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Deus não criou a humanidade para qualquer propósito além de adorá-Lo.  Entretanto, por sermos humanos nos tornamos frágeis e esquecidos, enquanto que ao mesmo tempo nossa humanidade com frequência faz com que nos enchamos de importância e fiquemos orgulhosos e arrogantes.  A arrogância nos faz cometer pecados e nosso esquecimento faz com que cometamos erros que podem facilmente levar a um comportamento pecaminoso.  Deus nos conhece bem, porque é nosso Criador.  Não nos abandonou e nos deixou por conta de nossa natureza imperfeita; Ele nos proveu com oportunidades inumeráveis de nos voltarmos para Ele em busca de perdão.  De fato, Deus ama que sintamos remorso e nos voltemos para Ele buscando Seu perdão e conforto. O profeta Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, disse aos seus companheiros e a todos os que os seguem em retidão: "Se não cometerem pecados Deus os substituirá por outro povo que cometa pecados e Lhe peça perdão. E Ele os perdoará." [1] Isso não é um encorajamento ao pecado, mas demonstra a Misericórdia infinita de Deus.





A porta para o perdão está sempre aberta





Deus em Sua infinita sabedoria facilitou o caminho para o perdão. Se não fossemos capazes de buscar e obter o perdão de Deus seríamos pessoas miseráveis, cheias de desespero e auto aversão. É por essa razão que não existem transgressões tão grandes ou pecados tão pequenos que Deus não perdoará. Todos os pecados são perdoáveis e a porta para o perdão está sempre aberta quase até o Dia do Juízo chegar.





"E voltai, contritos, para vosso Senhor, porque quando o tormento recair sobre vós, não sereis socorridos." (Alcorão 39:54)





Quando Deus vê o arrependimento sincero de um dos crentes - uma pessoa que verdadeiramente se volta para Deus com temor e esperança - Ele não só perdoa o pecado, mas também substitui os pecados por boas ações dignas de recompensa. Isso é parte da misericórdia infinita de Deus.





"Salvo aqueles que se arrependerem, crerem e praticarem o bem; a estes, Deus computará as más ações como boas, porque Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo." (Alcorão 25:70)





Deus também perdoa nossos pecados por meio das dificuldades que enfrentamos em nossas vidas. Quando somos afligidos com uma doença ou sofrimento em circunstâncias desfavoráveis, obtemos o perdão se suportarmos nossas dificuldades com paciência, buscando o tempo todo uma recompensa de Deus.





Pecados maiores e menores





Desobedecer a Deus sempre é uma questão séria, mas os sábios do Islã dividiram os pecados em categorias maiores e menores.  Os pecados maiores são aqueles que incorrem na maldição de Allah ou em Sua ira e estão ligados à ameaça de punição com o Inferno, o que inclui o pecado de adorar algo além de Deus, o ato mais grave que um ser humano pode cometer. Outros pecados maiores incluem assassinato, feitiçaria e adultério.  Os pecados menores são definidos como atos que desagradam a Deus, mas não têm uma punição definida mencionada no Alcorão ou nas tradições autênticas.  Entretanto, eles não devem ser tratados com descaso, porque os pecados menores podem facilmente levar aos pecados maiores. Deus nos alerta para levar a sério os pecados menores quando diz: "...considerando leve o que era gravíssimo ante Deus." (Alcorão 24:15) 





O profeta Muhammad nos avisou que: "A retidão está no bom caráter e na moralidade e o erro está no que sua alma hesita, naquilo que não gostaria que as pessoas descobrissem."[2] 





É fácil obter o perdão de Deus





Como mencionado antes, o arrependimento sincero é capaz de eliminar os pecados de uma pessoa, para sempre e completamente. Envolve remorso genuíno, orar pela misericórdia e perdão de Deus e evitar aquele pecado no futuro. Além disso, Deus também nos deu outras maneiras para que possamos começar de novo, como se fossemos um bebê recém-nascido.





Esses atos incluem um descrente abraçar o Islã e uma pessoa realizar uma peregrinação aceita (Hajj) à Casa de Deus em Meca, Arábia Saudita.





