A Chave para Compreender o Islam
Introdução:
Enquanto o modo de vida conhecido como o Islam continua como a maior população do mundo em termos de seguidores da religião, a subestimação tradicional dos muçulmanos por estatísticas ocidentais, não obstante, a disponibilidade de informação islâmica útil que atende às necessidades de ambos os muçulmanos, praticantes, bem como outros interessados tem-se esforçado em manter o ritmo da comunidade em expansão. Ironicamente, pós 11 de Setembro um frenesi tomou conta das sociedades ocidentais com um ódio incomum e muitas vezes irracional para com o Islam em forma global, ao mesmo tempo, despertou o interesse de pensadores ocidentais não muçulmanos, cujo ceticismo foi usado pelas mídias de massa, ao rotular os muçulmanos de "predadores extremistas" e "antiamericanos" não coincide com as experiências pessoais junto aos muçulmanos que encontram em seus bairros, em suas salas de aula, ou em seus postos de trabalho. Consequentemente, aqueles que buscam a verdade da religião e tentam por conta própria encontrar respostas às perguntas que são ignoradas pela mídia popular acabam muitas vezes sem encontrar algo que os possibilite entender as questões. Os resultados são um vazio informativo que clama por uma resposta significativamente séria.
Abdul-Rahman Al-Sheha, em seu compêndio inovador A Chave Para Compreender o Islam, não só abordou essa necessidade, mas introduziu um formato exclusivamente construído que é tão completo e ao mesmo tempo abrangente e acadêmico.
O renascimento islâmico que acompanhou a libertação do jugo do colonialismo em meados do século XX não sofre de uma carência de sábios, pelo contrário existem muitos deles que escrevem sobre o Livro de Allah e as tradições de seu Nobre Profeta. Com efeito, o conhecimento desses sábios muçulmanos, de início, ajudou a reconstruir a estrutura que abriga movimentos islâmicos de hoje. Mas muitos, se não todos, desses tratados definitivamente são escritos em uma linguagem e estilo voltados para aqueles que, em sua maior parte, são já muçulmanos, ou se sentem confortáveis conversando em termos acadêmicos mais densos.
O presente livro de Al-Sheha oferece uma riqueza de informações que são, ao mesmo tempo, reveladoras para o não muçulmano que busca uma compreensão clara e concisa do que é Islam e do que não faz parte dele, ao fornecer um conteúdo extremamente bem organizado de informações tradicionalmente provenientes sobre fé, adoração, e questões sociais para o muçulmano praticante. Claramente, esta abordagem é extremamente útil para distribuição de informações críticas sobre a mensagem de afirmação da vida Islâmica e apresenta uma nova e totalmente convidativa oportunidade para apresentar o Islam, mantendo, imutáveis, os princípios da fé.
A Chave Para Entender o Islam combina o perspicaz e conhecedor olho do erudito com a empatia de um pesquisador socialmente consciente.
O resultado é uma narrativa informativa, convincente que trata, por exemplo, dos elementos essenciais do culto muçulmano, e a interpretação islâmica da astrofísica de Al-Haiçam, e Edwin Hubble, com igual clareza e desenvoltura, e mais importante, conecta-os todos juntos com referências apropriadas do Alcorão, das tradições proféticas, ou de ambos. A amplitude e profundidade como o tema é tratado é verdadeiramente notável, e permanece como um testemunho do enorme talento e sagacidade do autor.
Em seu conteúdo, o seu estilo, a sua contribuição singularmente importante para o diálogo mundial sobre a religião na vida contemporânea, A Chave Para Entender o Islam de Al-Sheha toma o seu lugar entre as obras mais importantes de seu tipo, que redefine os contornos dessa discussão ao estabelecer métodos aperfeiçoados para apresentar os fundamentos islâmicos na ciência e na cultura europeia. Ele é um trabalho verdadeiramente importante que vem influenciar a próxima geração de estudiosos muçulmanos que optam por semear os campos na área de como apresentar o Islam, tendo isso como o trabalho de suas vidas. Oramos a Deus, o Todo-Poderoso, o Único, o Sublime, para imbuir os muçulmanos e os não muçulmanos a aproveitar a orientação e o conhecimento do melhor neste mundo, e o melhor na vida por vir.
