Al-Basmalah :
“Bissmillah Ar-rahman Ar-rahim”
(Em nome de Allah o Clemente o Misericordioso)
Todos os sábios estão de acordo que Al-Basmalah é um versículo da Sura das Formigas (An-Naml), mas em relação ao Basmalah no início das outras suratas, se dividiram em três grupos:
1 – O primeiro grupo diz que Al-Basmalah é um versículo (Aya) da Fatiha e de todas as outras suratas, recitá-la na Fatiha é obrigatório, e quando a Fatiha é recitada em voz audível, ela deve ser recitada em voz audível também.
Naim Al-Mujammar disse: Eu orei atrás de Abu Hurairah. Ele recitou Bismillah Ar-rahman Ar-rahim e em seguida a Fatiha. Ao terminar a oração ele disse: Por Aquele em cuja minha alma está em Suas mãos, a minha oração é a mais parecida com a oração do Profeta (SAW).
2 – O segundo grupo diz que Al-Basmalah é um versículo independente que foi revelado para demarcar as suratas. É melhor recitá-lo na Fatiha, mas não é Sunnah recitá-lo em voz audível. Anas disse: Eu orei atrás do Profeta (SAW), Abu Bakr, Omar e Uthman, e nenhum deles recitou Al-Basmalah em voz audível.
3 – O terceiro grupo disse que Al-Basmalah não é um versículo da Fatiha, nem das outras suratas e não deve recitá-lo em voz audível e nem em silêncio nas orações obrigatórias.
Ao analizar os hadiths citados, Ibn Al-Qayyim disse: Às vezes, o Profeta recitava Al-Basmalah em voz audível, mas na maioria das vezes ele recitava em silêncio. É impossivel que o Profeta (SAW) tenha recitado sempre em voz audível sem a ciência dos quatro Khalifas e dos outros companheiros naquela nobre epoca do Islam.
Aquele que não sabe recitar Al-Fatihah corretamente: Em relação a aquele que não sabe recitar Al-Fatiha corretamente, Al-Khattabi disse: A oração sem leitura da Fatiha é incompleta, se uma pessoa não sabe recitá-la, então pode recitar qualquer outros setes versículos do Alcorão. Se a
pessoa não consegue aprender a recitar o Alcorão por incapacidade, memória fraca ou dificuldade na pronúncia por ser estrangeiro, nesse caso, deve dizer o que o Profeta nos ensinou: Tasbih (Subhanallah), Tahmid (Al-hamdulillah) e Tahlil (La ilaha illallah). O Profeta disse: “A melhor recordação depois do Alcorão é: Subhanal-lah (Glorificado seja Allah), Al-hamdulillah (Louvado seja Allah), La ilaha illallah (Não há outra divindade além de Allah) e Allahu Akbar (Allah é o Maior)”.
O que Al-Khattabi declarou está apoiado pelo hadith de Ibn Rafi’ que relatou que o Profeta (SAW) estava ensinando a oração para uma pessoa e lhe disse: “Se você tem algo do Alcorão, então recite, senão diga: Al-Hamdulillah, Allahu Akbar, La ilaha illallah, e em seguida genuflete-se”.
5 – A genuflexão: A genuflexão é ato obrigatório na oração. Allah disse: “Ó fiéis, genuflete e prostrai-vos” (Alcorão 22:77).
A genuflexão é o inclinar do corpo, colocando as mãos com firmeza nos joelhos, ficando assim até atingir a serenidade, pois o Profeta (SAW) disse: “Genufleta-se até atingir a serenidade na genuflexão”.
Abu Qatadah relatou que o Profeta (SAW) disse: “O pior dos ladrões é aquele que rouba na sua oração”. Eles perguntaram: Ó mensageiro de Allah, como a pessoa rouba na oração? Ele disse: “Ao não aperfeiçoar a suas genuflexões e prostrações”. Ou “Ao não endireitar suas costas nas genuflexões e prostrações”.
Abu Massud Al-Badri relatou que o Profeta (SAW) disse: “A oração daquele que não endireita suas costas nas genuflexões e prostrações é uma oração incorreta”.
Huzaifah viu uma pessoa, que orando, não completava suas genuflexões e prostrações, e lhe disse: Você não rezou e se tu morres agora, não morreria dentro da religião de Muhammad”.
6 – Levantar-se da genuflexão e ficar de corpo ereto até atingir a serenidade.
Abu Humaid disse sobre a oração do Profeta (SAW): Ele levantava a sua cabeça ficando de corpo ereto até que todas as suas vértebras voltassem aos seus lugares.
Aicha relatou que quando o Profeta (SAW) levantava a sua cabeça da genuflexão, não prostrava antes que seu corpo ficasse reto.
O Profeta (SAW) disse: “Erga-se ficando com corpo ereto”.
Abu Hurairah relatou que o Profeta (SAW) disse: “Allah não olha para a oração de uma pessoa que não endireita suas costas entre suas genuflexões e suas prostrações”.
7 – A prostração: A prostração é um ato obrigatório na oração e Allah disse: “Ó fiéis, genuflete e prostrai-vos” (Alcorão 22:77). O Profeta
(SAW) disse: “Então, prostra-se até atingir a serenidade na prostração, depois erga-se até atingir a serenidade sentado e depois prostra-se novamente até atingir a serenidade na prostração”. Isso é obrigatório em todas as orações.
Atingir a serenidade ou a tranquilidade na oração significa que a pessoa deve ficar algum tempo para que seus ossos voltem para seus lugares. Os sábios dizem que, no mínimo, um tempo suficiente para falar “Subhanal-lah”.
As partes do corpo que tocam o chão durante a prostração, são: O rosto, as palmas, os joelhos e os pés.
Al-Abbas Ibn Abdul-Muttalib relatou que ouviu o Profeta (SAW) dizer: “Quando um servo de Allah se prostra, sete partes do corpo prostram com ele: Seu rosto, suas mãos, seus joelhos e seus pés”.
Ibn Abbas disse: O Profeta ordenou-nos a prostrar em sete partes do corpo e não ajuntar o cabelo ou a roupa durante a oração: a testa, as mãos, os joelhos e os pés.
Em outro hadith, o Profeta (SAW) disse: “Eu fui ordenado a prostrar em sete partes do corpo: a testa, e ele apontou para o nariz, as mãos, os joelhos e as pontas dos pés”.
Abu Humaid relatou que, quando o Profeta (SAW), se prostrava, deixava seu nariz e sua testa tocarem no chão.
At-Tirmizi disse: Os sábios se prostram deixando a testa e o nariz tocarem no chão. Uns sábios dizem que prostrar apenas com a testa tocando o chão é suficiente, outros dizem que não seria suficiente até que a testa e o nariz toquem o solo.
8 – Sentar após a última prostração e recitar At-Tachahhud: Foi confirmado que o Profeta (SAW) sentava depois da última prostração e recitava At-Tachahhud. Ele (SAW) disse para o homem que não sabia rezar: “E ao levantar sua cabeça depois da última prostração, sente-se e recite At-Tachahhud e sua oração estará concluída”.
Ibn Abbas disse: Antes que At-Tachahhud se tornasse obrigatória, nós costumavamos dizer depois da última prostração: “Que a paz esteja com Allah diante de Seus servos, que a paz esteja com Gabriel e que a paz esteja com Miguel”. O Profeta (SAW) disse: “Não digam: Que a paz esteja com Allah, mas digam At-Tahiyyatulillah”. Isso prova que At-Tachahhud se tornara obrigatória.
