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Adão e Eva deixaram o Paraíso e começaram sua vida na terra.  Deus os tinha preparado de muitas formas.  Ele lhes deu a experiência de lutar contra os sussurros e estratagemas de Satanás.  Ensinou a Adão os nomes de tudo e o instruiu em suas propriedades e utilidade.  Adão assumiu sua posição como guardião da terra e Profeta de Deus.





Adão, o primeiro Profeta de Deus era responsável por ensinar sua esposa e descendência como adorar Deus e buscar Seu perdão.  Adão estabeleceu as leis de Deus e tentou sustentar sua família e aprender a vencer e cuidar da terra.  Sua tarefa era perpetuar, cultivar, construir e popular; era para ele educar filhos que viveriam de acordo com as instruções de Deus e cuidariam e melhorariam a terra.





Os Primeiros Quatro Filhos de Adão





O primeiro filho de Adão e Eva, Caim e sua irmã, eram gêmeos; Abel e sua irmã, também gêmeos, vieram em seguida.  Adão e sua família viviam em paz e harmonia.  Caim lavrava a terra enquanto Abel cuidava do gado.  O tempo passou e chegou o momento dos filhos de Adão casar.  Um grupo de companheiros do Profeta Muhammad, incluindo Ibn Abbas e Ibn Masud relataram que o casamento do menino de uma gravidez com a menina de outra gravidez foi a prática entre os filhos de Adão. Assim sabemos que o plano de Deus para encher a terra incluía os filhos de Adão casarem com a irmã gêmea do outro.





Parece que a beleza desempenhou um papel na atração de homens e mulheres desde o início.  Caim não estava satisfeito com a parceira escolhida para ele.  Começou a ter inveja de seu irmão e se recusou a obedecer a ordem de seu pai e, ao fazê-lo, desobedeceu a Deus.  Deus criou o homem com tendências boas e más, e a luta para superar nossos instintos mais básicos é parte do teste Dele para nós.





Deus ordenou que cada filho oferecesse um sacrifício.  Seu julgamento favoreceria o filho cuja oferta fosse a mais aceitável.  Caim ofereceu seu pior grão, mas Abel ofereceu seu melhor animal.  Deus aceitou o sacrifício de Abel e dessa forma Caim ficou furioso, ameaçando matar seu irmão.





“E conta-lhes (ó Mensageiro) a história dos dois filhos de Adão, quando apresentaram duas oferendas; foi aceita a de um e recusada a do outro. Disse aqueles cuja oferenda foi recusada: Juro que te matarei.” (Alcorão 5:27)





Abel avisou seu irmão que Deus aceitaria bons atos daqueles que O temem e servem, mas rejeita os bons atos daqueles que são arrogantes, egoístas e desobedientes em relação a Deus.





“Disse-lhe (o outro): Deus só aceita (a oferenda) dos justos. Ainda que levantasses a mão para assassinar-me, jamais levantaria a minha para matar-te, porque temo a Deus, Senhor do Universo.” (Alcorão 5:27-28)





O Primeiro Assassinato





“E o egoísmo (do outro) induziu-o a assassinar o irmão; assassinou-o e contou-se entre os desventurados.” (Alcorão 5:30)





O Profeta Muhammad nos informou que Caim ficou furioso e bateu na cabeça de seu irmão com um pedaço de ferro.  Também foi dito em outra narração que Caim atingiu Abel na cabeça enquanto ele dormia.





“E Deus enviou um corvo, que se pôs a escavar a terra para ensinar-lhe a ocultar o cadáver do irmão. Disse: Ai de mim!





Não é verdade que não fui capaz de ocultar o cadáver do meu irmão, se até este corvo é capaz de fazê-lo?   Contou-se, depois, entre os arrependidos.” (Alcorão 5:31)





Adão ficou devastado; tinha perdido o primeiro e o segundo filho.  Um tinha sido assassinado; o outro tinha sido vencido pelo maior inimigo da humanidade - Satanás.  Pacientemente, Adão orou por seu filho e continuou a cuidar da terra.  Ensinou seus muitos filhos e netos sobre Deus.  Contou a eles sobre seu próprio encontro com Satanás e os avisou para ficarem alertas sobre os truques e estratagemas de Satanás.  Anos e anos se passaram e Adão envelheceu e seus filhos se espalharam pela terra.





