O testemunho é a proclamação de fé, é a chave que faz com que o ser humano ingresse no Islam. Ele se dá, em primeiro lugar, pela aceitação do seu significado pelo coração e pela razão, eliminando, dessa forma, a dúvida, e em segundo lugar, pelo seu pronunciamento através da fala.
O testemunho engloba a crença Islâmica, quando pronunciamos a primeira parte que é:
(Achhadu An Lá Iláha illa Allah)
ou seja:
(Testemunho que não há outra Divindade além de Deus)
E certificamos a nossa crença completa na unicidade de Deus, ou seja, na unicidade de Deus na criação, na unicidade Divina (ou seja, da adoração) e na unicidade dos Nomes e Atributos de Deus.
Essa sentença descarta a adoração de qualquer outra coisa que possamos ser tentados a colocar no lugar do Deus Único como ídolos, tais como fenômenos da natureza, poder, riqueza e similares, Deus, o Altíssimo, no Alcorão, deu testemunho sobre isso, sendo confirmado pelos anjos e sábios.
“Deus dá testemunho de que não há mais divindade além d’Ele; os anjos e os sábios O confirmam Justiceiro; não há mais divindade além d’Ele, o Poderoso, o Prudentíssimo.” (Alcorão Sagrado 3:18)
Esta sentença é a base na qual será construída todo o Din, logo, é a primeira obrigação que recai sobre o crente, ou seja, a sua aceitação consciente.
“… Com exceção daqueles que declaram a verdade e com pleno conhecimento.” (Alcorão Sagrado 43:86)
E completa de tudo que ela implica, como aceitação do que foi legislado por Deus, quando pronunciamos a segunda parte que é:
Ach hadu anna Muhammadan Rassulullah
ou seja:
(E testemunho que Muhammad é o Seu Mensageiro)
Certificamos que Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), é o último mensageiro de Deus e, consequentemente, isso implica na aceitação do muçulmano de tudo que ele nos informou como a crença nos anjos, nos Livros revelados, nos mensageiros, no Dia do Juízo Final e na predestinação.
Essa sentença não pode criar nenhuma mudança na vida do ser humano se apenas for pronunciada sem convicção, sem que se perceba o seu real significado e, principalmente, sem que seja posta em prática.
É como se estivéssemos com fome e nos limitássemos a repetir a palavra comida. Isso não adiantaria nada, pois permaneceríamos com fome. A força real dessa sentença está na sua aceitação consciente e completa e na sua colocação em prática.