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COMO GERIR O TEMPO?


Por: Sheikh Aminuddin Mohamad


O tempo é dos mais valiosos favores com que Deus agraciou o Ser Humano. Porém, nós desleixamo-nos muito no seu uso efectivo.


Deus elucida-nos sobre a sua importância ao dizer:


“Foi Ele (Deus) quem vos submeteu os navios que deslizam sobre o mar sob Seu comando e vos submeteu os rios. E vos submeteu o Sol e a Lua, firmes no seu percurso, e vos submeteu a noite e o dia. E vos deu tudo quanto lhes pedistes. Se procurardes contar os favores de Deus, não o conseguireis”.


O Profeta Muhammad S.A.W. também confirma o valor do tempo ao dizer que “No Dia da Ressurreição os pés do Ser Humano não se moverão do seu lugar enquanto não for interrogado acerca de quatro coisas: a sua vida, onde a passou; a sua juventude, onde a passou; a sua riqueza, como a ganhou e onde a gastou, e acerca das suas acções”.


É devido à sua importância que alguns sábios dizem que o tempo é como o ouro, outros dizem que é como a espada, e outros ainda dizem “o tempo é que é a vida”, pois sem dúvidas que é mais valioso que o ouro e mais afiado que a espada.


O tempo é o espaço cronológico que começa no nascimento de uma pessoa até à sua morte. Por isso é algo limitado, e uma pessoa tem à sua disposição apenas os anos de vida que Deus lhe destinou. É impossível armazená-lo, assim como também é impossível pará-lo ou apressá-lo, podendo apenas ser gasto na proporção de 60 segundos por cada minuto.


De facto o tempo de uma pessoa é a sua vida real, e é a fundação para a sua vida eterna no Paraíso ou no Inferno. Passa rapidamente como passam as nuvens!


Um Santo diz: “Ó filho de Adão! Tu és apenas alguns dias contáveis. Cada vez que se passa um dia, foi-se uma parte de ti, e chegará um dia em que ao ir uma parte do tempo, ir-se-á todo o tempo”.


Os palpites do nosso coração recordam-nos constantemente que a vida são segundos e minutos. Cada dia, cada hora e cada momento que passam, jamais poderão ser recuperados. Por isso o Profeta Muhammad S.A.W. recomenda-nos a aproveitarmos o nosso tempo dizendo: “Aproveite cinco coisas antes de outras cinco: a tua vida antes de morreres; a tua juventude antes de envelheceres; a tua saúde antes de adoeceres; o teu tempo livre antes de te ocupares; e a tua riqueza antes de empobreceres.


Tente-se lançar um olhar rápido ao passado, por mais longo que seja, e ver-se-á que tudo se reduz a um único momento, e quando a morte chegar, os anos e as épocas que o Ser Humano viveu encolher-se-ão parecendo que foram alguns momentos que passaram como um relâmpago. Por isso o Al-Qur’án diz:


“No dia em que depararem com aquilo que lhes foi prometido, pensarão não haver permanecido (no mundo terreno) mais de que uma hora de um só dia”.


Consta que quando o Anjo da Morte se dirigiu ao profeta Noé para lhe retirar a alma, depois de este ter vivido neste Mundo mais de mil anos (antes e depois do dilúvio), perguntou-lhe como é que ele se estava sentindo ao deixar este Mundo, ao que respondeu: “Todo este tempo que vivi, parece que este Mundo se assemelha a uma casa, em que entrei por uma porta e estou saindo pela outra”.


Todos nós sabemos que o tempo está passando muito rápidamente, mas não temos noção disso, nem o sentimos, daí ser frequente dizermos: “Quão rápido passou o ano” ou “Quão rápido passou o mês ou a semana”.


Alguém imigina quanto tempo da nossa vida gastamos nas nossas actividades rotineiras se a vida média do Ser Humano for de 60 anos? Ora vejamos:


Actividades Tempo gasto em 60 anos


Dormir 20 anos


Ganhar o Pão 9 anos


Comer 4 anos


Leitura 2 anos


Higiene Pessoal 6 meses


Aguardando Transporte 3 meses


Higiene Oral 3 meses


Usando o Elevador 3 meses


No Barbeiro 1 mês


Nos Robôts 1 mês


Atando as fitas dos sapatos 8 dias


Isto é uma estimativa, mas o facto é que o tempo passa rápidamente e não nos dá oportunidade de


aproiveitá-lo.