Chefe de Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento da Associção de Da'wa de Canadá
Professor Kamal Hassan Ali m.A. Ed. Ed.D.
"Dizei: Cremos em Allah, no que nos tem sido revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos; no que foi concedido a Moisés e a Jesus e no que foi dado aos profetas por seu Senhor; não fazemos distinção alguma entre eles, e a Ele nos submetemos." (2:136)
Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso
Louvado seja Allah, Senhor[1] do Universo, e que Suas graças e paz estejam com o Profeta [2] e que o proteja e à seus familiares de todo o mal.
Este livro explica brevemente a derradeira religião divina[3] que anula todas as religiões anteriores. Conforme as últimas pesquisas, o Islam é a religião de aproximadamente dois bilhões de seguidores em todo o mundo. As pessoas estão aceitando-a em grande número, apesar do fato de que a convocação para o Islam ser ainda insuficiente para alcançar mais pessoas. Além disso, raramente se ouve de um apóstata muçulmano depois de aceitar o Islam!
No Islam, os conhecedores e os estudiosos são altamente considerados e é dado prestígio a eles na sociedade muçulmana. O Alcorão não é um livro de ciência, no entanto, é a lei básica que descreve os detalhes da vida do muçulmano. Nele encontramos menção de política, de aspectos sociais, econômicos, morais e outros aspectos.
Meu objetivo neste livro não é explanar sobre cada avanço científico moderno que foi descoberto estar de acordo com um versículo do Alcorão.
Eu mencionei alguns fatos científicos neste livro, apenas para esclarecer que há versículos no Alcorão que contêm informações científicas precisas, que só foram descobertas muito recentemente pela ciência moderna.
Convido a todos a ler este livro e contemplar os sinais de Deus e se esforçar para aprender a verdadeira religião de Deus.
O que é o Islam?
O Islam é submeter-se a Deus em Sua Unicidade (Monoteísmo), ser subserviente a Ele em obediência e não associar quaisquer parceiros, concorrentes, e intercessores junto a Ele. É uma religião de tolerância e facilidade.
Allah ()[4] afirma:
"Allah vos deseja a comodidade e não a dificuldade." (2:185 )
• O Islam é uma religião através da qual se encontra contentamento espiritual e paz no coração.
Allah () afirma:
"Que são crentes e cujos corações sossegam com a recordação de Allah. Não é, acaso, certo, que à recordação de Allah sossegam os corações?" (13:28)
O Islam é religião de Misericórdia e compaixão. O Profeta Mohammad () disse:
"O Todo Misericordioso mostra misericórdia para com aqueles que mostram misericórdia. Mostrem misericórdia por aqueles da terra, e a vocês será mostrada misericórdia por Aquele que está acima dos céus". (Tirmizi)[5]
• O Islam é uma religião de amor e bondade para com os outros. O Mensageiro de Allah () disse:
"A mais amada das pessoas para Allah é aquela que é mais benéfica aos outros". (Tabaráni)
• O Islam é uma religião que não tem confusão ou ambiguidade associada a ele.
Allah () afirma:
"Antes de ti não enviamos senão homens, que inspiramos. Perguntai-o, pois, aos adeptos da Mensagem, se o ignorais!" (16:43)
• O Islam é uma religião para todos, pois é um convite dirigido à humanidade em geral, não a uma raça ou pessoas específicas.
Allah () afirma:
"E não te enviamos, senão como universal (Mensageiro), alvissareiro e admoestador para os humanos; porém, a maioria dos humanos o ignora." (34:28)
• O Islam é uma religião que apaga todos os pecados anteriores. O Profeta () disse:
"O Islam apaga todos os pecados cometidos antes dele." (Musslim)
• O Islam é uma religião completa e perfeita, que anula todas as revelações anteriores, e é a última religião.
