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Synaxarium116”, um dos mais importantes livros da igreja copta ortodoxa, uma serie de biografia abrangente dos profetas, mártires e santos cristãos, conta a historia de Amr Ibn A`sui – que Deus tenha misericórdia dele – e do Papa Benjamin I, através do qual, podemos observar qual é o grupo alvo da Jihad e como os muçulmanos lidam com os povos, e vamos analisar, dentro da história, quem realmente perseguia os povos. “Por causa dos massacres do Império Bizantino e da perseguição dos coptas egípcios, o Papa Benjamin I, de Alexandria, e seus bispos, foram forçados a fugir para as montanhas por 13 anos, e quando os muçulmanos liderados por Amr Ibn A`sui conquistaram Egito, Amr se dirigiu a Alexandria para liberta-la dos romanos, situação que causou distúrbios e desordem na segurança. Os bandidos queimaram igrejas e mosteiros, inclusive a Igreja de São Marcos roubando toda igreja. Um marinheiro entrou na igreja e introduziu a mão na escultura de São Marcos pensando que acharia nela algum dinheiro, como não havia nada, removeu a roupa e tirou a cabeça roubando-as e as escondeu no seu navio. Já Amr quando soube da fuga do Papa Benjamin I, comunicou todas as cidades egípcias com as seguintes palavras: “O lugar onde se encontra o Papa e os cristãos coptas, deve ser assegurado, protegido e tratado com a paz, que ele se apresente seguro e tranquilamente para gerir suas igrejas e seus seguidores. Depois de o Papa Benjamin I ter passado treze anos em fuga, foi chamado e recebido com grande honra por Amr, bem como este, ordenou que ele tomasse o posse de suas igrejas e propriedade”. Como Amr e seu exercito, inadvertidamente, quiseram deixar Alexandria, indo para outras cinco cidades, um dos navios parou e não se moveu do lugar, então o exército de Amr vou interrogar o capitão e fiscalizar o navio. Eles deflagraram a cabeça de São Marcos, chamaram o Papa Benjamin I e foi entregue a cabeça. Ele, os padres e as pessoas saíram felizes cantando até chegarem a igreja".


116 Coptic Synaxarium, Pope Benjamin I of Alexandria http://st-takla.org/Full-Free-Coptic-Books/Coptic-Synaxarium-or-Synaxarion_English/05-Topah/Coptic-Calendar_08-Toba.html#3.


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Subsequência da regra de Jihad, da interdição a obrigação


1. A interdição do combate: a Jihad (batalha) foi proibida para os muçulmanos no começo da pregação do islã. Deus diz: “Não viste, Muhammad, aqueles aos quais foi dito: detende vossas mãos e cumpri a oração concedei a az-zakah117...118”.


2. A autorização do combate: a Jihad (batalha) foi autorizado aos muçulmanos quando os idolatras começaram a oprimir os muçulmanos e obrigaram a abandonar seus lares. Deus diz: “É permitido o combate aos que são combatidos, porque sofreram injustiça. – E, por certo, Allah, sobre seu socorro, é Onipotente”. “Esses são os que, sem razão, foram expulsos de seus lares, apenas porque disseram: Nosso Senhor é Allah. E se Allah não detivesse os homens uns pelos outros, estariam demolidos eremitérios e igrejas e sinagogas e mesquitas, em que o nome de Allah é amiúde mencionado. E, em verdade, Allah socorre a quem O socorre. Por certo, Allah é Forte, Todo-Poderoso”. “esses são os que, se os empossamos na terra, cumprem a oração e concedem az-zakah, e ordenam o conveniente e coíbem o reprovável. E de Allah é o fim de todas as determinações119”


3. A defesa: o comando para o combate acontece se por caso os idolatras iniciarem ataque contra os muçulmanos. Deus Todo-Poderoso diz: “E combatei, no caminho de Allah, os que vos combatem, e não cometais agressão. Por certo, Allah não ama os agressores120”.


117 Zakat: parte dos bens concedida em caridade. Cada muçulmano deve conceder az-zakat correspondente a 2.5% do que possui, que excedam o limite de suas necessidades e estejam disponíveis durante um ano.


