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A Verdade Sobre os Califas Probos (4)


Áli Ibn Abi Tálib (R)


“Você não ficaria satisfeito ser para mim o que Aarão foi para Moisés?


Fique sabendo que não haverá qualquer profeta depois de mim”?


(Bukhári e Musslim)


Preparação: Dr. Ahmad Al Mazid


Dr. Ádel Ach Chadi


Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso


Louvado seja Allah, Protetor dos temente e Ajudante dos enfraquecidos.


Que a paz e a graça de Deus esteja com o derradeiro dos profetas e dos


mensageiros, nosso Profeta Mohammad(S), com os seus familiares e com


todos os seus companheiros


Esta é a última jornada dos Califas probos e líderes dos orientados. Vamos


viver com ela com o quarto califa probo, um dos dez auspiciados com o


Paraíso, o primeiro menino a adotar o Islam, o califa mais próximo em


parentesco do Rassulullah (S). É o seu primo, tendo o mesmo avô, Abdel


Mutalib, marido da filha do Profeta (S) e pai do Hassan,


Ali Ibn Abi Tálib (R)


Um dos famosos sábios, dos ascetas conhecidos, os oradores lembrados,


herói dos heróis, cavaleiro dos cavaleiros, forte, o mestre dos corajosos, o


portador do estandarte no dia de Khaibar para educar todo covarde!


Sob a Doção do Profeta (S)


Áli Ibn Abi Tálib (R) foi educado na casa do Profeta (S), isso antes do


início da mensagem. Ibn Isaac relatou, com base em Mujáhid Ibn Jubair:


“Foi da graça de Deus ao Áli Ibn Abi Tálib que uma crise se abateu sobre


os coraixitas. Abu Tálib tinha uma família numerosa. O Profeta (S) pediu


ao Abbás, um dos mais ricos entre o clã de Háchim, para aliviarem a


carga familiar de Abu Tálib, adotando cada um deles um dos filhos dele.


O Abbás aceitou e foram ter com Abu Tálib, expondo-lhe a questão. Este


lhes disse: “Se vocês me deixarem ‘Aquil, podem fazer o que quiserem.”


O Rassulullah (S) levou Áli e o Abbás levou Jaafar. Áli permaneceu com


o Profeta (S) até o início de sua mensagem. Ele o seguiu, acreditando e


tendo confiança nele.


A Sua Conversão (R)


Áli (R) disse: “O Rassulullah (S) foi comissionado na segunda-feira, e eu


adotei o Islam na quarta-feira.” Foi o primeiro menino a se tornar


muçulmano. Estava com oito anos de idade.


Devido à sua pouca idade e a sua permanência na casa do Profeta (S), Áli


Ibn Abi Tálib foi educado na boa conduta. Nunca foi pueril, nunca adorou


ídolos, nunca ingeriu álcool, nem conheceu o caminho da diversão e da


indecência.


Dormiu no Leito do Profeta (S)


No dia da Hégira, Áli Ibn Abi Talib (R) dormiu no leito do Profeta (S),


mesmo sabendo do perigo que estava correndo, uma vez que os


politeístas estavam à espreita, do lado de fora, armados, querendo matar


quem estavam dormindo no leito. A sua vida, porém, não era mais


querida do que a vida do Rassulullah (S).


Entrega dos Depósitos


Quando o Profeta (S) migrou para Madina, ordenou Áli (R) a permanecer


em Makka para devolver os depósitos que estavam sob a guarda do


Profeta (S), e então o seguisse junto com a sua família, e ele o fez.


Suas Participações


Áli (R) participou da batalha de Badr, e foi decisivo nela. Participou de


Uhud, e estava do lado direito portando o estandarte depois de Mus’ab Ibn


Umair. Participou da Batalha do Fosso e matou o herói dos árabes e um de


seus famosos valentes, Amru Ibn Wad al Ámiri. Participou do pacto de


Hudaibiya, da aclamação de Radhwan. Participou da expedição de Khaibar,


tendo uma participação espantosa, conquistando a fortaleza e matando o seu


comandante.


Participou de Umratul Cadhá. Nela o Profeta (S) disse: “Você é de mim e eu


sou de você.” (Bukhári).


Participou da conquista de Makka, da campanha de Hunain, de Taif. Em


todas essas batalhas lutou com coragem ímpar. Ele acompanhou o


Rassulullah (S) na Umra à partir de Ju’rána.


O Rassulullah (S) o enviou como emir e governador do Iêmen, juntamente


com Khálid Ibn al Walid. Acompanhou o Rassulullah (S) na Peregrinação de


Despedida, levando as oferendas, cumprindo os rituais que o Rassulullah (S)


cumpria. Acompanhou-o na oferenda, permanecendo com o ihram (veste da


peregrinação) até sacrificarem as oferendas após o término dos rituais da


peregrinação.


