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Qual é a verdadeira imagem de Cristo?  





Não há uma descrição física de Jesus em nenhum dos evangelhos canônicos, nem o Novo Testamento ou os escritos históricos incluem uma descrição precisa dos traços de Cristo durante sua permanência com seus discípulos. Em geral, os textos evangélicos não dão importância à aparência física.  





"Não faças para ti imagem esculpida, nem figura alguma":  





Este é o segundo mandamento dos Dez Mandamentos na Bíblia, que diz: "Não faças para ti imagem esculpida, nem figura alguma do que está em cima no céu, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante delas nem as adorarás" (Êxodo 20:4-6).  





Os primeiros profetas (a paz esteja com eles) proibiram todo tipo de idolatria, incluindo imagens esculpidas, estátuas, ícones e ídolos, e não permitiram representações de homens ou mulheres em seus santuários e templos, além de proibir a prostração diante delas.  





Os rabinos do primeiro século se opuseram veementemente à representação de figuras humanas e à colocação de estátuas nos templos.  





Teólogos como Irineu (morto por volta de 202), Clemente de Alexandria (morto em 215), Lactâncio (240-320 aprox.) e Eusébio de Cesareia (morto por volta de 339) rejeitaram a criação de imagens de Cristo.  





Como Jesus Cristo passou a ser representado como um homem branco europeu?  





Influência romana e bizantina:  


Após a adoção do cristianismo pelo Império Romano (século IV d.C.), os artistas romanos e bizantinos começaram a representar Cristo com traços semelhantes aos seus (rostos arredondados, tez clara).  





Durante a expansão colonial europeia (séculos XVI-XIX), essa imagem europeizada de Cristo foi difundida na África, Ásia e América como ferramenta para consolidar a hegemonia cultural, vinculando a santidade à identidade europeia.  





Igrejas não europeias:  


- Na África, algumas igrejas mostram Cristo com pele negra e traços africanos.  


- Na Coreia e no Japão, são apresentadas imagens de Cristo com traços asiáticos.  





Destacados acadêmicos e o arcebispo de Canterbury na Inglaterra pediram para reconsiderar a representação de Jesus como um homem branco.  





A pintura de "A Última Ceia":  





O duque de Milão encomendou ao artista Leonardo da Vinci a criação desta obra, realizada entre 1495 e 1498, conservada no refeitório da igreja de Santa Maria delle Grazie em Milão (Itália). A pintura representa a cena da última ceia de Jesus com seus doze discípulos.





O rosto de Cristo na obra de Da Vinci:  


Da Vinci buscava que o rosto de Jesus transmitisse inocência e beleza. Após semanas de busca, encontrou um jovem de 19 anos que serviu como modelo durante seis meses para a figura de Cristo, a qual depois foi replicada em cópias posteriores.  





Sabe-se que Da Vinci tendia a representar os homens com traços femininos, um estilo comum no Renascimento.  





Esta não foi a primeira representação da Última Ceia; o tema já tinha sido pintado dezenas de vezes para decorar igrejas e mosteiros.  





Diferentemente de outras versões (anteriores ou posteriores), que incluíam halos sobre as cabeças de Jesus e dos apóstolos (símbolo de santidade), Da Vinci omitiu esses elementos.  





Mario Taddei, especialista na obra de Da Vinci, explica:  


"Acredito que Da Vinci eliminou os halos para transmitir que aqueles treze homens na mesa eram humanos comuns e simples. Não há nenhum ser sobrenatural na sua Última Ceia".  





A estátua de Cristo na cidade do Rio de Janeiro, Brasil, é uma enorme escultura em estilo Art Déco.  





Situada no topo do monte Corcovado (710 metros), foi desenhada pelo artista brasileiro Heitor da Silva Costa e esculpida pelo francês Paul Landowski, sendo inaugurada em 12 de outubro de 1931. Os traços de Cristo aqui diferem completamente da representação clássica de Leonardo da Vinci.  





As evidências históricas e geográficas sugerem que Jesus (Isa, paz esteja com ele), nascido e criado no Oriente Médio (a histórica Palestina), provavelmente tinha características físicas condizentes com os habitantes da região, incluindo um tom de pele moreno ou oliváceo, distinto da imagem branca europeia difundida em grande parte da arte ocidental.  





Vale destacar que a Bíblia não fornece uma descrição física detalhada de Jesus, segundo Robin J. Whitaker Brombey, acadêmica especializada em estudos bíblicos do Trinity College of Theology.





 Interpretação histórica:  


A Wikipédia indica que Jesus provavelmente usava cabelo curto e barba, em linha com os costumes judaicos da época.  