118 Alcorao. Cap, 4. V, 77.


119 Alcorão. Cap, 22. V, 39/41. Trad. Helmi Nasr


120 Alcorão. Cap, 2. V, 190. Trad. Helmi Nasr


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4. A ordem para o combate: quando o islã começou a ser pregado, as pessoas começaram a entrar no islã em massa, cresceu o numero dos inimigos do islã, dentre os países vizinhos que se sentiam ameaçados. Deus ordenou os muçulmanos a conjugarem


esforços para expandir e divulgar a mensagem da unicidade em Deus para todos os povos, convidar os reis e os governantes a abraçarem o islã, com o objetivo de enaltecer a palavra da unicidade, estabelecer a justiça e não visavam a expansão territorial, dominação, influência, colonização, soberba na face da terra e nem a vingança que resulta em destruição. Deus Todo-Poderoso diz: “E não sejais como os que saíram de seus lares, com arrogância e ostentação, para serem vistos pelos outros, e afastaram os demais do caminho de Allah. E Allah está, sempre, abarcando o que fazem121”.


O Alcorão revela a perseguição dos idolatras contra os crentes cristãos, antes do advento do Islã e Deus imortaliza a história de sua perseguição no Alcorão para mostrar que o verdadeiro objetivo é revogar a injustiça contra os crentes, sejam eles cristãos, judeus ou muçulmanos. Deus Todo-Poderoso diz: “Que morram os companheiros do fosso”. “do fogo, cheio de combustível”. “Quando estavam sentados a seu redor”. “E eram testemunhas do que faziam com os crentes”. “E não os censuravam senão por crerem em Allah, O Todo-Poderoso, O Louvável122”.


Estes versos foram revelados no Alcorão para imortalizar a historia de pessoas crentes entre os cristãos do Iêmen, antes do advento do islã, eram torturados pelos seus povos por conta da fé deles em Deus. Escavaram um grande fosso e atearam fogo, em seguida propuseram duas opções aos crentes cristãos: renegar a fé ou ser queimado. Eles preferiram permanecer firme na fé e por isso foram queimados. O povo se sentou ao lado para assisti-los queimando.


121 Alcorão. Cap, 8. V, 47. Trad. Helmi Nasr


122 Alcorão. Cap, 85. V, 4/8. Trad. Helmi Nasr


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Regras da Jihad no islã


A Jihad no Islã tem suas regras e etiqueta que transcende a injustiça, a tirania e a violência. Nenhum inimigo pode ser morto exceto os que participam ou apoiam o combate, sendo que é proibido a matança de idosos, crianças, mulheres, doentes, zeladores dos doentes, feridos e prisioneiros, assim como é proibido matar àqueles que se dedicam integralmente a adoração. É proibido acabar com a vida de feridos de guerra, perseguir os fugitivos, matar os animais, destruir casas, destruir casas de adoração, não sujar agua e poços, não cortar e nem queimar arvores, e etc.


Estas foram as orientações do Profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele - e de seus sucessores que travaram batalhas. Abu Bakr – que Deus esteja satisfeito com ele – primeiro califa do Profeta, deu os seguintes conselhos: “Atenção, eu vos aconselho dez coisas, memorizem de mim: não traiam; não exagerem; não enganem; não finjam; não matem crianças; não matem idoso; não matem mulher; não arranquem e nem queimem arvore; não cortem arvore frutífera; não degolem ovelha e nem vaca e nem camelo senão para o consumo, vocês passarão por povos que abandonavam as trincheiras, não mexem com eles123”.


Em relação aos presos de guerras, o islã concede-os direitos: proíbe tortura-los, humilha-los, aterroriza-los ou submete-los a fome causando-lhe a morte, mas devem ser respeitados e tratados de boa maneira em cumprimento da palavra de Deus Todo-Poderoso: “E cedem o alimento – embora a ele apegados – a um necessitado e a um orfao e a um cativo”. “dizendo: apenas


123 Cf. Al-Tabri. V.3, p. 226


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alimentamo-vos por amor de Allah. Não desejamos de vós nem recompensa nem agradecimento124”.


E o Estado islâmico tem o direito de lidar com os prisioneiros de guerra, conforme o interesse público e as convenções internacionais. Ou eles são liberados sem redenção ou pagam fiança pela sua libertação, ou são trocados com prisioneiros de muçulmanos. Deus Todo-Poderoso diz: “...até quando os dizimardes, então, acorrentai-os firmemente. Depois, ou fazer-lhes mercê, ou aceitar-lhes resgate, até que a guerra deponha seus fardos125”.


Em relação ao resto da população não muçulmana, dentro de um país que entrou o islã, a religião proíbe veementemente violar seus direitos ou oprimi-las de qualquer das formas. O profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele - disse: “quem assassinar um promissor126 em Deus e em Seu Mensageiro, não sentirá o aroma do paraíso que a fragrância pode ser detectado a uma distância de setenta anos”. Compilado por Ibn Maajah.