O relato mais autêntico sobre At-Tachahhud é de Ibn Massud, que disse: Quando nós sentávamos com o Profeta na oração, dizíamos: “Que a paz esteja com Allah diante de Seus servos, que a paz esteja sobre isso e
aquilo”. O Profeta disse: “Não digam: Que a paz esteja com Allah, porque Allah é a paz. Quando um de vocês se sentar, deve dizer:
التَّحِيّاتُ للهِ وَالصَّلَواتُ والطَّيِّبات ، السَّلامُ عَلَيكَ أَيُّها النَّبِيُّ
وَرَحْمَةُ اللهِ وَبَرَكاتُه ، السَّلامُ عَلَيْنا وَعَلى عِبادِ كَ الصَّالِحين . أَشْهَدُ
أَنْ لا إِلهَ إِلا الله ، وَأَشْهَدُ أَنَّ مُحَمّداً عَبْدُهُ وَرَسولُه .
At-tahiyátulillah, was-salauátu, wat-tayyibát, as-salámu alaika aiyuhan-nabiyu, wa rahmatullahi wa barakatuh, as-salámu alaina, wa ala ibádillahis-sálihina. Achhadu an la ilaha illallahu, wa achhadu anna Muhammadan abduhu, wa rassuluhu
(At-tahiyát (Todas as palavras que indicam a glorificação de Allah, Sua Eterna Existência, Sua Perfeição, Sua Soberania) são para Allah, todos os atos de adoração e boas ações são para Allah. A paz, a misericórdia e as bênçãos de Allah estejam sobre você, ó Profeta. A paz esteja sobre nós e todos os virtuosos servos de Allah. Eu testemunho que não há divindade além de Allah e testemunho que Muhammad é Seu servo e mensageiro)
Depois, a pessoa pode fazer qualquer súplica que desejar.
Ibn Abbas disse O Mensageiro de Allah nos ensinou At-Tachahhud como ele nos ensinou o Alcorão. Ele dizia: “At-tahiyátul-mubarakat, was-salauátut-tayyibatlillah, as-salámu alaika aiyuhan-nabiyu, wa rahmatullahi wa barakatuh, as-salámu alaina, wa ala ibádillahis-sálihina. Achhadu an la ilaha illallahu, wa achhadu anna Muhammadan abduhu, wa rassuluhu”.
Abdurahman Ibn Abd Al-Qari disse que ouviu Omar Ibn Al-Khattab ensinar as pessoas, a partir do púlpito, o seguinte tachahhud: “At-tahiyátu lillah, Az-zakiyatulillah, at-tayyibat was-salauatulillah, as-salámu alaika aiyuhan-nabiyu, wa rahmatullahi wa barakatuh, as-salámu alaina, wa ala ibádillahis-sálihina. Achhadu an la ilaha illallahu, wa achhadu anna Muhammadan abduhu, wa rassuluhu”.
Al-Imam An-Nawawi disse: Todos esses relatos sobre At-Tachahhud, são autênticos, o mais autêntico é o de Ibn Massud e depois de Ibn Abbas.
Ach-Chafii disse: Qualquer um desses três é suficiente e todos os sábios concordam com isso.
9 - At-Taslim: At-Taslim é obrigatório no final da oração. Ali relatou que o Profeta (SAW) disse: “A chave da oração é a purificação, seu início é At-Takbir (Allahu Akbar) e sua finalização é At-Taslim (Assalamu alaikum wa rahmatul-lah)”.
Amer Ibn Saad relatou que seu pai disse: Eu vi o Profeta fazer At-Taslim na sua direita e na sua esquerda até que eu pudesse ver a brancura de sua face.
Wa-il Ibn Hujr disse: Orei com o Mensageiro de Allah. Ele fazia At-Taslim em seu lado direito, dizendo: Assalamu alaikum wa rahmatullahi wa barakatuh, e em seu lado esquerdo, dizendo: Assalamu alaikum wa rahmatullahi wa barakatuh.
Fazer um Taslim é obrigatório, mas fazer dois é o melhor: Ibn Al-Munzir comenta que todos os sábios concordam que fazer apenas um Taslim é permitido.
Ibn Qudamah no seu livro “Al-Mughni” disse: No comentário do Imam Ahmad, não há nenhum texto claro que afirma que as dois Taslim são obrigatórias. Ele apenas diz: fazer dois taslim é o ato mais autêntico do Mensageiro de Allah e que o Profeta disse: “O mais preferido por mim, é dois Taslim. E que Aicha, Salamah Ibn Al-Akwa e Sahl Ibn Saad relataram que o Profeta e os emigrantes faziam apenas um Taslim.
Baseado nesses relatos, nós podemos afirmar que é sunnah fazer dois Taslim, e obrigatório fazer um. Os sábios concordam que apenas um Taslim é obrigatório.
Se alguém faz apenas um Taslim, deve fazê-la olhando para sua frente sem virar o rosto e se fizer dois, o primeiro deve ser para sua direita e o segundo para sua esquerda, virando em cada Taslim até que os lados do rosto, possam ser vistos por trás. Essa é a forma mais autêntica.
Se alguém faz os dois Taslim para direita ou para esquerda, para frente ou faz a primeira para esquerda e a segunda para direita, sua oração ainda é valida e os dois taslim foram cumpridas, porém a pessoa perde a virtude pela forma que foram executadas.
As Sunnas da oração
A oração tem também certos atos que são Sunnah. É preferível que a pessoa realize-os para obter sua recompensa.
1 – Levantar as mãos: Levantar as mãos é recomendado em quatro momentos na oração:
- O primeiro é no inicio da oração ao pronunciar Takbiiratul-Ihraam (Allahu Akbar).
Ibn Al-Munzir disse: Todos os sábios concordam que o Profeta levantou as mãos no início da oração.
Al-Hafiz Ibn Hajar disse: Cinquenta companheiros, dentre eles os dez aos quais foi prometido um lugar no paraíso, relataram que o Profeta levantava as mãos no início da oração.
Al-Baihaqi relatou que Al-Hakim, ao comentar sobre o assunto, disse: Eu não sei de nenhuma outra sunnah do Profeta que teve tanta concordância como essa. Ela é confirmada pelo os quatro Khalifas, os dez aos quais foi prometido um lugar no paraíso e pelos outros companheiros que se espalharam pela terra naquela epoca.
A maneira correta de levantar as mãos: Há muitos relatos sobre o assunto, mas os sábios escolheram a seguinte forma:
Levantar as mãos para cima dos ombros com as pontas dos dedos paralelas com as orelhas, sendo os dois polegares paralelos com os lóbulos das orelhas. É preferível que a pessoa estenda os dedos ao levantar as mãos. Abu Hurairah disse: Ao fazer a oração, o Profeta levantava as mãos com os dedos estendidos.
Quando deve levantar as mãos: Juntamente com a Takbirah ou um pouco antes.
Nafi’ disse: Ao iniciar a oração, Ibn Omar falava Allahu Akbar e levantava as mãos, e ele disse que o Profeta fazia isso. Ele também relatou que o Profeta (SAW) levantava as mãos ao falar Allahu Akbar, até que elas ficassem na mesma altura dos ombros ou próximo a isso.
Quanto a levantar as mãos antes da Takbirah, Ibn Omar disse: Ao iniciar a oração, o Profeta (SAW) levantava as mãos até que elas ficassem na mesma altura dos ombros e falava Allahu Akbar.
No hadith de Malik Ibn Al-Huwairith no qual afirmou que o Profeta (SAW) falava Allahu Akbar e em seguida levantava as mãos, implica que Allahu Akbar vem antes da elevação das mãos, porém, Ibn Hajar disse: Eu nunca ouvi ninguém dizer que a Takbirah vem antes da elevação das mãos.
- O segundo e terceiro momentos são ao genufletir-se e ao se levantar da genuflexão. Vinte e dois companheiros narraram que o Profeta (SAW) assim o fez. Ibn Omar disse: Ao iniciar a oração, o Profeta levantava as mãos até que elas ficassem na mesma altura dos ombros e então falava Allahu Akbar, fazia o mesmo ao genufletir-se e ao levantar-se da genuflexão, levantava as mãos e dizia: “Sami’allahu liman hamidah, rabbana wa lakal-hamd” (Allah ouve quem Te louva, nosso Senhor, para Ti é o louvor). Al-Bukhari disse: Ele não levantava as mãos ao se prostrar e nem ao leventar a cabeça da prostração.