A Morte de Adão





Toda a humanidade é filha de Adão.  Em uma narração o Profeta Muhammad nos informou que Deus mostrou a Adão seus descendentes.  Adão viu uma bela luz nos olhos do Profeta Davi e amou-o, então se voltou para Deus e disse: “Ó Deus, dê a ele quarenta anos de minha vida.” Deus concedeu o pedido de Adão e isso foi escrito e selado.





O tempo de vida de Adão era supostamente de 1.000 anos, mas depois de 960 anos o anjo da morte veio para Adão.  Adão ficou surpreso e disse “mas ainda tenho 40 anos de vida”.   O anjo da morte relembrou-o de seu presente de 40 anos para seu amado descendente, Profeta Davi, mas Adão negou.  Muitos, muitos anos depois, o último Profeta Muhammad disse: “Adão negou e assim os filhos de Adão negam; Adão esqueceu e os filhos de Adão esquecem; Adam cometeu erros e seus filhos cometem erros.” (At-Tirmidhi)





A palavra árabe para humanidade é insan e vem da palavra raiz nisyan esquecer.  É parte da natureza humana, a humanidade esquece, e quando esquecemos negamos e rejeitamos.  Adão esqueceu (ele não estava mentindo) e Deus o perdoou.  Adão então se submeteu à vontade de Deus e morreu.  Os anjos desceram e lavaram o corpo do Profeta Adão um número ímpar de vezes; cavaram o túmulo e enterraram o corpo do pai da humanidade, Adão.





Sucessor de Adão





Antes de sua morte Adão lembrou seus filhos de que Deus nunca os deixaria sozinhos ou sem orientação.  Disse a eles que Deus enviaria outros Profetas com nomes, características e milagres únicos, mas que todos convocariam para a mesma coisa - a adoração do Deus Único.  Adão nomeou como seu sucessor seu filho Seth.





 





No Islã não existe conflito entre fé em Deus e conhecimento científico moderno.  De fato, por muitos séculos durante a Idade Média, os muçulmanos lideraram o mundo na busca e exploração científicas.  O próprio Alcorão, revelado em torno de 14 séculos atrás, está cheio de fatos e imagens que são suportadas por descobertas científicas modernas.  Três serão mencionadas aqui. Delas, o desenvolvimento da língua e a Eva mitocondrial (genética) são áreas relativamente novas da pesquisa científica.





O Alcorão instruiu os muçulmanos a “contemplarem as maravilhas da criação” (Alcorão 3:191).





Um dos itens para contemplação é a afirmação:





“Verdadeiramente, criarei o homem da argila...” (Alcorão 38:71)





De fato, muitos elementos presentes na terra também estão contidos no corpo humano.  O componente mais crítico para a vida com base na terra é o solo da superfície; aquela camada fina de solo escuro e rico organicamente no qual as plantas propagam suas raízes.  É nessa camada fina e vital de solo que microorganismos convertem recursos brutos, os minerais que constituem a argila básica desse solo superficial, e os disponibilizam para as várias formas de vida ao seu redor e acima.





Minerais são elementos inorgânicos que têm origem na terra e que o corpo não consegue produzir.  Desempenham papéis importantes em várias funções corporais e são necessários para sustentar a vida e manter a saúde e, portanto, são nutrientes essenciais.[1]  Esses minerais não podem ser feitos pelo homem; não podem ser produzidos em um laboratório nem em uma fábrica.





Como as células consistem de 65-90% de água por peso, a água, ou H2O, compõe a maior parte do corpo humano.   Sendo assim, a maior parte da massa de um corpo humano é oxigênio.  O carbono, a unidade básica para moléculas orgânicas, vem em segundo.  99% da massa do corpo humano é composta de apenas seis elementos: oxigênio, carbono, hidrogênio, nitrogênio, cálcio, e fósforo.[2]





O corpo humano contém traços de quase todo mineral na terra; incluindo enxofre, potássio, zinco, cobre, ferro, alumínio, molibdênio, cromo, platina, bóro, silício, selênio, flúor, cloro, iodo, manganês, cobalto, lítio, estrôncio, chumbo, vanádio, arsênico, bromo e mais. [3]  Sem esses minerais as vitaminas teriam pouco ou nenhum efeito.  Os minerais são catalisadores, acionadores para milhares de reações enzimáticas essenciais no corpo.  Os micro elementos desempenham um papel chave no funcionamento de um ser humano saudável.  É sabido que a insuficiência de iodo induzirá uma doença da glândula tireóide e uma deficiência de cobalto nos deixará sem vitamina B12, e sem condições de produzir células vermelhas.





