo, da maldade de Seus servos, da influência dos demônios e de sua presença” (Abu Dawud e Tirmidhi).


Também disse: “Se um servo é afligido por uma calamidade, deve dizer: ‘Inna lillaahi wa inna ilaihi raaji’un; Allaahumm-ajurni fi musibati wa-khlifli khairan min-ha’ (certamente a Allah pertencemos e a Ele será o retorno. Ó Senhor, recompensa-me por esta aflição e substitua-a por algo melhor). Allah o recompensará e concederá uma melhor situação” (Muslim).


O ensinamentos do Profeta e de seus companheiros era de fazer a sajda ash-shukr (prostração da gratidão) quando recebiam uma bênção ou se livravam de uma adversidade. Quando algo bom sucedia, ou quando recebia notícias boas, prostrava-se em gratidão a Allah (Ibn Majah).Costumava caminhar inclinando-se para frente. Seu caminhar era assinalado por sua velocidade, boa e calma.





Caminhava descalço ou calçado.





Costumava montar camelos, cavalos, mulas e burros. Montava cavalos algumas vezes selados e outras sem selar e costumava colocar alguém atrás dele, ou à sua frente.





Sentava-se no chão, em uma esteira de palha ou em uma pequena almofada.





Costumava reclinar-se sobre uma almofada, sobre qualquer um dos lados, direito ou esquerdo.





Tinha o costume de se sentar de cócoras e, algumas vezes, com uma perna sobre a outra. Apoiava-se em um de seus companheiros quando sentia alguma fraqueza.





Proibiu que se sentassem em uma área entre a sombra e o sol.





Não gostava que as pessoas deixassem uma reunião sem haver mencionado Allah, e dizia: “quem se senta em uma reunião na qual Allah não é mencionado, arrependerá diante de Allah” (Abu Dawud).





Ele  dizia: “quem se senta em uma reunião, na qual há muita conversa, e diga, antes de levantar: ‘Subhaanak-Allaahumma wa bihamdik. Ash-hadu alla ilaaha illa ant. Astaghfiruka wa atubu ilaik’ (glorificado e louvado sejas, ó Allah. Atesto que não há divindade exceto Tu. Peço Teu perdão e arrependo-me ante Ti). Allah o perdoará sem se importar com o que houve nesta reunião” (Abu Dawud e Tirmidhi).


O Profeta era o mais eloqüente dentre as pessoas e suas palavras eram muito agradáveis, fluíam e eram sempre racionais.


Permanecia em silêncio por longos períodos, sem falar quando não era necessário. Não falava quando não lhe dizia respeito e só falava quando era de se esperar uma recompensa de Allah, swt.


Falava com palavras concisas e cheias de significado. Suas palavras eram significativas, mas poucas, nem muito rápidas – correndo o risco de não serem recordadas – e nem muito longas e interrompidas por pausas.


Era seletivo ao falar e escolhia sempre as melhores expressões. Sempre se mantinha afastado de qualquer rudeza ou indecência.


Não gostava de elogiar aqueles que não merecessem e não dirigia palavras duras àqueles que não merecessem. Por isto proibiu chamar a um hipócrita de “senhor” ou referir-se a Abu Jahl como “Abul Hakam”[1] ou mesmo chamar qualquer governante de “rei dos reis” ou “khalifatullah” (representante de Allah).


Ensinou a todos os que fossem atormentados por Satanás que dizessem “bissmillah” (em nome de Allah) no lugar de maldizer ou insultar ou suplicar contra Satanás.


Aconselhava que usassem bons nomes e instruía que quando um emissário era enviado, devia ter um bom nome e uma boa aparência. Costumava mencionar o significado dos nomes e associar o dono a seu nome.


Disse: “os nomes mais amados por allah, swt, são: Abdullah e Abdur-Rahman, os mais verdadeiros são Harith e Hammam e os mais feios são Harb e Murrah”.