Muslim disse: Ele não fazia isso ao levantar sua cabeça da prostração e nem entre as duas prostrações.
Ao comentar sobre o assunto, Al-Baihaqi disse: O Profeta sempre executou a oração dessa maneira até o dia do seu falecimento.
Bukhari, ao falar sobre o assunto, relatou que Al-Hassan e Humaid Ibn Hilal disseram que todos os companheiros realizavam a oração dessa maneira.
Al-Hanafiyyah disseram que a pessoa só deve elevar as mãos no Takbiratul-Ihram, pois, isso se baseia no hadith de Ibn Massud, que rezou e levantou as mãos apenas no Takbiratul-Ihram e disse que o Profeta (SAW) orava dessa maneira. Essa é uma opinião fraca e muitos sábios estudiosos do hadith criticaram esse relatório. Uns dizem que talvez Ibn Massud esqueceu de fazer isso.
- O quarto instante é ao levantar para executar a terceira Raka’a. Nafi’ relatou que Ibn Omar disse que ao terminar as primeiras duas Raka’a, o Profeta (SAW) levantava e elevava as mãos.
Ali disse que ao terminar as primeiras duas Raka’a, o Profeta (SAW) levantava e elevava as mãos até que elas ficassem na altura dos ombros e falava Allahu Akbar.
Essa é uma Sunnah comum entre os homens e as mulheres e elas devem executá-la da mesma maneira.
Ach-Chaukani disse: Saibam que isto é uma sunnah comum entre os homens e as mulheres. As mulheres devem executá-la da mesma maneira que os homens. Não há nenhuma prova que mostra qualquer diferença entre eles sobre este ponto. Também não há prova para mostrar que as mulheres não devem levantar as mãos até a altura dos ombros como os homens.
2 – Colocar a mão direita sobre a esquerda: Colocar a mão direita sobre a esquerda é um ato preferido na oração. Há vinte hadiths relatados por dezoito companheiros e seus seguidores que confirmam este ponto.
Sahl Ibn Saad disse: Os muçulmanos foram ordenados a colocar a mão direita sobre o antebraço esquerdo durante a oração.
Al-Hafiz relatou que o Profeta (SAW) disse: “Nós, os Profetas, fomos ordenados a apressar em quebrar nosso jejum, retardar nosso Suhur e colocar nossas mãos direitas sobre nossas mãos esquerdas durante a oração”.
Jabir disse que o Profeta (SAW) passou por um homem que, ao executar a oração, colocava a mão esquerda sobre a direita, e ele (SAW) puxou a direita e a colocou sobre a esquerda.
O lugar onde as mãos devem ser colocadas: Al-Kamal Ibn Al-Hamam disse que não há nenhum hadith autêntico que afirma onde as mãos devem ser colocadas, se sob o peito ou abaixo do umbigo. De acordo com Hanifiyyah, as mãos devem ser colocadas abaixo do umbigo e Chafiyyah dizem abaixo do peito.
At-Tirmizi disse que os sábios, os companheiros, seus seguidores e os que vieram depois, disseram que a pessoa deve colocar a mão direita sobre a esquerda durante a oração, enquanto alguns dizem que acima do umbigo e outros dizem que abaixo do umbigo. No entanto, existem relatos de que o Profeta (SAW) colocava as mãos sobre o peito. Hulb At-Ta'i disse: Eu vi o Profeta orando com a mão direita sobre a esquerda sobre o peito.
Wa'il Ibn Hujr disse: Eu orei com o Profeta e ele colocou sua mão direita sobre a esquerda sobre o peito. Abu Dawud e An-Nasa'i relataram o hadith com o texto: Então, ele colocou a mão direita sobre o dorso de seu pulso e antebraço esquerdo.
3 – Súplica no inicio da oração, após At-Takbir: É recomendável que a pessoa inicie a sua oração com uma das súplicas que o Profeta (SAW) fazia ao iniciar suas orações. Isso ocorre após o Takbir e antes da recitação da Fatiha.
- Abu Hurairah disse: Ao iniciar a oração, depois do Takbirat Al-Ihram, o Profeta ficava em silêncio por um tempo antes da recitação da Fatiha. Perguntei-lhe: Ó Mensageiro de Allah, o que você recita quando fica em silêncio entre o Takbir e a recitação? Ele respondeu que dizia:
اللّهُمَّ باعِدْ بَيني وَبَيْنَ خَطايايَ كَما باعَدْتَ بَيْنَ المَشْرِقِ
وَالمَغْرِبْ ، اللّهُمَّ نَقِّني مِنْ خَطايايَ كَما يُنَقَّى الثَّوْبُ الأبَْيَضُ مِنَ
الدَّنَسْ ، اللّهُمَّ اغْسِلْني مِنْ خَطايايَ بِالثَّلجِ وَالماءِ وَالْبَرَدْ
Allahumma Ba’id baini wa baina khataiaia kama baadta bainal-machriqi wal maghrib. Allahumma naqqini min khataiaia kama iunaqqath-thaubu al-abiadhu minad-danas. Allahumma ighsilni min khataiaia bith-thalji wal ma’i wal barad
(Ó Allah, distancia-me de meus pecados assim como Tu distanciaste o nascente do poente. Ó Allah, purifica-me de meus pecados como a roupa branca é purificada da sujeira. Ó Allah, lava-me de meus pecados com a neve, a água e o granizo)
- Ali disse: Ao iniciar a oração e depois de Takbirat Al-Ihram, o
Profeta dizia:
وَجَّهتُ وَجْهِيَ لِلَّذي فَطَرَ السَّمواتِ وَالأرَْضَ حَنيفَاً وَما أَنا مِنَ
المشْرِكين ، إِنَّ صَلاتي ، وَنُسُكي ، وَمَحْيايَ ، وَمَماتي للهِ رَبِّ العالَمين
، لا شَريكَ لَهُ وَبِذلكَ أُمِرْتُ وَأَنا مِنَ المسْلِمين . اللّهُمَّ أَنْتَ المَلِكُ لا إِلهَ
إِلا أَنْت ،أَنْتَ رَبِّي وَأَنا عَبْدُك ، ظَلَمْتُ نَفْسي وَاعْتَرَفْتُ بِذَنْبي فَاغْفِرْ
لي ذُنوبي جَميعاً إِنَّه لا يَغْفِرُ الذُّنوبَ إلا أَنْت وَاهْدِني لأحَْسَنِ الأخَْلاقِ
لا يَهْدي لأحَْسَنِها إِلا أَنْت ، وَاصْرِف عَنّْي سَيِّئَها ، لا يَصْرِفُ عَنّْي
سَيِّئَها إِلا أَنْت ، لَبَّيْكَ وَسَعْدَيْك ، وَالخَيْرُ كُلُّهُ بِيَدَيْك ، وَالشَّرُّ لَيْسَ
إِلَيْك ، أَنا بِكَ وَإِلَيْك ، تَبارَكْتَ وَتَعالَيتَ أَسْتَغْفِرُكَ وَأَتوبُ إِلَيك
Wajjahtu wajhi lillazi fataras-samauati wal ardha hanifan musliman wama ana minal muchrikin. Inna salati wa nussuki wa mahiaia wa mamati lillahi rabbil alamin, wahdahu la charika lahu, wa bizalika umirtu wa ana minal muslimin. Allahumma antal maliku, la ilaha illa anta, anta rabbi wa ana abduk, zalamtu nafsi wa i’taraftu bizanbi faghfirli zunubi jami’an inahu la iaghfiruz-zunuba illa ant. Wa-hdini li ahsanil akhlaqi la iahdi li ahsaniha illa ant, wasrif anni saii’aha la iasrifu anni saii’aha illa ant. Labbaika wa saadaik wal khairu kulluhu bi iadaik wach-charru laissa ilaik, ana bika wa ilaik, tabarakta rabbana wa taalait, astaghfiruka wa atubu ilaik
