De origens humildes os Turcos começaram a dominar através de toda a Anatólia e mesmo de partes da Europa. Em 1453, Mehmet o Conquistador, capturou Constantinopla e pôs fim ao Império Bizantino.
Os Otomanos conquistaram a maior parte da Europa Oriental e quase todo o Mundo Árabe; só a Mauritânia no Ocidente e o Iêmen, Hadramut e partes da Península Árabe ficaram para além do seu controle. Tiveram o seu apogeu com Sulayman, o Magnífico, cujas hostes alcançaram a Hungria e a Áustria.
Seis séculos durou o império Otomano, que representou o estado muçulmano mais importante da era moderna. Os Otomanos, originários do noroeste de Anatólia, estenderam seu poder até a Europa, dos Balcãs à Síria, Egito e Iraque. A partir do século XVIII, sua decadência começou a se manifestar, apesar de tentativas isoladas de revitalizar o império, cada vez mais debilitado.
As regiões européias sob domínio Otomano foram se tornando independentes: Grécia, Sérvia, Bulgária etc. O Egito libertou-se também e, sob o comando de Mohamad Ali, reorganizou sua estrutura administrativa em moldes ocidentais; o país obteve a independência com o apoio britânico e conquistou o Sudão.
Mesmo assim, a abertura do canal de Suez limitou essa independência, devido ao interesse das potências européias pela atividade comercial naquela região. A França conquistou a Argélia e estabeleceu um protetorado em Túnis. A Itália conquistou a Tripolitânia. As províncias orientais do império Otomano desmembraram-se. A Índia, parcialmente islamizada, foi dominada pelo Reino Unido no século XIX, e o Irã sofreu invasões de russos e britânicos.
Após a primeira guerra mundial, os nacionalismos islâmicos se acentuaram. A Turquia passou por profunda transformação, convertendo-se em república.
O Império Otomano em Sua Maior Extensão
No início do século XIV, Osman, um líder tribal turco, fundou um império na Anatólia ocidental (Ásia Menor), que iria perdurar por quase seis séculos. Esse império cresceu, conquistando terras do império bizantino e mais além, chegou a incluir, no auge de seu poder, toda a Ásia Menor; os países da península balcânica; as ilhas do Mediterrâneo oriental; partes da Hungria e da Rússia; Iraque, Síria, Cáucaso, Palestina e Egito, parte da Arábia; e todo o norte da África, pelo lado da Argélia.
Seu momento de glória no século XVI, representa o auge da criatividade humana. O império construído foi um dos maiores e mais influentes de todos os impérios muçulmanos do período moderno e sua cultura e expansão militar cruzou toda a Europa. Nem mesmo a expansão islâmica na Espanha, no século VIII, conseguiu estabelecer uma presença na Europa tão marcante quanto a dos Otomanos nos séculos XV e XVI.
Como no primeiro período da expansão islâmica, os otomanos fundaram um império sobre o território europeu e trouxeram com eles as tradições e cultura islâmicas que permanecem até os dias atuais (os muçulmanos da Bósnia são os últimos descendentes da presença otomana na Europa).
Os otomanos foram uma força que deve ser avaliada, militar e culturalmente, desde o seu início até a sua fragmentação nas primeiras décadas do século XX. O verdadeiro fim da cultura otomana chegou com a secularização da Turquia, após a II Guerra Mundial, acompanhando os modelos de governos europeus. A transição para um estado secular não foi fácil e suas repercussões ainda hoje se fazem sentir na sociedade turca.
O império Otomano teve fim, em 1924, quando Kemal Ataturk assumiu o poder e aboliu os seis séculos de dominação otomana.