O Profeta mudou o nome de ‘Asiah (desobediente) por Jamilah (bonita) e mudou Asram (rígido-inflexível) por Dhur’ah (sementes plantadas/semeadas). Quando chegou a Madinah esta cidade era chamada Yathrib e ele mudou seu nome por Taibah.


Ele dava uma kuniyah (alcunha) a alguns de seus companheiros, a algumas crianças e algumas de suas esposas.


Costumava atribuir uma alcunha àqueles que tinham ou não filhos. Disse: “podem usar meu nome (Muhammad), mas não usem minha alcunha[2]“.


Ensinou que não fosse usado o nome ‘atama (escuridão) para o ‘isha. E proibiu que chamassem as uvas de karm, dizendo: “karm é o coração do crente” (Bukhari e Muslim).


Proibiu que fosse dito: “choveu devido a tal estrela” ou “o que seja que Allah e tu desejem” ou jurar por qualquer coisa que não fosse Allah. Também advertiu contra o uso excessivo de juramentos ou contradizer coisas como: “fulano é um judeu (ou outra coisa) se faz isso ou aquilo”. O Profeta proibiu a um amo chamar seu servo “meu escravo” e proibiu que as pessoas dissessem: “minha alma se tornou má” ou maldizer a Satanás e, ainda, proibiu suplicar: “ó Allah, perdoa-me se desejas”[3].


Proibiu insultar (falar mal de) o tempo, vento, febre ou do galo. Também proibiu convidar as pessoas aos costumes pagãos e superstições do período pré-islâmico, tal como o nacionalismo e fanatismo.


Dentre seus ensinamentos estava o de saudar as pessoas quando chegava ou deixava um local. Ensinou a difundir o cumprimento “assalamo ‘alaikum” (que a paz esteja convosco).


Disse: “os jovens devem saudar aos mais velhos, o que passa deve saudar ao que está sentado, o que está montado deve saudar ao que esteja a pé e o grupo menor deve saudar ao grupo maior” (Bukhari e Muslim).


Era o primeiro a saudar quem encontrasse e quando alguém o saudava ele, imediatamente, respondia com uma saudação similar ou melhor, a menos que houvesse razão para não fazê-lo, tal como durante uma oração ou quando estava ao banho.


Tinha o costume de começar a saudação dizendo “assalamo ‘alaikum wa rahmatullah”. Ele não gostava de começar com “’alaika salm”, mas, respondia à saudação de um muçulmano com “wa ‘alaika salam” (e que a paz esteja sobre ti).


Quando saudava a um grande número de pessoas e sua saudação não era ouvida, repetia três vezes.


Ensinou que quem entrasse numa mesquita deveria fazer, antes de tudo, duas rakaat de oração para saudação à mesquita, antes inclusive de saudar as pessoas.


Não respondia a uma saudação com sua mão, cabeça ou dedo, exceto durante a oração, quando respondia com um sinal.


Quando passava perto de crianças, saudava-os e se passava por um grupo de mulheres também as saudava. Seus companheiros costumavam passar ao lado de uma mulher anciã, depois da oração de sexta-feira, e saudavam-na.


 Costumava enviar suas saudações a alguém ausente e transmitir as saudações de outros. Quando alguém trazia uma saudação ele respondia: “e também para quem a transmitiu”.


Foi perguntado: “quando um homem encontra seu irmão muçulmano deve inclinar-se diante dele? Ele respondeu: Não. Então, perguntaram novamente: Deve beijá-lo? Ele disse: Não. Perguntaram: Deve estender sua mão? Ele respondeu: Sim.”


Nunca surpreendia sua família entrando sorrateiramente, como se desconfiasse deles. Senão, saudava e perguntava por eles.


Quando entrava em sua casa, pela noite, saudava de forma que todos os que estivessem acordados ouvissem, mas não elevava a voz a ponto de acordar os que estivessem dormindo (Muslim)


Quando pedia permissão para entrar e era questionado “quem é?”, costumava responder com seu nome completo ou seu pré-nome, nunca dizia “sou eu”.