(Eu dirijo minha face para o Criador dos céus e da terra corretamente, e eu não me conto entre aqueles que associam parceiros a Ti, na verdade minha oração, minha devoção, minha vida e minha morte pertencem a Allah, o Criador dos mundos, não há parceiros junto a Ele, e a isto fui ordenado, e eu sou um dos muçulmanos. Ó Allah, Tu é o Soberano, não há divindade real além de Ti. Tu és meu senhor, eu sou Teu servo. Oprimi-me, e reconheço meu pecado. Perdoa-me em todos os meus pecados, pois és Tu, e não há outro além de Ti, que possa perdoar os pecados. Guia-me para as melhores das condutas, pois mais ninguém é capaz de guiar a elas, a não ser Ti. E me livra das más condutas, pois não há quem possa me livrar delas a não ser Ti. Eis-me aqui livre e feliz te servir. Todo o bem esta em Tuas mãos. O mal não é julgado a Ti. Eu sou do Senhor e para o Senhor. Abençoado e Altíssimo és Tu. Eu busco por Teu perdão e arrependo-me a Ti)
- Omar disse que o Profeta (SAW) costumava dizer, depois de
Takbirat Al-Ihram, o seguinte:
سُبْحانَكَ اللّهُمَّ وَبِحَمْدِكَ وَتَبارَكَ اسْمُكَ وَتَعالى جَدُّكَ وَلا إِلهَ
غَيْرُك
Subháánaka Allahumma wa bi hámdika wa tabaaraka ásmuka wa ta’aalaa jádduka wa laa ilaha ghairuka
(Glorificado sejas, ó Allah, o louvor é para Ti. Abençoado seja Teu nome, e altíssimo é Teu poder, e não há divindade real além de Ti)
- Asim Ibn Humaid perguntou a Aicha como o Profeta (SAW) iniciava suas orações noturnas e ela respondeu: Você me perguntou sobre algo que ninguém me perguntou antes. Ao começar a oração, ele falava dez vezes Allahu Akbar, dez vezes Al-Hamdulillah, dez vezes Subhanallah, dez vezes la ilaha illallah, dez vezes Astaghfirullah, e então dizia:
Allahumma aghfirli, wa ahdini, wa arzuqni wa afini. Allahumma inni auuzu bika min dhiqil-maqam iaumal-qiyamah
(Ó Allah, perdoa-me, guia-me, enriquece-me e dá-me saúde. Ó Allah, eu protejo-me em Ti das dificuldades do Dia da Ressurreição)
- Abdurrahman Ibn Auf perguntou para Aicha como o Profeta (SAW) iniciava suas orações noturnas e ela respondeu que ao iniciar sua oração o Profeta dizia:
اللّهُمَّ رَبَّ جِبْرائيل ، وَميكائيل ، وَإِسْرافيل، فاطِرَ السَّمواتِ
وَالأرَْض ، عالِمَ الغَيْبِ وَالشَّهادَةِ أَنْتَ تَحْكمُ بَيْنَ عِبادِكَ فيما كانوا
فيهِ يَخْتَلِفون. اهدِني لِما اخْتُلِفَ فيهِ مِنَ الْحَقِّ بِإِذْنِك ، إِنَّكَ تَهْدي
مَنْ تَشاءُ إِلى صِراطٍ مُسْتَقيم
Allahumma Rabba Jibraa‘iil, wa ikaa‘iil, wa sraa il, f t ira assamauaati ual ard’a, ‘aalima al ghaibi wa ashshaháádati Anta táhkumu baina ‘ibaadika fiimaa kaanuu fiihi iakhtalifuuna. Ihdinii limaa ukhtúlifa fiihi min al haqqi b ‘zhnika nnaka tahdii man tashaa‘u ilaa iraat in mustaqiimin
(Ó Allah, Senhor de Gabriel, de Miguel, de Israfil, Criador dos céus e
da terra. Conhecedor do que está oculto e do que está evidente, Tu julgarás Teus servos entre tudo o que eles se divergiram. Guia-me à verdade a que as pessoas divergiram, com sua permissão. Em verdade, Tu guias a quem Tu queres à senda reta)
- Nafi’ Ibn Jubair Ibn Mut'am relatou que seu pai disse que ouviu o Mensageiro de Allah (SAW) dizer na oração voluntária:
اللهُ أَكْبَرُ كَبيرا ، اللهُ أَكْبَرُ كَبيرا ، اللهُ أَكْبَرُ كَبيرا ، وَالْحَمْدُ للهِ
كَثيرا ، وَالْحَمْدُ للهِ كَثيرا ، وَالْحَمْدُ للهِ كَثيرا ، وَسُبْحانَ اللهِ بكْرَةً
وَأَصيلا .
أَعوذُ بِاللهِ مِنَ الشَّيْطانِ مِنْ نَفْخِهِ وَنَفْثِهِ وَهَمْزِه.
Allahu Akbarun kabira, Allahu Akbarun kabira, Allahu Akbarun kabira, Alhamdu lillahi kathira, Alhamdu lillahi kathira, Alhamdu lillahi kathira, Subhanalllahu bukratan wa assila, Subhanalllahu bukratan wa assila, Subhanalllahu bukratan wa assila. A’uuzhu billahi minash-shait aani rajiimi, min hámzihi wa náfthihi wa náfkhihi
(Allah é o Maior dos maiores, Allah é o Maior dos maiores, Allah é o Maior dos maiores, muitos são os louvores para Allah, muitos são os louvores para Allah, muitos são os louvores para Allah, glorificado seja pela manhã e pela tarde, glorificado seja pela manhã e pela tarde, glorificado seja pela manhã e pela tarde. Eu protejo-me em Allah do maldito Satanás, de suas emissões, de seus sussurros, e seus sopros)
E disse que seu pai continuou e perguntou: Ó mensageiro de Allah, quais são as emissões, os sussurros e os sopros do Satanás? Ele (SAW) respondeu: “Sua emissão é a loucura que atinge os filhos de Adão, seu sopro é a arrogância e seu sussurro é a má poesia”.
- Ibn Abbas disse: Ao iniciar suas orações nutornas, depois do Takbiratul-Ihram o profeta (SAW) dizia:
اللّهُمَّ لَكَ الْحَمْدُ أَنْتَ نورُ السَّمواتِ وَالأرَْضِ وَمَنْ فيهِن ، وَلَكَ
الْحَمْدُ أَنْتَ قَيِّمُ السَّمواتِ وَالأرَْضِ وَمَنْ فيهِن ،وَلَكَ الْحَمْدُ أَنْتَ رَبُّ
السَّمواتِ وَالأرَْضِ وَمَنْ فيهِن وَلَكَ الْحَمْدُ لَكَ مُلْكُ السَّمواتِ وَالأرَْضِ
وَمَنْ فيهِن وَلَكَ الْحَمْدُ أَنْتَ مَلِكُ السَّمواتِ وَالأرَْضِ وَلَكَ الْحَمْدُ أَنْتَ
الْحَقّ وَوَعْدُكَ الْحَق ، وَقَوْ لكَ الْحَق ، وَلِقاؤُكَ الْحَق وَالْجَنَّةُحَق
، وَالنّارُ حَق ، وَالنَّبِيّونَ حَق ، وَمحَمَّدٌ حَق وَالسّاعَةُحَق.اللّهُمَّ لَكَ
أَسْلَمت ، وَعَلَيْكَ تَوَكَّلْت ، وَبِكَ آمَنْت ، وَإِلَيْكَ أَنَبْت ، وَبِكَ خاصَمْت ،
وَإِلَيْكَ حاكَمْت . فاغْفِرْ لي ما قَدَّمْتُ ، وَما أَخَّرْت ، وَما أَسْرَرْت ، وَما
أَعْلَنْت .أَنْتَ المُقَدِّمُ وَأَنْتَ المُؤَخِّر ، لا إِاهَ إِلا أَنْت. أَنْتَ إِلهي لا إِاهَ إِلا أَنْت ولا حَوْلَ وَلا قُوَّةَ إلا بالله.