Allah afirma:
"Hoje, completei a religião para vós; tenho-vos agraciado generosamente, e vos aponto o Islam por religião." (05:03)
O Islam é composto por um número de atos de adoração, entre eles alguns são verbais, físicos, de crença. Esses atos de culto desempenham um papel importante na refinação das maneiras, purificando a alma, reformando o interior do crente e mantendo a integridade e a unidade da sociedade muçulmana.
da foto:
Figura: A Porta da Caaba. É feita de ouro puro em reverência à Caaba. É aberta apenas uma vez por ano, quando é lavada antes do período da peregrinação e quando é coberta com um novo manto (Kiswa)
O que eles dizem sobre o Islam?
W. Montgomery Watt, em seu livro: "O que é o Islam", disse:
O preconceito é apenas uma das dificuldades a ser vencida pela União Europeia ou estudantes do Islam americanos. Assim que eles começam a descrever o Islam como "a religião do Alcorão", ou "a religião dos dois bilhões de muçulmanos de hoje", introduzem uma categoria que não se encaixa na categoria de "religião". O que significa "religião" agora para o ocidental? Na melhor das hipóteses, para o homem comum, isso significa uma forma de passar uma hora aos domingos em práticas que lhe dão algum apoio e força para lidar com os problemas do cotidiano e da vida, e que o encoraja a ser amigável em relação a outras pessoas e manter os padrões de decoro sexual, que tem pouco ou nada a ver com o comércio, ou a economia, ou a política, ou com as relações industriais. Na melhor hipótese, para eles, a religião é algo que promove uma atitude de complacência nos indivíduos mais prósperos e nas presunções racistas. O europeu pode ainda olhar para a religião como um ópio desenvolvido por exploradores do povo comum, a fim de mantê-los subjugados. Quão diferente das conotações para o muçulmano de acordo com o versículo:
"Para Allah a religião é o Islam." (3:19)
A palavra traduzida como religião é Din, que em árabe comumente refere-se a um modo de vida. Não é uma questão privada para indivíduos, tocando apenas as periferias de suas vidas, mas algo que é tanto privado como público, algo que permeia todas as classes da sociedade de tal forma que os seres humanos são conscientizados. É tudo em um doma teológico, formas de adoração, teoria política e código detalhado de conduta, incluindo assuntos que os europeus classificam como higiene ou etiqueta.[6]
Os Pilares do Islam
Os atos físicos e verbais de adoração são chamados de Pilares do Islam. São as seguintes:
1 - O Testemunho de Fé (Chahádatain):
Este é o testemunho de que "Não há outra divindade além de Deus, e que Mohammad é Seu servo e Mensageiro''. Este testemunho é a chave com a qual uma pessoa se torna muçulmana.
A primeira parte do testemunho: "Não há outra divindade além de Deus", significa que:
1) Deus é o Criador de tudo que existe.
2) Deus é o Proprietário de tudo o que existe e o Ordenador de todos os assuntos.
3) Deus é Aquele que merece ser adorado sozinho.
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Não há outra divindade além de Allah e Mohammad é o Mensageiro de Allah
O significado da segunda parte do testemunho: "Mohammad é Seu servo e Mensageiro'' contém os seguintes significados:
1) Deve-se obedecer ao Mensageiro (), no que ele ordenou.
2) Deve-se acreditar em tudo o que ele disse.
3) Deve-se abster do que ele proibiu e alertou contra.
E que você não deve adorar a Deus de outra forma, exceto pela forma que o Mensageiro de Deus () legislou.
Quem é o Mensageiro do Islam?
Ele é Abul Qássim, Mohammad, filho de Abdullah, filho de Abdul Muttalib, filho de Háchim. Ele pertencia à tribo árabe dos coraixitas cuja ascendência remonta a 'Adnan, um dos filhos de Ismail (Ismael), o Profeta de Deus. Ismael era filho de Ibrahim (Abraão [7]), que foi Mensageiro de Deus.
Ele, o Profeta Mohammad () nasceu no ano de 571 d.C., na cidade de Makka. Esta foi o centro religioso da Península Arábica, já que abrigava a Honrada Caaba, que foi construída por Abraão e seu filho Ismael .