Tinha o costume de pedir permissão três vezes e se não ouvisse uma resposta afirmativa ia embora.


Costumava ensinar seus companheiros a saudar antes de pedir permissão para entrar.


Quando chegava à casa de alguém não se posicionava em frente à porta, mas esperava um pouco mais à direita ou esquerda. Ele dizia: “a permissão (para entrar) foi ordenada devido (a obrigação de preservar) a visão (da intimidade das pessoas)” (Bukhari e Muslim).


O Profeta usava, com freqüência, essências e ele gostava de perfumes. Nunca recusou um perfume, caso lhe oferecessem. Sua essência favorita era o almíscar.


Gostava do siwaak (escova de dentes natural) e costumava usá-lo, jejuando ou não. Também usava ao despertar, antes de completar o wudhu’, no momento de orar e antes de entrar em seu lar.


Usava o delineador em seus olhos e dizia: “o melhor delineador é o antimônio; clareia seus olhos e ajuda a crescer o cabelo” (Abu Dawud e Ibn Majah).


Costumava pentear seus cabelos e barba ele mesmo, outras vezes Aisha, raa, fazia por ele. Seus ensinamentos sabre cortar a cabeça era de raspar por completo ou deixar o cabelo crescer. Proibia raspar uma parte e deixar outra sem cortar.


Nunca foi relatado que tivesse raspado sua cabeça, a não ser como parte dos rituais do hajj e ‘umrah. Seu cabelo não era curto, nem longo, mas chegava até aos lóbulos da orelha.


Dizia: “Sejam diferentes dos politeístas, deixem crescer a barba e cortem o bigode” (Bukhari e Muslim).


Costumava vestir a roupa que estivesse disponível, fosse de lã, algodão ou linho. Sua vestimenta preferida era camisa longa.


Vestia uma túnica Iemenita, de cor verde, larga, com abertura na frente ou atrás, calças, uma faixa na cintura e um manto. Usava calçado de couro, sandálias e turbante.


Costumava prender a ponta de seu turbante debaixo de sua mandíbula. Algumas vezes deixava cair a ponta do turbante por suas costas e outras vezes deixava-a em seu lugar.


Vestia roupas negras e também usou uma izar (uma peça de pano que se envolve ao corpo, desde o umbigo aos joelhos), com uma capa vermelha.


Usava um anel de prata, com uma pedra e costumava volteá-la em sua mão.


Se usava uma roupa nova, dizia: “ó Senhor, és Tu quem me deu esta camisa ou manto ou turbante. Peço-Te o bem e o bem para o qual foi feito e busco refúgio em Ti contra o mal e o mal para o qual foi feito” (Abu Dawud e Tirmidhi)


Quando vestia uma camisa, sempre começava pelo lado direito.


Dava prioridade ao lado direito ao calçar os sapatos, pentear-se, fazer o wudhu’ ou pegar ou dar algo.


Quando espirrava costumava por sua mão na boca (ou sua roupa) para abafar o som.


Era mais tímido que uma donzela em seu quarto.


Ria diante de algo engraçado, mas, em geral seu riso não passava de um sorriso. Quando era mais exagerado podiam-se ver seus molares. Seu choro era similar ao seu sorriso; não chorava muito alto. Mas, seus olhos vertiam lágrimas e o murmúrio de seu peito podia ser ouvido.


O Profeta costumava dormir sobre uma esteira, um tapete de couro ou de palha ou sobre uma cama. Sua esteira era feita de couro recheado de fibra e o travesseiro da mesma forma.


Não dormia mais que o necessário, tampouco negava a si mesmo caso necessitasse de sono.


Costumava dormir na primeira parte da noite e orar na última parte (o último terço da noite). Às vezes passava a primeira parte da noite encarregando-se dos assuntos dos muçulmanos.


Quando parava para descansar muito tarde da noite, durante uma viagem, dormia sobre seu lado direito. Mas, quando descansava antes do amanhecer, punha sua cabeça sobre seu braço.