Allahumma laka al hamdu, Anta qaíímu ssamaauaati wal ard’ i, wa man fii hinna, wa lakal hamdu Anta nuuru ssamaauaa wal ard i wa man i hinna, wa lakal hamdu Anta m liku ssamaauaa wal ard i wa man fii hinna, wa lakal hamdu Antal haqqu, wa wa’dukal haqq, wa qaulukal haqq , wa liqaukal haqq, wal jannatu haqqun, wan naaru haqqun wan nabiiuna haqqun, wa Muhámmadun haqqun, wassaa’ atu haqqun. Allahumma laka aslamtu, wa al ika tauakaltu, wa bika amantu, wa il ika anabtu wa bika kha amtu wa il ika háakamtu. Fáaghfir lii maa qaddamtu, wa maa akhartu, wa maa asrartu, wa ma ‘a lantu. Antal Muqáddimu, wa Antal mu‘akhkhiru, laa ilaha illa Anta, Anta ilahii laa ilaha illa Anta, wa laa haula walaa quwata illa billaah
(Ó Allah para Ti é o louvor. Tu és o sustentador dos céus, da terra e do que está contido em ambos. Para Ti é o Louvor. Tu és a luz dos céus, da terra e do que está contido em ambos. Para Ti é o louvor. Tu és o Senhor dos céus, da terra e do que está contido em ambos. Para Ti é o louvor. Tu és a Verdade e Tua promessa é a verdade, Tua palavra é a verdade e o dia que Te encontraremos é a verdade, o paraíso é uma verdade, o fogo é uma verdade, os profetas são uma verdade, a hora é uma verdade e Muhammad é uma verdade. Ó Allah, a Ti me submeto, a Ti me entrego, em Ti creio, para Ti me repreendo, sobre Ti eu disputo e em Ti me julgo. Então, me perdoe pelo que já pequei e pelo que ainda pecarei, pelo que tenho escondido e pelo que tenho feito publicamente. Tu és a minha Divindade, não há divindade real além de Ti e não há transformação nem poder a não ser por Allah)
4 – Dizer Al-Istiaazhah (A’uuzhu billahi min ash-shaitaani rajiimi): É recomendado que a pessoa, depois da súplica da abertura e antes da recitação da Fatiha, diga a Istiaazhah:
A’uuzhu billahi min ash-shaitaani rajiimi
(Eu protejo-me em Allah do maldito Satanás)
Allah diz: “Quando leres o Alcorão, ampara-te em Allah contra o maldito Satanás” (Alcorão 16:98).
No hadith anterior de Nafi’ Ibn Jubair, o Profeta (SAW) disse: “Eu protejo-me em Allah do maldito Satanás”.
Ibn Al-Munzhir disse: É relatado que o Profeta dizia Al-Istiaazhah antes da recitação.
É da sunnah dizer Al-Istiaazhah, silenciosamente: O livro Al-Mughni, afirma que a pessoa deve dizer A’uuzhu billahi min ash-shaitaani rajiimi em silêncio e não em voz audível. Não há diferença de opinião sobre esse ponto, mas Ach-Chaf'i disse: Nas orações recitadas em voz audível, a pessoa pode pronunciá-la em silêncio ou em voz audível.
A pessoa deve dizer Al-Istiaazhah no inicio de cada Raka’a, ou somente na primeira? Al-Istiaazhah deve ser falada apenas na primeira Raka’a.
Abu Hurairah disse: Quando o Profeta se levantava para executar a segunda Raka’a, ele começava com al-hamdu lillahi Rabbil aalamiin, sem qualquer tempo de silêncio.
Os sábios dizem que a oração toda é considerada apenas uma recitação, porém, a pessoa deve dizer Al-Istiaazhah somente na primeira Raka’a. Isso se basea no hadith do Abu Hurairah citado anteriormente.
Ach Chaukani disse: É melhor seguir a Sunnah, que é dizer Al-Istiaazhah, somente no início da recitação da primeira Raka’a.
5 – Falar [Amiin] depois da recitação da Fatiha: É da Sunnah o orador falar “Amiin” depois da recitação da Fatiha, independentemente se é Imam ou está orando atrás do Imam, se está em oração individual ou em oração coletiva e deve falá-la em voz audível quando a oração é em voz audível e silenciosamente quando a oração é feita em silêncio. Nuaim Al-Mujmir disse: Eu orei atrás de Abu Hurairah e ele disse “Bismillahir-rahmanir-rahim”, recitou Al-Fatiha e ao chegar em “Wala Dhdhaalliin”, ele e os oradores disseram: “Amiin”. Ao terminar a oração, Abu Hurairah disse: Por aquele cuja minha alma está em Sua mão, minha oração é a mais parecida com a do Profeta.
Ibn Chihab Az-Zuhri disse: O Mensageiro de Allah falava Amiin.
Ibn Ataa disse: Amiin é uma súplica.
Ibn Az-Zubair liderou a oração e ele e os oradores disseram Amiin em voz alta.
Nafi’ disse: Ibn Omar sempre falava Amiin nas orações e incentivava
as pessoas a dizê-lo.
Abu Hurairah disse que o Profeta (SAW), após falar “Wala dhaliin”, dizia “Amiin” em voz alta, escutava quem estava na primeira fileira da oração e a mesquita chegava a tremer.
Wa’il Ibn Hujr disse: Eu ouvi o Profeta, que após recitar “Wala dhalliin”, dizia “Amiin” em voz alta.
At-Tirmizhi disse: Os sábios, companheiros do Profeta, seus seguidores e os que vieram depois, disseram que a pessoa deve falar “Amiin” em voz alta e não em silêncio.
Ataa disse: Eu conheci duzentos companheiros nessa mesquita, quando o Imam dizia “Wala dhalliin”, eles diziam “Amiin” em voz alta.
Aicha relatou que o Profeta (SAW) disse: “O que mais deixa os Judeus com inveja de vocês, são dois de seus atos: “Assalamu alaikum wa rahmatullah” e o “Amiin” na oração coletiva”.
É preferível dizer “Amiin” junto com o Imam, nem antes dele e nem depois. Abu Hurairah relatou que o Profeta (SAW) disse: “Quando o imam disser “Ghairil maghdhuubi alaihim wala dhallin”, digam “Amiin”, pois os anjos falam “Amiin” também. Se alguém falar “Amiin” com o “Amiin” dos anjos, terá todos os seus pecados anteriores perdoados”.
A palavra “Amiin” não é um versículo da Fatiha, mas é uma súplica que significa: Ó Allah, atenda as nossas súplicas.
6 – A recitação depois da Fatiha: É da Sunnah recitar uma sura ou versículos do Alcorão depois da Fatiha na duas Raka’a do Fajr e da oração de sexta-feira, nas primeiras duas Raka’a do Dhuhr, Asr, Maghrib e Icha’a e em cada Raka’a das orações vuluntárias.
Abu Qatadah disse que o Profeta (SAW) recitava nas duas primeiras Raka’a do Dhuhr Al-Fatiha e duas suratas e nas duas últimas, recitava apenas Al-Fatiha. Disse que ele (SAW) demorava na primeira Raka’a mais do que na segunda e assim fazia no Asr e no Fajr.
Abu Daud disse que o profeta (SAW) demorava para aquele que estivesse atrasado conseguisse alcançar a primeira Raka’a da oração.
