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“Quem reza nossa oração, orienta sua face em direção a qiblah e come nossos animais sacrificados, é um crente e está sob a proteção de Allah e de Seu Mensageiro.”[1]





Este hadith do Mensageiro de Allah é claro; o sacrifício de animais ocupa um lugar importante no Islam. O Profeta contava o sacrifício de animais como a oração e a orientar-se em direção a qiblah.


Duas categorias de alimentos


Vegetais e frutas





Naturalmente, nem as frutas nem os legumes têm regulações especiais para o abate. Por consenso dos estudiosos, eles são halal e permissíveis independentemente de quem os cultivou ou possuiu, desde que sejam saudáveis e livres de impurezas. Portanto, um muçulmano pode comê-los, mesmo que eles venham de pessoas de outras religiões.





A carne de animais se divide, por sua vez, em duas categorias: frutos do mar e animais terrestres. 


Frutos do mar





De acordo com os sábios, os frutos do mar são halal em geral, independentemente de onde foram capturados. Visto que os pescados não requerem procedimentos especiais de sacrifício, são considerados lícitos. Isto inclui camarões e lagostas, segundo a grande maioria dos estudiosos. Algumas exceções são:





·       Crocodilos





·       Rãs





·       Lontras e tartarugas (porém são halal depois de sacrificados)


Carnes proibidas de animais domésticos





É permitido comer a carne de um animal selvagem (ou seja, não domesticado) se os pré-requisitos de caça forem cumpridos.





É permitida a carne de animais domésticos com a condição de terem sido abatidos em conformidade com as diretrizes islâmicas. Caso se enquadre numa das categorias mencionadas no versículo seguinte, se torna proibido:





“Estão-vos vedados: a carniça, o sangue, a carne de suíno e tudo o que tenha sido sacrificado com a invocação de outro nome que não seja o de Allah...” (Alcorão 5:3)





Ibn ‘Abbas narrou que o Mensageiro de Allah proibiu comer todos os animais carnívoros que tenham dentes caninos feitos para desgarrar a carne (ou seja, animais de rapina, como cães e raposas) e todos os pássaros com garras (como águias e falcões).[2]


Elementos do procedimento islâmico para o sacrifício





·       O que deve ser cortado:





·       Duas veias jugulares (vasos sanguíneos largos do pescoço)





·      A garganta (canal de respiração; traqueia)





·       O Esôfago (tubo que passa os alimentos e a água; garganta)





·       É permitido usar qualquer instrumento capaz de sangrar o animal, seja de aço, ferro, pedra afiada ou madeira, exceto osso, dente ou unha. O instrumento deve ser afiado. É desencorajado o uso de um instrumento contundente para que o animal não seja afligido ou sofra desnecessariamente.


Sabedoria por trás das regras islâmicas do sacrifício





A sabedoria das regras islâmicas para o sacrifício é tirar a vida do animal da maneira mais rápida e menos dolorosa; os requisitos de usar um instrumento afiado e cortar a garganta estão relacionados com este fim. É proibido cortar a garganta com dentes ou unhas, pois isso causará dor ao animal e é provável que o estrangule. O Profeta recomendou afiar a faca e acalmar o animal, dizendo: "Allah ordenou a bondade em tudo, e quando você sacrificar, faça-o da melhor maneira, afiando primeiro a faca e acalmando o animal.”[3]


Pronunciar Bismillah é um pré requisito?





Primeiro, esta prática se opõe a prática dos idólatras antes do Islam, que mencionavam os nomes de seus ídolos inexistentes enquanto sacrificavam.





Segundo, os animais, como os seres humanos, são criaturas de Allah e são seres vivos. Portanto, é importante dizer "Bismillah" antes de tirar a vida de um desses animais, pois essa prática equivale a obter permissão de Allah. Mencionar o nome de Allah ao sacrificar o animal é uma declaração desta permissão divina, como se aquele que sacrifica o animal dissesse: "Este meu ato não é um ato de agressão contra o universo ou de opressão desta criatura, mas em nome de Allah eu sacrifico, em nome de Allah eu caço, e em nome de Allah eu me alimento."





Segundo a maioria dos sábios muçulmanos, é necessário pronunciar Bismillah já que do contrário a carne se torna proibida. Isto se baseia nos versículos  6:121, 5:4, 22:34, 22:36, 6:138, 6:119.  O Profeta Muhammad disse: "Assim que sacrifiquem em nome de Allah." [4]


Quem está qualificado para sacrificar?