Mesmo antes de receber a revelação, ele era conhecido entre o seu povo como: "O Confiável", e a quem confiavam os seus bens quando pretendiam empreender uma jornada. Ele também era conhecido como 'o Veraz'. Ele nunca mentiu ou agiu traiçoeiramente. Ele sempre desejou o bem dos outros.
Ele recebeu sua primeira revelação com a idade de quarenta anos e informou sua esposa, Khadija (que Deus esteja satisfeito com ela), apreensivamente:
"Na verdade, eu temo por mim mesmo."
Khadija respondeu: "Não, por Deus! Ele nunca vai humilhá-lo. Na verdade você mantém os laços de parentesco, suporta os problemas dos outros, dá em caridade a quem não a tem, honra e alimenta os seus convidados, e dá apoio em tempos de verdadeira calamidade." (Bukhári)
Ele permaneceu em Makka durante os treze anos seguintes recebendo a revelação e convocando as pessoas para acreditar na Unicidade de Allah. Ele, então, migrou para a cidade de Madina e convocou seus habitantes ao Islam, o que eles aceitaram. Lá em Madina, Deus revelou a ele as legislações remanescentes da religião. Ele voltou e conquistou Makka, oito anos após a sua migração, e morreu com a idade de sessenta e três anos depois de Deus ter revelado a ele todo o Alcorão. Todas as legislações da religião foram implantadas e concluídas durante a vida dele, e a maioria das nações árabes aceitaram o Islam.
O Que Eles Dizem Sobre Mohammad ()?
George Bernard Shaw em "O Islam Genuíno" disse:
"Eu sempre tive a religião de Mohammad em alta estima por causa de sua maravilhosa vitalidade. É a única religião que parece possuir e assimilar a capacidade para a mudança das fases da existência que fazem necessárias para todas as idades e tempos. Tenho profetizado sobre a fé de Mohammad que seria posteriormente aceita por todos, já que está começando a ser aceita na Europa de hoje. Eclesiásticos medievais, seja por ignorância ou fanatismo, pintaram o Islam nas cores mais escuras. Eles foram, em verdade, treinados para odiar tanto a pessoa de Mohhamad quanto a sua religião. Para eles, Mohammad era um anticristo. Eu, o tenho como homem maravilhoso, e em meus estudos e minha opinião, ele está longe de ser um anticristo, ele deve ser chamado de o Salvador da Humanidade."[8]
Annie Besant[9] em: Vida e Ensinamentos de Mohammad, disse:
"É impossível para qualquer um que estuda a vida e o caráter do grande Profeta da Arábia, que saiba como ele ensinou e como ele viveu, sentir qualquer coisa, que não seja reverência para com o poderoso Profeta, um dos grandes mensageiros do Supremo. E apesar do que eu coloquei para vocês eu vou dizer muitas coisas que podem ser familiares para muitos, mas eu sinto, sempre que releio, uma nova forma de admiração, um novo senso de reverência por aquele poderoso professor da Arábia."
2. A Oração (Salat):
A oração é um meio através do qual o servo de Deus mantém uma relação entre ele e seu Senhor. Nela, a pessoa conversa privadamente com seu Senhor, buscando Seu perdão e pedindo-Lhe ajuda e orientação. Há cinco orações que devem ser executadas diariamente em horários específicos. Os homens devem observá-las no Massjid (Mesquita) em congregação, exceto para aqueles que têm uma desculpa válida. Com isso, os muçulmanos veem a conhecer uns aos outros, e os laços de amor e união que os unem são construídos, mantidos e reforçados. Eles vêm para conhecer a condição de seus irmãos muçulmanos em uma convivência diária. Se alguém não está presente e que se pensa estar doente, eles irão visitá-lo, e se parece que ele não está a conseguir cumprir algumas de suas obrigações, eles irão aconselhá-lo. Todas as diferenças sociais, tais como classe, raça e linhagem são desconsideradas no Islam. Os muçulmanos se alinham lado a lado em fileiras retas durante a oração, todos voltados para uma direção (Makka), todos ao mesmo tempo. Todos são processados igualmente em relação à sua subserviência a Deus quando estão diante d'Ele.