O islã proíbe abusar da honra da população não muçulmana ou despreza-la ou subjuga-la ou injuria-la ou persegui-la. Segundo o profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele - “Ai daquele que for injusto para com um promissor ou subjuga-lo ou incumbi-lo acima de suas capacidades ou tirar dele algo sem seu consentimento, eu serei uma barreira contra ele (o agressor) no Dia de Juízo Final”. Compilado por Abu Dawoud.


O profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – aconselhava seus companheiros que conquistavam novas terras para que tratassem bem as pessoas e pautassem a melhor conduta. Ele disse: “Certamente, vocês conquistarão o Egito, terra


124 Alcorão. Cap, 76. V, 8/9. Trad. Helmi Nasr


125 Alcorão. Cap, 47. V, 4. Trad. Helmi Nasr


126 Pessoas não muçulmanas que se comprometem em honrar os acordos firmados, não traem e nem quebram as promessas.


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denominada quilate (nome de um tipo de moeda corrente no Egito), quando conquistarem-no sejam bondosos para seus habitantes, certamente, eles são compromissados e benevolentes”. Compilado por Muslim.


Uma das evidencias da efetivação dos conselhos do profeta Muhammad é a promessa feita por Omar Ibn Al-Khattab quando conquistou a Jerusalém, para os habitantes ele disse: “Em nome de Deus, O Clemente, O Misericordioso. O servo de Deus, Omar Ibn Al-Khattab, califa dos crentes, concedeu a segurança e tranquilidade aos habitantes de Jerusalém, a suas propriedades, igrejas e crucifixos. Nunca serão obrigados a renegar sua religião e nenhum deles será prejudicado...”.


Será que na historia houve algo semelhante, de justiça e tolerância por parte de um conquistador sobre seus dominados? Sabendo que Omar poderia impor condições que quisesse sobre eles. Mas o que estava em jogo era a justiça e a pregação da palavra de Deus, o amor para com as pessoas, o que fica evidente de que a Jihad no islã nunca teve objetivos e interesses mundanos.


Será que toda guerra protagonizada por muçulmanos é Jihad


É necessário salientar que não é toda guerra conduzida por um país islâmico é considerada Jihad e nem todo muçulmano em combate é categoricamente sacrificado em nome da religião, porque a Jihad tem regras e nós, muçulmanos, diferenciamos as terminologias “Jihad” e “guerra”, mas muitos meios de comunicação social tentam na modernidade, denegrir a imagem do islã fazendo uso da palavra “Jihad” visando, sobretudo, objetivos políticos focalizados. Quando é um conflito militar entre cristãos, eles dizem “há guerra entre país X e país Y” e nunca relacionam a guerra com a religião dos guerrilheiros, em contrapartida, quando


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uma parte é constituída por muçulmanos, a mídia passa o seguinte “os muçulmanos extremistas jihadistas declararam guerra santa contra os cristãos”. A questão que colocamos é: o que levou a mídia em denominar esta guerra por “Jihad” e de seus combatentes por “jihadistas”? para que a mídia pudesse saber se é uma guerra da Jihad deveria analisar os objetivos da Jihad, a ética da Jihad e seus requisitos diante desses guerrilheiros e até que nível eles respeitam e implementam esses princípios durante a guerra. No entanto, é preciso saber que existe uma serie de normas politicas que regem o mundo assim como as relações internacionais entre os países longe do chamado Jihad, que são as guerras de interesses. A título de exemplo:


1. A Guerra da Crimeia em 1853 entre o Império Russo e o Império Otomano. A Grã-Bretanha e a França entraram na guerra contra os russos, em apoio de seu aliado, o Império Otomano. Isto foi, naturalmente, por razões políticas e, não por motivos religiosos, porém, tanto a Rússia, a Inglaterra como a França são países cristãos, enquanto o Estado turco, é um país muçulmano.


2. Grécia tornou-se independente em 1854, que estava sob o domínio otomano, durante esse período, houve guerra na Criméia entre os russos e os turcos. A Grécia conduziu a revolução de Epirus para expulsar os turcos. A França e a Grã-Bretanha conduziram a revolução, cercaram os principais portos da Grécia, impediram que fossem pontos de abastecimento e supriram os participantes da revolução para que a Grécia permanecesse sob governo turco, que é um pais muçulmano.


A guerra santa


Será que a Jihad no islã é sinônimo de guerra santa, da qual, as pessoas obrigadas a se reverterem ao islã, demolidas suas igrejas e templos?


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A resposta é, obviamente, não, porque o Alcorão instituiu claramente a proibição de impor o islã sobre as pessoas e obriga-las a abandonar suas crenças. Deus Todo-Poderoso diz: “Não há compulsão na religião! Com efeito, distingue-se a retidão da depravação127”.