Podem-se fazer grandes coisas se o Ser Humano souber aproveitá-lo bem, pois o segredo do sucesso e


desenvolvimento de muitos povos está no aproveitamento correcto do tempo.


A productividade de um trabalhador Americano ou Japonês é de longe muito maior que a de um


trabalhador de um país do Terceiro Mundo, que raramente ultrapassa 1 hora/dia.


Um dos benefícios do tempo é a obtenção de grandes vantagens/lucros em pouco tempo. O Profeta


Muhammad S.A.W. diz: “Quem fizer o Salat de Al-Fajr (oração ao romper da aurora) e de seguida se mantiver


sentado na recordação a Deus até ao raiar do Sol, fazendo de seguida dois “rakats” (ciclos de oração), a sua


recompensa será equiparável à recompensa obtida pela performação de Hajj e Um’ra completos. Quanto


tempo seria preciso para se performarem estes dois rituais?


Sem dúvidas que é vantajoso planificarmos o nosso tempo, programando por escrito se necessário, as


acções que pretendemos levar a efeito, diária, semanal, mensal ou anualmente, definindo objectivos e traçando


prioridades.


A nossa vida passa por muitas fases até ao pico da idade. Consta no Al-Qur’án:


“Foi Deus quem vos criou na fragilidade; Depois transformou a vossa fragilidade em força; Depois


transformou a vossa força em fraqueza e cabelos brancos. Ele cria o que Ele quer, e Ele é o Conhecedor, o


Poderoso”.


Nasce-se fraco, depois cresce-se e torna-se forte quando jovem, e depois enfraquece-se de novo quando


se atinge a velhice. A juventude é a fase mais longa da vida do Homem.


O Profeta Muhammad S.A.W. disse: “As nossas vidas durarão entre os sessenta e os setenta anos, e


muito poucos ultrapassarão esse limite”.


Quando se é jovem deve-se aproveitar a força que se tem para edificar boas acções, no estabelecimento


de boas relações, e na prática do bem. O facto de a criança desejar atingir essa fase e o velho querer


ardentemente voltar a ser jovem, singnifica que essa é a melhor fase da nossa vida.


Para os que já estão para além dessa fase, que se recordem que o tempo de brincadeiras e diversão já lá


vai, o tempo de força jamais voltará, não valendo a pena viverem num “mundo de fantasia”. Que sejam


realistas e que comecem a preparar-se para a fase seguinte que é a de encontro com o Senhor. Que pratiquem


boas acções que retratarão na posteridade o bom carácter de quem as praticou, pois as boas recordações são


como uma segunda vida. Portanto, cada um que aproveite os últimos momentos da sua vida pedindo perdão a


Deus de todo o mal praticado, afastando-se da companhia dos insensatos, apegando-se aos justos e piedosos e


preparando-se para a sua campa.


A L M A D I N A


O FIM DO JOGO


Por: Sheikh Aminuddin Mohamad


14.02.2011


Semana passada, vários canais televisivos deram-nos a conhecer a euforia por que


passava o povo egípcio. Por todo o lado, naquele país do Magreb vimos gente soltando


profundos suspiros colectivos. A razão não era para menos, pois decorridos 18 dias de


ininterruptas manifestações de protesto, o seu presidente viu-se obrigado a abandonar o poder


que ocupava há quase 30 anos. Assim que se anunciou a sua retirada começaram os festejos.


Foi a manifestação de grande alegria, não só para os egípcios, mas para todos os árabes


e muçulmanos em geral. Algo que há muito não era visto. Todo o mundo árabe e


isslâmico festejou a queda do ditador.


De salientar que o Egipto ocupa um lugar muito especial no mundo árabe e isslâmico, e


até mesmo nos corações de todos os muçulmanos. Aliás, até mesmo na história das religiões


monoteístas como a judaica, a cristã e a isslâmica. Os próprios egípcios dizem orgulhosamente


que “O Egipto é a Mãe do Mundo”.


