A Doutrina da Trindade é Realmente Divina?
M. A. C. Cave
Traduzido por: R. S. Reinboldt
Revisão: Samir El Hayek
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Comentários do tradutor e sobre as Notas do Autor:
(1) As versões da Bíblia das quais as citações utilizadas nesta
tradução foram retiradas da “A Nova Versão Internacional” e
“João Ferreira de Almeida Revisada e Atualizada”, sendo a
primeira mais utilizada que a segunda. A segunda opção apenas
foi utilizada quando as palavras da Nova Versão Internacional
não condiziam literalmente com a versão inglesa King James 1
utilizada pelo autor.
(2) As citações alcorânicas foram retiradas do “ALCORÃO
SAGRADO”, com tradução do significado e comentários de
SAMIR EL HAYEK.
(3) Após o nome dos profetas o autor usou a abreviação ( )
(Alaihis Salam – que a paz esteja com ele). Esta é uma saudação
que os muçulmanos dirigem a todos os profetas de Deus após
pronunciarem seus nomes. No caso do Profeta Mohammad,
estaremos usando o símbolo “ ”, que significa: Deus o
abençoe e lhe dê paz.
3 | A Doutrina da Trindade é Realmente Divina?
DEDICATÓRIA
Eu dedico esta humilde pesquisa a Deus por ter-me concedido sabedoria; a minha esposa, Nenet, minha afetuosa ajudante com um solícito coração, amorosa mãe dos nossos filhos. Ela é uma mulher virtuosa e temente a Deus; e a todos os meus filhos pelo entusiasmo e suporte; aos demais familiares pela lealdade; e em memória de meus pais que sofreram muito em meus momentos de fraqueza, e, ainda me acolheram com afeto e tolerância.
Finalmente, dedico esta obra aos meus amigos e conhecidos pelas palavras gentis de encorajamento e suporte imparcial para a publicação da mesma.
M.A.C. Cave
15 de Agosto de 1996
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RECONHECIMENTO
Com toda humildade, reconheço as bênçãos de Deus por ter-me dado a chance de publicar esse livro, tornando assim a minha almejada meta uma realidade.
Eu reconheço a minha dívida para com o Dr. Maneh AL-Johani, Secretário Geral da Assembléia Mundial da Juventude Muçulmana (WAMY) pela publicação deste trabalho de pesquisa.
Meus sinceros agradecimentos a todas as pessoas bem intencionadas que me proveram e me ajudaram neste trabalho com os detalhes técnicos de maneira justa. Minha sincera gratidão a todos aqueles que trabalharam com diligência e sinceramente para lançar esta publicação.
Que Deus Todo-Poderoso, em Sua Infinita Misericórdia, derrame Suas Bênçãos sobre todos eles. Amém
M.A.C. Cave
5 | A Doutrina da Trindade é Realmente Divina?
Na Bíblia, o Evangelho segundo João 8:40, Jesus disse:
“Mas vocês estão procurando matar-me,
(um HOMEM2), sendo que eu lhes falei a
verdade que ouvi de Deus.”
Allah (Deus) disse no Alcorão, Surata “Al-Imran” 3:59:
“O exemplo de Jesus, ante Deus, é idêntico
ao de Adão, que Ele criou do pó, então lhe
disse: Seja! e foi.”
A realidade da Unicidade de Deus e a natureza e o papel de
Jesus , de acordo com as Escrituras:
Demolindo o conceito de Deus Encarnado
e da Trindade não diminui Jesus, mas
coloca Deus em Sua elevada, única e
exaltada posição, sem paralelos, como o
único verdadeiro Deus digno de ser
adorado. Jesus Cristo não é Deus, mas um
grande Profeta e mensageiro de Deus!
6 | A Doutrina da Trindade é Realmente Divina?
INDICE
PREFÁCIO _______________________________________________ 8
INTRODUÇÃO ___________________________________________ 10
REPORTAGEM ESPECIAL DO REINO UNIDO ____________________ 14
OS CRISTÃOS ____________________________________________ 17
A DOUTRINA DA TRINDADE ________________________________ 22
COMO A TRINDADE DESENVOLVEU-SE NA DOUTRINA CRISTÃ _____ 25
FATORES QUE INFLUENCIARAM A DOUTRINA DA TRINDADE ______ 31
JUSTIFICATIVA DA TRINDADE PELOS TRINITARIANOS ____________ 34
A DOUTRINA DA TRINDADE NÃO ERA PREGADA PELOS PRIMEIROS CRISTÃOS _______________________________________________ 36
A DOUTRINA DA TRINDADE É ENSINADA NA BIBLIA? ____________ 39
A REJEIÇÃO DA DOUTRINA DA TRINDADE POR CRISTÃOS MODERNOS _______________________________________________________ 43
7 | A Doutrina da Trindade é Realmente Divina?
