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Desde tempos imemoriais que o Islam tem sido vítima de uma distorção deliberada por parte dos Não-Muçulmanos.





O lado mais negativo de tal fato é o de que não foram apenas não-Muçulmanos que elaboraram falsas concepções relativas ao Islam; infelizmente um certo número de seguidores do Islam é incapaz de compreender a essência deste Delicado mas Abrangente Código de Vida, desde que ficaram sob o impacto da Civilização Ocidental.





 





Muito tem sido dito contra a posição da mulher no Islam por parte dos não-Muçulmanos preconceituosos e fanáticos. Como conseqüência, o Islam tem sido, impiedosa e perpetuamente, objeto de ataques violentos, baseados em falsas suposições e fatos distorcidos acerca da real posição da mulher nesta Religião.





Esta é a questão fundamental de todo o mundo não-Muçulmano, em geral, e do mundo ocidental em particular.





O Ocidente conhece o Islam há mais de 13 séculos. No entanto, esse conhecimento foi adquirido de uma forma negativa como um inimigo e uma ameaça. Por isso, não é de forma alguma surpreendente que no Ocidente o Islam tenha sido descrito como uma religião hostil, tirânica e violenta. Da mesma forma a própria Cultura Islâmica tem sido narrada com cores sombrias e tristes.





Este estado de coisas não pode continuar e torna-se um dever imperativo defender o Islam e clarificar esta questão.





Conseqüentemente, tentaremos, neste pequeno trabalho, elucidar a forma como o Islam emancipou a mulher e elevou a sua posição. Mas antes de passar um veredicto sobre um costume, é necessário que seja levada em conta não só a História daquele tempo mas, também, todas as circunstâncias então prevalecentes.





É, por isso, necessário que consultemos a História e verifiquemos, por nós próprios, quão aviltadas, desprezadas e humilhadas as mulheres foram em diferentes civilizações e religiões do mundo, antes do advento do Profeta Muhammad (que Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).





Embora não seja possível descrever, neste apontamento, todos os acontecimentos da História relacionados com esta questão, aqui ficam descritos alguns que julgamos serem oportunos e suficientemente elucidativos.





A Civilização Grega





A Civilização Grega é tida como a mais gloriosa de todas as civilizações antigas. Durante o decorrer desta Civilização, a mulher era menosprezada moral e socialmente, e não tinha quaisquer direitos legais.





Os Gregos olhavam para a mulher como uma criatura sub-humana, cuja posição na sociedade era, em todos os sentidos, inferior à do homem, para o qual estava reservada a honra, bem como um lugar de superioridade.





A prostituição estava fortemente implantada na sociedade Grega, e as relações com mulheres adúlteras não eram consideradas pecaminosas, Mais tarde, os Gregos foram arrastados pelo egoísmo, bem como pela perversão sexual.





Como conseqüência, modificou-se o modo de olhar a mulher, e as adúlteras obtiveram uma tal proeminência, de que não existe paralelo na História.





As casas de prostitutas tornaram-se o centro das atenções de todas as classes da sociedade, atraindo os seus filósofos, poetas, historiadores e pensadores. Esse tipo de mulher não somente promovia funções literárias mas, também, questões políticas de grande relevo, que eram decididas sob a sua influência.





É realmente estranho que o conselho de uma mulher que não ficava ligada a um homem por mais de três noites consecutivas, fosse largamente tido em conta, sobretudo em questões de cuja solução dependia a vida, ou a morte da nação.





O homem comum considerava o matrimônio como algo desnecessário, sendo a liberdade sexual tida como perfeitamente lícita e correta. De tal forma assim era, que, estes males tomaram-se numa parte da sua religião: foi deste modo que o culto à Afrodite, a deusa do amor e da beleza, se propagou por toda a Grécia.





De acordo com a sua mitologia, esta deusa, que era esposa de um deus, desenvolveu relações ilícitas com três outros deuses, bem como com um mortal. Como resultado desta última relação ilícita nasceu um deus bastardo, Cupido, o deus do amor!





Com o louvor dos deuses (satânicos) do amor na Grécia, as casas de prostituição tornaram-se em locais de veneração.