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Figura: Uma enorme assembleia de crentes prostrando perante Allah, Exaltado seja, em um único arranjo, com clara demonstração de sua humildade e submissão a Ele
3. A caridade obrigatória (Zakat):
Esta caridade é uma pequena porcentagem de riqueza que o muçulmano rico paga para os seus irmãos e irmãs menos afortunados. Existem certas condições para ser determinada. O muçulmano dá de bom grado e cumpre o comando de Allah quando a paga.
O objetivo por trás da obrigação desta caridade é reviver o apoio mútuo e social entre os muçulmanos, assim como para erradicar a pobreza e colocar um fim aos perigos que resultam dela. Através do zakat, os corações dos ricos são purificados da cobiça, e os corações dos pobres são purificados do ódio e ciúmes que eles podem sentir em relação aos ricos. Eles veem os ricos dando de sua riqueza que Allah decretou continuamente, pagando uma parte do dinheiro para ajudá-los a suprir as suas necessidades.
Linguisticamente falando, "Zakat" significa 'aumento'. Ele aumenta a riqueza de um, e as garantias de proteção contra os infortúnios.
As caridades são recompensadas graciosamente por Deus.
4. O Jejum de Ramadan (Siyam):
É obrigatório para todos os muçulmanos a jejuar uma vez por ano, durante todo o mês de Ramadan. Desde o amanhecer até o sol se por, os muçulmanos devem abster-se de qualquer coisa que quebra o jejum, seja comida, bebida, ou relação sexual. O jejum é um ato de adoração no Islam e era uma obrigação legislada nas religiões anteriores ao Islam também.
Allah afirma:
"Ó crentes, está-vos prescrito o jejum, tal como foi prescrito aos vossos antepassados, para que temais a Allah." (2:183)
Os muçulmanos usam o calendário lunar para determinar o início e o fim de cada mês. É também utilizado para determinar o início e final do tempo de algumas adorações prescritas (tais como jejum e Hajj).
5. A Peregrinação (Hajj):
O Hajj é a única peregrinação que se faz para a Casa Sagrada de Allah (a Caaba) a fim de realizar certos rituais em locais e horários específicos.
Este pilar do Islam é obrigatório para todo muçulmano, homem ou mulher, que é são e tem atingido a idade de puberdade, uma vez na vida, se ele tem capacidade física e financeira para realizá-lo.
Allah afirma:
"Encerra sinais evidentes: lá está a Estância de Abraão, e quem quer que nela se refugie estará em segurança. A peregrinação à Casa é um dever para com Allah, por parte de todos os seres humanos, que estejam em condições de empreendê-la; entretanto, quem se negar a isso saiba que Allah pode prescindir de todas as criaturas." (3:97)
O Hajj é o maior encontro islâmico. Os muçulmanos de todo o mundo se reúnem e se encontram em um lugar ao mesmo tempo, eles todos invocam o mesmo Senhor, usam as mesmas roupas, e realizam os mesmos rituais. Nenhuma diferença é feita entre ricos e pobres, nobres e plebeus, brancos e negros, árabes e não árabes, todos são iguais diante de Deus. Não há diferença entre eles, exceto em piedade (Taqwa). O Hajj é um evento que enfatiza a irmandade de todos os muçulmanos e a unidade das suas esperanças e de seus sentimentos.
Os peregrinos circungiram à Caba durante o período do Hajja A Mesquita Sagrada Al Haram em Makka pode acomodar acima de dois milhões de pessoa ao mesmo tempo.
Os Pilares da Fé:
Os atos de credo de culto são chamados de Pilares da Fé (Iman), e há seis Pilares da Fé.