Quando dormia ninguém o acordava, ele acordava naturalmente. Seus olhos dormiam, mas seu coração permanecia desperto.


Quando se retirava para dormir, costumava dizer: “bismik-Allahumma ahya wa amutu” (Ó Senhor, em Teu nome vivemos e morremos). Juntava suas mãos em concha, soprava dentro delas e recitava a surah Ikhlaas, Falaq, Nas e então esfregava sobre seu corpo, começando pela cabeça, rosto e parte frontal do corpo, por três vezes (Bukhari).


Costumava dormir sobre seu lado direito e punha sua mão debaixo de sua bochecha direita. Dizia: “Allahumma qini ‘adaabaka yawma tab’athu ‘ibaadak” (Ó Senhor, protege-me de Teu castigo no Dia em que ele ressuscite os Teus servos) – Abu Dawud e Tirmidhi.


Ele disse a alguns companheiros: “quando vós vos retirarem a vossas camas façam o wudhu’ como o fazem para a oração, então, deitem-se sobre vosso lado direito e digam: ‘Allaahumma aslamtu nafsi ilaika wa wajjahtu wajhi ilaika wa fawwadhtu amri ilaika wa alja'tu dhahri ilaika, raghbatan wa rahbatan ilaik. La malja'a wa la manjaa minka illa ilaik. Aamantu bikitaabik-alladhi anzalta wa binabiik- alladhi arsalt’ (ó Senhor, submeto-me a Ti, confio meus assuntos a Ti e volto o meu rosto a Ti e deposito minha completa confiança em Ti, com esperança e temor, não há refúgio nem salvação, exceto em Ti, creio no Livro que tens revelado e no Profeta que tens enviado). Quem faça destas suas últimas palavras e morre na mesma noite, então, morrerá em estado natural do Islam” (Bukhari e Muslim).


Quando se levantava para a oração da noite, dizia: “ó Allah, Senhor de Jibril (arcanjo Gabriel), de Mikail (Miguel) e Israfil (Rafael). Originador dos céus e da terra, Conhecedor do oculto e do manifesto. Tu decides entre Teus servos nas questões e diferenças. Guia-me à verdade com Teu beneplácito. Certamente Tu guias a quem quiser à senda reta” (Muslim).


Quando despertava costumava dizer: “Al-hamdu lillaahi-lladhi ahiaana ba`da ma amaatana wa ilaihin-nushur” (O louvor é para Allah, Quem nos dá a vida após a morte e ante Ele ressuscitaremos para que nos julgue por nossas obras). Após, limpava seus dentes e ocasionalmente recitava os últimos dez versículos da surah al ‘Imran (Bukhari e Muslim).


Costumava acordar quando o galo cantava e dizia: “alhamdulillah”, “Allahu akbar” e “la ilaaha ill-Allah”, então fazia súplicas.


Dizia: “um bom sonho vem de Allah e um mau sonho vem de Shaitan. Portanto, se algum de vós tiver um sonho desagradável, deve cuspir (levemente) à sua esquerda três vezes quando despertar e buscar refúgio em Allah contra Shaitan; e dessa forma o sonho não vos prejudicará. E não deve contá-lo a ninguém. Mas, se sonharem um bom sonho, então devem considerá-lo como boas novas, entretanto que contem apenas àqueles que amam”(Bukhari e Muslim).


Aconselhava a todo aquele que tivesse um pesadelo a virar para o outro lado e, também, orar.


Quando o Profeta dava um sermão seus olhos costumavam endurecer-se e sua voz ficava mais firme. Sua reprovação (a certos assuntos) era ainda mais clara e ele falava como se estivesse advertindo as pessoas sobre a invasão de um exército, dizendo: “a última hora virá a qualquer momento, pela manhã ou pela tarde”, também costumava dizer: “a hora final e eu temos sido enviados como estes dois” e juntava o dedo indicador e o médio. E ainda: “em verdade, a melhor palavra é o livro de Allah e a melhor orientação é a orientação de Muhammad; os piores assuntos na religiao são os inventados, tudo que é inventado (na religião) é um desvio e todo desvio leva ao inferno” (Muslim).