A Jihad no islã consiste em divulgação a palavra de Deus para as pessoas e não obriga-las a seguirem, de acordo com a palavra de Deus “Então, se se islamizarem, com efeito, guiar-se-ão; e, se voltarem as costas, impender-te-á, apenas a transmissão da mensagem. E Allah, dos servos, é Onividente128”.


A razão para a proibição de compulsão no islã, é que a orientação para a religião da verdade e do conhecimento, e para sua convicção representam uma concessão do Senhor, é exclusivo à Deus para com Seus servos e nunca é alcançada pela imposição e coerção, de acordo a palavra de Deus Todo-Poderoso: “Não te impende, Muhammad, guia-los para o bom caminho, mas Allah guia a quem quer129”.


É extremamente proibido obrigar os não muçulmanos, dentre os judeus e cristãos, a seguirem o islã e caso aconteça, a reversão é invalida, porque um dos requisitos para abraçar o islã é o livre arbítrio e a espontânea vontade, e não pela força ou compulsão. E alguém pode afirmar, que nós vemos as notícia televisivas sobre ataques contra igrejas num país em guerra. Para tal, respondemos o seguinte: a noticia pode ser ou não verídica, e se for verídica, igualmente, quantas mesquitas foram destruídas nesse mesmo país em guerra? Se uma pessoa afirmar que cristãos estão sendo mortos, dizemos que também os muçulmanos estão sendo exterminados no mesmo espaço. Quando se fala de um país em guerra violenta, é natural que se fale de tais coisas que nada têm que ver com o Islã e seus ensinamentos. Estes atos não são Jihad nunca. É que a


127 Alcorão. Cap, 2. V, 256. Trad. Helmi Nasr


128 Alcorão. Cap, 3. V, 20. Trad. Helmi Nasr


129 Alcorão. Cap, 2. V, 272. Trad. Helmi Nasr


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incoerência de classifica-los como Jihad justifica-se pelo fato de as pessoas terem migrado, massacradas e destruídos os lugares de culto, práticas condenadas pela Jihad.


A diferença entre Jihad e guerra


A diferença entre Jihad e guerra fica mais bem evidente quando aprofundamos a discussão de algumas guerras registradas pela historia. Que são: Alexandre, o Grande130: ganhou respeito pelos povos e nações do mundo, por ser uma figura influente no globo, conduziu muitas batalhas, a fim de expandir o seu reino, até que atingiu os limites do império grego a Índia. Genghis Khan: fundador do maior império do mundo que se estendia da China após sua morte, até Polónia Europa Oriental, tem muitas estátuas em vários países e ganhou respeito de muitos povos do mundo. Hitler: destruiu a Europa, até anexar as fronteiras de muitos países europeus ao seu império. Império Britânico (império que o sol nunca se põe): colônias se estendiam desde o Extremo Oriente até o extremo oeste e por isso foi denominado por império onde o sol nunca se põe. As colônias Francesas, Espanhóis, Portuguesas, Italianas e Japonesas: se estendiam de leste a oeste para expandir seu poder e influência.


Em suma: a participação desses imperadores nas guerras e todos os conflitos conduzidos por eles objetivavam a exploração de riquezas, colonização de outros países, expansão de poder e influência no mundo. Eles visavam, também, a destruir de civilizações, massacres, escravidão de povos causando milhares de


130 Nascimento 356 a. C, Grécia e falecimento 323 a. C. Babilônia, Iraque


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vítimas mortais. Estes são os registros que a história nos revela. Genghis Khan é considerado o herói nacional em seu país, mas em contraste, ele e o seu neto Hulagu, são considerados pelos países que haviam ocupados, como criminosos de guerra, que esmagaram as pessoas, causaram estragos e destruições. Relativamente a Hulagu, destruiu a chamada “casa da sabedoria”, livros científicos e inestimáveis manuscritos. Com base nisso, e já conhecendo a diferença entre essas guerras e a Jihad, devemos comparar os objetivos dessas guerras, suas consequências, sua moralidade com os regulamentos da Jihad, em epígrafe. Por tanto, a Jihad acabou com a tirania, protegeu os civis muçulmanos e não muçulmanos.


A Jihad na Bíblia


Antes de mencionar alguns textos do Antigo Testamento sobre a Jihad, vamos recapitular as palavras de Paulo no Novo Testamento, onde elogiou a Jihad mencionada no Antigo Testamento, e louvou muito, por tudo que foi feito durante as guerras contra os civis desarmados.


“Pela fé, ruíram as muralhas de Jericó, depois de rodeadas por sete dias”. “Pela fé, Raabe, a meretriz, não foi destruída com os desobedientes, porque acolheu com paz aos espias”. “E que mais direi? Certamente, me faltará o tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel e dos profetas”. “os quais, por meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de leões”. “extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga exércitos de estrangeiros”. Hebreus cap. 11. V, 30/34.


