Introdução às seitas - Inovação no Islam
Termos em árabe
· Sahabah - A forma plural de "Sahabi", que se traduz em companheiros. Um sahabi, como a palavra é comumente usada hoje, é alguém que viu o Profeta Muhammad, acreditou nele e morreu como muçulmano.
· Sunnah - A palavra Sunnah tem vários significados segundo a área de estudo; contudo o significado que geralmente se lhe atribui é: palavras, ações e aprovações do Profeta.
SectsInIslam.jpgEnquanto a maioria dos muçulmanos compartilha as mesmas crenças fundamentais, com 1,62 bilhão de adeptos - perto de um quarto da população do planeta Terra[1] – distribuídos nos trechos mais distantes dos continentes e entre 49 países onde são maioria e uma história de mais de mil anos, nem todos os muçulmanos são exatamente iguais. Às vezes, existem diferenças religiosas significativas entre eles. Nas duas lições a seguir, abordaremos os seguintes pontos com mais detalhes:
A existência de seitas significa que os ensinamentos islâmicos (contidos no Alcorão e na Sunnah) as rege? A resposta é não. O importante é perceber que, ao contrário de outras religiões, Allah se encarregou de proteger o Islam - a última revelação e a religião mais completa de Deus para a humanidade. Você não encontrará nenhuma promessa de Deus na Bíblia ou quase qualquer outro texto religioso de que Ele o protegerá. Por outro lado, você encontra duas promessas importantes de Deus no Alcorão:
“Hoje, eu inteirei vossa religião, para vós, e completei Minha graça para convosco e agradei-Me do Islam como religião para vós.” (Alcorão 5:3)
Por certo, Nós fizemos descer o Alcorão e, por certo, dele somos Custódios. (Alcorão 15:9)
A existência de seitas se deve a razões cuja discussão está além desta lição.
Nem todas as seitas são iguais: uma analogia dos círculos
Uma analogia pode explicar melhor a questão das seitas. O Alcorão e a Sunnah estão no centro ao redor do qual existem muitos círculos. Alguns muçulmanos estarão dentro de um círculo, mas outros estarão fora dele. Em outras palavras, alguns muçulmanos estarão mais próximos do centro, outros podem estar distantes. Então, pense em um círculo vermelho que está tão longe do centro que qualquer pessoa que se encontre fora desse círculo vermelho nem sequer é considerada muçulmana. O raio do círculo é uma medida do quão "desviante" a seita é.
Em outras palavras, as seitas mais “desviantes”, podemos chamá-las de cultos, estarão fora do círculo vermelho. Elas serão as que tiverem o conflito mais sério com as crenças e práticas islâmicas estabelecidas. Exemplos seriam Ahmadis, Bahais e os drusos.
As seitas são confusas, quem eu devo seguir?
O que se torna confuso é que, com a existência de diferentes seitas, quem um novo muçulmano, especialmente quando a maioria das seitas afirma seguir o Alcorão e a Sunnah, deve seguir? O que um novo muçulmano deve fazer? Como ele ou ela determina quem está certo e quem está errado? Em palavras simples, como um novo muçulmano evita confusão? Vamos detalhar a resposta a essa pergunta em alguns pontos:
Primeiro, se voltarmos ao Alcorão e à Sunnah, encontraremos a resposta para essa pergunta. Veja bem, o Alcorão e a Sunnah são textos; alguns tentarão pegar o Alcorão sozinho, separando-o da Sunnah (tradições proféticas). Eles então interpretarão o Alcorão como quiserem. A única maneira de entendê-lo corretamente é voltar às tradições proféticas e entender ambos à luz do entendimento das pessoas que estavam presentes no momento da revelação. Esses textos foram revelados em seu tempo, muitos dos textos foram-lhes endereçados[2], e eles tiveram o melhor professor (o Profeta de Allah) para explicar-lhes qualquer coisa que precisasse de explicação. Vamos ver o que o Profeta disse sobre esse assunto,
“As melhores pessoas são da minha geração, depois aqueles que os sucederam, depois os que os sucederam.” (Sahih Al-Bukhari, Sahih Muslim)
O Profeta distinguiu as três primeiras gerações de muçulmanos como os “melhores”. Se eles são os “melhores” de acordo com o Profeta do Islam, faz sentido entender e praticá-lo da maneira que as “melhores” pessoas o entenderam e praticaram.