Eles são os seguintes:
1. Crença em Allah - Deus:
A crença em Allah implica a crença na Sua existência, que Ele é Único Que merece ser adorado, e que não tem parceiros, sejam iguais ou rivais no Seu Senhorio (Rububiya)[10], Unidade (Ulúhiya)[11], e em seus belos Nomes e Atributos[12]. Ele é o Criador de sua existência, seu proprietário e dispõe de todos os seus assuntos. Só o que Ele quer que venha a acontecer acontece, e Ele é o único que merece ser adorado.
"Diz: Allah é Único, Allah o Absoluto, Não gerou ou foi gerado, e ninguém é comparável a Ele".
Este é o capítulo 112º no Alcorão. Foi revelado quando os politeístas perguntaram ao Profeta Mohammad () para descrever o Senhor do Universo.
Esta é 112ª Surata do Alcorão. Ela foi revelada quando os politeístas perguntaram ao Profeta Mohammad para descrever o Senhor do Universo.
Allah afirma:
"O acúmulo vos entreterá, até visitardes os sepulcros. Qual! Logo o sabereis! Novamente, qual! logo o sabereis!" (112:1-4)
2. A Crença nos Anjos de Allah:
Isto significa acreditar que existem os anjos. Ninguém sabe o número exato exceto Ele (Deus). Ele os criou para adorá-Lo.
Allah afirma:
"O Messias não nega ser um servo de Allah, assim como tampouco o fizeram os anjos próximos (de Allah)." (4:172)
Os anjos não compartilham de qualquer das qualidades específicas de Allah, nem são Seus filhos. Em vez disso, Deus criou-os para executarem determinadas tarefas.
Allah afirma:
"E dizem: O Clemente teve um filho! Glorificado seja! Qual! São apenas servos veneráveis (esses a quem chamam de filhos), que jamais se antecipam a Ele no falar, e que agem sob o Seu comando." (21:26-27)
3. A Crença nos Livros de Allah:
No Islam acreditamos que Allah revelou Livros Divinos à Seus Mensageiros em ordem para que eles fossem encaminhados para a humanidade. Estes Livros continham a verdade, da mesma forma que o Alcorão Sagrado contém a verdade, no momento da revelação deles.
Todos estes livros chamaram as pessoas para a Unicidade de Deus, e diziam que Ele é o Criador, Proprietário, e a Ele pertencem os mais Belos Nomes e Atributos.
Alguns desses livros são os seguintes:
• Os Suhuf (Escrituras de Abraão): Os Suhuf são as Sagradas Escrituras que foram reveladas ao Profeta Abraão .
• O Taurat (Torá): A Torá é o Livro Sagrado, que foi revelado ao Profeta Moisés .
• O Zabur (Salmos): O Zabur é o Livro Sagrado que foi revelado ao Profeta David .
• O Injil (Evangelho): O Injil é o Livro Sagrado, que foi revelado ao Profeta Jesus .
• O Alcorão Sagrado: É preciso acreditar que o Alcorão é o discurso de Allah que Anjo Gabriel trouxe a Mohammad () e que é o último dos Livros Divinos o qual revogou todos os livros anteriores.
O que é o Alcorão?
O Alcorão é a constituição dos muçulmanos de que derivam os ensinamentos que organizam os seus assuntos religiosos e cotidianos. Ele difere dos Livros Divinos anteriores das seguintes maneiras:
• É o último Livro Divino, que foi revelado, e por essa razão, Deus, o Exaltado, prometeu protegê-lo de qualquer distorção até o último dia.
Allah afirma:
"Nós revelamos a Mensagem e somos o seu Preservador." (15:09)
• O Alcorão inclui todas as legislações que a sociedade necessita e garante felicidade para todos na sua implementação.
• O Alcorão tem documentado as histórias dos Profetas e Mensageiros, e o que aconteceu entre eles e seus povos, a partir de Adão a.s. até Mohammad ().
• O Alcorão foi revelado para toda a humanidade para que as pessoas pudessem levar uma vida de paz e felicidade, e para extraí-los das trevas e levá-los para a luz.
• Recitá-lo, memorizá-lo e ensiná-lo são atos de adoração.
O que eles dizem sobre o Alcorão?