Jabir Ibn Sumrah relatou que o povo de Kufah reclamou de Saad para Omar. Isso levou Omar a demiti-lo e substitui-lo por Ammar. Eles reclamaram dizendo que Saad não executava a oração corretamente. Omar pediu explicação para Saad dizendo: Ó Abu Ishaq (Saad), essas pessoas afirmam que você não ora corretamente. Saad respondeu: Por Allah, eu orei com eles da mesma maneira que o Mensageiro de Allah orou conosco alongando as duas primeiras Raka’a do Icha’a e encurtando as duas últimas. Então, Omar disse que era isso o que ele esperava dele e
lhe mandou de volta para Kufah com umas pessoas para perguntar ao povo da Kufah sobre ele. Todas as pessoas elogiavam Saad, mas quando entraram em uma mesquita da tribo de Abs, um homem chamado Usamah Ibn Qatadah, também conhecido como Abu Saadah, se levantou e disse: Por Allah, Saad não acompanha o exército nas batalhas, não distribui o butim com justiça e seus veredictos são injustos. Saad, em seguida, disse: Ó Allah, se esse servo está mentindo e fez isso para aparecer, dê-lhe uma longa vida, aumente sua pobreza e coloque-o nas tentações e tribulações. Anos mais tarde, Usamah disse: Eu sou um velho alienado e a súplica de Saad me acertou.
Abdul-Malik (um dos narradores) disse: Eu vi esse homem com as sobrancelhas pendendo nos olhos devido à idade avançada e ser zombado pelos jovens nas ruas.
Abu Hurairah disse: A recitação deve ser feita em cada oração. Se alguém recitar somente Al-Fatiha, será suficiente, e se recitar Al-Fatiha e mais outra sura ou alguns versículos, a recompensa é ainda maior.
Como é feita a recitação depois da Fatiha: Isso pode ser realizado de várias maneiras:
Al-Hussain disse: Quando conquistamos Khurassan, havia trezentos companheiros conosco, um deles liderava a oração, recitava uns versículos depois da Fatiha e genufletia.
Foi relatado que Ibn Abbas recitou Al-Fatiha, mais alguns versículos da sura Al-Baqarah em cada Raka’a.
Abdullah Ibn As-Sa’ib disse: O Profeta recitou a sura Al-Mu’minun na oração do Fajr e quando chegou aos versículos que falam sobre Moises, Araão e Jesus, começou a tossir e genufletiu-se. Omar recitou 120 versículos da sura Al-Baqarah na primeira Raka’a e uma Sura do Al-Mathani (uma das sete suratas mais compridas no Alcorão) na segunda. Al-Ahnaf recitava a sura Al-Kahf na primeira Raka’a e a sura Youssef ou Yunus na segunda. Omar recitava as mesmas suratas na oração do Fajr. Ibn Massud recitou quarenta versículos da sura Al-Anfal na primeira Raka’a e uma sura da Mufassal (Suratas 50 até 114) na segunda.
Qatadah comentou sobre a pessoa que recita a mesma sura nas duas Raka’a dizendo: Tudo é do Livro de Allah.
Ubaidullah Ibn Thabit relatou que Anas disse: Um homem de Al-Ansar que era o imam da mesquita de Qubaa, sempre recitava a sura Al-Ikhlas e mais outra sura em cada Raka’a da oração. Quando o povo reclamou da sua atitude dizendo que ele deveria recitar uma ou outra, que isso seria suficiente, ele disse: Eu não abandonarei essa sura, então,
ou vocês aceitam meu jeito de orar ou nomeiam outro imam. Ao saber do fato, o Profeta lhe perguntou: “Ó fulano, o que te impede de fazer o que seus companheiros estão lhe pedindo? Porque você está recitando essa sura em cada Raka’a?” Ele respodeu: Eu amo essa sura. Então, o Profeta disse: “Seu amor por ela te levará para o Paraíso”.
Um homem da tribo de Juhainah disse: Eu ouvi o Mensageiro de Allah recitar a sura Az-Zalzalah nas duas Raka’a do Fajr. Eu não sei se ele esqueceu ou fez isso de propósito.
A recitação do Profeta (SAW) depois da Fatiha: Sobre esse assunto, Ibn Al-Qayyim disse: Depois de recitar Al-Fatiha, o Profeta recitava uma sura, às vezes grande e às vezes pequena, por ele estar em viagem ou por outro motivo, mas na maioria das vezes ele fazia uma recitação de comprimento intermediário.
A recitação do Profeta (SAW) na oração do Fajr: O Profeta (SAW) recitava, na oração do Fajr, 60 a 100 versículos. O que recitava nessa oração é a sura Qaf, Ar-Rum, At-Takwir, Az-Zalzalah, Al-Mu’minun e recitava Al-Falaq e An-Nas quando estava de viagem.
Nas orações do Fajr de sexta-feira, ele (SAW) recitava As-Sajdah e Al-Insan completas. Ele (SAW) não fazia, o que muitas pessoas fazem hoje, como recitar parte de uma sura e depois parte de outra. Muitas pessoas ignorantes pensam que é melhor recitar uma sura com uma prostração (Sajdah) na manhã de sexta-feira, mas isso é ignorância pura. Alguns sábios não gostam de recitar a sura As-Sajdah na oração do Fajr devido a esse pensamento errado.
O Profeta (SAW) costumava recitar essas duas Suratas (As-Sajdah e Al-Insan) porque elas falam de assuntos que aconteceram ou irão acontecer especificamente ocorrer numa sexta-feira, como a criação do homem, o retorno a Allah, a criação de Adão e a entrada no Paraíso ou no Inferno. Portanto, ele (SAW) recitava essas suratas na sexta-feira para lembrar seus companheiros dos acontecimentos daquele dia. Ele (SAW) também recitava Qaf, Al-Qamar, Al-A'la e Al-Ghachiyah em dias de grande importância, como sexta-feira e os dias de Eid.
A recitação do Profeta (SAW) na oração do Dhuhr: O Profeta (SAW), às vezes, fazia uma recitação longa na oração do Dhuhr. Abu Said disse: Às vezes, o Profeta iniciava a oração do Dhuhr e até dava tempo de uma pessoa ir até Al-Baqi’ fazer suas necessidades, voltar para sua casa, executar a ablução, retornar a mesquita e ainda encontrar o Profeta na
primeira Raka’a da oração devido a sua longa recitação.
Ele (SAW), às vezes, recitava na oração do Dhuhr As-Sajdah, Al-A’la, Al-Lail, Al-Buruj e At-Tariq.
A recitação do Profeta (SAW) na oração do Asr: A recitação do Asr é a metade do comprimento da recitação do Dhuhr quando é comprida e do mesmo comprimento quando essa é de recitação curta.
A recitação do Profeta (SAW) na oração do Maghrib: O Profeta (SAW) recitava na oração do Maghrib Al-A’raf nas duas Raka’a, At-Tur e Al-Mursalat.
Abu Omar Ibn Abdulbar relatou que o Profeta (SAW) recitou no Maghrib Al-A’raf, As-Saffat, Ad-Dukhan, Al-A’la, At-Tin, Al-Falaq, An-Nas, Al-Mursalat e as pequenas suratas da Mufassal.
Recitar sempre as pequenas suratas da Mufassal, no Maghrib, não é da Sunnah. Marwan Ibn Al-Hakam recitava sempre as pequenas suratas no Maghrib até que foi questionado por Zaid Ibn Thabit, que lhe disse: Porque você recita sempre as pequenas suratas no Maghrib sabendo que o Profeta (SAW) recitava Al-A’raf?
Aicha disse que o Profeta (SAW) recitava Al-A’raf nas duas primeiras Raka’a do Maghrib, metade em cada Raka’a. Então, recitar sempre as pequenas suratas no Maghrib é prática de Marwan Ibn Al-Hakam e isso não é da Sunnah.