Sempre começava um sermão com louvores a Allah.


Costumava ensinar a seus companheiros uma introdução aos sermões: “todos os louvores são para Allah, a Ele louvamos, buscamos Sua ajuda e pedimos Seu perdão. Buscamos refúgio em Allah do mal que existe em nós mesmos e nossas más ações. A quem Allah guia, ninguém poderá desviar e a quem Allah abandona, ninguém poderá guiar. Atesto que não há divindade senão Allah e que Muhammad é Seu servo e mensageiro”, então, recitava estes três versículos do Qur’an:


“Ó fiéis, temei a Allah, tal como deve ser temido, e não morrais, senão como muçulmanos” (‘Imran: 102)





“Ó humanos, temei a vosso Senhor, que vos criou de um só ser, do qual criou a sua companheira e, de ambos, fez descender inumeráveis homens e mulheres. Temei a Allah, em nome do Qual exigis os vossos direitos mútuos e reverenciai os laços de parentesco, porque Allah é vosso Observador.” (Nissa: 1)





“Ó fiéis, temei a Allah e falai apropriadamente. Ele emendará as vossas ações e vos absolverá dos vossos pecados; e quem obedecer a Allah e ao Seu Mensageiro terá logrado um magnífico benefício.” (Ahzab: 70-71)[1]





Costumava ensinar a seus companheiros a oração de orientação, istikhaarah (deixando os assuntos nas mãos de Allah), em todos os assuntos, dando a mesma importância que dava ao ensinar uma surah do Qur’an. Disse: “quando um de vós tiver a intenção de fazer algo, que ore duas rakaat além das orações obrigatórias e, depois, diga: ‘Allaahumma inni astakhiruka bi`ilmika wa astaqdiruka biqudratika wa as'aluka min fadhlikal-`adhim. Fa'innaka taqdiru wa la aqdiru wa ta`lamu wa la a`lamu wa anta `allaamul-ghuiub. Allaahumma in kunta ta`lamu anna haadhal amra  (fala-se o assunto)  khairun li fi dini wa ma`aashi wa `aaqibati amri, faqdurhu li wa  iassirhu li, thumma baarik li fih. Wa in kunta ta`lamu anna haadhal amra (fala-se o assunto) sharrun li fi dini wa ma'aashi wa `aaqibati 'amri, fasrifhu `anni wasrifni `anhu waqdur li al-khaira hajzu kaana, thumm ardhini bih’ (ó Allah, te peço orientação através de Teu conhecimento. Ó Allah, por certo que Te consulto porque Teu é o conhecimento e o poder. Busco força em Ti e rogo a Ti Teus favores, pois certamente Tu podes e eu não, Tu sabes e eu não, Tu és o Conhecedor do oculto. Ó Allah, se Tu sabes que este assunto (fala-se o assunto) é bom para mim, para minha religiosidade, minha vida e minha morte, então, decreta-o, facilitando-me e abençoando-me com ele. Entretanto, se Tu sabes que este assunto (fala-se o assunto) é mau para mim, para minha religiosidade, para minha vida e minha morte, então, afasta-me dele e decreta-me o que é bom, onde quer que esteja e deixa-me satisfeito com isto).





O Profeta costumava recitar um hizb[1] diariamente.





Costumava recitar lenta e pausadamente, sem pressa e com pronúncia clara de cada letra.





Costumava começar sua recitação buscando refúgio em Allah contra o Shaitan, dizendo: “a’udhu billahi mina Shaitani rajim” (busco refúgio em allah contra o madito Satanás).





Em algumas ocasiões dizia: “ó Senhor, busco refúgio em Ti contra Shaitan, o maldito, de suas sugestões, sussurros e respiração” (Abu Dawud e Ibn Majah).





Costumava recitar o Qur’an de pé, sentado ou recostado, com wudhu ou sem ele. Nada o impedia de recitá-lo, exceto o estado de impureza maior por causa da atividade sexual.