Segundo, é importante saber que a primeira geração do Islam é conhecida como a geração dos "Sahabah". A palavra "sahabah" significa "companheiros" em árabe. Seu singular é “sahabi”, que significa “companheiro”. A segunda e a terceira geração também têm nomes, mas “sahabah” é o termo mais importante a ser conhecido por enquanto.
Terceiro, é importante que não se julgue quem é muçulmano e quem não é. Quando alguém não possui o conhecimento adequado, questões como essa devem ser deixadas para os sábios. Existem algumas seitas que têm boas e más incorporadas em suas crenças. Tome os Sufis[3] como exemplo. Todas as suas crenças e práticas não estão erradas, mas algumas estão erradas. Deve-se ter cuidado devido à falta de conhecimento para não se equivocar.
Sinais das seitas desviantes
SectsInIslam2.jpgEmbora não haja uma maneira fácil de dizer quem pertence a qual seita, a seguir estão algumas diretrizes que merecem cautela:
1. Desconsideram as provas e evidências baseadas no Alcorão e na Sunnah.
2. Falam mal dos sahaba (companheiros) do Profeta.
3. Seguem desejos pessoais e colocam-nos à frente do Alcorão e da Sunnah.
4. Não prestam atenção ao Tawhid islâmico e odeiam àqueles que o façam.
5. Criam divisão entre os muçulmanos.
6. Rejeitam os ensinamentos (Sunnah) do Profeta Muhammad, alegando que o Alcorão é suficiente.
7. Colocam outra pessoa (geralmente o líder da seita) no mesmo nível do Profeta Muhammad em termos de amor, respeito e obediência.
8. Odeiam os sábios do Islam.
Exemplos de seitas influentes no Ocidente
Como mencionado anteriormente, nem todas as seitas são iguais. Mesmo dentro de uma seita, existem sub-seitas que variam muito em seus ensinamentos. Tendo isso em mente, segue abaixo uma breve discussão de algumas seitas:
1. Ahmadis[1]
Ahmadis ou Qadiyanis são uma seita missionária de origem indiana, fundada por Mirza Ghulam Ahmad (1839-1908). Atualmente, os Qadiyanis estão presentes em muitos países, incluindo a maioria dos países ocidentais. Seus números mundiais são estimados em 10 milhões. Embora sua sede esteja no Paquistão, eles têm uma forte presença em Londres, Reino Unido.
2. Ismailis
Também conhecido como "Xiitas Septimanos". Os ismaelitas rejeitam o Alcorão e todas as formas de oração encontradas na principal tradição islâmica sunita. Isso os liberta de obrigações como oração, jejum e hajj. Eles estão localizados principalmente no Paquistão, no noroeste da Índia e na província chinesa de Sin-Kiang. Os Khojas, uma subseção, podem ser encontrados principalmente em Gujarat, na Índia. Existem também comunidades Khoja na África Oriental e do Sul. Eles também são encontrados nos países ocidentais. A maioria das empresas ismaelitas coloca a foto do príncipe Karim Agha Khan, seu líder, em um lugar de destaque em sua loja.
3. Bahais[2]
Os Bahais seguem os ensinamentos de Bahaullah ('esplendor de Deus') (1817-1892). Eles atraem seguidores falando da unidade da humanidade e da igualdade absoluta de homens e mulheres. Os Bahais se veem trabalhando para o estabelecimento de um governo mundial que erradique extremos de riqueza e pobreza. Os escritos de Bahaullah são tratados como sagrados. Estima-se que existam entre 3 a 4 milhões de Bahais no mundo hoje, espalhados na maioria dos países do mundo com a maior concentração na Índia. No Irã, os Bahais continuam sendo o maior grupo minoritário, com cerca de 300.000 adeptos. O centro internacional Bahai fica em Israel.