A recitação do Profeta (SAW) na oração do Icha’a: Na oração do Icha’a, o Profeta (SAW) recitou At-Tin e disse para Muaz recitar nela as pequenas suratas como Ach-Chams, Al-A’la e Al-Lail e não recitar Al-Baqarah para não colocar as pessoas em dificuldade.
A recitação do Profeta (SAW) na oração de sexta-feira: O Profeta (SAW) recitava na oração de sexta-feira: Al-Jumu’ah, Al-Munafiqun, Al-Ghachiyah e Al-A’la.
Não é da Sunnah recitar apenas o final da sura Al-Jumu’ah (do versículo 9 até o versículo 11) na oração da sexta-feira.
A recitação do Profeta (SAW) nos dois Eid: Nas orações dos dois Eid, o Profeta (SAW) recitou Qaf, Al-Qamar, Al-A’la e Al-Ghachiyah. Essas são as orientações do Profeta (SAW) que ele as seguiu até o seu falecimento e que seus Khalifas as seguiram depois e nunca foram alteradas. Abu Bakr recitou Al-Baqarah na oração do Fajr e terminou ela
quando o sol estava prestes a subir. Omar recitou na oração do Fajr Youssef, An-Nahl, Hud, Al-Israa e outras suratas compridas e nenhum dos Khalifas ou dos companheiros disse que a recitação de longas suratas na oração foi revogada.
Em relação ao hadith de Jaber Ibn Sumrah citado por Muslim de que o Profeta (SAW) recitou na oração do Fajr a sura Qaf e a suas orações seguintes eram curtas, mostra que a recitação na oração do Fajr deve ser mais longa do que nas outras orações. Umm Al-Fadhl, ao ouvir seu filho Ibn Abbas recitar Al-Mursalat, disse: Ó meu filho, você me fez lembrar que essa foi a última sura que eu ouvi do Profeta e isso foi na oração do Maghrib.
Em relação ao hadith do Profeta (SAW), de que o Imam deve encurtar (facilitar) a oração e ao relato de Anas que diz que o Profeta (SAW) executava uma oração curta e perfeita, o termo “curto” é relativo, por isso, ao fazer uma oração curta, a pessoa deve se basear nas práticas do Profeta (SAW) e não nos desejos dos oradores. O Profeta (SAW) sabia que entre os oradores há idosos e fracos, então, devemos fazer a oração curta da mesma maneira que ele fazia. Ibn Omar disse: O Profeta nos ordenou encurtar (facilitar) a oração e recitar a sura As-Saffat ao liderar a oração. Então, quando o Profeta (SAW) disse aos imames para encurtar (facilitar) as orações, quis dizer uma sura do comprimento da As-Saffat.
Recitar uma sura específica: O Profeta (SAW) não recitou uma sura especifica para cada oração, exceto para as orações de sexta-feira e para os dois Eid. Quanto às outras orações, Amr Ibn Chuaib relatou que seu avô disse: Não há nenhuma sura da Mufassal, grande ou pequena, que eu não tenha ouvido o Profeta recitá-la ao liderar as orações obrigatórias.
O Profeta (SAW) recitava uma sura inteira em cada Raka’a, às vezes, dividia a sura recitando a metade em cada uma das duas Raka’a ou apenas recitava a parte inicial da sura. Não foi relatado que ele recitava, nas orações, uns versículos do meio ou do final da sura, nem que recitava duas suratas em uma Raka’a durante as orações obrigatórias. No entanto, o fez durante as orações voluntárias. Ibn Massud disse: Eu sei as suratas que o Profeta costumava recitar juntas em uma Raka’a: Ar-Rahman e An-Najm, Al-Qamar e Al-Haqqah, At-Tur e Azh-Zhariyat, Al-Waqi'ah e Al-Qalam. Entretanto, este hadith não nos diz se foi nas orações obrigatórias ou voluntárias, o que é mais provável. O Profeta (SAW) raramente recitava a mesma sura nas duas Raka’a. Um homem da tribo do Juhainah disse: Eu ouvi o Mensageiro de Allah recitar a sura do Az-Zalzalah nas duas Raka’a do Fajr, mas não sei se ele esqueceu ou fez isso de propósito.
Alongar a primeira Raka’a do Fajr: O Profeta (SAW) alongava a primeira Raka’a do Fajr mais do que a segunda e fazia isso em todas as orações, para que os oradores conseguissem chegar e alcançar a oração no seu início.
Porque o Profeta (SAW) alongava a oração do Fajr mais do que outras orações?
- A recitação do Fajr é testemunhada por Allah e seus anjos.
- A oração do Fajr tem o menor número de Raka’a e a sua recitação se prolonga para compensar isso.
- As pessoas estão bem descansadas corporalmente e espiritualmente, pois, ainda não se engajaram em seus trabalhos ou em outros assuntos mundanos e poderão refletir e compreender o Alcorão melhor.
- A oração do Fajr é a primeira obra e a base de todas as obras do dia. Portanto, é preferível prolongar a recitação na oração do Fajr.
Como o Profeta(SAW) recitava o Alcorão: Ibn Al-Qayyim disse: A recitação do Profeta era alongada, ele fazia uma pausa no final de cada versículo e alongava sua voz.
Recomendações durante a recitação: É da Sunnah recitar o Alcorão em voz bonita e agradável. O Profeta (SAW) disse: “Embelezai vossas vozes com o Alcorão”, “Aquele que não lê melodiosamente o Alcorão não é um de nós”, “Quem tem a melhor voz com o Alcorão é aquele, o qual sentimos o seu temor a Allah, ao ouvir sua recitação” e “Nada apraz mais a Allah do que ouvir um profeta, de voz agradável, recitar o Alcorão”.
An-Nawawi disse: É sunnah para quem está recitando o Alcorão, independentemente se na oração ou não, pedir as bênçãos a Allah ao recitar um versículo de misericórdia, pedir proteção a Allah do fogo infernal e de todo o mal ao recitar um versículo de castigo, dizendo, por exemplo: Allahumma inni as’aluka al-afiyah (Ó Allah, imploro-Te o bem estar). Glorificar Allah ao recitar um versículo que O glorifica, dizendo, por exemplo: Subhanahu wa taala (Exaltado e Altíssimo seja) ou Tabarakal-lahu rabbil-alamin (Bendito seja Allah, Senhor do Universo). Huzhaifah Ibn Al-Yamman disse: Uma noite, eu orei com o Profeta e ele começou a ler Al-Baqarah. Achei que ele ia se genufletir depois de cem versículos, mas ele continuou. Então eu pensei: Ele vai completar a Sura, mas ao completá-la ele recitou Al Imran e depois An-Nisaa. Ele recitou as Suratas lentamente e ao chegar a um versículo que glorificava Allah, ele O
glorificava; e ao chegar a um versículo de súplica, ele suplicava; e ao chegar a um versículo de pedir proteção a Allah, ele pedia.
Ach-Chafi’iyyah dizem: Glorificar, suplicar e pedir proteção a Allah, são atos recomendados para o recitador do Alcorão, independentemente se ele está orando ou não, se é o Imam ou está em uma oração coletiva ou individual, pois esses atos são súplicas e elas devem ser faladas, como o caso do “Amiin” na oração.
É preferível que ao recitar: “Acaso, não é Allah o mais prudente dos juízes?” (Alcorão 95:8), a pessoa deve dizer: Bala wa ana ala zhalika minach-chahidin (Certamente, e eu sou testemunho disso). Ao recitar: “Porventura, Ele não será capaz de ressuscitar os mortos?” (Alcorão 75:40), a pessoa deve dizer: Bala wa ana achhad (Certamente, e eu sou testemunho). Ao recitar: “Assim, pois, em que mensagem crerão, depois desta?” (Alcorão 77:50), a pessoa deve dizer: Amantu billah (Eu creio em Allah). Ao recitar: “Glorifica o nome do teu Senhor, o Altíssimo” (Alcorão 87:1), a pessoa deve dizer: Subhana rabbial a’la (Glorificado seja o meu Criador, o Altíssimo). Isso deve ser dito independentemente se a recitação é feita na oração ou não.