Portanto, o que lá acontece não se vai limitar àquele país, pois terá impacto no Mundo


em geral e no mundo isslâmico em particular, se considerarmos que os muçulmanos,


independentemente da sua cor, região e etnia, formam um único corpo, e todos são irmãos. A


dor ou a felicidade de um, é a dor e felicidade de outro. O muçulmano que não se preocupa


com os assuntos dos outros muçulmanos não é um verdadeiro muçulmano. Foi sempre assim.


A divisão em várias nacionalidades na base da cor, raça e língua, são coisas alheias ao Isslam,


e tal resulta de uma conspiração para os dividir e assim ser mais fácil subjugá-los.


O povo egípcio, com essa sua revolução, escreveu uma nova página na história do


Mundo. Não só se libertou a si próprio como também libertou muitos outros povos que estão


na mesma situação. Transmitiu a mensagem de que afinal, um povo unido jamais pode ser


vencido, podendo derrubar ditadores, e que por mais longa que seja a injustiça, um dia ela terá


o seu fim, pois o romper da aurora é certo, por mais longa que seja a noite.


Foi um acontecimento histórico e uma inspiração para a Humanidade. Com isso, o povo


egípcio recordou ao Mundo que as pessoas têm valor, e o prestígio humano não pode ser


ignorado, recusado, nem marginalizado.


Os últimos acontecimentos no Egipto são uma repetição da história, pois há cerca de 60


anos o rei Farouq, que então reinava no Egipto, também foi forçado por este tipo de revolta


popular, abdicar do poder e a abandonar o país, embora ele fosse ainda jovem. Mas é de


admirar como o presidente deposto, com mais de 80 anos, continuava grudado ao poder, não


querendo resignar, senão pela força das manifestações.


Quão mau é para um presidente, ser recordado como o “presidente deposto” e não como


seria de desejar, como um “ex-presidente”.


Este tipo de acontecimentos, confirmam também o princípio alqorânico que diz que “é o


fim que determina o sucesso e o falhanço de cada coisa”. Se o fim for bom, então tudo está


bem. Porém, se o fim for mau, por muito boas que sejam as acções que a pessoa tenha


praticado, ele sempre será visto como um mau elemento. Será odiado, amaldiçoado, e


condenado para sempre.


Antigamente as revoluções levavam meses ou anos a acontecerem, mas hoje, devido ao


avanço tecnológico tudo está acelerado. Com as modernas tecnologias de informação, através


da internet, do face-book, do twiter e até da simples sms, tornou-se mais fácil acelerar a queda


do tirano mais déspota. E não só, pois as novas tecnologias dão até a oportunidade de todo o


Mundo acompanhar e demonstrar a sua solidariedade para com os oprimidos.


Como é que os ditadores ignoram estes factos quando chegam ao poder? Quantos


déspotas tiveram destino semelhante e um mau fim, uns morrendo às mãos do povo que


oprimiram, e outros que foram obrigados a fugir?


São exemplos disso Marcelo Caetano (Portugal), Samuel Doe (Libéria), Nicolai


Ceaucescu (Roménia), Shah Muhammad Reza Pahlevi (Irão) Idi Amin Dada (Uganda),


Mobutu Sese Seku (Zaire), Saddam Hussein (Iraq), Zine-Al-Abdin Ben Ali (Tunísia) e agora


Hosni Mubarak?


Quão mau é o fim dos ditadores! Quão vergonhoso e humilhante isso é, para alguém que


governa um país, e se arroga o direito de intitular dono desse país, fazendo e desfazendo como


quiser, para no fim, ter que ser corrido como um canídeo e nem ter sequer a honra de ser


sepultado na terra que alguma vez serviu.


Mas porque o poder embriaga, muitos, quando lá chegam, têm enormes dificuldades de


virar a cabeça e olhar para baixo.


Não se pode menosprezar a vontade de um povo, pois este é a fonte do poder, e a maior


legalidade jurídica acima da legalidade constitucional. O povo é a força. Não é por acaso que


se diz: governo do povo, pelo povo, e para o povo.


Quando Deus concede o poder a qualquer pessoa, esta deve governar de forma justa,


tratando bem o seu povo, pois só assim este terá boas recordações do seu líder e se sentirá


nostálgico quando ele se retirar.


