A generosidade
O Isslam é uma religião que condena a
avareza e exorta os crentes a gastarem as suas
riquezas na caridade, seja no apoio directo aos
necessitados ou na promoção de causas nobres.
Deus diz no Al-Qur’án:
"Os que gastam de seus bens, quer de dia quer de
noite, em segredo ou em público, receberão a sua
recompensa de seu Senhor. Nenhum medo os
dominará e não se entristecerão".
O muçulmano deve economizar os seus
proventos, evitando o seu esbanjamento em
práticas ilícitas, pois ele tem por obrigação
partilhar com os necessitados aquilo que Deus
lhe concedeu. O Profeta Muhammad S.A.W.
encoraja-nos a gastarmos a favor dos outros, e
diz: "Ó filho de Adão! Se gastares o supérfluo
será melhor para ti e se o retiveres será mau para
ti. Começe por dar aos necessitados próximos e
saiba que a mão que está em cima, i.é., a que dá,
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é melhor que a que está em baixo, i.é., a que
recebe".
O Al-Qur’án proíbe-nos que desperdicemos as
riquezas, pois quem as desperdiça nos prazeres
mundanos, não lhe restará nada para gastar
para os seus familiares e necessitados. Deus diz:
"E concede ao parente o seu direito, ao
necessitado, e ao viajante. E não esbanjes os teus
bens, pois os esbanjadores são irmãos de satanás,
e este foi sempre ingrato para com seu Senhor".
O Al-Qur’án recomenda-nos que caso não
tenhamos nada para dar aos necessitados, então
que nos dirijamos a eles afectuosa e
cordialmente.
O Profeta S.A.W. disse: "O generoso está perto
de Deus, perto das pessoas, perto do Paraíso e
longe do inferno. O avarento está longe de Deus,
longe das pessoas, longe do Paraíso e perto do
inferno".
O Isslam encoraja a colaboração e a simpatia
mútuas, pois para se assegurar o bem-estar
social é necessário que o forte olhe para o fraco,
ainda que tenha algo, e seja simpático para com
o que não tem.
Consta no Al-Qur’án :
"Eis, então, que sois convidados a gastar pela
causa de Deus, porém entre vós há os avarentos.
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Mas quem se mostra avarento, se mostra avaro apenas em prejuízo de si próprio. E Deus é o Rico e vós sois os pobres".
A pobreza é um estado incomodativo, susceptível de reduzir a honra natural da pessoa. É deveras chocante ver gente andrajosa, com roupa rota, deixando partes íntimas quase à mostra, descalça e faminta, olhando para tudo o que seja comida, e triste por não conseguir adquiri-la.
Os que em presença deste tipo de situações não se condoem, ficam indeferentes e nem se mexem, não são humanos e muito menos crentes, pois o verdadeiro crente deve compadecer-se desse tipo de gente, ajudando com o pouco que possa ter, e concorrerendo portanto na prática de boas acções, pois o Profeta disse: "Um ignorante generoso é mais querido para Deus que um adorador avarento".
Não há dúvidas que a paixão pela riqueza está no instinto humano, e o Ser Humano sacrifica-se a fim de adquirir e acumular tudo o que constitua riqueza. Se ele possuisse todos os tesouros do Mundo, trancá-los-ia e procuraria vários pretextos para não gastar com agrado em beneficio do seu próximo. Por isso o Al-Qur’án diz:
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"Se fósseis detentores dos cofres (tesouros) da misericórdia de meu Senhor, haveríeis de os trancar por medo de gastar. O Ser Humano é na verdade avarento".
O Isslam considera a avareza como sendo de entre as mais execráveis qualidades, devendo portanto ser combatida com veemência, habituando o instinto à generosidade.
As riquezas escondidas nos cofres, das quais não se tirou o que constitui direito dos pobres e dos necessitados, serão um mal para o seu dono, tanto neste como no outro Mundo. Elas são como as cobras nos seus covis. O Isslam diz que no Dia da Ressurreição, essas riquezas de onde não se tirou a parte que por direito pertence aos pobres, transformar-se-ão em cobras que morderão o seu próprio dono, dizendo: “Eu sou a riqueza que tu acumulaste".
O Profeta S.A.W. diz: O Ser Humano está constantemente a dizer: “A minha riqueza, a minha riqueza”. Porém, a riqueza que na verdade lhe pertence é apenas aquela que ele consumiu, vestiu ou deu aos necessitados. Portanto fora disso, a que está guardada, ele deixará para outros, pois não lhe pertence.
Consta que certa vez um homem foi ter com o Profeta S.A.W. e perguntou: "Ó Mensageiro de
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Deus! Qual é o acto de caridade com maior recompensa"? O Profeta respondeu: “É o que se prática enquanto se está saudável, receando a pobreza, e não se adia até quando a alma chegar à garganta para se dizer: A porção tal é para o fulano, a porção tal é para o sicrano e a tal é para o beltrano".
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