Maurice Bucaille disse em seu livro: O Alcorão, e a Ciência Moderna:
"Um exame totalmente objetivo dele [o Alcorão] à luz do conhecimento moderno, leva-nos a reconhecer o acordo entre os dois, como tem sido já observado em repetidas ocasiões. Faz-nos julgar que seria impensável para um homem como Mohammad ter sido o autor de tais declarações, em conta o estado do conhecimento nos seus dias. Tais considerações fazem parte do que dá ao Alcorão seu lugar único, e força o mais imparcial cientista a admitir sua incapacidade de fornecer uma explicação, que exige unicamente raciocínio materialista".
4. A Crença nos Mensageiros de Allah:
É acreditar que Allah escolheu os melhores entre os homens para serem Mensageiros a quem Ele enviou à sua criação com legislações específicas, para que as pessoas soubessem como adorar e obedecer a Ele, e para estabelecer Sua religião e seu Tauhid (Unicidade e Monoteísmo). Deus ordenou Seus mensageiros para transmitir a mensagem para as pessoas, de modo que eles não teriam nenhuma prova contra ele, depois que os enviou.
Allah afirma:
"Antes de ti não enviamos nada além de homens, que inspiramos. Perguntai-o, pois, aos adeptos da Mensagem, se o ignorais!" (21:07)
O primeiro mensageiro foi Noé e o último foi Mohammad ().
5. A Crença no Dia do Juízo:
É acreditar que a vida deste mundo chegará ao fim.
Allah afirma:
"Tudo quanto existe na terra perecerá. E só subsistirá o Rosto do teu Senhor, o Majestoso, o Honorabilíssimo." (55:26-27)
Após isso, Deus vai ressuscitar toda a criação, levá-los a prestar contas e recompensar aqueles que se saíram bem, devido às suas obras de justiça, crença (em Deus) e a adesão a seus Profetas e Mensageiros, com uma vida eterna no Janna (os jardins celestiais).
Ele irá punir aqueles que cometeram más ações, descrença, e foram desobedientes a seus Mensageiros, com uma vida eterna no Inferno.
6. A Crença em Qadhá e Qadar (Predestinação):
É acreditar que Allah sabia de tudo antes que veio a ser, e o que vai acontecer com ele depois. Ele, então, trouxe à existência, tudo em acordo com o Seu Conhecimento e Medida.
Allah disse:
"E criou todas as coisas, e deu-lhes a devida proporção". (25:2)
Essa crença não contradiz o fato de que é preciso se esforçar para alcançar as coisas. A crença no destino resulta no seguinte:
• A crença no Qadhá e Qadar resulta em uma consciência limpa e paz do coração. Não há espaço restante para sentir-se triste com o que aconteceu ou não vir a ser.
• Incentiva o conhecimento e exploração do que Deus criou neste universo. buscar uma cura para as aflições como doenças, procurando de fontes de medicina que Deus, o Altíssimo, criou neste universo, e buscar algo para conduzir os seres humanos.
• Aumenta a sua dependência de Deus e remove o medo da criação.
Ibn 'Abbas [13] disse: "Eu estava atrás do Mensageiro de Deus () um dia e ele disse-me: "Estava eu, um dia, na garupa da montaria do Profeta (), quando ele me disse: ‘Ó jovem, ensinar-te-ei algumas palavras: Resguarda a Deus e Ele te resguardará. Recorda a Deus, e O encontrarás sempre à tua frente. Se implorares por algo, implora a Deus. E se pedires ajuda, pede a Deus. E tem certeza de que ainda que se reúna todo o povo para beneficiar-te em algo, não conseguirão fazê-lo, a não ser naquilo que Deus houver disposto para ti. E se se reunirem para prejudicar-te em algo, não o conseguirão, a não ser naquilo que Deus houver determinado para ti. Assim, as penas (das canetas) ficam retiradas, e as folhas (dos livros do destino) secas.’". (Tirmizi)
Os objetivos fundamentais do Islam são:
1. Conservação da Religião do Islam
2. Preservação da Vida
3. Preservação da Riqueza
4. Preservação da Mente
5. Preservação da Linhagem
6. Preservação da Honra