Um dos exemplos vivos nos nossos tempos é o do Grande Herói, Nelson Mandela, que


governou o seu país durante um único mandato, e depois retirou-se voluntariamente,


granjeando assim amor, admiração e afeição, não só do seu povo, mas de todo o Mundo.


A política de ódio, rancor e vingança só deixa más recordações e nunca saudades. É de


admirar que o Ocidente apoie os ditadores e tiranos no mundo isslâmico, em detrimento dos


seus povos. Ditadores e tiranos que promovem a corrupção, a pobreza, a opressão, o


autoritarismo, etc. Eles deviam apoiar o povo e não os ditadores.


Se nas democracias ocidentais não é permissível que um presidente concorra a mais que


dois mandatos, por que razão esses mesmos países, em nome de uma pseudo-democracia


apoiam governos tiranos que permanecem no poder por décadas, declarando-se alguns deles


presidentes vitalícios?


Isso não é democracia, mas sim hipocrisia. E se alguém contesta esse tipo de sistema


ditatorial e tirânico, atibuem-lhe epítetos como fundamentalista e terrorista.


Com isso provou-se que não há nenhum país verdadeiramente isslâmico, pois esses regimes estão ao serviço de interesses estranhos, e com apoio de países estrangeiros aplicam todo o tipo de brutalidade, fraude nas eleições, corrupção, injustiça, maus tratos contra os seus próprios povos, transmitindo assim uma imagem muito negativa da religião isslâmica, quando a atitude desses ditadores e tirannos não têm nada a ver com o Isslam e com os sus nobres ensinamentos, pois esta religião valoriza e respeita o Homem e a sua honra, independentemente da sua religião, côr, tribo, etc., e defende a democracia genuina e a justiça social.


Os ditadores que saibam que o poder absoluto pertence apenas a Deus e que ninguém é eterno. Onde é que estão o Faraó Ramsés II, o Führer Hitler, o N’Guazi Kamuzu Banda, o Duche Mussoline, etc.?


Deste evento os ditadores devem aprender uma outra lição. Devem aprender a dar ouvidos ao grito dos seus povos e não fingirem de surdos perante as suas vozes, nem cegos perante as necessidades do povo.


Enquanto o povo egípcio está neste momento festejando com ódio e rancor a saída do seu presidente, aqui ao lado, na vizinha África do Sul, o povo, devido ao amor que nutre pelo seu ex-presidente Nelson Mandela, nem sequer dá ouvidos às noticias preocupantes referentes ao seu estado de saúde.


Os ditadores, não querendo abandonar o poder, de tão arraigados que estão a este, esquecem-se que, se alguém fosse eterno no poder, jamais teriam alcançado esse poder, pois os primeiros jamais o teriam abandonado.


Causa admiração que um presidente se torne num ditador, especialmente num país como o Egipto, onde ainda se encontra conservado no Museu Nacional, o corpo do grande tirano e ditador que foi o Faraó Ramsés II, que reivindicava não só a eternidade como também a divindade. Deus conservou o seu corpo, precisamente para servir de lição a todos os arrogantes, ditadores e tiranos.


O mais irónico em tudo isto é que, enquanto algum ditador está no poder, todos à sua volta o veneram, e quase o adoram, mas assim que é derrubado, todos os oportunistas, não só se dispersam como começam a criticá-lo, a amaldiçoá-lo, a divulgar a sua pulhice enfim, é tipicamente o ambiente do Inferno. Chegam a esquecer-se de qualquer bem que ele tenha feito.


Se todos os tiranos soubessem que um dia terão que prestar contas das suas acções aqui na Terra e também perante Deus no Outro Mundo, talvez se abstivessem de praticar tanta brutalidade contra os seus povos.


Nós respeitamos a vontade e a escolha dos povos irmãos da Tunisia e do Egipto, e desejamos-lhes boa sorte, sucessos e bem estar. Desejamos igualment boa sorte, sucessos e bem estar a todos os povos oprimidos do Mundo.


Oramos para que não tenha sido em vão o sangue derramado dos jovens mártires em toda esta jornada.


Deus criou o tempo, e concedeu a cada indivíduo um período específico para que possa fazer o que quiser neste Mundo, em preparação para a vida eterna do próximo Mundo.


