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A morte





Por: Sheikh Aminuddin Mohamad








É um facto, que o materialismo que dominou e ainda domina a vida de muitos de entre nós, desempenhou e desempenha um grande papel no desvio da Humanidade no que toca à sua relação para com o seu Criador. O efeito do materialismo foi tão pernicioso que muita gente deixou de pensar no seu destino final e, consequentemente no seu fim iminente.


A morte é um fenómeno assustador e horrendo, que afronta a todos os seres vivos. Ninguém pode resistir a esse fenómeno. Ainda que todos os cientistas do Mundo se juntem à volta de um moribundo nada podem fazer.


É uma ocorrência repetida, que ataca em todos os momentos e em todas as idades, tanto a jovens como a velhos, a ricos e a pobres, a fortes e a fracos, a saudáveis e a doentes.


O fim da vida é igual para todos, pois todos têm que morrer. Todavia, o destino depois da morte não é igual para todos, pois uns irão para o Paraíso enquanto outros irão para o Inferno.


Deus criou a vida e a morte para testar cada um de nós. Da agonia da morte, certamente existe uma grande lição a aprender. Esta constitui um grande aviso, e suficiente como um admoestador.


A morte será para cada um de nós um acontecimento duro, um incidente horrífico, comparando-se a uma chávena cheia de bebida amarga e sem sabor, que teremos que beber.


É uma ocorrência que acabará com a nossa ambição e cobiça, que cortará o conforto e trar-nos-á todas as coisas odiosas. Desintegrará totalmente o nosso corpo. Portanto, o dia em que morrermos será um incidente tremendo e uma ocasião grave.


Contudo, a tendência é de nos esquecermos, ou fingirmos que nos esquecemos desse dia. Detestamos recordar e encontrar a morte, apesar de sabermos da infalibilidade da sua vinda, e de que não há maneira de evitá-la.


Quão estranho é vermos pessoas inteligentes a ver como a morte leva consigo gente da sua geração, seus vizinhos, seus amigos, etc., e mesmo assim vão continuando a viver


confortavelmente, apesar de estarem a envelhecer de forma rápida e irreversível!


Quão estranho se torna um homem ver uma cobra a aproximar-se de si, mas mesmo assim não se sente assustado! Será que o velho não vê que a morte está gradualmente aproximando-se de si? Será que não vê que está gradualmente a enfraquecer? Não reparou ainda que o seu cabelo que outrora foi preto, já se tornou branco com o passar do tempo? Por que razão tenta fingir, pintando o seu cabelo, tudo para dar a entender que nada aconteceu e que continua jovem?


Por mais que tentemos fugir da morte, por mais que evitemos falar dela, ela virá ao nosso encontro.


Portanto, o inteligente é aquele que se prepara de antemão para encará-la, a fim de ir ao encontro do seu Criador em estado puro.


Por mais fortes que se sejamos, por muito poderosos que possamos ser, por muito abundante que seja a nossa riqueza, a morte dos outros torna aparente a iminência da nossa morte. A campa dos outros torna aparente a


nossa campa, mesmo antes de a morte se aproximar de nós.


Diariamente ouve-se falar da morte de alguém, mas esquecemo-nos. Vemos gente a chorar devido à morte de algum ente-querido, mas não tomamos qualquer lição.


Chegamos a insurgir-nos contra alguém que ouse falar-nos da morte. Ficamos irascíveis quando a morte de alguém nos é anunciada, pois achamos que tal cria mal-estar. Porém, se não nos lembrarmos da morte, ela surpreender-nos-á enquanto estamos ocupados com outros assuntos, pois não há coisa mais certa que a morte, e todos os seres vivos terão que a saborear, porque Deus fê-la destino de todos os seus servos, e o fim de todos.


Só nos lembramos da morte quando ela nos atinge e a aflição nos chega, e quando a morte de alguém nos é anunciada. Mas mesmo assim pensamos tratar-se do caminho dessa pessoa e não nosso. Por isso choramos a perda da pessoa que se apartou de nós, mas não nos apercebemos que o mesmo poderá vir a acontecer-nos logo a seguir.


Logo, não sejamos iguais àquele cujo mau legado é anunciado no dia em que morre, e cujas más acções serão expostas na balança no Dia da Ressurreição.


Quando nascemos estávamos a chorar, e os que estavam à nossa volta estavam a rir de satisfação. Devemos fazer com que o cenário seja o oposto no dia da nossa morte, isto é, sairmos a rir e em satisfação, e os que estão à nossa volta, a chorar.


Um dos momentos ímpares ocorre quando o moribundo se apercebe de repente, que está quase a morrer. Aí então ele fica muito preocupado e ansioso com a sua vida passada. Nesse momento ele deseja que lhe seja concedido mais tempo, para conseguir recuperar e fazer o que não fez durante a sua vida, e arrepender-se sinceramente, sendo já demasiado tarde.


Hoje transportamos o cadáver daquele que já morreu, mas amanhã seremos nós transportados das nossas casas para o cemitério. Hoje regressamos do cemitério para as nossas casas depois de termos sepultado alguém, mas


amanhã seremos nós, transportados das nossas casas para o cemitério. Mesmo assim são poucos os que tiram lição disso!


Lembremo-nos da morte, ainda que tal crie desânimo em nós, ainda que dissipe os nossos sonhos, pois isso recordarmo-nos de um facto inequívoco como é a morte, e ajudar-nos-á a prepararmo-nos para encará-la. Tal levar-nos-á à prática de boas acções, bem como a evitar as más acções.


Recordar a morte é uma forma de implantar as sementes da sinceridade dentro de nós com boas acções, como sendo fruto disso. E isso acabará com a ganância sem fim das nossas riquezas, do ouro, das mobílias, das camas e das casas.


É bom que comecemos a nos preparar para essa viagem longa, em que estaremos sozinhos nas nossas campas, e onde ninguém, nem os nossos mais queridos nos poderão fazer companhia.


Portanto, esses a quem Deus prolongou as suas vidas até verem os seus cabelos e barbas a ficarem brancos, devem estar gratos ao Criador. Devem praticar boas acções, pois muitos dos


que pertenceram às nossas gerações já morreram há bastante tempo, tendo sido depositados nas suas campas, enquanto que a nós, Deus ainda nos concedeu mais algum tempo.


Depois desta vida, a campa será a nossa segunda residência. Temos que nos preocupar com essa nossa próxima residência, pois o que nos separa da morte e dessa residência, é apenas a seguinte frase dita por alguém que trás a notícia: “Fulano já morreu”.



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