O muçulmano, o judeu e o cristão estão qualificados para realizar o sacrifício. Segundo a grande maioria dos sábios, a carne sacrificada por um judeu, ou um cristão deve cumprir os mesmos critérios que as de um muçulmano. Se não são cumpridos esses critérios, então a carne será considerada como a de um "animal morto" ou similar.





Objeção comum





Algumas pessoas dizem que enquanto o Povo do Livro considerar que o que mataram (por choque ou elétrico, etc) é halal e o considerem permissível em sua religião, é halal para os muçulmanos.





Isto é incorreto, porque:





(a)  Allah nos proibiu um animal que tenha sido estrangulado ou sufocado até a morte (por exemplo, amarrando uma corda), ou golpeado até a morte por uma marreta como indicado no Alcorão 5:3, e todos os sábios muçulmanos concordam com sua proibição. Portanto, um animal abatido por um judeu ou cristão sem o devido processo será considerado proibido e a carne será proibida assim como a carne de porco, e não faz diferença se é um muçulmano que estrangula ou espanca o animal até a morte ou se é outra pessoa. De acordo com o Alcorão 5:3 está proibido.





(b)  A carne de porco é consumida pelos cristãos, porém nenhum sábio a considera permitida. Da mesma forma, é proibida a carne de um animal que tenha sido morto por um judeu ou cristão ao quebrar o pescoço ou de qualquer outra forma que não satisfaça os critérios islâmicos de sacrifício. Por quê? Porque todos eles - carne de porco, carniça, animais estrangulados ou espancados até à morte - foram proibidos por Allah, no mesmo versículo do Alcorão (5:3). O versículo não faz distinção entre o porco, um animal morto por estrangulamento, atordoado/eletrocutado, golpeado até à morte ou cuja cabeça seja esmagada.


Procedimento nos matadouros do Ocidente





Existem muitas provas documentadas dos procedimentos dos matadouros no Ocidente:


Procedimentos Avícolas





·       Encarceramento:





No matadouro as aves permanecem nos caminhões sem comida nem água entre 1 e 9 horas, às vezes até mais, esperando serem sacrificadas. No interior da planta, na zona "live -hang", ficam presas numa grelha de metal que as segura de cabeça para baixo pelos pés.





·       Tanque atordoador para imobilização elétrica:





As cabeças e o tronco das aves são arrastados através de um canal de água chamado "atordoador". Esta água é fria e salgada para conduzir eletricidade. O propósito é imobilizar as aves, evitar que se golpeiem e paralisar os músculos de suas asas para que possam sair facilmente. Às vezes a máquina para e o frango fica pendurado durante horas. 





·       Corte do pescoço:





Depois de ser arrastado pelo banho atordoador, as aves são degoladas parcialmente por uma lâmina rotativa e/ou cortador manual. Muitas vezes as artérias são perdidas porque estão embutidas no pescoço da ave.





·       Túnel de sangria e tanque de escaldamento:





Ainda vivas - a indústria mantém intencionalmente as aves vivas durante o processo de abate para que os seus corações continuem bombeando sangue - são pendurados de cabeça para baixo durante 90 segundos num túnel onde supostamente morrem devido à perda de sangue, mas milhões de aves não morrem, e muitas delas afogam-se em piscinas de sangue, quando a correia transportadora passa muito próxima do solo. Vivas ou mortas, as aves são atiradas em tanques de água semi-escaldada. Em 1993, dos 7 bilhões de aves abatidas nas instalações dos EUA, mais de 3 milhões foram submersas vivas em tanques escaldantes [1]. Segundo um ex trabalhador de matadouro, quando as aves são escaldadas vivas, "elas caem, gritam, chutam e saem os olhos das cabeças. Elas saem do outro lado com os ossos quebrados, sem algumas partes do corpo ou desfiguradas, devido ao esforço que fazem no tanque."





·       Pela perspectiva da Shariah, este método é problemático devido as seguintes razões:





(a)   O atordoamento pode levar à morte. Algumas estimativas indicam que até 90% das galinhas morrem eletrocutadas. Se assim for, então o frango estará morto antes de seu pescoço ser cortado e, portanto, será considerado carniça.