4. Xiitas[3]
Os "xiitas duodecimanos" acreditam que, após a morte do Profeta, o Imamate (a liderança política e religiosa da comunidade muçulmana) deveria ter ido para Ali - primo e genro do Profeta - e seus descendentes como um direito divino.
Ao contrário dos sunitas, que fazem orações cinco vezes ao dia, os xiitas rezam três vezes ao dia. A população dos xiitas duodecimanos em 1980 foi estimada em 73.000.000. Eles são dominantes no Irã, mas também são encontrados no Paquistão, Índia, Iraque, Líbano, Kuwait, Arábia Saudita, Bahrain e Síria. Também existem pequenas comunidades xiitas no Ocidente, uma das maiores em Dearborn, Michigan.
5. Nação do Islam[4]
A Nação do Islam foi fundada por Wallace Muhammad em Detroit em 1930. O grupo acredita que uma pessoa chamada Fard Muhammad era "Deus na terra". Ela vê Elijah Muhammad como o "Mensageiro da Verdade". Warith Deen Mohammed, filho de Elijah Muhammad, aproximou o grupo do mainstream sunita islâmico. Alguns membros insatisfeitos foram liderados por Louis Farrakhan, que reviveu o grupo em 1978 com os mesmos ensinamentos de Elias. Eles apenas permitem pessoas de etnia negra e acreditam que são a raça original na terra. Eles são especialmente populares no sistema prisional nos EUA.
6. Submitters
Fundado pelo Dr. Rashad Khalifa, um cientista da computação egípcio. Os Submitters consideram Rashad Khalifa um Mensageiro de Deus. Eles rejeitam dois versículos do Alcorão, pregam o “milagre dos 19” e rejeitam o hadith e a Sunnah do Profeta Muhammad. Eles são baseados em Tucson, Arizona, EUA e têm destaque na Internet. São considerados completamente fora dos limites do Islam, devido a suas crenças errôneas.
7. Sufis[5]
A "seita" mais controversa e confusa seriam os sufis. Somente no Ocidente, existem mais de 1000 seitas sufis. Eles são um grupo muito diverso. Alguns muçulmanos sunitas adotam certas ideias sufis, enquanto outras ordens sufi têm laços estreitos com as antigas ordens místicas. No entanto, outros desenvolveram seus próprios ensinamentos e os adaptaram a um público ocidental. Outros ainda usam o termo "sufi", mas declaram que não têm nenhuma relação com o Islam ou com qualquer religião.
De um modo geral, eles não entendem a espiritualidade islâmica e cometem erros em muitos conceitos islâmicos importantes, como confiança adequada em Deus, amor ao Profeta e exageram a posição dos muçulmanos e falecidos. Em termos de rituais, alguns realizam “círculos islâmicos de canto” (“zikr”), dança religiosa como os dervixes rodopiantes da Turquia e celebram profundamente o aniversário do Profeta Muhammad..
Inovação no Islam
Termos em árabe:
· Bidah - Inovação.
· Din - Modo de vida baseado na revelação islâmica; a totalidade da fé e prática de um muçulmano. Din é muitas vezes usado para referir-se à fé ou à religião do Islam.
· Dhuhr - Oração do meio-dia.
· Rakah - Unidade ou ciclo de oração.
· Rajab - Nome do 7.º mês do calendário lunar Islâmico.
· Shariah – Lei Islâmica.
· Sunnah - A palavra Sunnah tem vários significados segundo a área de estudo; contudo o significado que geralmente se lhe atribui é: palavras, ações e aprovações do Profeta.
