Qual a diferença entre teoria evolucionária e um polvo? Bem, um é um artista da fuga escorregadio que muda de cor e pode sair de qualquer situação difícil e o outro é um invertebrado aquático.
Mas, sério. Um dos maiores problemas para os neodarwinianas é a origem de estruturas complexas que aparecem repentinamente na natureza ou no registro fóssil. Meu amigo Dr. Stephen Meyer fala sobre isso em seu livro maravilhoso, "Darwin’s Doubt" (Dúvida de Darwin, em tradução livre). Ele aponta como, na suposta "Explosão cambriana", a maioria do filo animal na terra apareceu repentinamente e sem qualquer ancestral óbvio - quase como se "explodissem" na cena, vindos do nada.
Mas para os biólogos evolucionários que aderem ao naturalismo rígido, animais vivosapresentam um problema ainda maior: coisas como voo impulsionado, o suposto "olho do tipo câmera" e cérebros avançados desafiam a redução. São tão complexos que não se pode torná-los mais simples sem destruí-los. Ainda assim os cientistas nos dizem que muitas dessas estruturas surgiram sozinhas, não apenas uma vez, mas muitas vezes! E é aqui que o polvo entra.
Um estudo publicado no jornal "Nature" descreve como pesquisadores sequenciaram o genoma do polvo e encontraram algo surpreendente. Comparado com outros invertebrados, o DNA do polvo era "alienígena": nada como os códigos genéticos do que pensaram que fossem animais semelhantes, como amêijoas e caracóis do mar.
Os polvos não são de outro planeta, mas não são, falando figurativamente, desse mundo. Podem mudar de cor e textura, usam tinta para preparar uma fuga rápida e são chocantemente espertos. Podem desenroscar tampas de jarros e espremer seus corpos macios abertura. Um conta sobre um polvo que escalou para fora de seu tanque, cruzou o ambiente até um tanque vizinho e se empanturrou de peixe antes de voltar para casa!
A chave para essa inteligência excepcional são o sistema nervoso, cérebro e olhos "alienígenas" do polvo. Mas essas características não são estranhas para o reino animal. De fato, são muito comuns em vertebrados mais elevados. O genoma do polvo compartilha de semelhanças chave com o nosso, incluindo o desenvolvimento de cérebros de alta capacidade e "olhos do tipo câmera" com uma córnea, lentes e retina.
E aqui está o problema para a evolução: de acordo com os neodarwinianas, não estamos relacionados aos polvos - pelo menos não dentro das últimas centenas de milhões de anos. Isso significa que todos esses genes, estruturas complexas e capacidades incríveis ocorreram duas vezes.
Os pesquisadores que sequenciaram o genoma do polvo chamam isso de "um exemplo surpreendente de evolução convergente" ou a suposta tendência de criaturas não relacionadas desenvolverem as mesmas características em resposta a pressões ambientais. Não é uma maneira elegante de dizer que um milagre aconteceu duas vezes?
Mas o polvo não é o único milagre do tipo. A "evolução convergente" está em toda a natureza, do voo impulsionado que evoluiu três vezes até cada continente ter sua própria versão do tamanduá. Pense a respeito. Como uma capa deliciosamente segura da "Science Today"colocou, a evolução convergente é a "natureza descobrindo o mesmo projeto continuamente." Que bom para a natureza!
Mas como Luskin argumenta, existe uma explicação melhor para um molusco com tentáculos ter cérebro e olhos humanos. E essa explicação é um projeto comum feito por um Engenheiro inteligente. E como todos os bons engenheiros, esse reutilizou alguns de Seus melhores projetos.
Essa explicação não satisfará os naturalistas darwinianos. E provavelmente continuará invocando a "evolução convergente" quando enfrentarem coincidências impossíveis na natureza.
Mas saber de uma explicação mais simples o deixa precavido.
Tudo em nossa experiência humana limitada deve ter um começo e um fim. Nós mesmos nascemos e morreremos. Esse é o caso com os nossos pais e antepassados, assim como com nossos filhos e descendentes. Essas relações permeiam a criação.
Algumas pessoas, devido à fraqueza ou simplicidade intelectual, supõem que tudo deve ser comparável às suas próprias experiências prévias. Apoiam-se na imaginação, que só é realmente capaz de visualizar o que já foi experimentado de uma forma ou de outra. É por isso que a imaginação é incapaz de lidar com absolutos e com conceitos universais.
O profeta Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, estava se referindo aos limites da razão humana quando disse:
"As pessoas continuarão fazendo perguntas até chegarem a perguntar: "Deus criou o universo, mas quem criou Deus?" Quem tiver pensamentos como esse deve simplesmente declarar: "Creio em Deus." Busque a ajuda de Deus e desista desses pensamentos."[1]
A mente humana tem limitações e nossa perspectiva humana é deficiente. Por causa disso algumas pessoas caem em dúvidas com respeito à pré-existência de Deus. Precisamos perceber que estamos lidando aqui com uma questão de fé; em outras palavras, uma questão que transcende as limitações da razão humana.