(b)   As lâminas das máquinas para cortar os pescoços muitas vezes não tocam no pescoço e o cortam parcialmente. A indústria avícola tem um nome especial para este tipo de frango, "peles vermelhas". Eles então são mortos no tanque escaldante. Estas galinhas também serão consideradas carniça.





(c)   Quando a máquina está cortando as gargantas, não é possível pronunciar Bismillah para cada galinha. No máximo, a pessoa pode pronunciar antes de ligar a máquina. Pronunciar Bismillah no momento do abate é um requisito para que a carne do animal seja halal.


Procedimentos pecuários





Antes de serem abatidos, os gados bovinos do Ocidente são mantidos no que chamam de feedlot ou "cidade das vacas". Em vez de pasto, eles são alimentados com milho, que é barato, para que engordem em um curto período de tempo. O milho cria problemas de saúde, por isso são administrados antibióticos. Há até 100.000 animais em algumas centenas de hectares. As vacas têm pouco espaço para ficar de pé, dormem e descansam sobre o estrume. A primeira coisa que fazem quando chegam ao matadouro é remover o estrume. É um processo difícil, alguns se misturam com a carne. O estrume contém E-Coli e outros agentes patogênicos. E isso contamina a carne.





Nos EUA, por lei, o gado deve ser atordoado por um choque elétrico, gás, golpe na cabeça com um martelo, ou um tiro entre os olhos com um parafuso de mola (denominado "sistema de êmbolo cativo") antes de ser pendurado de cabeça para baixo e abatido pela garganta. Durante esta fase do processo, apenas duas veias jugulares são cortadas e o esôfago e o trato respiratório são deixados intactos.





Este é um procedimento típico: um homem segurando um objeto que se parece com uma pistola de pregos, chamada de aturdidor, injeta um parafuso de metal no cérebro da vaca, bem entre os olhos. Com o tamanho e comprimento de um lápis grosso. Isto deveria fazer com que o cérebro do animal morra.





Um animal atordoado é halal, depois de ser abatido por um muçulmano, judeu ou cristão? Em alguns casos, os animais morrem antes de serem sacrificados, o que os torna haram.  Os sábios que já presenciaram alguns desses procedimentos duvidam que o animal esteja vivo depois de ter sido alvejado entre os olhos. Em alguns casos, choque elétrico e inalação de gases tóxicos também causam morte por asfixia. Esta parece ser uma área de pesquisa para os especialistas muçulmanos. No mínimo, atordoar os animais desta forma é uma prática duvidosa e vale a pena mencionar que os judeus não a realizam. 


O consumo de carne vendida em mercearias ocidentais não pode ser considerado halal pelas seguintes razões:





(a)   Não há forma de saber a religião da pessoa que faz o sacrifício, já que muitas pessoas que trabalham nos matadouros são hindus, sikhs, budistas, ateus ou não têm religião.





(b)   Embora a maioria das pessoas que vivem na área onde o matadouro está localizado sejam do Povo do Livro, não há como saber se aquele que faz os sacrifícios é apenas alguém com um nome cristão, já que muitas pessoas no Ocidente hoje em dia têm nomes cristãos, mas não o são. 





(c)   Mesmo que se assuma que a pessoa é cristã, a maioria dos métodos usados em matadouros tornaria o animal completamente haram ou pelo menos duvidoso (como as vacas atordoadas).





Dadas as considerações anteriores, não é permitido que um muçulmano compre sua carne em mercearias no Ocidente a menos que exista a certeza de que a carne tenha sido sacrificada de acordo com as normas da Shariah.





'Adi ibn Hatim narrou: "Perguntei ao Mensageiro de Allah sobre a caça. Ele disse: "Quando lançares a flecha recita o nome de Allah; e se descobrirem que a flecha matou, comam, exceto quando encontrem o animal caído na água, pois nesse caso não saberão se foi a água que causou a sua morte ou a sua flecha." [2]





Este hadith indica: existem alguns indícios se a carne é halal e outros de que é haram, neste caso terão preferência os indícios de que é haram. Além disso, se considera que a carne é ilícita, até que se demonstre que é halal, como mencionam muitos juristas.


E se não soubermos se o nome de Deus foi pronunciado na carne sacrificada por um judeu ou cristão??





Sem nenhuma controvérsia acadêmica, está permitido consumir em tal caso.


Carne sacrificada por pagãos, hindus e ateus





Os eruditos estão de acordo que essa carne sacrificada é haram e não se pode comer.