As prostitutas eram consideradas como jovens pias dedicadas a templos, e o adultério foi elevado ao estatuto de piedade e revestido de toda a santidade religiosa. Nenhuma nação no mundo foi capaz de se elevar novamente após tal declínio moral. E tal é o que afirma Deus no Alcorão Sagrado:





”E quando temos que destruir uma cidade Nós mandamos ordens aos seus habitantes que vivem na opulência e que, a seguir, cometem abominações; então, a Palavra (do castigo) é pronunciada e, Nós, punimo-la com completa destruição.” (Alcorão Sagrado 17:16)





A História é testemunha de que após o término do, seu período de glória, a nação Grega nunca mais obteve uma segunda oportunidade de recolher os seus passos em grandeza e orgulho. A posição da mulher na Civilização Grega pode ser resumida nas palavras de Sócrates, o grande pensador e filósofo grego:





”A Mulher é a grande fonte do caos e da ruptura no mundo. Ela é como a árvore de “dafali”, cujo aspecto externo é extremamente belo mas, se os pássaros a comerem, morrerão com toda a certeza. “





Anderoosky descreve o conceito grego da mulher, nas seguintes palavras:





”É possível curar-se de uma queimadura e da mordida de cobra, mas é impossível prender a subtilidade feminina.”





A Civilização Chinesa





Nas escrituras Chinesas as mulheres são apelidadas de ”águas da desgraça”, que desperdiçam toda a sua boa sorte, a mulher foi sempre vista como inferior ao homem, não lhe sendo concedido qualquer tipo de direitos.





A mulher era eternamente tida como menor, não sendo as crianças olhadas como verdadeiramente suas. Sempre que quisesse, o homem podia repudiar a sua mulher, podendo mesmo chegar a vendê-la como concubina.





Após a viuvez, ela permanecia como propriedade da família do marido, sendo-lhe, praticamente, impossível voltar a casar. A par com isto estavam a escravatura e o infanticídio.





A Civilização Romana





Nesta Civilização o homem possuía todo o poder e autoridade sobre a sua família, incluindo o direito de tirar a vida à sua própria mulher. Um esposo romano podia facilmente afastar a sua mulher por mero capricho.





Entre os romanos a mulher não possuía personalidade legal. Ela nunca podia aparecer no tribunal como queixosa. Era vista como uma menor, demente, como uma pessoa incapaz de fazer ou de agir de acordo com a sua preferência.





A sua propriedade passava para as mãos do seu marido pelo casamento. Ela não podia obter ou deter qualquer tipo de propriedade.





Não podia ser testemunha, não podia comprar ou vender, nem fazer parte de qualquer contrato. Com o avanço da civilização, o conceito humano com respeito à posição da mulher sofreu uma profunda alteração. As regras que determinavam o casamento sofreram, gradualmente, uma completa “metamorfose” que as condições mudaram para pior.





O divórcio foi facilitado, e o matrimônio era efetuado com bases que eram pouco sólidas. Séneca (4 a.C. – 65 d.C.), o famoso filósofo e estadista romano, criticou os seus compatriotas pela elevada incidência do divórcio entre eles. Séneca afirmou:





“Agora, o divórcio não é mais visto como algo de vergonhoso em Roma, as mulheres calculam a sua idade pela quantidade de homens que tiveram como mandos.”





Naqueles dias, as mulheres tinham por hábito casarem-se diversas vezes; S. Jerônimo (340 – 420 d.C.) menciona uma mulher maravilhosa, cujo último marido tinha sido o seu 23º, tendo sido, ela própria, a 21º mulher do seu marido.





A Flora tornou-se um desporto romano muito popular, no qual mulheres nuas competiam em concursos de raça. Homens e mulheres tomavam banho juntos nos banhos públicos.





Quando os Romanos ficaram de tal maneira absorvidos por paixões animalescas, a sua glória desapareceu por completo, sem sequer deixar rasto atrás de si.





Hinduísmo





A Asura, como forma de casamento entre os antigos hindus, nada mais era do que uma espécie de venda da filha pelo pai. A legalização só muito dificilmente salvou mulheres de mãos cruéis, uma vez que nunca herdavam qualquer tipo de propriedade.





Na Índia, nos seus primórdios (e mesmo agora, em algumas partes), as moças eram (e são) delicadas aos deuses, freqüentemente, sendo-lhes oferecidas em matrimônio para que, desta maneira, pudessem usufruir dos seus serviços da mesma forma que os maridos se serviam das suas mulheres.





Por conseqüência, elas ficavam sob a dependência dos sacerdotes ”dharmakarthas”, ou dos mandatários ligados aos templos.





Nos tempos dos Vedas, as mulheres eram tratadas como recompensas de guerra, após a vitória, as mulheres eram levadas à força e distribuídas como artigos de saque. Por isso, o tratamento dado as mulheres era o pior possível.