Será que o Profeta (S) Designou Áli Para a Sua Sucessão?


Quando o Profeta (S) adoeceu, o Abbás disse para Áli (R): “Pergunte ao


Rassulullah (S) quem irá sucedê-lo?” Áli respondeu: “Por Deus que não


irei perguntar. Se ele nos proibir, as pessoas não irão nos aceitar mais


depois dele.”


As tradições verdadeiras e sinceras mostram que o Rasssulullah (S) não


indicou a ele ou a ninguém para sucedê-lo, mas aludiu ao Siddik e


indicou de forma compreensível e visível a ele.


O que muitos ignorantes e estúpidos alegam que ele indicou Áli para o


califado, estão mentindo, proferindo calúnias e falsidades, e cometem um


grave erro, acusando os companheiros de traição e de parcialidade,


deixando de executar o seu testamento, desviando-o para outro, sem


sentido nem causa.


Cada crente em Deus e no Seu Mensageiro confirma que o Islam


constitui na verdade e sabe que essa alegação é falsa, porque os


companheiros do Rassulullah (S) eram pessoas melhores depois dos


profetas, as melhores gerações dessa comunidade, a mais nobre das


comunidades neste mudo e no Outro, de acordo com o texto do Alcorão,


do consenso dos antecessores e dos sucessores, com a graça de Deus.


Alegar, também, que o Profeta (S) designou Áli (R) para o califado e ele


não o exigiu, mas exerceu a função de ministro e conselheiro dos califas


anteriores, casou e concedeu sua filha em casamento, acusando-o de


mudez e fraqueza, Deus está isento disso, pois ele foi o cavaleiro


indomável, que não se furtava em pronunciar a verdade.


A Sua Posição Quanto ao Califado dos que o Antecederam


Quando o Rassulullah (S) faleceu, Áli participou da preparação, banho e


amortalhamento e sepultamento do corpo. Quando o Siddik foi aclamado,


em Saquifa, Áli fazia parte dos que o aclamaram na mesquita. Estava ao


lado do Siddik, com os outros líderes dos companheiros, consciente de


seu dever de obedecê-lo e servi-lo.


Quando Abu Bakr faleceu e Omar assumiu o califado por designação de


Abu Bakr, Áli participou de sua aclamação, e foi o seu fiel conselheiro.


Diz-se que Omar lhe pediu para sentenciar durante o seu califado, foi


com ele e um grupo dos companheiros para a Síria, assistiu ao seu


discurso em Jábiya.


Quando Ômar foi apunhalado, e tornou a sucessão numa questão de


consulta entre seis candidatos, com Áli sendo um deles, e a escolha ficou


entre Osman e Áli e a escolha ficou com Osman, ele acatou a escolha.


Quando Oman foi assassinado, numa sexta-feira, as pessoas escolheram


Áli e o acalmaram.


Áli negou-se atendê-los em aceitar o califado mesmo com a insistência


no pedido. Ele se retirou para o pomar de Bani Ámru Ibn Mabdul e se


fechou no local. As pessoas foram atrás dele, insistiram com ele,


juntamente com Tal-há e Zubair. Disseram-lhe: “Não se pode ficar sem


um governante.” Continuaram insistindo com ele até aceitar.


Suas Virtudes


Áli Ibn Abi Tálib (R) teve muitas virtudes e muitos méritos. O Imam dos


sunnitas, Ahmad Ibn Hanbal (que Deus tenha piedade dele), disse:


“Nenhum dos companheiros do Rassulullah (S) teve os méritos de Áli.”


Isso indica o amor dos sunnitas a Áli e os familiares do Profeta (S), pois


eles conservaram essas tradições e as narraram como as ouviram do


Profeta (S), sem omitir nenhuma delas. Entre as tradições a respeito de


seus méritos (R), citamos:


Primeiro. Áli como Mártir: Abu Huraira (R) relatou que o Rassulullah (S)


estava em Harrá juntamente com Abu Bakr, Omar, Osman, Áli, Tal-há e


Zubair, e a rocha se moveu. O Rassulullah (S) disse: “Quita, está sobre


você um profeta,ou Siddik ou mártir.”


Segundo. Áli no Paraíso. O Rassulullah (S) disse: “Abu Bakr estará no


Paraíso, Omar estará no Paraíso, Osman estará no Paraíso e Áli estará no


Paraíso.” (Ahmad).


Terceiro. Só o ama o crente e só o odeia o hipócrita: Áli (R) disse: “Por


Aquele que criou a semente e fez soprar a brisa, que o Profeta iletrado (S)


me afiançou que só me amará o crente e só me odiará o hipócrita.”