Costumava recitar detendo-se ao final de cada versículo e recitava os capítulos tão lentamente que estes pareciam mais longos que o normal.





Costumava entonar a voz quando recitava o Qur’an e dizia: “não é dos nossos aquele que não recita o Qur’an melodiosamente” (Bukhari). Também dizia: “embelezem o Qur’an com suas vozes” (Abu Dawud, an Nasai e Ibn Majah).





Costumava alongar a pronúncia das vogais estendidas “madd”, por exemplo, estendia as palavras “ar Rahmaaaan” (o inteiramente Misericordioso) e “ar Rahiiiim” (o especialmente Misericordioso).





O Profeta gostava de ouvir o Qur’an recitado por alguém que não fosse ele mesmo.





Quando, durante a recitação, chegava a um versículo sajdah (de prostração), costumava dizer: “Allahu akbar”e se prostrava.[2] Durante sua prostração dizia: “Meu rosto se prostra ante Aquele que o criou, formou-o e deu-lhe audição e visão através de Sua força e poder” (Abu Dawud, an Nasai e Tirmidhi). Também podia dizer: “ó Senhor, por esta prostração remova-me um pecado, registra para mim uma recompensa e guarda-a Contigo e aceita como aceitaste de Teu servo, o profeta Davi” (Tirmidhi e Ibn Majah). Não dizia “Allahu akbar” quando se levantava de sua prostração, nem recitava o tashahhud e nem dava o salam ao final.


O Profeta era o que melhor louvava a Allah, swt e tudo o que pronunciava era em louvor a Allah, o Todo-Poderoso. O que fosse ordenado, proibido e legislado para a nação islâmica era, em essência, um tipo de louvor a Allah. Inclusive seu silencio era uma glorificação a Allah, partindo de seu coração. Sua glorificação e louvor a Allah eram inerentes a ele, fazia-o de pé, sentado ou recostado; caminhando ou montado; viajando ou em seu lar.


Seus ensinamentos sobre louvar a Allah durante o dia e a noite





Quando chegava a manhã, costumava dizer: “começamos a manhã em estado natural do Islam, ou seja, sendo monoteístas, dentro da religião de nosso Profeta Muhammad e no caminho de nosso pai Ibrahim, um monoteísta inclinado à Verdade, quem não era dos que associavam ninguém a Allah” (Ahmad).


Dizia: “Ó Allah, por Ti alcançamos a manhã e por Ti alcançamos a tarde. Por Ti vivemos e por Ti morrermos, ante Ti seremos ressuscitados” (Abu Dawud, Tirmidhi e Ibn Majah).


Também disse: “Quando vos alcançar a manhã, digam: ‘a manhã nos chegou e o domínio pertence a Allah, o Senhor dos mundos. Ó Senhor, peço-Te o bem neste dia, o êxito, vitória, luz, Tua bênção e Tua orientação. E busco refúgio em Ti do mal que este (o dia) contém e do mal que o segue’”. Ao chegar a tarde dizia algo similar.


Disse: “A melhor súplica para buscar o perdão é dizer: ‘Ó Senhor, Tu és meu Senhor – não há deus senão Tu. Tu me criaste e eu sou Teu servo; mantenho Teu pacto e minha promessa para contigo, tanto quanto me é possível cumpri-la. Busco refúgio em Ti do mal que eu mesmo pratiquei. Reconheço ante Ti meu pecado; perdoa-me. Em verdade, ninguém pode perdoar meus pecados, exceto Tu’. Quem recitar isto pela manhã com fé e morrer no mesmo dia entrará no Paraíso. E quem recitar isso durante a tarde, com fé e morrer nesta noite entrará no Paraíso.” (Bukhari)


Também disse: “Quem recitar, todo dia, cem vezes: ‘La ilaaha'ill-Allaahu wahdahu la sharika lahu, lahul-mulku wa lahul-hamdu wa huwa `ala kulli shai'in qadir’ (não há divindade afora Allah, o Único, sem sócios. Sua é a soberania, a Ele pertence todo o louvor e Ele é, sobre todas as coisas, Poderoso) será recompensado com o equivalente a liberar dez escravos, cem boas ações lhe serão registradas e cem más ações serão apagadas. Esse dia será protegido de Shaitan até a noite e ninguém poderá apresentar algo melhor que isso (no Dia do Juízo), exceto aquele que tenha feitos mais obras (boas)” (Bukhari e Muslim).