De acordo com Manu, mentir é uma particularidade feminina, ainda segundo a ordem de Manu, no Hinduísmo,





“Uma mulher nunca deve procurar a independência e nunca deve fazer seja o que for de acordo com a sua satisfação. “





A lei do Hinduísmo diz:





“Por uma moça por uma jovem mulher, ou até mesmo por uma idosa, nada deve ser feito independentemente, mesmo na sua própria casa. Na infância uma fêmea deve ser submetida ao seu pai, na juventude ao seu marido, e quando da morte do seu senhor, aos seus filhos; uma mulher nunca deve ser independente.”





A professora Indka, no seu livro “Posição das Mulheres em Mahabharate”, escreve:





“Não existe criatura mais pecadora do que a mulher. A mulher é o fogo ardente. Ela é o gume afiado da navalha. É o conjunto de tudo isto. Os homens não devem amá-las … destruição.”





Sir R. G. Bhandarkar comenta:





”A Bhagavad Geeta dá expressão à crença geral de que é somente uma alma pecadora que nasceu como mulher”





Naqueles tempos, como agora, um casamento hindu era indissolúvel, nem o adultério, nem a prostituição, nem mesmo a degeneração podiam dissolver um casamento hindu.





O que dizer da vida, se até mesmo após a morte do marido as viúvas não podiam exigir a separação. O mais cruel era a prática do sati, no qual a viúva era queimada viva juntamente com o seu esposo morto. Esta prática foi proibida somente pelos preceitos Islâmicos.





A viúva era, e ainda o é, olhada como algo repugnante, inauspicioso e que se devia evitar. A posição das viúvas que não praticassem o ”Sati” era tão triste, que as pobres almas consideravam preferível serem queimadas vivas do que suportarem uma longa e cruel tortura nas mãos de uma sociedade fria e injusta.





Até à altura da conquista da índia pelos Muçulmanos, as mulheres hindus caminhavam quase nuas e expunham os seus atrativos sem a menor vergonha.





Budismo





O ensinamento da Nirvana (salvação) não pode ser levado a cabo na companhia de mulheres, tal fato é, suficientemente, eloqüente para nos fornecer uma visão para a atitude do Budismo em relação às mulheres.





A idéia do matrimônio, e a vida que lhe está inerente, é contrária ao objetivo do Budismo – a aniquilação do desejo – fato que promove o celibato. Por isso, para um Budista, de acordo com o célebre historiador Westermark:





”As mulheres são, das ciladas que o demônio inventou para os homens, a mais perigosa; nas mulheres estão inerentes todas as paixões que cegam a mente do mundo.”





A concepção sobre a mulher no Budismo encontra-se resumida nas palavras de um sábio Budista de renome, lembradas por Bettany no seu livro “Religiões Mundiais”, nos seguintes termos:





“Infelizmente profundo, como o percurso de um peixe na água é o caráter da mulher, revestido de mil artifícios, com os quais se torna difícil descortinar a verdade, para a qual uma mentira é como a verdade, e a verdade como uma mentira”





Judaísmo





De acordo com as escrituras Hebraicas, no Judaísmo a mulher encontra-se sob uma maldição eterna e Divina.





“Da mulher provém o início do pecado, e através dela todos nós morremos”





É uma crença que detém a mulher como responsável por todas as fraquezas do homem. Por isso a sua degradação na sociedade Judaica, onde ela era considerada não como uma criatura merecedora de honra, mas como alguém que podia ser sujeita, justamente, a qualquer tipo de insultos, e ser reduzida à posição de um móvel na casa.





Cristianismo





Toda a estrutura do credo Cristão baseia-se na doutrina do Pecado Original, pelo qual o Cristianismo, como o Judaísmo, responsabiliza a mulher:





”A mulher que me deste por companheiras ela me deu da árvore, e comi” (Gênesis 3:12)





Eva, segundo o Cristianismo:





”… foi a primeira a cometer o pecado e causadora da desgraça de Adão: por isso, ela era realmente responsável pelos pecados da humanidade e Deus teve que enviar o Seu único Filho, Jesus Cristo, para ser crucificado e lavar todos os pecados do mundo com o seu próprio sangue.”





Esta é a suma da fé Cristã.