Se o hindu ou politeísta não sacrifica a carne, ele próprio, e compra carne halal, então pode comê-la. 


O que faço se não sei quem sacrificou, nem como, a carne encontrada em mercado ou restaurante?





(i)    Se estiver num país de maioria muçulmana, pode comprar a carne no mercado e comê-la sem nenhum inconveniente, inclusive se não sabe o nome da pessoa que a abateu ou se foi feita de acordo com a Shariah. Isto porque se supõe que, o que é encontrado em terras muçulmanas, cumpre os critérios estabelecidos pela Shariah.





Uma pessoa comentou ao Profeta que recebeu carne e não sabia se haviam pronunciado o nome de Allah sobre ela. O Profeta orientou que dissessem "Bismillah" e que comessem.





(ii)   Em um país onde a maioria das pessoas não são judeus nem cristãos, a carne não pode ser comprada nos mercados e não pode ser consumida, a menos que se determine ou tenha boas razões para crer que foi devidamente sacrificada por um muçulmano, um judeu ou um cristão.





(iii)  Se está em um país onde se encontra carne halal e haram, então não é permitido devido a dúvida; porque em um cenário onde o halal e o haram coexistem, se dá preferência (na regra) ao haram; portanto, devemos evitar tais carnes. Esta é a posição da maioria dos eruditos. Se baseia em um hadith de 'Adi que perguntou:  "Suponhamos que enviei meu cachorro, porém eu encontrei outro cachorro no campo, e eu não sei que cachorro peguei. O Profeta respondeu: 'Não coma, porque embora você tenha mencionado o nome de Allah sobre seu cão, você não o mencionou sobre o outro cão.'"





(iv)  Se você está em um país onde a maioria da população é judia e cristã, a regra original é a mesma que a dos países muçulmanos, pois sua carne é permitida assim como a dos muçulmanos. Mas, quando se sabe com certeza ou há uma boa razão para acreditar que eles não sacrificam de acordo com os critérios estabelecidos pela Shariah então a carne não pode ser comida a menos que tenha sido provado que foi devidamente abatida. Este é o caso predominante nos países ocidentais, como afirmam muitos estudiosos que viveram aqui ou que pesquisaram este tema. 


Conselhos práticos





·       Busque as lojas muçulmanas halal em sua área ou cidades vizinhas.





·       Entre em contato com sua mesquita local ou peça a seus amigos muçulmanos informação sobre as lojas que vendem carne halal.





·       Em relação às carnes sacrificadas por judeus e cristãos, deve-se ter cuidado para que as carnes não sejam processadas. Se são processadas, é necessário ler a etiqueta dos ingredientes. Em muitos casos é colocado álcool (vinho tinto/vinho branco) aos produtos para amaciar e dar sabor. 





·       Você pode comprar carne crua marcada como kosher nas mercearias locais.


Introdução





Health-and-Fitness-(part-1-of-2).jpgQuando Deus criou os seres humanos, Ele os fez com um propósito. Fomos criados para adorar nosso Criador e, por causa disso, Ele nos enviou profetas, mensageiros e revelações para nos guiar ao longo da jornada. O Islam é a religião para toda a humanidade e sua orientação é aplicável a todos os lugares, em todos os momentos e circunstâncias. Ao contrário de muitas outras religiões, o Islam é um modo de vida completo; não é possível praticá-lo um dia por semana ou quando se tem tempo ou inclinação. O Islam é um modo de vida holístico que enfatiza a importância de manter a boa saúde e oferece os caminhos e meios para lidar com a saúde. Ele nos ensina a nos preocupar com a pessoa por inteiro, portanto, a saúde é composta de três partes: saúde espiritual, emocional e física e todas elas estão interconectadas. 


Nutrição





O din do Islam oferece uma abordagem holística à saúde e à boa forma, que inclui tratar nossos corpos com respeito e nutri-los com alimentos nutritivos halal. Allah espera que escolhamos alimentos saudáveis e evitemos alimentos com pouco ou nenhum valor nutricional. Ele diz: "Ó vós que credesl Comei das cousas benignas que vos damos por sustento, e agradecei a Allah, se só a Ele adorais.” (Alcorão 2:172).