(Musslim).


Quatro. Sua posição em relação ao Profeta (S): Saad Ibn Abi Waccas


relatou que o Rassulullah (S) deixou Áli em Madina durante a expedição


de Tabuk. Disse-lhe: “Ó Rassulullah, está me deixando junto com as


mulheres e as crianças”? Respondeu-lhe: “Você não ficaria satisfeito ser


para mim o que Aarão foi para Moisés? Fique sabendo que não haverá


qualquer profeta depois de mim”? (Bukhári e Musslim).


Quinta. Familiares do Profeta (S). Saad Ibn Waccas relatou que quando o


seguinte versículo: “Vinde! Convoquemos os nossos filhos e os vossos”


(3:61), o Rassulullah (S) convocou Áli, Fátima, Hassan e Hussein e disse:


“Ó Deus, estes são os meus familiares” (Musslim)


Sexta. Áli ama Deus e Seu Profeta (S), Deus e Seu Profeta (S) o amam.


Sahl Ibn Saad (R) relatou que o Rassulullah (S) disse no dia de Khaibar:


“Amanhã vou entregar o estandarte a um homem, por intermédio do qual,


Deus irá conceder a vitória. Ele ama Deus e Seu Profeta (S) e Deus e Seu


Profeta (S) o amam”. As pessoas foram dormir querendo adivinhar a


quem daria o estandarte. Ao amanhecer, foram ter com o Rassulullah (S),


cada um desejando ser escolhido. Ele perguntou: “Onde está Áli Ibn Abi


Tálib”? Responderam-lhe: “Ele está se queixando dos olhos”. Pediu:


“Mandem chamá-lo”. Áli chegou, o Rassulullah (S) pegou a sua saliva,


passou nos olhos dele, fez uma prece e a vista de Áli ficou boa, sem dor.


Deu-lhe o estandarte e Deus lhe concedeu a vitória. (Bukhári e Musslim).


Sétima. Áli, como juiz. Áli (R) relatou: “O Rassulullah (S) me enviou ao


Iêmen, como juiz. Perguntei-lhe: ‘Ó Rassulullah, está me enviando a


pessoas mais velhas do que eu para ser juiz deles’? Respondeu: ‘Vai,


Deus, Altíssimo, firmará a sua língua e orientará o seu coração’. (Ahmad


e Nissá-i).


Oitava. Você é meu e eu sou seu. Bará Ibn ‘Azib (R) relatou que o


Profeta (S) disse a Áli: “Você é meu e eu sou seu”. (Bukhári).


Habachi Ibn Junáda relatou que o Profeta (S) disse: Áli é meu e eu sou


dele e, só pagam as minhas dívidas, eu ou Áli”. (Ahmad e Tirmizi).


Os elogios dos companheiros e de seus antecessores


Ômar Al Khattab (R) disse: “Áli é o nosso juiz”. Costumava pedir refúgio


em Deus, quanto aos problemas em que não havia opinião de Abul Hassan,


quer dizer Áli.


Ibn Abbás disse: “Quando era-nos apresentado um parecer de Áli, não


objetávamos”.


Ibn Saad, baseado em Said Ibn Mussib relatou: “Nenhum dos companheiros


se atrevia a dizer: ‘Perguntem-me’, a não ser Áli Ibn Abi Tálib”.


Ibn Mass’ud declarou: “O mais sensato e o maior juiz de Madina era Áli”.


Aicha (R) declarou: “Era o mais conhecedor do que restou dos


companheiros quanto a Sunna”.


Massruk declarou: “O conhecimento dos companheiros do Rassulullah (S)


terminou em Ômar, Áli e Ibn Mass’ud”.


Abdullah Ibn Abbás disse: “Áli possuía um conhecimento vasto, foi um dos


primeiros muçulmanos, genro do Profeta (S), jurisprudente da Sunna, aliado


nas batalhas e muito generoso”.


Ômar Ibn Al Khattab (R) disse: “Foram concedidas a Áli pelo Profeta (S)


três características, se uma deles fosse concedida a mim, eu a preferiria às


coisas mais valiosas”. Perguntaram-lhe: “Quais são”? Respondeu: “O


casamento com a sua filha, a sua residência na mesquita e o estandarte no


dia de Khaibar”.


Áli (R) disse: “Por Deus, nenhum versículo foi revelado sem que eu


soubesse sobre o quê, onde e a respeito de quem foi revelado. Meu Senhor


me concedeu um coração sensato e uma língua eloquente”.


Conduta de Áli (R)


Costumava varrer a casa da moeda, rezava nela, com a esperança de que


Deus testemunhasse que não deixava de distribuir os bens entre os


muçulmanos.