Costumava suplicar pela manhã e pela noite tais súplicas: “Ó Senhor, peço-Te pelo bom juízo neste mundo e na próxima vida. Ó Senhor, peço-Te o perdão e o bom juízo em minha religião, minha vida mundana, minha família e minha propriedade. Ó Senhor, cobre minhas faltas e acalma meus temores. Ó Allah, proteja-me por minha frente, minhas costas, por minha direita e minha esquerda e por cima de mim. Busco refúgio em Tua grandeza de ser tragado pela terra” (Abu Dawud e Ibn Majah).


Disse: “não há servo de Allah que recite cada manhã e cada tarde ‘em nome de Allah, com cujo nome nada pode causar dano na terra e nos céus, Ele escuta tudo, sabe tudo’ por três vezes sem obter proteção contra qualquer prejuízo” (Abu Dawud, Ibn Majah e Tirmidhi).


Abu Bakr as Siddiq, raa, perguntou: “Ó Mensageiro de Allah, ensina-me o que dizer quando chegar a manhã e quando chegar a tarde”. Ele respondeu: “diga: ó Senhor, Criador dos céus e da terra, Conhecedor do oculto e do manifesto, Senhor, Soberano e Dono de todas as coisas, atesto que não há Deus senão Tu. Busco refúgio do meu próprio mal e do mal de Satanás e seus aliados, do que me prejudique ou prejudique outra pessoa”. O Profeta acrescentou: “diga isso pela manhã, pela tarde e quando vais te deitar” (Abu Dawud e Tirmidhi).


Seus ensinamentos sobre glorificar a Allah quando entrar ou sair de casa[1]





Quando saía de sua casa, o Profeta costumava dizer: “bissmillah, tawakkaltu ‘ala Allah” (em nome de Allah, confio em Allah) e acrescentava: “Ó Senhor, busco refúgio em Ti de desviar-me ou desviar alguém, de fazer com que alguém escorregue ou que eu mesmo escorregue, de fazer mal a alguém ou que me façam mal, de comportar-me mal ou de que alguém se comporte mal comigo” (Nasai, Tirmidhi e Ibn Majah).


Ensinou também: “Aquele que diz, ao deixar sua casa ‘bissmillah, tawakkaltu ‘ala Allah, la hawla wa la quwata illa billah’ (em nome de Allah, confio em Allah. Não há força e nem poder exceto através de Allah) lhe será dito: ‘tu hás sido guiado, sustentado e protegido e Satanás permanecerá afastado de Ti’” (Abu Dawud e Tirmidhi).


Quando costumava sair para a oração do fajr, dizia: “Ó Senhor, dê luz ao meu coração, à minha língua, aos meus ouvidos, aos meus olhos, ilumine-me por trás e pela frente, sobre e sob mim. Ó Allah, ilumine-me!” (Bukhari e Muslim).


Dizia: “quando um homem entra em seu lar deve dizer ‘Ó Senhor, peço-te pela melhor entrada e melhor saída. Em nome de Allah entramos e confiamos em Allah, nosso Senhor’. Logo depois deve saudar sua família” (Abu Dawud).


Seus ensinamentos sobre mencionar Allah ao entrar ou sair da mesquita[2]





Quando entrava em uma mesquita, o Profeta costumava dizer: “A`udhu billaahil-`adim wa bi-wajhihil-karim wa bi-sultaanihil-qadimi minash-shaitaanir-rajim” (busco refúgio no Grandioso e em Seu nobre semblante e Sua autoridade eterna contra Shaitan, o maldito). Disse: “quando alguém diz isto, Shaitan diz ‘ele está protegido de mim o dia todo’” (Abu Dawud).