Deus nos encoraja a comer alimentos saudáveis ​​e os une com avisos para lembrarmos d'Ele e evitarmos os truques de Satanás.  “Ó humanos! Comei, do que há na terra, sendo lícito e benigno; e não sigais os passos de Satã. Por certo, ele vos é inimigo declarado.” (Alcorão 2:168)





A alimentação saudável e a atenção aos valores nutricionais dos alimentos satisfazem a nossa fome e afetam a qualidade da nossa ibadah. Sentir-se inchado ou sofrer indigestão pode impedir seriamente a nossa adoração. Da mesma forma, sentir-se energizado pode tornar nossa adoração uma experiência alegre. O Alcorão não nos fornece uma lista como tal, mas nos diz quais alimentos halal Allah forneceu. 





1.     Carne. “E os rebanhos, Ele os criou. Neles, tendes calor e proveitos, e deles comeis.” (Alcorão 16:5)





2.     Peixe e frutos do mar. “E Ele é Quem vos submete o mar, para dele comerdes carne tenra...” (Alcorão 16: 14) “É-vos lícita a pesca do mar e seu alimento, como proveito para vós e para os viandantes. E vos é proibida a caça da terra, enquanto permaneceis hurum…” (Alcorão 5:96)





3.     Frutas e vegetais. “Com ela, Ele vos faz germinar as searas e as oliveiras e as tamareiras e as videiras e toda espécie de frutos." (Alcorão 16:11) “E Ele é Quem fez surgir jardins emparrados e não emparrados, e as tamareiras e as searas, sendo variados seus frutos; e a oliva e a romã, semelhantes e não semelhantes. Comei de seu fruto, quando frutificar...” (Alcorão 6:141)





4.     Leite. “E, por certo, há nos rebanhos, lição para vós. Damo-vos de beber, do que há em seus ventres -entre fezes e sangue - leite puro, suave para quem o bebe.” (Alcorão 16:66)





5.     Mel. “E ide, docilmente, pelos caminhos de vosso Senhor. De seu ventre sai um licor: variadas são suas cores; nele, há cura para os homens…” (Alcorão 16:69)





6.     Grãos. “…E é um sinal para eles, a terra morta: vivificamo-la e dela fazemos sair grãos; então, deles comem.” (Alcorão 36:33)





Por todo o Alcorão e a Sunnah do Profeta Muhammad, que a misericórdia e as bênçãos de Deus estejam sobre ele, encontramos inúmeras ocasiões em que alimentos nutritivos e boa saúde estão ligados. A comida halal consegue nutrir nosso corpo e ajudar a curar doenças e ferimentos. A seguir, são apresentados apenas três superalimentos do Alcorão e da Sunnah que atestam os benefícios de nutrir nosso corpo de maneira halal.





1.     Mel. “O mel é um remédio para todas as doenças e o Alcorão é um remédio para todas as doenças da mente; portanto, recomendo-lhes dois remédios, o Alcorão e o mel.” O mel contém antivirais, anti-inflamatórios, antibacterianos e anti-propriedades fúngicas. A OMS (Organização Mundial da Saúde) o considera uma substância medicinal potencialmente valiosa para acalmar as membranas mucosas inflamadas e, portanto, um tratamento para a tosse. "Todo o mel é antibacteriano porque as abelhas adicionam uma enzima que produz peróxido de hidrogênio", disse Peter Molan, diretor da Unidade de Pesquisa de Mel da Universidade de Waikato, na Nova Zelândia.





2.     Tâmaras. As tâmaras são boas para a saúde digestiva; elas são úteis no tratamento da constipação, dores de estômago ou diarreia. São uma excelente fonte de ferro, portanto, uma excelente maneira de tratar e prevenir a anemia e ajudam a manter nossos ossos, sangue e sistema imunológico saudáveis. Existem pelo menos 15 minerais nas tâmaras, incluindo selênio, um elemento que acredita-se ajudar a prevenir o câncer e é importante na função imunológica.[1] O profeta Muhammad nos aconselhou a quebrar nossos jejuns comendo tâmaras por serem purificadoras.[2] 





3.     Azeitonas. As azeitonas são muito ricas em vitamina E e outros poderosos antioxidantes. Estudos mostram que elas são boas para o coração e podem proteger contra osteoporose e câncer. Além disso, muitos dos fitonutrientes encontrados nelas têm propriedades anti-inflamatórias bem documentadas. Demonstrou-se que extratos de azeitonas inteiras funcionam como anti-histamínicos em nível celular.[3] O Profeta Muhammad nos aconselhou: “Coma o azeite e use-o nos cabelos e na pele, pois vem de uma árvore abençoada."[4]