Innovations1a.jpgBidah é uma palavra árabe que vem da raiz Al-Bada’ que significa “fazer algo sem precedentes”. Em português, utilizamos a palavra inovação. Antes de discutirmos o que é bidah profundamente, devemos distinguir as duas formas de bidah. O primeiro tipo é a inovação na questão das coisas que dizem respeito à nossa vida mundana. Coisas como a tecnologia, a eletricidade e o transporte entrariam nessa categoria. Essas coisas são permissíveis e, em muitos casos, poderiam até ser consideradas desejáveis. A segunda forma de inovação diz respeito às questões do din. Nas questões religiosas, a bidah não é permitida e a introdução de algo novo na nossa religião pode ser perigoso. Por causa do perigo há muitas citações e tradições da Sunnah do Profeta Muhammad que apontam isso.
“Quem inovar, em nossos assuntos, algo que não ordenamos, deverá ser rejeitado”.[1]
O melhor discurso é o Livro de Allah e a melhor orientação e exemplo é o de Muhammad, e o pior de tudo são as coisas inventadas (na religião), pois toda inovação é um erro e um desvio”.[2]
“… Toda inovação é um desvio e todo desvio estará no fogo.”[3]
O din do Islam não necessita da bidah. A religião do Islam está completa e não há necessidade de introduzir ou inventar novos assuntos na religião. Isso é confirmado pela declaração do Alcorão: “Hoje Eu aperfeiçoei a religião para vós e completei Meu favor e escolhi para vós o Islam como vosso din.” (Alcorão 5:3)
Quando uma pessoa inova alguma coisa e acrescenta ao din algo que não lhe pertence, ela insinua que a religião está incompleta e precisa melhorar, ou sugere que Allah não a completou e aperfeiçoou Sua religião. Esse não é o caso, como podemos ver no versículo acima.
Porque é importante evitar a bidah
Embora Allah não castigue uma pessoa que cai no erro por ignorância, somos obrigados a nos educar o melhor que pudermos. O fato é que Allah não aceitará uma ação que não cumpra duas condições importantes. A primeira condição é que a ação tenha a intenção sincera de agradar a Allah Todo-Poderoso. A segunda é que se realize de acordo com o que foi ensinado no Alcorão e na Sunnah autêntica do Profeta Muhammad. A ação deve estar em conformidade com a Sunnah e não estar em contradição com ela.
Com isso em mente, revisaremos o significado de bidah. Linguisticamente, significa criar ou inventar algo novo, algo sem precedentes. Legalmente, é acrescentar algo novo ao din de Allah. Mesmo que a ação seja inventada como uma forma de se aproximar ou adorar a Allah, ela segue sendo inaceitável e continua sendo um pecado.
Como sabemos se um ato de adoração é realmente um ato de bidah?
Em muitas ocasiões você vai ouvir que o Islam é uma religião de conhecimento fundamentado. Isso significa que os crentes levam as coisas a sério. Um crente dedica seu tempo para aprender e entender os detalhes do din e aprende a questionar as ações ou ditos que não são apresentados com provas claras. Ao estudar seriamente, uma pessoa pode reconhecer o que é uma ação da Sunnah e o que é bidah.
A seguir, são apresentadas seis maneiras de distinguir entre uma Sunnah e uma bidah:
1. Um ato de adoração relacionado a uma causa ou razão que não foi legislado:
Não é permitido vincular um ato de adoração a uma causa ou razão que não tenha sido legislados no Alcorão, ou na Sunnah autêntica do Profeta Muhammad. Um exemplo disso seria acordar para rezar à noite durante o sétimo dia do mês Islâmico de Rajab, acreditando que o Profeta Muhammad subiu aos céus nesta noite. Rezar durante a noite é algo legislado no Islam com provas suficientes do Alcorão e da Sunnah, mas quando está ligado a essa razão, se torna uma bidah porque se baseia e se constrói sobre uma razão não estabelecida na Shariah.
2. Formas de adoração:
Também é essencial que o ato de adoração esteja de acordo com a Shariah no seu contexto. Se uma pessoa adorar Allah praticando um ato de adoração cujo teor ou método não foi legislado, este não será aceite. Por exemplo, não é correto sacrificar um cavalo. Isso é algo que seria uma bidah, algo novo adicionado ao din. O sacrifício é limitado pela Shariah Islâmica ao cordeiro, gado, ovelhas e camelos.