Ao longo deste período que Deus nos concedeu, somos testados na agitação real que a vida nos impõe, tanto em casa, como na via pública, ou no local de trabalho, isto para aquilatar o quanto nos esforçamos no sentido de dar prioridade a Deus em cada situação com que nos deparamos.


Ao longo da nossa vida, Deus fixou alguns exames, algumas barreiras e obstáculos, para testar e julgar o nosso valor real, bem como a nossa capacidade para representá-Lo aqui na Terra como Seu khalifa, e assim quem emergir com êxito, ser-lhe-á reservado um lugar no Paraíso.


O tempo é uma dádiva de valor inestimável da parte de Deus, dádiva esta que deve ser acarinhada e usada da melhor maneira, pois cada segundo que se vai, jamais voltará.


A vida nada mais é do que uma acumulação de ciclos de respiração, e no Ser Humano, um desses ciclos pode ser o último. No Dia da Ressurreição Deus nos pedirá contas do tempo de vida terrena que Ele nos concedeu.


Calcula-se que milhões de pessoas no Mundo desperdiçam diariamente o seu tempo em coisas fúteis, ao invés de o aproveitarem na aprendizagem e conquista do conhecimento científico, em prol das suas famílias dos seus povos e dos seus países.


Se em cada 24 horas nós dormimos 8, se vivermos 60 anos, só de dormida consumimos 20 anos da nossa vida! Ora, deduzidos estes 20 anos de dormida, teoricamente restam-nos de vida 40 anos úteis, aos quais, se deduzirmos ainda o número de anos já vividos e os que estimamos consumir noutras actividades como por exemplo tomar alimentos, vestir, estudar, viajar, trabalhar, e ainda os consumidos em períodos de eventuais doenças, restar-nos-á muito pouco tempo para as actividades ligadas à contemplação de Deus, componente importante que tem por objectivo a auto-perfeição e a elevação do nosso nível espiritual.


Um filósofo disse certa vez: “Realmente nada nos pertence, excepto o tempo, pois mesmo aquele que nada tem, tem o tempo”.


Teremos que prestar contas no outro Mundo, pelo tempo que passou sem que nada tenhamos feito para o aproveitar.


Devemo-nos esforçar arduamente, de dia e de noite, ganhando terreno centímetro a centímetro, resistindo a todo o tipo de tentações e males.


Devemos examinar o que é que enviamos já para a frente, para o nosso amanhã, pois seja qual for o bem que tenhamos enviado, encontrá-lo-emos junto de Deus.


O Profeta Muhammad S.A.W. diz que no Dia da Ressurreição, ninguém conseguirá mover-se do seu lugar, enquanto não prestar contas a cerca da sua vida, como a passou; a


cerca do seu conhecimento, em que é que de útil o aplicou; acerca da sua riqueza, como a


adquiriu e onde a gastou; e acerca do seu corpo, como o geriu.


Infelizmente muitos de nós perdemos o tempo de que dispomos em clubes nocturnos,


discotecas, bares e outros locais de devassidão, ou mesmo em laser excessivo. Perdemos


anos a fio sem que nas nossas consciências surja qualquer sentimento de repulsa pelo


desperdício de tempo a que nos entregamos.


Os povos que hoje estão avançados nas mais diversas áreas, atingiram níveis de


desenvolvimento invejáveis porque aproveitaram convenientemente cada segundo da sua


vida, cumprindo com os seus horários e compromissos.


O tempo é sem dúvidas o maior capital que possuímos, podendo transformá-lo em


fábricas, em fonte de força e riqueza.


Façamos das nossas vidas, dos nossos dias, das nossas horas, minutos e segundos,


instrumentos para a vitória, merenda e via para a eternidade e para a satisfação de Deus.


O tempo é vida, ao contrário dos que dizem “tempo é dinheiro”, pois o dinheiro


perdido pode ser recuperado, enquanto que o tempo perdido jamais se recupera.


Por ocasião da recente entrada no ano 1425, desejo a todos os muçulmanos um Novo


Ano Isslâmico próspero e repleto de felicidades, e que Deus afaste do nosso Ummat todos os


males. Amin!



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