Também dizia: “quando um de vós entrar na mesquita, que invoque bênçãos sobre o Profeta Muhammad e que diga: ‘Allaahumma iftah li abwaaba rahmatik’ (ó Allah, abra para mim as portas de Tua misericórdia), e ao deixar a mesquita que diga: ‘Allaahumma inni as’aluka min fadhilik’ (ó Senhor, concede-me de Tua abundância)” (Abu Dawud e Ibn Majah).


Seus ensinamentos ao ver a lua crescente[3]





Quando via a lua nova em cada mês, o Profeta dizia: “Ó Senhor, faça com que caia sobre nós a prosperidade e a fé, com a paz e o Islam. (Dirigindo-se à lua, dizia) Nosso Senhor e Tu, Senhor, é Allah” (Tirmidhi)


Seus ensinamentos ao espirrar e bocejar[4]





Está confirmado que o Profeta ﷺ disse: “Agrada a Allah o espirro e Ele não gosta do bocejo. Portanto, se um dentre vós espirra e louva a Allah, então é dever de quem ouve dizer ‘yarahmuk-Allah’ (que Allah te conceda misericórdia). Sobre o bocejo, este é causado por Shaitan, portanto, se alguém dentre vós venha a bocejar, que o retenha o tanto que puder, pois, quando alguém boceja Shaitan ri dele” (Bukhari e Muslim).


Quando o Profeta espirrava, costumava cobrir sua boca com sua mão ou sua roupa, suprimindo o som. (Abu Dawud e Tirmidhi).


Quando espirrava e alguem dizia ‘ya rahmuk-Allah’, ele respondia ‘ya rahmuna Allah wa yiakum wa yaghfiru Lana wa lakum’ (que Allah tenha misericórdia de nós e nos perdoe).


Disse, também: “quando um de vós espirrar que diga ‘alhamdulillah’ (louvado seja Allah) e que seu irmão ou companheiro, ao escutar o seu louvor, responda ‘ya rahmuk-Allah’(que Allah tenha misericórdia de ti). Então, respondeis ‘yahdikumullahu wa yusslihu baalakum’ (que allah te oriente e melhore sua condição/seus assuntos)” – Bukhari e Muslim.


Também dizia: “se um de vós espirrar e louvar a Allah (dizendo alhamdulillah), então que digam ‘ya rahmuk-Allah’, mas se não louvar a Allah, então que não digam nada” (Muslim)


“Quando alguém espirrar por mais de três vezes, não continuem repetindo as súplicas por ele, senão que digam ‘esse homem tem um resfriado’” (Muslim).


Foi narrado que os judeus pretendiam espirrar em sua presença esperando que ele respondesse, dizendo ‘que Allah tenha misericórdia de ti’, mas ele só dizia ‘yahdikumullah wa yuslihi baalakum’ (que Allah te guie e melhore sua condição) – Tirmidhi.


Seus ensinamentos sobre a súplica ao ver uma pessoa aflita[5]


ش


Quem vê uma pessoa aflita deve dizer: “Al-hamdu lil-laahilladhi `aafaani mimmabtalaaka bihi wa fadh-dhalani `ala kathirin mimman khalaqa tafdhila” (que o louvor seja para Allah, Quem me fez livre disso com o que te tem provado e me deu a preferência sobre muitos daqueles os quais criou)” – e, então, não será tocado por aquela aflicao, não importa qual seja (Abu Dawud e Tirmidhi).


Seus ensinamentos sobre ouvir o som de um burro ou um galo[6]





O Profeta ordenou ao seu povo que, quando ouvissem o zurro de um burro que buscassem refúgio em Allah contra o Shaitan e ao ouvir o canto de um galo que pedissem a Allah de Sua abundância (Bukhari e Muslim).


Seus ensinamentos sobre a ira[7]



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