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Vamos então, abordar os acontecimentos apresentados no Velho Testamento, depois da queda dos muros de Jericó, situação mencionada e elogiada bastante por Paulo na sua Carta.


“E sucedeu que, na sétima vez, quando os sacerdotes tocavam as trombetas, disse Josué ao povo: Gritai, porque o SENHOR vos entregou a cidade”. “Porém a cidade será condenada, ela e tudo quanto nela houver; somente viverá Raabe, a prostituta, e todos os que estiverem com ela em casa, porquanto escondeu os mensageiros que enviamos”. “Tão-somente guardai-vos das coisas condenadas, para que, tendo-as vós condenado, não as tomeis; e assim torneis maldito o arraial de Israel e o confundais”. “Porém toda prata, e ouro, e utensílios de bronze e de ferro são consagrados ao SENHOR; irão para o seu tesouro”. “Gritou, pois, o povo, e os sacerdotes tocaram as trombetas. Tendo ouvido o povo o sonido da trombeta e levantado grande grito, ruíram as muralhas, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e a tomaram”. “Tudo quanto na cidade havia destruíram totalmente a fio de espada, tanto homens como mulheres, tanto meninos como velhos, também bois, ovelhas e jumentos”. “Então, disse Josué aos dois homens que espiaram a terra: Entrai na casa da mulher prostituta e tirai-a de lá com tudo quanto tiver, como lhe jurastes”. “Então, entraram os jovens, os espias, e tiraram Raabe, e seu pai, e sua mãe, e seus irmãos, e tudo quanto tinha; tiraram também toda a sua parentela e os acamparam fora do arraial de Israel”. “Porém a cidade e tudo quanto havia nela, queimaram-no; tão-somente a prata, o ouro e os utensílios de bronze e de ferro deram para o tesouro da Casa do SENHOR”. Josué. Cap, 6. V, 16/24.


Não se limitaram em matar apenas todo que tivesse espírito, dentre homens, mulheres, crianças e até animais, mas também queimaram toda a cidade.


Segundo I Samuel Cap. 15. V, 3. “Vai, pois, agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver, e nada lhe


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poupes; porém matarás homem e mulher, meninos e crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos”.


Oséias. Cap, 13. V, 16. Lê-se “Samaria levará sobre si a sua culpa, porque se rebelou contra o seu Deus; cairá à espada, seus filhos serão despedaçados, e as suas mulheres grávidas serão abertas pelo meio”.


E no evangelho de Isaías Cap, 13. V, 15/16, lemos “Quem for achado será traspassado; e aquele que for apanhado cairá à espada”. “Suas crianças serão esmagadas perante eles; a sua casa será saqueada, e sua mulher, violada”.


II Samuel. Cap, 4. V, 12 “Deu Davi ordem aos seus moços; eles, pois, os mataram e, tendo-lhes cortado as mãos e os pés, os penduraram junto ao açude em Hebrom; tomaram, porém, a cabeça de Isbosete, e a enterraram na sepultura de Abner, em Hebrom”.


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Capitulo VII


O extremismo entre a Lei islâmica e a Lei positiva


A Lei islâmica e o combate contra o extremismo O monasticismo no cristianismo


1. O celibato é melhor que o matrimonio


2. A eternidade matrimonial


3. A decapitação O islã e o combate contra a escravidão O sistema da escravidão na Bíblia dos judeus e cristãos O islã e o combate contra a descriminação A Lei islâmica, a permissão do gozo mundano e a promoção para sua edificação.


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A Lei islâmica e o combate contra o extremismo


Deus Todo-Poderoso enviou o Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – e lhe revelou a Lei misericordiosa para a humanidade. Deus Todo-Poderoso diz: “E não te enviamos senão como misericórdia para os mundos131”.


Misericórdia para todos os aspectos da vida. Misericórdia para seus corações e espíritos que anteriormente adoravam ídolos que não lhes proporcionavam benefícios ou malefícios e tomavam criaturas como deus, no entanto, Muhammad orientou-os a adoração em único Deus sem parceiros. Representa misericórdia para seus corpos porque privou-lhes de comida e bebida que causam danos. Deus Todo-Poderoso diz: “Dize: Não encontro, no que se me revelou, nada de proibido para quem queira alimentar-se, a não ser que seja animal encontrado morto, ou sangue fluido, ou carne de porco – pois é, por certo, abominação – ou perversidade: o animal imolado com a invocação de outro nome que Allah. E aquele que é impelido a alimentar-se disso, não sendo transgressor nem agressor, por certo, teu Senhor é Perdoador, Misericordiador132”.