Continuaremos nossa discussão sobre a bidah na lição 2, analisando mais formas de distinguir entre uma Sunnah e uma bidah e listando algumas das bidahs mais comuns que vemos todos os dias em mesquitas e entre os muçulmanos de todo o mundo.
Como sabemos se um ato de adoração é realmente uma bidah?
3. Quantidade de adoração:
Innovations2.jpgOutra forma de reconhecer a diferença entre uma Sunnah e uma bidah é baseada na quantidade de adoração. Se uma pessoa decide rezar cinco rakahs na oração de Dhuhr isso seria uma bidah. Sabemos que essa oração consiste em quatro rakahs; isso é o que está legislado e introduzir uma unidade extra seria considerado uma inovação, uma bidah.
4. Maneira de como realiza a adoração:
Outra forma de distinguir entre algo que se origina no Alcorão e na Sunnah e uma inovação é olhar como ela é feita. Ou seja, como realizamos o ato de adoração, se está de acordo com o que o din Islâmico ensina, ou se ultrapassamos os limites e acrescentamos algo a uma religião que já foi aperfeiçoada. Um exemplo disso é fazer ablução antes da oração na ordem incorreta, como iniciar lavando os pés ao invés de terminar por eles.
5. Tempo da adoração:
O momento em que realizamos um ato de adoração também é importante. Se uma adoração é realizada de acordo com os ensinamentos do Profeta Muhammad e no momento especificado, então ela realmente agrada ao nosso Criador. No entanto, se uma pessoa se encarrega de mudar o momento especificado, então essa pessoa caiu no pecado da bidah. Por exemplo, sacrificar ovelhas no mês do Ramadan com a intenção de procurar uma recompensa semelhante à recompensa pelo sacrifício no Eid ul-Adha, isso seria então considerado uma inovação.
6. Local de adoração:
O lugar onde o ato de adoração é realizado também deve estar de acordo com o que foi legislado. Por exemplo, fazer o itikaf em sua casa não é aceitável. O lugar para o itikaf é a mesquita, assim realizá-lo em qualquer outro lugar seria considerado uma bidah.
Lista de inovações praticadas frequentemente
· Buscar ajuda dos mortos. Essa bidah é de particular importância porque também engloba o shirk, o maior pecado do Islam.
· Sentar em grupo e repetir uníssonos palavras de recordação a Allah, como Allahu Akbar.
· Tomar o aniversário do Profeta como um Eid.
· Jejuar no dia 15 do mês Islâmico de Shaban e passar a noite em oração.
· Celebrar o aniversário do Profeta Muhammad, que a paz e as bênçãos de Allah estejam sobre ele.
· Recitar o Alcorão para beneficiar o falecido (isso inclui contratar pessoas para recitá-lo).
· Limpar a parte de trás do pescoço ao fazer ablução.
· O preparo de comida por parte da família do falecido para aqueles que assistem o funeral.
O que é uma “bidah boa”?
Em algumas ocasiões você pode ouvir falar de algo chamado ‘bidah boa’. De acordo com o sheikh Ibn Uthaimin, que Allah tenha misericórdia dele, “... não existe tal coisa no Islam (no sentido religioso) como uma bidah boa”[1]. O sheikh também enfatizou que “… com respeito às questões comuns de hábitos e costumes, esses não são chamados de bidah (inovação) no Islam, embora possam ser descritos como tal em termos linguísticos. Porém, não são inovações no sentido religioso, e essas não são as coisas contra as quais o Profeta nos advertiu.” Além desse notável erudito islâmico, o Imam Ibn Rajab[2] disse, “Todas as palavras de nossos predecessores piedosos que consideravam algo como uma bidah boa tinham significado no sentido linguístico e não no sentido Islâmico.”
Concluindo, a bidah é uma crença ou ação nova inventada no din Islâmico, pela qual se procura aproximar-se de Allah, mas que não é apoiada por qualquer prova autêntica, nem nas suas bases e nem na forma de como ela é realizada.[3]