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Jesus foi realmente crucificado pelos nossos pecados ?  





Uma leitura crítica e cuidadosa da alegação de Paulo  





Quando lemos as cartas de Paulo – um homem que nunca viu Jesus em vida e não foi seu discípulo – encontramos a repetição de uma frase que se tornou a pedra angular da doutrina cristã :  





"Cristo morreu pelos nossos pecados."  





Essa breve afirmação, citada por Paulo em suas epístolas (como em 1 Coríntios 15:3), parece, à primeira vista, uma proclamação grandiosa de salvação. No entanto, também é uma alegação imensa que carrega em seu cerne questões profundas sobre lógica, justiça e significado.  





Vamos nos fazer – com sinceridade e coragem – algumas perguntas essenciais :  





- A justiça divina exige que um homem inocente seja crucificado para que os pecadores sejam perdoados?  


- Jesus realmente ensinou que veio para ser um sacrifício expiatório?  


- Ou será que Paulo, influenciado por culturas pagãs de redenção, inventou essa doutrina e depois a atribuiu a Jesus?  





Essas perguntas podem parecer chocantes, mas são necessárias para quem busca seguir a verdade com integridade.  





 1. A ideia de redenção pela crucificação de um inocente  





Se analisarmos cuidadosamente a lógica por trás dessa ideia, veremos que ela colide com o próprio conceito de justiça. Como um inocente pode ser punido no lugar do culpado? Como um Deus justo aceitaria matar o mais puro de Suas criaturas para expiar os pecados dos outros?  





Imagine se um juiz humano dissesse a um criminoso:  


"Você roubou e matou, mas, em vez de puni-lo, vou matar meu filho inocente e libertá-lo!"  





Poderíamos considerar esse juiz justo?


 Ou seria um juiz negligente com a justiça?  





Se a razão que Deus nos deu rejeita esse exemplo, como podemos atribuir a Ele algo ainda mais extremo?  





 2. O que o próprio Jesus ensinou?  





Quando voltamos aos quatro Evangelhos


– as fontes mais antigas da vida de Jesus


– vemos que seus ensinamentos enfatizavam o arrependimento e as boas obras :  





"Arrependei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo." (Mateus 4:17)  





"Se queres entrar na vida, guarda os mandamentos." (Mateus 19:17)  





"Perdoai, e sereis perdoados." (Marcos 11:25)  





Ele nunca disse : "Acreditem que eu fui crucificado por vocês, e todos os seus pecados serão perdoados." Em vez disso, pregou o arrependimento pessoal e a reforma interior.  





Se o perdão dos pecados depende de arrependimento e obediência, onde está o fundamento para a doutrina paulina, que afirma que apenas o sangue do crucificado perdoa os pecados?  





 3. Paulo e a invenção doutrinária  





Paulo não foi uma testemunha ocular da vida de Jesus. Pelo contrário:  





- Ele não acompanhou Jesus em seu ministério.  


- Não presenciou sua suposta crucificação.  


- Não ouviu seus ensinamentos diretamente.  





Ele só apareceu após a ascensão de Jesus (de acordo com a crença islâmica) e depois afirmou ter tido uma visão misteriosa no caminho de Damasco.  





É notável que o próprio Paulo admita que sua mensagem não veio de seres humanos :  





"Porque não o recebi de homem algum, nem me foi ensinado, mas mediante revelação de Jesus Cristo." (Gálatas 1:12)  





Seria sábio basear uma doutrina central em uma visão pessoal, sem testemunhas ou evidências além do próprio relato?  





 4. A influência da cultura romana e grega  





No mundo de Paulo, a ideia de "redenção pelo sangue" era comum:  





- Os pagãos ofereciam sacrifícios para aplacar deuses irados.  


- Mitos falavam de deuses que morriam para expiar os pecados humanos.  





Essas noções infiltraram-se facilmente nas mentes dos povos helenísticos, tornando a ideia de um deus crucificado e morto algo natural para eles.  





Paulo – vindo de uma cultura de múltiplas religiões – teria sido influenciado por essas tradições? Ele as teria introduzido na fé em Jesus?  





 5. A responsabilidade individual do ser humano  





Se refletirmos sobre a justiça de Deus, como descrita nas escrituras sagradas, encontraremos um princípio sólido:  





"A alma que pecar, essa morrerá."


 (Ezequiel 18:20)  





"Os pais não serão mortos pelos filhos, nem os filhos pelos pais ; cada um morrerá pelo seu próprio pecado."


(Deuteronômio 24:16)  





Essa é a justiça simples e compreensível :  





- Cada alma carrega seu próprio fardo.  


- Nenhum sacrifício humano anula a responsabilidade.  





Por que Jesus seria a exceção a esse princípio, e sua morte seria um meio de perdão incondicional?  





 6. O perdão divino é maior do que qualquer sangue  





Deus é misericordioso e perdoador ; Ele não precisa de derramamento de sangue para perdoar.  





Considere esta oração ensinada por Jesus :  





"Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores." (Mateus 6:12)  





Ele condicionou o perdão a um sacrifício ou a uma crucificação?


 Ou vinculou o perdão ao arrependimento humano e ao ato de perdoar os outros?  





Onde está a verdade?  





A doutrina de que Jesus foi crucificado pelos nossos pecados não é um ensinamento explícito do próprio Jesus, mas uma construção monumental baseada nas visões e interpretações de Paulo.  





Se você se libertar da autoridade da emoção e do medo e examinar o cerne dos ensinamentos, descobrirá, com simplicidade:  





- Deus não pune um inocente pelos crimes dos culpados.  


- O caminho da salvação é o arrependimento sincero e o retorno a Deus.  


- Jesus, que a paz esteja com ele, foi um grande profeta, não um deus crucificado.  





 Uma última palavra  





Quando alguém lhe disser:  





"Jesus foi crucificado pelos seus pecados."





Pergunte a si mesmo:  





- Onde Jesus disse isso claramente?  


- Onde está a justiça em executar um inocente para salvar o culpado?  


- Será que Deus, que criou este vasto universo, é incapaz de perdoar pecados sem crucificar Seu amado servo?  





Busque com sua mente e coração, e você encontrará a verdade que preenche a alma com paz :  





Deus não oprime ninguém e não precisa de sangue para ter misericórdia de Seus servos.





No final, pergunte a si mesmo com sinceridade :





Será que o Deus misericordioso precisa que um profeta inocente seja morto para perdoar as pessoas ? Ou Sua misericórdia é mais ampla e Seu poder maior ?





No Islã, acreditamos que Deus é justo e não faz ninguém carregar o pecado de outro, e que o arrependimento sincero e as boas ações são o caminho para o perdão.





Jesus, que a paz esteja com ele, chamou as pessoas para adorar somente a Deus e voltar a Ele com arrependimento, e nunca disse que veio para ser sacrifício por todos.





Pense com sua mente e seu coração: se Deus pode tudo, por que precisaria crucificar alguém ?





A verdade é clara :





Deus é justo e misericordioso.





Cada alma responde por seus atos.





O perdão de Deus não depende de sangue nem de crucificação.





Peço a Deus que o guie para a verdade e ilumine seu coração com a fé.





E a paz esteja sobre quem seguir a orientação.



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