E misericórdia para eles nas questões econômicas, porque lhes privou da fortuna tomada injustamente, interditou qualquer renda proveniente de trapaça e consumo de riqueza das pessoas ilegalmente. Deus Todo-Poderoso diz: “E não devoreis, ilicitamente, vossas riquezas, entre vós, e não as entregueis, em suborno, aos juízes, para devorardes, pecaminosamente, parte das riquezas das pessoas, enquanto sabeis133”.


131 Alcorão. Cap, 21. V, 107. Trad. Helmi Nasr


132 Alcorão. Cap, 6. V, 145. Trad. Helmi Nasr


133 Alcorão. Cap, 2. V, 188. Trad. Helmi Nasr


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Estabeleceu sistemas para que eles possam gerir a vida dentro de um padrão que coaduna com a natureza humana, sem intransigência e nem negligência. Deus Todo-Poderoso diz: “Da religião, Ele legislou, para vós, o que recomendara a Noé, e o que te revelamos, e o que recomendáramos a Abraão e a Moises e a Jesus: Observai a religião e, nela, não vos separeis. É grave para os idolatras aquilo a que os convocas. Allah atrai, para Ele, quem Ele quer, e guia, para Ele, quem se Lhe volta contrito134”.


Deus enviou o Muhammad com a legislação da misericórdia. Deus Todo-Poderoso diz: “E, por uma misericórdia de Allah, tu, Muhammad, te tornaste dócil para eles, e, se houvesses sido ríspido e duro de coração, eles se haveriam debandado de teu redor. Então, indulta-os e implora perdão para eles e consulta-os sobre a decisão. E, se decidires algo, confia em Allah. Por certo, Allah ama os confiantes nEle135”.


Deus o enviou com a Lei da bondade e gentileza. Deus parabeniza o Muhammad como Seu mensageiro para a humanidade dizendo: “Com efeito, um Mensageiro vindo de vós chegou-vos; é-lhe penoso o que vos embaraça; é zeloso de guiar-vos, é compassivo e misericordiador para com os crentes136”.


Das qualidades desta Lei, a tolerância e a conveniência, o que não significa ausência de dificuldades. Deus: “Allah não impõe a alma alguma senão o que é de sua capacidade. A ela, o que logrou de bom e, contra ela, o que cometeu de mau137”.


Segundo o Profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “Se algo vos proibi, então, abstenham-se, e se algo vos ordenei, cumpram dentro da vossa capacidade”. Compilado por Bukhari. Aisha, esposa do profeta, mãe dos crentes


134 Alcorão. Cap, 42. V, 13. Trad. Helmi Nasr


135 Alcorão. Cap, 3. V, 159. Trad. Helmi Nasr


136 Alcorão. Cap, 9. V, 128. Trad. Helmi Nasr


137 Alcorão. Cap, 2. V, 286. Trad. Helmi Nasr


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– que Deus esteja satisfeito com ela – relata sobre ele: “Quando o Mensageiro de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – lhe fosse colocado duas opções a disposição, optava pela mais fácil. Sobretudo, quando não se tratasse de opção pecaminosa, e em caso de pecado, ele era a pessoa que mais se abstinha”. Compilado por Muslim.


Deus o enviou com a Lei que condena todas as formas de extremismo e fanatismo, o que é evidenciado pelos códigos legislativos que admoestam contra a compulsão na religião, tal como procederam as religiões anteriores. Deus Todo-Poderoso diz: “Dize: ó seguidores do Livro! Não vos excedais, inveridicamente, em vossa religião, e não sigais as paixões de um povo que, com efeito, se descaminhou, antes, e descaminhou a muitos, e se tem descaminhado do caminho certo138”. Por tanto, Deus proibiu o extremismo e o fanatismo na religião. E o Mensageiro de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse, advertidamente: “Cuidado com o extremismo na religião, certamente, os povos que vos precederam, foram destruídos por causa do extremismo”. Compilado por Ahmad, Al-Nassái e Ibn Maajah. O Profeta proibiu ainda o extremismo na adoração. Anas Ibn Málik - que Deus esteja satisfeito com ele - relatou que três homens foram à casa do Profeta – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – inquerindo pelos atos dele quanto ao culto. E, uma vez informados, aquilo lhes pareceu insuficiente, e disseram: “Não estamos em condição de compararmo-nos ao Profeta, pois que lhe foram perdoadas as faltas, tanto anteriores como posteriores.” Um deles disse: “O que farei será levantar-me durante a noite, em oração, durante toda a vida.” O segundo disse: “E eu jejuarei durante o dia pelo resto da minha vida.” O terceiro disse: “Eu privar-me-ei de relacionar-me com as mulheres, e jamais me casarei.” Mais tarde, o Mensageiro de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “Foram vocês que disseram isto e