Depois de fazer a afirmação citada acima, é mencionado que o profeta Muhammad aconselhou recitar o capítulo do Alcorão intitulado "Pureza de fé" (capítulo al-Ikhlas):
"Dize: Ele é Allah, o Único. Deus, o Absoluto. Jamais gerou ou foi gerado! E ninguém é comparável a Ele!" (Alcorão 112:1-4)
O versículo crucial aqui é "Jamais gerou ou foi gerado!". Mostra que a perfeição e a Onipotência de Deus desafiam a experiência humana e transcendem os limites da imaginação humana.
Então Deus diz: "Deus, o Absoluto. Jamais gerou ou foi gerado" e prossegue imediatamente com: "ninguém é comparável a Ele!" Não podemos comparar Deus com nada em nossa experiência. Da mesma forma, constatamos que Deus nos ordena: "Não compareis ninguém a Deus." (Alcorão 16:74) Essa é a forma como nossa fé em Deus deve ser.
O profeta Muhammad aconselhou aqueles que foram afligidos por dúvidas como "Quem criou Deus?" a: "Buscar a ajuda de Deus e desistir desses pensamentos." Nada pode ser obtido dessa linha de pensamento "Quem criou Deus?" A natureza de Deus não pode ser comparada à existência criada, nem pode ser norteada pelas limitações da razão humana. A mente humana, entretanto, pode conceber a existência de Deus e reconhecer que Ele é o Criador de todas as coisas. De fato, a mente humana resiste a qualquer tentativa de compeli-la a negar a existência de Deus.
Os regimes comunistas do século 20 tentaram compelir seus cidadãos a abraçar o ateísmo. Empregaram todos os meios agressivos à disposição, mas as pessoas se recusaram a negar Deus. Resistiram às tentativas mais autoritárias de esmagar sua crença na existência de Deus.
A mente humana reconhece a existência de um Criador. A razão não pode fugir desse reconhecimento. A mente consequentemente nos leva a buscar orientação sobre Deus e nos dá uma inclinação natural para adorá-Lo. Somos receptivos aos mensageiros de Deus e Deus não deixaria Suas criaturas sem orientá-las para a sabedoria de por que foram criadas. De fato, Deus diz: "E Eu [Deus] não criei os jinns e a humanidade exceto para Me adorarem." (Alcorão 51:56)
O intelecto certamente reconhece Deus, mas não é capaz de compreender todos os Seus atributos. O papel dos profetas e mensageiros de Deus é ensinar as pessoas que elas precisam conhecer seu Senhor e como Deus deseja que elas O adorem. Isso protege as pessoas de inventar todos os tipos de rituais e ritos a partir de suas próprias imaginações, que não tenham base na revelação de Deus.
O Profeta Muhammad disse, dirigindo-se a Deus em súplica: "Tu és o Primeiro, então nada O precede. Tu és o Último, então nada vem depois de Ti. Tu és o Manifesto, então nada vem acima de Ti. Tu és o Oculto, então nada vem abaixo de Ti. Cuide de nossos débitos e nos enriqueça para que não sejamos pobres." [2]
Deus é o Primeiro que não é precedido por coisa alguma. Esse é um conceito que não é compreendido plenamente pela imaginação, mas pode certamente ser aceito pela mente e pelo coração. Nossa consciência das limitações de nossas mentes é fundamental.
Da mesma forma, Deus é o Último, cuja existência persiste sem fim. Como tal, Deus é verdadeiramente o Herdeiro: "E (recorda-te) de Zacarias quando implorou ao seu Senhor: Ó Senhor meu, não me deixes sem prole, não obstante seres Tu o melhor dos herdeiros!" (Alcorão 21:89)
Deus é atemporal e eterno, sem começo ou fim. Em contraste, todas as coisas criadas têm um começo e fim.
Deus diz sobre o Sol: "E o sol, que segue o seu curso até um local determinado." (Alcorão 36:38) O sol e outros corpos celestiais são muito mais velhos que as coisas vivas na Terra. Mas assim como as vidas efêmeras dos seres terrestres, as estrelas nascem e morrem. Todas as coisas no universo devem chegar a um fim.
Deus não pode ser compreendido de acordo com os termos da existência material. Não está vinculado às leis da física que são, elas próprias, parte da natureza que Ele criou. Não é surpresa que a mente não consiga captar plenamente o Criador, uma vez que a mente em si é criada e sujeita às limitações de sua natureza criada. A mente só pode cair em confusão e auto ilusão se tentar racionalizar o que está além de sua capacidade.
Ao contrário, devemos aplicar nossos esforços mentais para questões que nossas mentes são capazes de se engajarem - como o universo que Deus criou e os vastos horizontes de conhecimento que ele apresenta. Deus nos deu a habilidade racional e o poder imaginativo de descobrir e conceituar as leis físicas da natureza. Podemos aproveitar esse conhecimento para beneficiar a humanidade de modos que agradem a Deus.