"Dize aos descrentes que, no caso de se arrependerem, ser-lhes-á perdoado o passado..." (Alcorão 8:38)





O profeta Muhammad, que a misericórdia e bênçãos de Deus estejam sobre ele, disse: "Sabem que aceitar o Islã destrói todos os pecados cometidos antes disso?"[3]





"Quem realizar o Hajj em busca do prazer de Deus, não tiver relações sexuais com sua esposa e não fizer o mal ou cometer pecados retornará (depois do Hajj livre de todos os pecados) como se tivesse nascido de novo".[4]





Quanto aos pecados menores, a misericórdia de Deus é tão completa que Ele nos perdoa por nossos pecados até enquanto realizamos atos obrigatórios.  Nas tradições do profeta Muhammad encontramos vários ditos que atestam a esse fato.





"Quem realiza bem a ablução seus pecados sairão de seu corpo, até de sob suas unhas."[5]





"Quando chegar a hora prescrita para a oração, se um crente realizar bem a ablução e oferecer sua oração com humildade e prostração, será uma expiação por seus pecados passados, desde que não cometa um pecado maior; e isso se aplica a todas as vezes."[6]





"...se ele realiza a ablução completamente e vai para a mesquita com a única intenção de fazer a oração e nada o leva à mesquita exceto a oração, então, em cada passo que der na direção da mesquita será elevado em um degrau ou um dos seus pecados será perdoado..."[7]





"Quem jejuar o mês de Ramadã com sinceridade na fé (ou seja, crença) esperando pela recompensa de Deus, então seus pecados passados serão perdoados."[8]





Os pecados podem ser perdoados pela realização de boas ações embora devamos nos empenhar para que essas ações sejam feitas completamente em nome de Deus e não por alguma recompensa terrena. "... porque as boas ações anulam as más. Nisto há mensagem para os que recordam." (Alcorão 11:114)





Deus facilitou para nós obter o Seu perdão, mas isso não vem automaticamente. Deve-se buscar sinceramente o perdão de Deus, sabendo que é somente por meio da misericórdia suprema de Deus que se entra no Paraíso. O profeta Muhammad disse: "Façam as boas ações de maneira apropriada, sincera e moderada e se alegrem, porque ninguém entrará no Paraíso por causa de suas boas ações. Os companheiros perguntaram: "Ó Mensageiro de Deus, nem mesmo tu?" Ele respondeu: "Nem mesmo eu, a menos que Deus me conceda Seu perdão e misericórdia





 





Os cristãos se referem a Deus como Pai em seus credos, orações e liturgia.  Deus, o Pai, é visto como uma das três pessoas da Trindade.  Acreditam que o Pai tem um Filho, Jesus.  Os cristãos acham que somente eles têm uma relação pessoal, tanto com o Pai quanto com o Filho.  Diz-se que Abba seja a transliteração da palavra aramaica para pai.  É sempre usada com dirigindo-se diretamente a Deus, o Pai.  Aparece três vezes em todo o Novo Testamento e somente uma vez em um evangelho.  Em Marcos 14:36 ("Aba, Pai, tudo te é possível.").  As outras duas ocorrências estão nas cartas de Paulo, em Rom 8:15 e Gal 4:6.





Existe um grande debate entre escritores judaicos e cristãos sobre a natureza de Deus como um pai ou abba (a palavra aramaica para pai).  O debate começou com o que um sábio luterano alemão, Joachim Jeremias, escreveu em seu livro, "The Prayers of Jesus" (As orações de Jesus), traduzido por John Bowden.  Seu argumento essencial era repetido de maneiras ligeiramente modificadas pela maioria dos cristãos.  Edward Schillebeeckx tornou-o popular entre católicos romanos em seu livro "Jesus".





O que Jeremias afirmava basicamente era que, primeiro, "abba" representa um uso especial por Jesus que era central aos seus ensinamentos; segundo, que para Jesus isso expressava um tipo especial de intimidade e ternura que derivava da origem da palavra "abba", a partir de conversa de criança; terceiro, que era diferente da prática do Judaísmo.  Seu ponto era que Jesus se referindo a Deus como Abba não deriva do Velho Testamento ou de seu pano de fundo palestino judeu.  Ao invés disso, representa sua relação única com o "Pai". Portanto, alguns escritores cristãos prosseguiram dizendo que Deus pode ser chamado como "papai", a maioria dizendo que é muito informal e desrespeitoso.  Escritoras cristãs feministas tinham um problema sério com a ideia de Deus como masculino e escreveram vários livros de crítica.