138 Alcorão. Cap, 5. V, 77. Trad. Helmi Nasr


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aquilo? Se for assim, juro por Deus que sou o que mais teme a Deus e o mais devoto; mesmo assim, observo o jejum e o quebro (nos dias em que o jejum não é obrigatório), e me levanto para orar à noite, mas também me deito, e também me caso com as


mulheres. Então, quem se recusar a seguir o meu exemplo não será dos meus”. Compilado por Bukhari. Proibiu, igualmente, a intransigência nas relações sociais. O Mensageiro de Deus – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “Certamente, a religião é facilidade, e qualquer fanático, será derrotado”. Proibiu a intransigência e o extremismo quanto à pregação do islã. Ele disse: “Entregai as boas noticias e sede moderados; facilitai e não dificulteis”. Compilado por Muslim.


O monasticismo no cristianismo


Segundo I Coríntios, Cap. 7. V, 1 e 8: “Quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher”; “E aos solteiros e viúvos digo que lhes seria bom se permanecessem no estado em que também eu vivo”. Quer dizer - solteiros.


São, obviamente, ensinamentos de próprio Paulo e não de Jesus – que a paz de Deus esteja com ele – porque contrariam a natureza humana da criação divina, aliás, o matrimonio é uma das tradições dos profetas de Deus. Deus Todo-Poderoso diz: “E, com efeito, enviamos Mensageiros antes de ti, e fizemo-lhes mulheres e descendência. E não é admissível que um Mensageiro chegue com um sinal senão com a permissão de Allah. Para cada termo há uma prescrição139”.


Será que as sociedades civilizadas concordam com o discurso do celibato e a não procriação que resultará na eliminação da raça humana? Será que Deus quer o nosso finado ou quer que


139 Alcorão. Cap, 13. V, 38. Trad. Helmi Nasr


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edifiquemos e desenvolvemos o mundo? Está visão contraria a ordem divina, quando Deus diz: “E Ele é Quem vos fez sucessores, na terra, e elevou, em escalões, alguns de vós acima de outros, para pôr-vos à prova, com o que vos concedeu. Por certo, teu Senhor é Destro na punição e, por certo, Ele é Perdoador, Misericordiador140”.


Quando invocamos as pessoas a aderir o celibato, nós acabamos causando colisão no instinto interno delas. Evidentemente, é uma concupiscência humana, como a necessidade de comer e beber. A Lei islâmica estabeleceu um sistema legal que perpassa pelo casamento para a construção de amor, compaixão e estabilidade psicológica para ambos os cônjuges e ao alcance do desenvolvimento humano. Deus Todo-Poderoso diz: “E, dentre Seus sinais, está que Ele criou, para vós, mulheres, de vós mesmos, para vos tranquilizardes junto delas, e fez, entre vós, afeição e misericórdia. Por certo, há nisso sinais para um povo que reflete141”.


O profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – ordenava e promovia o casamento, proibindo veementemente o celibato. Ele dizia “Casai com as amorosas, as férteis, certamente, dentre os profetas, virei com mais multidão no Dia do Juízo Final”. Compilado por Ibn Habban, Abu Dawoud, e confirmado por Al-Albani. 1789.


O Profeta incentivou o casamente principalmente a juventude, por conta da intensidade do instinto sexual nela, desta forma, ele cortou as possibilidades da formicação. E disse “Ó jovens, quem de vocês tiver a capacidade de sustentar uma esposa, deve casar, pois isso é o melhor para preservar o olhar e a castidade. Quem não puder, deve jejuar que lhe será proteção (contra o adultério)”. Compilado por Bukhari e Muslim.


140 Alcorão. Cap, 6. V, 165. Trad. Helmi Nasr


141 Alcorão. Cap, 30. V, 21. Trad. Helmi Nasr


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Mais do que isto, tornou o acasalamento como meio para aquisição de recompensa e parte de caridade. O profeta – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “E a relação sexual do indivíduo é uma caridade também.” Disseram-lhe: “Ó Mensageiro de Deus, o fato de que um satisfaça o seu desejo, isso também é merecedor de recompensa?” Respondeu o Profeta: “Porventura, se o tivesse satisfeito de modo ilícito, não teria cometido uma falta? Desse mesmo modo, será recompensado quando o satisfizer de modo lícito”. Compilado por Muslim.