De fato, existem muito poucos alimentos que são haram. “É-vos proibido [comer] o animal encontrado morto e o sangue e a carne de porco e o que é imolado com a invocação de outro nome que o de Allah; e o animal estrangulado e o que é morto por espancamento e por queda e por chifradas e o que a fera devora, parcialmente - exceto se o imolais - e o que é imolado sobre as pedras levantadas, em nome dos ídolos...” (Alcorão 5: 3). "Satã deseja, apenas semear a inimizade e a aversão, entre vós, por meio do vinho (e intoxicantes) e do jogo de azar, e afastar-vos da lembrança de Allah e da oração. Então, abster-vos-eis disso?” (Alcorão 5: 91). Além de algumas coisas mencionadas no Alcorão e na Sunnah, tudo o mais é considerado lícito. No entanto, isso não significa que podemos comer qualquer coisa e esquecer de tratar com respeito os nossos corpos, que são uma confiança de Allah. 


Dieta





Embora alimentos processados, açúcar e junk food não sejam proibidos, eles devem ser consumidos com moderação como parte de uma dieta equilibrada. Muitas das doenças mais comuns hoje derivam de hábitos alimentares pouco saudáveis. Doenças cardíacas coronárias, hipertensão, diabetes, obesidade e depressão, e as pragas do século XXI, têm sido associadas a dietas inadequadas. Uma dieta saudável contém uma mistura de todos os bons alimentos que Allah nos forneceu. No entanto, somos encorajados a não levar as coisas a extremos. Uma pessoa que come demasiadamente pode ficar doente, consequentemente, incapaz de cumprir suas obrigações. Da mesma forma, quem come demasiadamente pouco ou poucos alimentos saudáveis também ficará doente, causando sofrimento à ibadah.





O Profeta Muhammad aconselhou a humanidade a manter um equilíbrio entre os dois extremos e a não dar muita ênfase ao preenchimento do estômago. Ele disse: “Nenhum homem enche um recipiente pior que o seu estômago. Alguns bocados são suficientes. No entanto, se for necessário comer mais do que isso, que encha um terço (do estômago) com comida, um terço com líquido e que deixe um terço para facilitar a respiração.”[5]





Introdução





Health-and-Fitness-(part-2-of-2).jpgA abordagem holística do Islam com relação à saúde implica que devemos investir nosso tempo e esforço em nossas necessidades físicas e emocionais, e em nosso estado espiritual. Nossos corpos são um conjunto complexo de células, órgãos e sistemas que Allah nos emprestou, portanto, somos obrigados a mantê-los em bom estado funcional. Na primeira lição, falamos sobre o papel da nutrição e da dieta, e agora veremos a função do exercício físico.





Quando o Profeta Muhammad, que a misericórdia e as bênçãos de Allah estejam sobre ele, afirmou que um crente forte era melhor do que um crente fraco, não estava apenas falando em termos de fé e caráter. Indicava também que a força física era uma característica desejável para um crente. Cada pessoa tem seu próprio conjunto de capacidades físicas determinado por Allah e, portanto, cada um de nós deve ter como objetivo alcançar seu próprio estado de saúde e boa forma ideais. Os atos obrigatórios do Islam, em circunstâncias normais, exigem algum esforço físico. Ao fazer as posturas de oração, usamos todos os músculos e articulações do corpo. A pessoa deve estar em boa saúde se pretende jejuar, e a peregrinação à Meca é uma tarefa árdua.


Boa Forma





O Profeta Muhammad e os sahabah tinham boa forma física, em virtude de seus estilos de vida; a vida era mais difícil e a agricultura e a caça exigiam força e resistência. Nos séculos anteriores, as pessoas andavam longas distâncias, comiam mais alimentos naturais e geralmente tinham que estar em forma para sustentar suas vidas. Mesmo que não tenhamos controle direto sobre doenças e ferimentos, Allah espera que tratemos nossos corpos com respeito e façamos tudo o que pudermos para mantê-los em boas condições.





Hoje em dia somos atormentados por uma série de condições e doenças diretamente relacionadas a estilos de vida pouco saudáveis e falta de exercício. Algumas condições crônicas podem ser melhoradas e, às vezes, revertidas, prestando atenção à nossa forma física. Vale lembrar que seremos chamados a prestar contas se não tomarmos medidas para melhorar nossa saúde em decadência.