Outro versículo para contemplar é:





“Ele ensinou a Adão todos os nomes.” (Alcorão 2:31)





Adão foi ensinado sobre os nomes de tudo; os poderes do raciocínio e do livre arbítrio lhes foram dados.  Ele aprendeu como categorizar as coisas e compreender sua utilidade.  Portanto, Deus ensinou a Adão as habilidades linguísticas.  Ensinou a Adão como pensar - a aplicar o conhecimento para solucionar problemas, fazer planos e decisões e alcançar objetivos.  Nós, os filhos de Adão, herdamos essas habilidades para que possamos existir no mundo e adorar Deus da melhor forma.





Os linguistas estimam que existam mais de 3.000 idiomas separados no mundo hoje, todos distintos, para que os falantes de um não entendam os falantes de outro, e ainda assim essas línguas são tão fundamentalmente semelhantes que é possível falar de uma “língua humana” no singular.[4]





A língua é uma forma especial de comunicação que envolve normas complexas de aprendizado para fazer e combinar símbolos (palavras ou gestos) em um número sem fim de frases com sentido.  A língua existe por causa de dois princípios simples – palavras e gramática.





Uma palavra é um par arbitrário entre um som ou símbolo e um significado.  Por exemplo, em português a palavra gato não se parece ou soa como um gato, mas se refere a um certo animal porque todos nós memorizamos esse par quando crianças.  A gramática se refere a um conjunto de normas para combinar palavras em frases e sentenças.  Pode parecer surpreendente, mas os falantes de todas as 3.000 línguas separadas aprenderam as mesmas quatro regras de linguagem.[5]





A primeira norma da linguagem é fonologia – como fazemos sons com significado.  Fonemas são sons básicos.  Combinamos fonemas para formar palavras pelo aprendizado da segunda norma: morfologia. A morfologia é o sistema que usamos para agrupar fonemas em combinações significativas de sons e palavras.  Um morfema é a menor combinação de sons com sentido em um idioma.  Depois de aprender a combinar morfemas para produzir palavras, aprendemos a combinar palavras para formar frases com sentido.  A terceira norma da linguagem governa a sintaxe ou gramática.  Esse conjunto de norma especifica como combinamos palavras para formar frases e sentenças significativas.  A quarta norma da língua governa a semântica – o significado específico de palavras ou frases à medida que aparecem em várias frases ou contextos.





Todas as crianças, independentemente de onde estejam no mundo, passam pelos mesmos quatro estágios por causa de fatores inatos da língua. Esses fatores facilitam a forma como falamos e adquirimos a habilidade linguística. O renomado linguista Noam Chomsky diz que todas as línguas compartilham uma gramática universal comum, e que as crianças herdam um programa mental para aprender essa gramática universal.[6]





Um terceiro versículo para ponderar é sobre descendência:





‘Ó humanos, temei a vosso Senhor, que vos criou de um só ser, do qual criou a sua companheira e, de ambos, fez descender inumeráveis homens e mulheres.’” (Alcorão 4:1)





A percepção de que todas as linhagens de DNA (África, Ásia, Europa e Américas) podem ser rastreadas até uma única origem é popularmente chamada de teoria da “Eva mitocondrial”.  De acordo com cientistas de primeira linha[7]  e pesquisa de ponta, todos no planeta hoje podem ser rastrear uma parte específica de sua herança genética até uma mulher através de uma parte única de sua composição genética, o DNA mitocondrial (mtDNA).  O mtDNA da “Eva mitocondrial” foi passado através do séculos de mãe para filha (homens são portadores, mas não o transmitem) e existe dentro de todas as pessoas vivas hoje.[8] É conhecida popularmente como teoria de Eva porque, como se pode deduzir, é passado através do cromossoma X.  Os cientistas também estão estudando o DNA do cromossoma Y (talvez a ser chamado de “teoria de Adão”), que é passado somente de pai para filho e não é recombinado com os genes da mãe.





Essas são três das muitas maravilhas da criação que Deus sugere que contemplemos através de seus versículos no Alcorão.  O universo inteiro, que foi criado por Deus, segue e obedece a Suas leis.  Portanto, os muçulmanos são encorajados a buscar conhecimento, explorar o universo e encontrar os “Sinais de Deus” em Sua criação.



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