O Regresso de Jesus
Se Jesus regressasse hoje, as pessoas nem o crucificariam. Elas convidá-loiam para jantar, e ouviriam o que ele teria para dizer, e depois fariam pouco dele.
- D. A. Wilson, Carlyle at his Zenith
[Carlyle no seu Zênite]
Há uma coisa sobre a qual cristãos e muçulmanos concordam, e esta é o regresso de Jesus Cristo. Curiosamente, ambas as religiões esperam Jesus regressar numa vitória de fé para derrotar o Anticristo, corrigir os desvios na religião, e estabelecer a verdade de Deus em todo o mundo. Os cristãos esperam que essa verdade ecoe as suas doutrinas evoluídas, enquanto que os muçulmanos esperam que Jesus se mantenha coerente com os seus ensinamentos anteriores e refute as falsas
doutrinas derivadas por aqueles que afirmavam falar em seu nome. Para este fim, os muçulmanos esperam que Jesus valide Muhammad como o último mensageiro que Jesus previu no Novo Testamento, e endosse a submissão a Deus
(ou seja, o Islam) como a religião para toda a humanidade. Na mente do muçulmano, o regresso de Jesus será duro para aqueles que abraçam as doutrinas dos homens em preferência aos ensinamentos dos profetas. Em particular, aqueles que blasfemam através da associação de um filho e parceiro com Deus, apesar de Jesus ter ensinado o contrário, merecerão punição.
O Alcorão Sagrado registra que Allah questionará Jesus a este respeito, como se segue: E lembra-lhes de quando Allah dirá: “Ó Jesus, filho de Maria! Disseste tu aos homens: „Tomai-me e a minha mãe por dois deuses, além de Allah?‟” Ele dirá: “Glorificado sejas! Não me é admissível dizer o que me não é de direito. Se o houvesse dito, com efeito, Tu o haverias sabido. Tu sabes o que há em mim, e não sei o que há em Ti. Por certo, Tu, Tu és O Profundo
Sabedor das cousas invisíveis. Não lhes disse senão o que me ordenaste: „Adorai a Allah, meu Senhor e vosso Senhor‟. E fui testemunha deles, enquanto permaneci entre eles. Então, quando findaste os meus dias na terra, Tu foste, sobre eles, O Observante. E Tu, de todas as cousas, és Testemunha.”
(OSA 5:116-117)
Até que Jesus regresse com indício de prova – nomeadamente, a sua irrefutável realidade humana – uma pergunta ataca o sistema de defesa doutrinário. É a mesma pergunta, talvez, que Jesus perguntará àqueles que afirmam ter seguido em seu nome: Onde, na Bíblia, é que Jesus disse, em termos claros e inequívocos, “Eu sou Deus, adorem-me”. Em lugar nenhum. Então, por que é ele considerado divino?
Será que ele se esqueceu de passar um ensinamento tão essencial, se fosse verdade? Improvável. Se Jesus nunca afirmou ser Deus e a doutrina da sua divindade foi inventada por homens, então podemos esperar que Deus se oponha. Talvez Ele repetiria Isaías 29:13 (como Jesus fez em Mateus 15:8-9
e Marcos 7:67)
– “…este povo se chega junto a mim apenas com palavras sem atitude, e me honra somente com mover dos lábios,
enquanto o seu coração está muito distante da minha pessoa. E a adoração que me prestam é constituída tão somente de regras e doutrinas criadas por homens.” Uma pessoa perguntaria que doutrinas seriam as “criadas por homens” se não a Trindade, a filiação divina, a divindade de Jesus, o pecado original, a ressurreição ea expiação. E o que diz Deusdaqueles que adotam tais doutrinas? “Em vão me adoram.” (NE) Em
Lucas 6:46, Jesus fez uma pergunta que desafia semelhantemente os seus “seguidores”: “E por que me chamais: „Senhor, Senhor‟, e não fazeis o que eu vos digo?
” Nos versículos seguintes, Jesus descreve a segurança daqueles que seguem os seus ensinamentos e a ruína dos que “ouvem e praticam”. E, na verdade, deveríamos surpreender-nos? Recordemos
Mateus 7:21-23, no qual Jesus prometeu renegar os seus seguidores heregesna próxima vida:
Nem todo aquele que diz a mim: „Senhor, Senhor!‟ entrará no Reino dos céus, mas somente o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos dirão a mim naquele dia: „Senhor, Senhor! Não temos nós profetizado em teu nome?
Em teu nome não expulsamos demônios? E, em teu nome não realizamos muitos
milagres?
‟ Então lhes declararei: Nunca os conheci. Afastai-vos da minha presença, vós que praticais o mal.
É claro, existem aqueles que afirmam que fé é fé; esta não é para ser empurrada, manipulada ou fundamentada. Mark Twain abordoutais atitudes com as palavras: “Foi o jovem estudante que disse: „Fé é acreditar no que sabes que não é verdade.‟” A questão é que há uma enorme diferença entre acreditar em Deus sem provas, e acreditar nas doutrinas sobre Deus que, não só têm falta de provas, mas para as quais existem provas contraditórias nos ensinamentos dos profetas. Talvez seja o último grupo que é referido em
Mateus 13:13: “Por isso lhes falo por meio de parábolas; porque, vendo, não enxergam; e escutando, não ouvem, muito menos compreendem”. No entanto, eles permanecem firmes na sua crença, presunçosamente hibernando até à épocado acerto de contas. Lembre-se que a escritura dirige a nossa fé através da lógica em vez da emoção. A Bíblia diz: “... examinai [algumas versões dizem “provai”] todas as evidências, retende o que é bom.”
(1 Tessalonicenses 5:21). Isaías 1:18 diz-nos: “Então,
sim, vinde e arrazoemos, diz Yahweh” Então, a crença em Deus pode ser baseada na fé, mas depois disso, a verdade deve ser buscada nos ensinamentos dos Seus profetas. E, aceitando e seguindo esses ensinamentos, a pessoa será classificada entre os justos. Ao submeter-se aensinamentos alternativos, a pessoa perde a salvação, pois a Bíblia avisa: “Se quiserdes e me ouvirdes, comereis o melhor desta terra. Contudo, se recusardes e fordes maldosos e rebeldes, sereis todos devorados à espada; porque a boca do SENHOR o disse!” (Isaías 1:19-20).
O buscador sincero, então, subiráa escada de evidências empilhadas, segurando com firmeza o corrimão da razão. Reconhecendo que, embora, nas palavras de Shakespeare, “O diabo pode citar as escrituras para os seus propósitos” , a verdade torna-se evidente através do exame da escritura completa. A conclusão sobre quais diabos citaram precisamente quais escrituras, e para que finalidade, variará de um indivíduo para outro. Milhares de anos de desacordo teológico nunca serão resolvidos para a satisfação de todas as pessoas, não importa o quão abrangente seja a análise. Trinitários e unitários continuarão a competir por reconhecimento como representando um “verdadeiro” Cristianismo, e os muçulmanos continuarão a afirmar que ambas as versões foram corrompidas por doutrinas não. bíblicas. Enquanto isso, os judeus permanecerão satisfeitos com sua convicção de que são “o povo escolhido”. Se esta análise não mostrou mais nada, ela expôs o fato de que tanto Moisés como Jesus ensinaram o monoteísmo puro e previram um profeta final. Poderia este último profeta ser Muhammad, e a revelação final o Alcorão Sagrado?
Até para abordar uma resposta a esta pergunta, é preciso primeiro avaliar os livros de escritura, e mover de lá para uma examinação dos próprios profetas.