Mais adiante, reproduziremos algumas passagens do Novo Testamento, as quais deverão, sem a necessidade de comentário, demonstrar a posição da mulher no Cristianismo, e de como ela deverá ser evitada pelos candidatos ao Reino dos Céus:





“Porque eis que hão de vir dias em que dirão: Bem-aventuradas as estéreis, e os ventres que não geraram, e os peitos que não amamentaram.” (S. Lucas 23:20)





“Bom seria que o homem não tocasse em mulher.” (I aos Corintios 7:1)





“Porque quereria que todos os homens fossem como eu mesmo (ou seja solteiros) … Digo, por isso, aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom ficarem como eu (ou seja, solteiros). Mas se não podem conter-se, casem-se. Porque é melhor casar do que abrasar-se.” (Corintios 7:9)





“O solteiro cuida nas coisas do Senhor, em como há-de agradar ao Senhor. Mas o que é casado cuida nas coisas do mundo, em como há-de agradar à mulher.” (Corintios 7:32-33)





“Mas, (ele), o que a não dá em casamento, faz melhor.” (Corintios 7:38)





As comunicações Bíblicas sobre a fraqueza da mulher só poderiam levar os primeiros Sacerdotes Cristãos a fazerem tão “piedosíssimas” difamações, sobre as quais nenhuma mulher, que tenha respeito por si própria, poderá manter-se calada.





Paulo, o primeiro santo da Cristandade, proclama:





”A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Pois primeiro foi formado Adão, depois Eva. E Adão não foi enganado mas a mulher, sendo enganada caiu em transgressão.” (I à Timóteo 2:11-14)





Diz S. Tertúlio às mulheres:





“Sabeis vós, que cada uma de vós é uma Eva; a sentença de Deus sobre este sexo das vossas vidas nesta era; a culpa tem de necessariamente viver, igualmente; vós sois o primeiro desertor da Lei Divina, vós sois aquela que o persuadiu, quando o demônio ainda não era suficientemente forte para atacar. Vós destruísses muito facilmente a imagem de Deus no homem. Por conta da vossa deserção, ou seja, morte, até o Filho de Deus teve que morrer.” (De Cottu Feminarum)





Afirma S. Gregório Taumaturgo:





“Entre todos os homens, procurei a castidade apropriada a eles, e não a encontrei em nenhum. Provavelmente pode-se encontrar um homem casto entre mil, mas nunca entre as mulheres.”





Segundo S. Gregório de Nazianzum:





”A ferocidade é característica do dragão e a astúcia da áspide, mas a mulher tem a malícia de ambos.”





S. João Crisóstomo olhava a mulher como:





“Um demônio necessário, uma calamidade desejada, um fascinador mortífero, e uma doença camuflada.”





Aos olhos de S. Clemente de Alexandria:





“Nada de calamitoso é próprio do homem, que é dotado de razão, o mesmo não se pode dizer da mulher, para a qual se è uma vergonhoso refletir sobre a sua própria natureza.” (Paeds, II:, 2.83, pag. 186)





Com efeito, os construtores da Igreja Cristã, bem como os primitivos Sacerdotes, podem ser denominados de rivais concorrentes nas suas denúncias relativas à mulher. Ela foi descrita como:





“O instrumento do Demônio”;





“O fundamento das armas do Diabo, cuja voz é o assobiar das serpentes”;





“Um escorpião sempre pronto a picar, e a lança do demônio”;





“Um instrumento que o demônio utiliza para se apoderar das nossas almas”;





“A porta do Inferno, o caminho da iniqüidade, o espigo do escorpião”;





“Algo impuro, uma filha da falsidade, uma sentinela do Inferno, o inimigo da paz, e, de todos os animais selvagens, o mais perigoso”.





Ditos de; S. Bernardo, S. Antônio, S. Boaventura, S. Cipriano, S. Jerônimo e S. João Damasceno, respectivamente.





A mulher era tida como “algo impuro”, a “impureza” da mulher levou a Igreja Cristã a denunciar até o sagrado matrimônio – essa grande instituição social da humanidade. Diz S. Gregório:





”Abençoado, é aquele que leva uma vida celibatária, e não encerra em si a imagem Divina com a obscenidade da concupiscência.”





A irreparável injúria que foi infligia sobre as mulheres na Cristandade, e sobretudo durante a Idade Média, dispensa qualquer tipo de descrição.





A condição das mulheres antes do advento do Profeta Muhammad (que Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), era miserável por todo o mundo, nenhuma religião lhes permitia a igualdade, nenhuma religião lhes deu uma parte na propriedade dos seus familiares e esposos.