O Jesus histórico, conhecido há mais de dois mil anos, teria tido um tom de pele moreno ou azeitona, típico de um homem do Oriente Médio.





Explicação científica:  


Pesquisas científicas em esqueletos antigos na Palestina indicam que os judeus naquela época eram mais semelhantes aos judeus iraquianos, com pele morena ou oliva, cabelos escuros ou pretos e olhos castanhos, de acordo com a Wikipédia.





A religião não é sobre imagens, mas sobre fé e boas ações. O Cristo, que a paz esteja com ele, não nos deixou imagens, mas nos deixou ensinamentos divinos.





Jesus no Islã :  


No Islã, Jesus (Isa ibn Maryam, que a paz esteja com ele) é considerado um profeta honrado e um mensageiro de grande determinação, com uma posição elevada. No entanto, ele não é o filho de Deus nem uma divindade, como acreditam os cristãos. Os muçulmanos acreditam que ele nasceu da virgem Maria (Maryam) sem pai, por um milagre divino, e que lhe foram concedidas habilidades sobrenaturais, como ressuscitar os mortos e curar os cegos e leprosos com a permissão de Deus, mas ele era um ser humano como todos os profetas.  





Quanto à aparência física de Jesus (que a paz esteja com ele), o Islã não se concentra em detalhes de sua aparência, pois o foco principal está em sua mensagem, seu chamado, seus ensinamentos, seguir sua orientação e acreditar em sua profecia, não em imaginar sua aparência.





Principais pontos sobre Jesus no Islã:   





1. Jesus não era Deus nem o filho de Deus, mas sim um nobre profeta, e não ordenou que as pessoas o adorassem.  


2. Seu nascimento foi um milagre (sem pai), e sua mãe, Maria, era pura e imaculada.  


3. Jesus não foi crucificado; Deus o elevou até Ele e ele retornará antes do Dia do Juízo (a descida de Jesus no final dos tempos).  





Jesus não mencionou explicitamente em nenhum dos quatro Evangelhos que morreu para salvar a humanidade do pecado. Quando perguntado o que uma pessoa deveria fazer para obter a vida eterna, Jesus respondeu que ela deveria viver de acordo com os mandamentos (Mateus 19:16-17), ou seja, obedecer à lei de Deus.  





4. Após a partida de Jesus, seus ensinamentos foram distorcidos a ponto de as pessoas começarem a dizer que ele era Deus. Seis séculos depois, a verdade sobre Jesus foi revelada com a vinda do Profeta Muhammad (que a paz esteja com ele), e permanecerá preservada para sempre no Sagrado Alcorão.  





5. O Islã não é simplesmente outra religião, mas é a mesma mensagem pregada por Moisés, Jesus e Abraão. Islã significa literalmente "submissão a Deus" e nos ensina a ter um relacionamento direto com Deus. Ele nos lembra que Deus nos criou e que não devemos adorar ninguém além de Deus, também nos ensina que Deus não é como nenhum ser humano nem como qualquer coisa que possamos imaginar. O conceito de Deus no Alcorão está resumido em Suas palavras:  





"Dize: Ele é Allah, o Único. Allah, o Absoluto. Não gerou nem foi gerado. E não há ninguém igual a Ele" (112:1-4).  





Portanto, os muçulmanos de hoje são os únicos que seguem verdadeiramente Jesus e seus ensinamentos.  





6. Deve-se enfatizar que a adoração é um direito exclusivo de Deus. O Islã sustenta a forma mais pura de monoteísmo e não aceita que a adoração seja direcionada a qualquer um além de Deus. Apenas Deus exige nossa obediência e apenas Ele merece nosso amor.  





7. O foco do Islã no monoteísmo é que a mensagem central de todos os profetas foi mostrar a vontade de Deus e a forma correta de adorá-Lo. Deus tem o direito exclusivo de ser adorado interna e externamente, com nossos corações e nossas ações. Ninguém além dEle deve ser adorado, muito menos associado na adoração.  





A salvação só é alcançada adorando exclusivamente a Deus. O ser humano deve crer em Deus e seguir Seus mandamentos. Esta é a mesma mensagem ensinada por todos os profetas.  





Atribuir a outros—profetas, anjos, Jesus, Maria, ídolos ou a natureza—parte da adoração que pertence somente a Deus, como a oração, é chamado de shirk (associação), o pecado mais grave. O shirk é o único pecado que Deus não perdoa sem arrependimento, porque nega o próprio propósito da criação.  





8. Os muçulmanos de hoje vivem em maior harmonia com Jesus em comparação com os cristãos. Respeitar e amar Jesus (que a paz esteja com ele) é um dever no Islã, e Deus enfatiza a importância de crer em Jesus em numerosos versículos do Alcorão.



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