Enquanto a maioria na igreja contemporânea simplesmente repete os pontos acima e os usam como base para a teologia popular,[1] isso foi muito criticado.  Mary Rose D’Angelo destaca evidência contra isso no artigo  ‘Abba and "Father": Imperial Theology and the Jesus Traditions’ ("Abba e "Pai"": Teologia imperial e as tradições de Jesus")[2]. Vários autores judeus como Alon Goshen-Gottstein[3]  e Gerald Friedlander[4] apresentaram evidências de que rabinos e judeus usavam "abba" para se referir a Deus.





S. Vernon McCasland da Universidade de Virgínia escreveu: "A expressão "Abba, Pai" ocorre apenas três vezes no Novo Testamento...(ela) apresenta um desafio por causa da forma como tem desafiado os tradutores desde o começo até nossos dias.  As 27 traduções a seguir que consultei ilustram o problema... Quase sem exceção ela foi simplesmente transliterada.  Ainda assim, Abba não é uma palavra da língua inglesa, nem latina, alemã, francesa ou espanhola e nenhum leitor, na maioria dos casos, a menos que seja um semita, pode fazer muito além de supor o que ela significa.  Impressiona o leitor desinformado como uma fórmula incompreensível de algum encantamento mágico.  A maioria dos tradutores a deixou como se estivesse carregada com uma força sobrenatural mortal."[5]





Rabb do Alcorão





Quando nos voltamos para o Alcorão, ele esclarece que nem Deus tem um filho, nem Deus é um pai.  Muitos cristãos, quando ouvem isso de mim, acham que não temos relação com Deus porque os cristãos se relacionam com Deus em termos humanos de pai e filho.  Veem os cristãos como tendo uma relação "pessoal" com Jesus e com o Pai, mas "Allah" parece um ser distante para eles.





A relação dos muçulmanos com Deus é expressa em Rabb, ou mais adequadamente ar-Rabb, um dos nomes de Deus mais repetidos no Alcorão, a escritura muçulmana.  É o nome mais comum com o qual Deus é invocado pelos profetas e pelas orações dos virtuosos.  O nome é claro em seu significado e captura de forma bela a relação profunda com Deus.





Linguisticamente, de acordo com Ibn Faris[6], os árabes antigos usavam a palavra rabb com os seguintes significados:





·Corrigir o que está errado e manter.  Rabb é o mestre, criador e mantenedor.





·Ficar próximo a algo.





·Unir algo a outra coisa.





No Alcorão a palavra Rabb quando aplicada a Deus significa [7]:





1.     Rabb é o Mestre que não tem igual, um Mestre que cerca completamente Sua criação com Suas dádivas.[8]





2.     Rabb é Aquele que nutre Sua criação e ainda assim, não é seu pai.  Rabb nutre Seu povo, levando-o de uma fase da vida a outra, cobrindo-o com Suas bênçãos e sustentando-o durante todo esse tempo.  Rabb fornece à Sua criação os meios de sobrevivência, já que somente Ele controla os tesouros dos céus e da terra.





3.     Rabb nutre os corações, almas e o caráter de Seus amados.[9] As orações dos profetas e virtuosos no Alcorão invocando o nome Rabb torna claro esse significado:





A oração de Abraão: "Ó Senhor (Rabb) meu, concede-me prudência e junta-me aos virtuosos!" (Alcorão 26:83)





A oração dos virtuosos: "Ó Senhor (Rabb) meu, concede-me perdão e misericórdia, porque Tu és o melhor dos misericordiosos!" (Alcorão 23:118)





Oração de Adão e Eva: "Ó Senhor (Rabb) nosso, nós mesmos nos condenamos e, se não nos perdoares a Te apiedares de nós, seremos desventurados!" (Alcorão 7:23)





A oração de Noé: "Ó Senhor (Rabb) meu, perdoa-me a mim e aos meus pais." (Alcorão 71:28)





Por fim, a palavra ar-Rabb é repetida no Alcorão como o Rabb de "todos os mundos", "de tudo", "de Moisés e Aarão", "do grande Trono", "dos céus e da terra" e "do Oriente e do Ocidente."








 



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