A mulher era vista como um demônio e como um fardo indesejado, uma fonte de desgraça e humilhação para a família.





As mulheres eram universalmente tratadas como bens e brinquedos nas mãos dos homens. Elas nunca eram vistas como parte integrante do casamento. Podiam ser obtidas num momento de prazer, e rejeitadas de uma forma puramente caprichosa; somente o coração e a bolsa podiam colocar limitações.





As mulheres não tinham uma posição independente, não possuíam qualquer propriedade, não tinham qualquer direito a herança.





Na Arábia (em particular), mesmo antes do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), a condição da mulher era simplesmente miserável de tal forma que as crianças recém-nascidas de sexo feminino eram enterradas vivas. Elas não eram olhadas como pessoas humanas, com efeito, na Arábia, a mulher permanecia algures no limbo entre o mundo animal e a humanidade.





A Mulher no Islam





Tendo visto como as mulheres foram cruelmente tratadas por diferentes religiões, Civilizações e Culturas, ser-nos-á, agora, possível entender corretamente e apreciar os alcances gloriosos do Islam nesta questão, e de como ele, de fato, elevou a posição da mulher na sociedade.





Por isso, ao longo deste trabalho, tentaremos refutar as alegações das pessoas desencaminhadas contra o Islam em relação à mulher, e elaborar a sua real posição no Islam. No meio das trevas que mergulharam o mundo, a Revelação Divina ecoou, no deserto hostil da Arábia, com uma Mensagem Lúcida, nobre e Universal para a humanidade:





”Ó humanos, temei a vosso Senhor, que vos criou de um só ser, do qual criou a sua companheira e, de ambos, fez descender inumeráveis homens e mulheres. Temei a Deus, em nome do Qual exigis os vossos direitos mútuos e reverenciai os laços de parentesco, porque Deus é vosso Observador.” (Alcorão Sagrado 4:1)





O famoso sábio muçulmano, Al-Khuli Al Babi, ponderou sobre este versículo e declarou:





”É crença geral que não existe texto, quer antigo, quer moderno, que diga respeito à humanização da mulher sobre os aspectos da vida, numa tal espantosa brevidade, eloqüência, profundidade e originalidade, como no Decreto Divino.”





Assim, com um simples traço magistral, o Islam removeu o estigma da ”fraqueza” e da “impureza”, com as quais as religiões mundiais caracterizaram a mulher. O Islam proclama que homens e mulheres provêm da mesma essência e, por conseguinte, se a mulher podia ser tida como fraca, o homem, também, poderia ser visto como tal, ou se o homem tinha uma centelha de nobreza, então a mulher, também, a deveria possuir. A propósito, o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse:





”As mulheres são almas gêmeas dos homens.”





A elevação da posição da mulher e os seus respectivos direitos, patenteados nesta obra, estão garantidos pelo Próprio Deus, e podem ser facilmente encontrados nas duas mais importantes e autênticas fontes do Islam, ou seja, o Sagrado Alcorão e os Ahadith do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).





Os direitos garantidos por Reis, ou por Assembléias Legislativas, podem ser tão facilmente removidos, quão o são conferidos; mas nenhum indivíduo, ou instituição tem autoridade para eliminar, ou emendar os direitos conferidos por Deus. Todos aqueles que pretendem ser Muçulmanos, têm que aceitar, reconhecer e reforçar os direitos sancionados por Deus. Se falharem em reforçá-los, ou os violarem, o veredicto do Alcorão é inequívoco:





”Aqueles que não julgam pelos preceitos que Deus revelou são descrentes.” (Alcorão Sagrado 5:44).





E o seguinte versículo também proclama:





”Eles são os Iníquos.” (Alcorão Sagrado 5:45).





Um terceiro versículo do mesmo capítulo diz:





”Eles são os prevaricadores.” (Alcorão Sagrado 5:47)





Por outras palavras; se as autoridades temporais consideram as suas próprias palavras e decisões como certas, e as de Deus como erradas, eles não são crentes. Se, por outro lado, eles consideram os mandamentos de Deus como certos, mas rejeitam-nos deliberadamente em favor das suas decisões, então são Iníquos. Os prevaricadores ou infratores da lei são aqueles que desrespeitam a limitação da fidelidade.





Aspecto Espiritual





1º- A mulher tem, efetivamente, alma:





Em algumas religiões durante muito tempo se acrediatava que a mulher não possuía alma, mas com a chegada do Islam este conceito foi totalmente abolido pelo Profeta Muhammad.