Seu ascetismo


Quando Áli assumiu o califado, não mudou a sua conduta ascética quanto ao


mundo. Recusou-se a morar no palácio do califado. Abandonou-o dizendo:


“É o palácio dos insânos, nunca irei morar nele”.


Jarmuz relatou: “Vi Áli vestindo roupas rústicas, a calça até metade da


canela, camisa curta, com bastão na mão, andando pelo mercado, ordenando


às pessoas temerem a Deus e serem honestas no seu comércio, dizendo-lhes:


“Pesem e meçam devidamente”.


Sua Justiça


Áli sentiu falta de um escudo quando estava em Siffin, encontrou-o na casa


de um judeu. Queixou-se ao juiz Churaih, acusando-o de ter roubado o


escudo. O judeu negou. Churaih pediu a Áli para que apresentasse


testesmunhas. Áli apresentou o seu ajudante e Hassan. O juiz lhe disse:


“Testemunho de filho não é aceito” e sentenciou a favor do judeu. O judeu


então disse: “O emir dos crentes me levou perante o juiz e este o condenou”.


Por isso declaro: “Presto testemunho de que não há outra divindade além de


Allah e de que Mohammad é seu Mensageiro. O escudo é seu, ó emir dos


crentes”. Áli lhe deu o escudo de presente.


Dhirar Bin Dhamra Descreve ÁliMuáwiya pediu a Dhirar Ibn Dhamra:


“Descreve-me Áli.” Respondeu-lhe: “Isente-me disso.” Pediu-lhe: “Peço-lhe


por Deus que o faça.” Disse:


Era, por Deus, de longa visão, muito forte, falava com eloqüência e


sentenciava com justiça. O conhecimento brotava de seus flancos, sua língua


pronunciava sabedoria, negava o mundo e suas flores e tinha intimidade com


a noite e suas trevas. Era, por Deus, de lágrima fácil, de pensamento longo,


gostava as vestes curtas e os alimentos simples. Era como nós, respondia


quando era perguntado, atendia ao nosso convite e nós, por Deus, apesar de


sua proximidade não conseguíamos lhe falar por respeito e reverência. Ele


valorizava os religiosos, se aproximava dos necessitados. O forte não


cobiçava o sua ilicitude e o fraco não se desesperava pela sua justiça. Presto


testemunho que o vi em algumas situações, tarde da noite, segurando a


barba, agitado como se tivesse sido picado, chorando de tristeza e dizendo:


“Ó mundo, tente outro, não adianta se expor ou se enfeitar. Sei de três coisas


a seu respeito: A sua vida é curta, o seu perigo é grande. Temo a pouca


provisão, a longa jornada e a solidão do caminho.”


Muáwiya chorou e disse: “Que Deus tenha misericórdia de Abul Hassan.


Por Deus, era realmente assim.”


Seu Assassinato


Quando a disputa entre Áli e Muáwiya se agravou, três pessoas dos khawárij


resolveram assassinar Áli, Muáwiya e Ômar Ibn Al ‘As (Que Deus esteja


Satisfeito com todos eles).


Quanto ao encarregado de assassinar Áli, foi Abdul Rahman Ibn Muljim


(Que Deus o deteste). Foi ajudado por Chubaib Ibn ‘Ajra Achja’i (Que Deus


o deteste).


Na noite de sexta-feira, 17 de Ramadan do ano 40 da Hégira, Áli (R)


acordou cedo para o Sahur, o muézin foi ter com ele e o avisou do horário da


oração. Áli saiu, chamando as pessoas à oração. Os dois criminosos estavam


de tocaia. Chubaib o segurou, Áli o golpeou com a espada. A espada


atingiu a porta. Então, Ibn Muljim o golpeou com a espada, atingindo-o na


fronte e fugiu. Chubaib voltou para casa e um homem de Bani Umaiya o


matou.


Quanto a Ibn Muljim, foi perseguido, preso e levado até Áli que o olhou e


disse: “Vida por vida. Se eu morrer, matem-no como me matou. Se eu


escapar, vou estudar o seu caso”.


Ibn Muljim ficou preso, enquanto Áli permaneceu vivo na sexta e no sábado,


faleceu na noite de domingo. Hassan ordenou que cortassem a cabeça de Ibn


Muljim.


Que Deus esteja satisfeito com Áli Ibn Abi Tálib(R). Ó Senhor seja


testemunha de que o amamos, a todos os califas probos e a todos os


companheiros de Seu Profeta. Que Deus abençoe e dê paz ao nosso Profeta


Mohammad(S), aos seus familiares e a todos os seus companheiros.



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