A eternidade matrimonial


Segundo o Evangelho de Mateus Cap, 5. V. 31/32. “Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio”. “Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério”


Será que as sociedades civilizadas aprovam a inadmissibilidade do divórcio ou maior parte dos países desenvolvidos apresentam as maiores taxas de divórcio? Será que os cristãos seguem estes ensinamentos ou os consideram fanáticas e intransigentes? A realidade prática é que existem muitas mulheres que não mais conseguem continuar com o matrimonio e a continuidade delas implica prejuízos que a única solução deve ser o divorcio. Por outro lado, lemos nas manchetes, casos de mulheres que matam seus maridos cristãos, como único meio para se livrarem deles, uma vez que ela está desprovida do direito de divórcio. Enquanto o islã permitiu o divórcio facilitando a vida de cônjuge, em casos de esgotamento de condições da manutenção do casamento. A separação acontece de maneira normal e civilizada, ambos os divorciados podem se casar novamente, caso desejarem. Deus


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Todo-Poderoso diz: “Retende-as, convenientemente, ou separai-vos delas, convenientemente142”.


Nesta matéria, todas as nações civilizadas têm acomodado a Lei islâmica, permitindo legalmente o divórcio civil longe da igreja, que rejeita o divórcio.


A decapitação


A decapitação de cabeça do inimigo e a exposição de seu corpo é uma prática proibida pelo islã e adverte quem comete. Uquba relata que Amr Ibn Al-Ássui e Churahabil Ibn Hassanah enviaram um mensageiro com a cabeça de Yanaque da Siria para Abu Bakr e este repreendeu-o, disse Uquba, ó amir de Mensageiro de Deus, eles nos decapitam. Abu Bakr respondeu: minhas condolências ou condolências para Pérsia e Roma, não me apresentem senão notas e noticias. Compilado por Ibn Hajar Al-Ascalani.


Na modernidade, alguns apresentadores de programas de informação dos meios de comunicação social, sempre associam os muçulmanos a prática de decapitações. Mas se esses apresentadores tivessem lido a historia, encontrariam o contrario do que eles afirmam. Logicamente houve atos de decapitação nesses países até há poucos tempos, por exemplo, ao lado do muro da igreja de Milano tem uma estatua de um cavaleiro, segurando na sua mão uma enorme espada e cabeça de homem. Alguma vez vimos este tipo de arte nos muros das mesquitas? No entanto, o que alguns muçulmanos praticam, como decapitações são crimes individuais e casos isolados que não tem que ver com a Lei islâmica e nem ligados a religião. Deus Todo-Poderoso diz: “E, se punis o inimigo, puni-o de igual modo, com que fostes punidos. E, em verdade, se pacientais, isso é melhor para os perseverantes143”.


142 Alcorão. Cap, 65. V, 2. Trad. Helmi Nasr


143 Alcorao. Cap, 16. V, 126. Trad. Helmi Nasr


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O islã e o combate contra a escravidão


O islã combate contra todas as formas do sistema escravocrata. Ordenou o abolicionismo, instituiu pagamento e recompensa para quem libertar um escravo, tornou uma das práticas simbólicas que conduz o libertador ao Paraíso. O profeta Muhammad – que a paz e bênção de Deus estejam com ele – disse: “Quem liberar um escravo, Deus libera cada membro (do corpo) do libertador do fogo infernal, correspondente a cada membro do escravo, o que levará a liberação total (do fogo)”. Compilado por Muslim.


Mas o Islã não proibiu duma só vez o sistema de escravidão, para não entrar em colisão grave com a prática corrente na época. Era um sistema global, todos os países lidavam com esse sistema econômico e financeiro presente em “todas” as sociedades. Por outro lado, não vimos Jesus Cristo proibindo o sistema de escravidão, mas o islã interditou todas as formas de escravidão aplicadas por ser humano, exceto uma das formas, que é, quando se trata de presos de guerra, mas ainda com a autorização do líder dos muçulmanos. Em todo caso, o islã, estreitou as fontes da prática de escravidão e ampliou as formas de libertação tornando-as medidas para a expiação de pecados. Como por exemplo: O homicídio culposo: Deus Todo-Poderoso diz: “E quem mata um crente por engano, então, que ele se alforrie um escravo crente e entregue indenização a sua família a menos que esta a dispense, por caridade. E, se a vítima é de um povo inimigo de vós, e é crente, que se alforrie um escravo crente. E, se é de um povo, entre o qual e vós exista aliança, que se entregue à sua família indenização e se alforrie um escravo crente144”. O perjúrio: Deus Todo-Poderoso diz: “Allah não vos culpa pela frivolidade em vossos juramentos, mas vos culpa pelos


144 Alcorão. Cap, 4. V, 92. Trad. Helmi Nasr



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