Islam: A Religião de Todos os Profetas
Omar AbdulMonem
De acordo com a crença dos muçulmanos, o Islam é uma religião que existe desde o princípio dos tempos. Ela é a fé natural dos seres humanos, para a qual todas as pessoas são chamadas ao nascer. Portanto, de acordo com essa linha de pensamento, todas as pessoas nascem muçulmanas. Através do intelecto, concedido pelo Criador, tornano-mos capazes de diferenciar a verdade de qualquer outra coisa que não seja ela.
Qual é o significado principal do Islam?
O Islam é baseado em duas partes fundamentais: A crença e As Leis. Normalmente, a palavra “Shariah” é utilizada para se referir apenas à segunda; mas a central é a crença, que, em árabe, é conhecida como “Aqeedah”. A crença representa aquilo que devemos acreditar. Em outras palavras, ela representa a verdade que não muda. Logo, a mensagem de todos os profetas é a mesma: a de convidar as pessoas à ela.
“Vocês possuem somente Um Deus—Um Único Criador que vos criou e que criou, também, tudo aquilo que existe. Sendo assim, devem adorar apenas à Ele, bem como seguir Seus mandamentos e crerem somente nEle.”
Essa foi a mensagem transmitida por TODOS os profetas que foram enviados no decorrer dos tempos, e é justamente à essa crença básica que as pessoas são convidadas no Islam. Ela define o muçulmano, uma vez que, por muçulmano, citamos aqueles que se submetem por completo à Allah. Essa é a definição básica do Islam.
A Primeira Religião
Com essa mensagem central, Allah enviou profetas diferentes, para povos diferentes, em épocas diferentes. Apesar de muçulmanos conhecerem apenas aqueles que são mencionados no Alcorão, há vários outros que foram deixados de fora.
O primeiro profeta do Islam foi Adão, o pai da humanidade. Já o último, por outro lado, foi Mohammed, quem Allah enviou com a mensagem final e universal para todas as pessoas.
Com base no que foi afirmado acima, podemos, então, dizer, que o Islam é a mensagem trazida por todos os profetas, incluindo Adão, Noé, Abraão, Moisés, Jesus, e, também, Mohammed, que, mais uma vez, foi o profeta e mensageiro final—que a paz e as bençãos de Allah estejam sobre todos eles!
Um dos equívocos mais comuns que muitos de nós cometemos é pensar que o Islam é uma religião que possui apenas 1440 anos de idade. Sua mensagem é, na verdade, tão antiga quanto a própria humanidade em si.
Em verdade, enviamos-lhe como admoestador, com a verdade, e como portador de boas notícias. E não houve sequer uma nação cuja qual não recebeu um admoestador” (34:24)(1)
Mas… Se o Islam foi realmente a primeira religião de todos nós, seres humanos, e surgiu antes de qualquer outra, o que aconteceu depois?
A Mensagem Pura é Corrompida
Com o decorrer do tempo, as pessoas passaram a modificar a mensagem que os profetas trouxeram baseadas em suas próprias opiniões. Além de terem criado novos elementos, alteraram também suas crenças, afetando, consequentemente, suas regras e suas leis. Tais práticas se tornaram tão comuns que até mesmo a parte central, que forma o plano básico da fé, foi influenciada. Foi a partir daí que ídolos começaram a ser adorados no lugar de Deus—ídolos, estes, provenientes da imaginação e das inseguranças humanas.
O Retorno da Mensagem
Cada vez que os seres humanos adotavam um caminho corrompido, Allah enviava um profeta novo para corrigi-lo e guiá-los, novamente, à mensagem original: O Islam. E, assim, as pessoas se separavam em dois grupos: aquele onde os indivíduos aceitavam a verdade e se submetiam à ela, e aquele cujos indivíduos preferiam manter as tradições de seus antepassados e recusavam o legado dos profetas.
No fim dos tempos, que é o período que estamos vivenciando agora, Allah (Deus) enviou, mais uma vez, um mensageiro final para todos os povos; trazendo, consigo, aquela exata mensagem que foi trazida pelos anteriores. Seu nome é Mohammed (que a paz e as bençãos de Allah estejam sobre ele). Como ele é o último e sua mensagem é universal, Allah prometeu que a protegeria de alterações. Ela engloba tanto as palavras do profeta, que foram ditas através de revelação, como as de Allah, que são únicas e milagrosas. Enquanto umas estão compiladas na “Sunnah”, traduzida como ditos e ações do profeta, as outras estão compiladas no Alcorão, que é a revelação final de Deus.
E, como era de se esperar, Allah de fato manteve sua promessa. Ele as preservou de forma tão cuidadosa que até mesmo nos dias de hoje, depois de todo esse tempo, são tão claras quanto eram antigamente. Ninguém é capaz de fazer adições e incrementos—mesmo que tenham esse desejo. O Alcorão que possuímos conosco é exatamente o mesmo que existia na época do profeta: nem mesmo uma letra sequer mudou. Tal fato é incrível por si só, considerando que, mesmo ignorantes da promessa que foi feita, não se pode negar tamanha realização.
Por qual razão Allah permitiu que Religiões Corruptas passassem a Existir?
A resposta para essa pergunta é bem simples! Allah nos informou também que estamos aqui para sermos testados. Sendo assim, recebemos o dom da escolha: a escolha entre o certo e o errado; entre a verdade e a mentira; e entre a obediência e a desobediência. Muitas pessoas abusam desse livre arbítrio, e acabam, dessa forma, seguindo caminhos corrompidos e ídolos que são falsos.
Tendo esse teste em mente, como proceder então? Unindo-se à tais pessoas ou buscando a verdade, para, então, segui-la?
Allah fez com que a verdade fosse fácil de ser reconhecida. Seu padrão é o seguinte: ela é simples, lógica, pura e consistente. Reiterando novamente, a mensagem de todos os profetas é a mesma. Quem a muda são as pessoas; que, por sua vez, têm a opção de aceitarem-na ou não. Ou seguem o caminho puro e correto, ou seguem desejos e caminhos que foram corrompidos pelos outros.
Em qual grupo você está? Naquele de Abraão, Moisés e Jesus (que a paz esteja com todos eles), ou naquele cujas pessoas corrompem a mensagem através de alterações?
A verdade é, mais uma vez, única, simples e clara. Segui-la ou não depende de cada um de nós. Portanto, sejam prudentes em suas escolhas, pois é com base justamente nelas que seremos questionados na vida seguinte.
E diga: ‘Façam aquilo que desejarem, pois Allah verá suas obras—assim como as verão, também, os crédulos e Seu mensageiro…’” (9:105)(2)