Podemos ler numerosos ahadith que atestam o fato de que o Profeta Muhammad sempre aconselhou os sahabah a manterem a forma e viver um estilo de vida propício à boa saúde. Ele disse: "Ó Allah, faça as primeiras horas da manhã abençoadas para minha nação."[1] Consequentemente, os sahabah eram todos madrugadores, não ficavam acordados a noite toda se envolvendo em passatempos inúteis. O profeta Muhammad ia dormir depois da oração Isha,[2] e ele era conhecido por aconselhar outras pessoas que nossos corpos têm direitos sobre nós[3].


Exercícios





O exercício é parte integrante da vida de um crente e o exercício moderado melhorará imensamente nossa ibadah. No entanto, deixar uma rotina de exercícios ou esporte tornarem-se extremos ou fanáticos impedirá nossa saúde emocional e espiritual. Para esse fim, existem algumas diretrizes em relação ao exercício e aos esportes.





      1.   Nada é mais importante que os atos obrigatórios da ibadah.





      2.   O crente deve prestar atenção à administração do tempo para que o exercício não interfira no tempo necessário para ganhar a vida e o tempo gasto com a família.





      3.   A atividade física pode ser feita com todos os membros da família. Por exemplo, caminhar, correr, nadar e andar a cavalo.





      4.   A pessoa que pratica esportes em um local público deve se lembrar do código de vestuário islâmico.





      5.   Esportes e exercícios não devem envolver qualquer mistura desnecessária de gêneros.





      6.   Um crente não usa linguagem inapropriada nem ridiculariza outro praticante.





      7.   Os crentes não usam ou encorajam outras pessoas a usar drogas que                          aumentam o desempenho.





O comportamento do Profeta Muhammad, dos sahabah e as primeiras gerações de muçulmanos mostra o que hoje em dia seria considerado a melhor prática no campo dos exercícios. Eles se envolveram em vários esportes e atividades, os quais mantiveram suas mentes e corpos flexíveis e saudáveis.





“Qualquer ação sem a lembrança de Deus ou é uma abstração ou leviandade, exceto quatro coisas: caminhar de um alvo para o outro (durante a prática de arco e flecha), treinar um cavalo, brincar com a família e aprender a nadar.”[4]





O Profeta passou por algumas pessoas da tribo de Aslam enquanto competiam em uma competição de arco e flecha. Ele lhes disse: ‘Atire, Ó filhos do Profeta Ismael. Seu pai era um atirador habilidoso. Atire e eu estou com fulano e sicrano.' Uma das duas equipes parou de atirar. O Profeta perguntou: 'Por que parou?' Eles responderam: 'Como poderíamos atirar enquanto você estava com eles (a outra equipe). Ele então disse: ‘Atire e eu estou com todos vocês.’[5]





Aisha, a esposa do Profeta Muhammad, disse: “Corri com o Profeta e venci-o. Mais tarde, quando eu ganhei peso, corremos novamente e ele venceu. Então ele disse: 'essa anula aquela (referindo-se à corrida anterior).'”[6]





      Nunca é tarde para iniciar uma rotina de exercícios, no entanto, não há necessidade de punir seu corpo, praticando esportes e atividades que você ainda não está apto o suficiente para praticar. Comece devagar. É possível aumentar o seu nível de condicionamento apenas andando. Caminhar é uma atividade que os sahabah faziam todos os dias e podemos até ler descrições da maneira de andar do Profeta Muhammad. Os benefícios de caminhar apenas 30 minutos por dia são numerosos.





      1.  Aumento da aptidão cardiovascular e pulmonar (coração e pulmão).





      2.  Risco reduzido de doença cardíaca e derrame.





      3.  Gerenciamento aprimorado de condições como hipertensão (pressão alta), colesterol alto e diabetes.





      4.  Ossos mais fortes, dores musculares e articulares reduzidas e melhor equilíbrio.





      5. Maior resistência e redução de gordura corporal.





Caminhar também traz muitos benefícios extras para o crente. O Profeta Muhammad disse que as pessoas que recebem as maiores recompensas por sua oração são as que andam a maior distância para a masjid.[7] Ele também disse que a pessoa que se purifica em sua casa, depois caminha até a masjid para cumprir um dos deveres que Allah lhe impõe, receberá recompensas a cada dois passos que der. O primeiro apaga um pecado e o outro eleva seu status em um grau.[8]



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