A oração em voz audível e em silêncio: É da Sunnah recitar em voz audível as duas Raka’a do Fajr e da sexta-feira, as duas primeiras Raka’a do Maghrib e do Icha’a, a oração dos dois Eid, a oração do eclipse e a oração para pedir chuva. É da Sunnah recitar em silêncio a oração do Dhuhr, a oração do Asr, a terceira Raka’a do Maghrib e as duas últimas Raka’a do Icha’a. No que diz respeito as outras orações voluntárias, aquelas que são feitas durante o dia devem ser recitadas em silêncio, enquanto aquelas feitas durante a noite podem ser em voz audível ou em silêncio, mas o melhor é a moderação. Uma noite, o Profeta (SAW) passou por Abu Bakr quando estava rezando em voz muito baixa e por Omar que estava orando em voz muito alta. Mais tarde, quando o Profeta (SAW) se encontrou com eles, disse: “Ó Abu Bakr, passei quando você estava orando em voz muito baixa”. Ele disse: Ó Mensageiro de Allah, é para Aquele, que eu estava orando, ouvir. E ele (SAW) disse para Omar: “Ó Omar, eu passei por você quando estava orando em voz muito alta”. Ele disse: Ó Mensageiro de Allah, isso é para acordar o sonolento e afugentar Satanás. O Profeta (SAW) disse: “Ó Abu Bakr, levanta a sua voz um pouco. E ó Omar, abaixe a sua voz um pouco”.
Não há problema se alguém esquecer e recitar em voz alta quando deveria recitar em silêncio ou vice-versa, mas se a pessoa perceber sua falha durante a recitação, deve mudar para o modo correto.
A recitação atrás do Imam: A regra principal é que a oração sem recitação da Fatiha é inválida e o orador deve recitar Al-Fatihah em cada Raka’a das orações obrigatórias e voluntárias, mas se a pessoa estiver orando atrás do Imam em uma oração de voz audível, deve ficar em silêncio ouvindo a recitação do Imam. Allah disse: “E quando for lido o Alcorão, escutai-o e calai, para que sejais compadecidos” (Alcorão 7:204). O Profeta (SAW) disse: “Quando o Imam disser Allahu Akbar, vocês digam Allahu Akbar também e quando ele recitar, vocês fiquem em silêncio”. O Profeta (SAW) disse: “Quem estiver orando atrás de um Imam, a recitação do Imam lhe é suficiente”.
Isso é nas orações feitas em voz audível, mas nas orações feitas em silêncio, cada um dos oradores deve fazer a sua recitação.
Se alguém não conseguir ouvir a recitação do Imam em uma das orações feitas em voz audível, deve fazer sua própria recitação.
Abu Bakr Ibn Al-Arabi disse: Baseado nos relatos, a recitação nas orações feitas em silêncio é obrigatória, mas nas orações feitas em voz audível, o orador não deve recitar. Isto se baseia nas seguintes provas:
- Essa era a prática do povo de Medina;
- É um decreto do Alcorão em que Allah diz: “E quando for lido o Alcorão, escutai-o e calai, para que sejais compadecidos” (Alcorão 7:204);
- Na sunnah há esses dois hadiths do Profeta (SAW):
Imran Ibn Hussain relatou que ao ouvir um homem recitar atrás dele na oração, o Profeta disse: “Sei que alguns de vocês competirão comigo”.
“E quando ele (o Imam) recitar, fiquem em silêncio”.
- Quando o orador pode recitar atrás do Imam? Alguém pode até dizer que quando ele ficar em silêncio, porém dizemos que o Imam não é obrigado a ficar em silêncio, portanto, um ato obrigatório (que é recitar a Fatiha) não pode ser dependente de um ato que não é obrigatório (o silêncio do Imam após a sua recitação da Fatiha).
A recitação atrás do Imam na oração audível é feita no coração e a pessoa deve refletir e se concentrar no que está sendo recitado.
Essa também é a opinião de Az-Zuhri, Ibn Al-Mubarak, Malik, Ahmad, Ishaq e Ibn Taimiyyah.
7 – At-Takbir ao mudar de posição: É da Sunnah o orador fazer At-takbir ao se genufletir, ao se prostrar, ao levantar a cabeça depois da prostração, ao se levantar depois das duas prostrações e ao sentar e dizer
Sami’al-lahu liman hamidah (Allah ouve quem O louva) ao se levantar da genuflexão.
Ibn Massud disse: Eu vi o Mensageiro de Allah fazer At-Takbir em todas as genuflexões, prostrações, ao se levantar e ao se sentar.
At-Tirmizhi disse: Os companheiros do Profeta, incluindo Abu Bakr, Omar, Uthman, Ali e outros, seus seguidores e todos os sábios e juristas executavam a oração de acordo com este hadith.
Abu Bakr Ibn Abdurrahman Ibn Al-Harith relatou que ouviu Abu Hurairah dizer que o Profeta (SAW) falava Allahu Akbar ao iniciar a oração, ao genufletir-se, Sami’al-lahu liman hamidah ao se levantar da genuflexão e depois Rabbana lakal hamd ao ficar de corpo reto e antes de se prostrar. Falava Allahu Akbar ao fazer as duas prostrações, ao levantar a cabeça e ao terminar as prostrações e ficar em pé. Ele fazia isso em cada Raka’a da oração. Então, Abu Hurairah disse que o Profeta (SAW) sempre orou desta maneira até a sua despedida desse mundo.
Ikrimah disse a Ibn Abbas: Eu executei a oração do Dhuhr no deserto atrás de um velho tolo. Ele executou vinte e dois Takbir. Ele fazia o Takbir ao se prostrar e ao levantar a cabeça. Ibn Abbas lhe disse: Essa é a oração de Abu Al-Qasim.
É preferível dizer Allahu Akbar ao iniciar a mudança de posição, nem antes e nem depois.
8 – A maneira de se genufletir: A obrigação na genuflexão é a pessoa curvar-se para frente, colocando as mãos sobre os joelhos. Mas é da Sunnah deixar a cabeça no nível das costas, apoiar as mãos com os dedos separados sobre os joelhos e as canelas, mantendo os braços afastados do corpo e as costas retas.
Ao genufletir-se, Uqbah Ibn Amer colocou as mãos com os dedos separados sobre os joelhos e disse: Eu vi o Mensageiro de Allah orar dessa maneira.
Abu Humaid disse: Ao genufletir, o Profeta deixava suas costas e sua cabeça em linha reta e colocava suas mãos sobre seus joelhos como se estivesse segurando-os.
Aicha disse: Ao genufletir, o Profeta deixava sua cabeça em linha reta, nem para cima e nem para baixo.
Ali disse: Quando o Profeta se genufletia, se alguém colocasse um copo de água nas suas costas, o copo não se derramaria.
Mus’ab Ibn Saad disse: Eu orei ao lado de meu pai e ao me genufletir, juntei minhas palmas e as coloquei entre minhas pernas. Meu pai me parou e disse: Nós faziamos isso e o Profeta nos ordenou a colocar
nossas mãos sobre os joelhos.
9 – As recordações durante a genuflexão: É preverivel recordar Allah durante a genuflexão dizendo: Subhana rabbil adhim (Glorificado seja o meu Criador, o Poderosíssimo).
Uqbah Ibn Amer disse: Quando o versículo: “Glorifica, pois, o nome do teu Supremo Senhor!” (Alcorão 56:74), o Profeta disse: “Façam isso em suas genuflexões”.