Nas tradições do Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), encontramos uma prova clara de que a mulher tem, realmente, alma. Abdullah bin Mass’ud, reporta que o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse:





“De fato, a criação de cada um de vós (macho ou fêmea) foi levada a cabo conjuntamente no ventre da mãe, durante quarenta dias, sob a forma de uma semente, depois um coágulo de sangue (algo que se agarra) por igual período e, então, é-lhe enviado o anjo que assopra a respiração da vida, ou seja dá-lhe alma (o feto: macho ou fêmea). ” (Bukhari e Muslim)





Fica claro, a partir desta tradição, que o feto de todo o ser humano adquire vida quando a alma, por ordem de Deus, é assoprada para ele. Uma vez mais, é do conhecimento geral que nenhum ser humano (macho ou fêmea) pode viver sem alma. Agora, será que as mulheres nem vivem, nem morrem? É então evidente que elas têm alma, tal e qual como os homens.





2º- Iman (fé):





O Islam é bastante explícito em relação ao fato da mulher ser completamente equiparada ao homem, perante Deus, em termos da fé; pois Deus diz:





”Ó fiéis, quando se vos apresentarem as fugitivas fiéis, examinai-as, muito embora Deus conheça a sua fé melhor do que ninguém; porém, se as julgardes fiéis, não as restituais aos incrédulos.” (Alcorão Sagrado 60:10).





E também diz:





”Sabe, portanto, que não há mais divindade, além de Deus e implora o perdão das tuas faltas, assim como das dos fiéis e das fiéis, porque Deus conhece as vossas atividades e os vossos destinos. ” (Alcorão Sagrado 47:19).





Nos dois versículos anteriores, Deus, denomina-as de mulheres crentes, sendo assim, quem tem, autorização para refutar o que Deus proclama?





3º -Ibadah (Adoração):





Em termos de obrigações religiosas e de adoração, tais como as cinco orações diárias, a zakat, o jejum e a peregrinação a Makkah, a mulher não é diferente do homem. A este respeito Deus, diz:





”Os fiéis (homens e mulheres) que praticarem o bem, observarem a oração e pagarem o zakat, terão a sua recompensa no Senhor e não serão presas do temor, nem se atribularão.” (Alcorão Sagrado 2:277).





“Ó vós que credes (homens e mulheres)! É-vos prescrito o jejum como foi prescrito aos vossos antepassados, para que possais temer a Deus.” (Alcorão Sagrado 2:183).





4º – Jazaa (recompensa):





Deus promete recompensa, indiscriminadamente, para o homem e a mulher que sejam crentes e trabalhem honestamente. Ele diz:





”A quem praticar o bem, seja homem ou mulher, e for fiel, concederemos uma vida agradável e premiaremos com uma recompensa, de acordo com a melhor das ações. ” (Alcorão Sagrado 16:97).





”Aqueles que praticarem o bem, sejam homens ou mulheres, e forem fiéis, entrarão no Paraíso e não serão defraudados, no mínimo que seja.” (Alcorão Sagrado 4:124).





“Entrai no jardim (Paraíso), vós e vossas esposas e alegrai-vos.” (Alcorão Sagrado 43:70).





5º – Eva não é a Causa da Queda de Adão (que Deus esteja satisfeito com ambos):





De acordo com o Alcorão Sagrado, a mulher não é culpada do primeiro erro de Adão. Ambos erraram na sua desobediência a Deus, ambos se arrependeram, e ambos foram perdoados. Podemos ler o seguinte no Alcorão:





”Determinamos: Ó Adão, habita o Paraíso com a tua esposa e desfrutai dele com a prodigalidade que vos aprouver; porém, não vos aproximeis desta árvore, porque vos contareis entre os iníquos. Todavia, Satã os seduziu, fazendo com que saíssem do estado (de felicidade) em que se encontravam.” (Alcorão Sagrado 2:35-36).





”Então, seu Senhor os admoestou: Não vos havia vedado esta árvore e não vos havia dito que Satanás era vosso inimigo declarado? Disseram: Ó Senhor nosso, nós mesmos nos condenamos e, se não nos perdoares a Te apiedares de nós, seremos desventurados! ” (Alcorão Sagrado 7:22-23).





De acordo com o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele):





“Toda a criança nasce com igual natureza…”Tal significa que todo o recém-nascido carrega consigo (seja ele ou ela) uma igual e inocente natureza, e nunca nasce pecador, isto encontra-se em total contradição com o Credo Cristão do pecado inato.



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