ENSINAMENTOS DOS PROFETAS DE DEUS _____________________ 46
O QUE A BIBLIA DIZ SOBRE DEUS E JESUS ___________________ 54
O QUE O ALCORÃO DIZ SOBRE DEUS _________________________ 65
EVIDÊNCIA BIBLICA SOBRE A DOUTRINA DA TRINDADE __________ 69
ARGUMENTOS ADICIONAIS REFUTANDO A DOUTRINA DA TRINDADE 78
SERÁ QUE JESUS APROVA O CONCEITO DO ESPÍRITO SANTO? __ 84
O QUE É O ALCORÃ0 E O QUE DIZ SOBRE JESUS E SUA MÃE ____ 90
UMA HISTORIA ESTRANHA _________________________________ 95
AVISO AOS QUE PREVINEM A MENSAGEM DE DEUS _____________ 97
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PREFÁCIO
Esta publicação, “A Doutrina da TRINDADE é realmente DIVINA?”, deveria servir como alimento para o pensamento de todas as pessoas com um correto entendimento e os seguidores do Cristianismo Moderno. O conceito da Trindade tem confundido todas as denominações cristãs. Embora o Sr. M. A. C. Cave tenha sido um cristão que antes acreditava na Trindade, quando ele iniciou a sua pesquisa sobre a origem da doutrina, ele descobriu, para o seu espanto, que ela foi desenvolvida posteriormente sendo concebida e engenhada por vários escritores e pensadores cristãos.
O Sr. M. A. C. Cave estabelece evidências de que a Trindade é nada mais do que uma doutrina desenvolvida por homens e que está longe de ser revelada por Deus. Subsequentemente, esta doutrina feita sob encomenda perdeu a sua acutilância por causa de contradições internas e provou-se espinhosa para o lado da hierarquia cristã em geral e do clero em particular, que tentam sustentá-la.
É inaceitável da parte de uma pessoa sensata que mantenha este dogma apesar de todas as suas falhas. O homem, sendo racional, deveria ser mais crítico nas questões de aspecto espiritual que são vitais para a sua existência. Ele deveria vasculhar em outras escrituras religiosas disponíveis em busca de uma verdade convincente e não ser uma vítima da complacência e da fé cega como no passado. Tente refletir nos versos das Escrituras.
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Apelo ao leitor que examine este livro com uma mente imparcial e com um coração aberto para a verdade porque esta é a única maneira que pode conduzir a uma decisão correta que pode moldar a vida neste mundo e no Outro.
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INTRODUÇÃO
Nada ofende mais aos cristãos do que lançar dúvidas sobre a doutrina da Trindade, a origem da fé deles. Uma vez que cresci como cristão sei que isto vai certamente machucar um devotado seguidor do cristianismo, algo que ele aprendeu como verdade. Mas fazer de conta que não estou enxergando quando sei o correto está longe de ser justo, uma vez que tenho a obrigação diante do Comando de Deus de guiar aqueles que se desviaram por essa falsa doutrina. É um direito básico de todo indivíduo saber a verdade que o conduzirá ao caminho certo.
Que o homem foi criado um ser racional, é um fato estabelecido. Consequentemente, ele possui a capacidade da razão. Associado a isso, o homem sempre tem uma inclinação a buscar a verdade. Por consequência, como indivíduo, espera-se que faça deduções objetivas em todas as suas palavras e ações para alcançar suas metas. Como complemento, ele é dotado de livre arbítrio que o capacita a ajustar-se em uma sociedade civilizada. É igualmente correto que ninguém tem o direito de força-lo que aceite até mesmo a verdade. Entretanto, é uma espécie de arrogância e teimosia do ser racional rejeitar a verdade. Homens de princípio não apenas suportam a VERDADE, até mesmo uma verdade amarga, mas também estão prontos para defender esta verdade sob quaisquer circunstâncias ao ponto de até sacrificar suas próprias vidas.
A Trindade está tão enraizada entre os cristãos que raramente algum deles poderia considerar as implicações do “Deus três em um”.
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Embora tenha origem em crenças pagãs, a maioria dos cristãos nunca
questiona a veracidade dessa doutrina, ignorando que ela foi feita por
homens e não inspirada por Deus. A doutrina da Trindade declara:
“O Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é Deus,
e juntos, sem excluir, eles são um Deus. A Trindade é
eterna, sem começo e sem fim, e igual.”3
Jesus é considerado pelos trinitários como tendo duas
naturezas – humana e divina. Acredita-se que ele seja o Filho de Deus
e também Deus, como a segunda pessoa da doutrina da Trindade.
No entanto, neste livro os leitores irão descobrir que algumas
verdades reveladas têm sido deliberadamente deturpadas por
pensadores cristãos, escribas, teólogos, escritores, evangelistas e pelas
igrejas a fim de substanciar a afirmação de que a doutrina da Trindade
é “divinamente inspirada”. O Profeta Jeremias já tinha advertido o
povo sobre a corrupção feita na revelação por aqueles que ensinam a
religião de Deus. Ele disse:
“Como vocês podem dizer: ‘Somos sábios, pois temos a
lei do Senhor’, quando na verdade a pena mentirosa dos
escribas a transformou em mentira?” (Jeremias 8:8, na
Bíblia)
Em relação ao falso conceito de adoração, o Profeta Jesus
repetiu-nos a advertência dada pelo Profeta Isaias , mas as pessoas
não prestam atenção. Ele diz:
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“Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens”. (Mateus 15, 8-9, na Bíblia)
Minha decisão de embarcar nesta aventura surgiu com a minha busca pela verdade sobre a Trindade. A pesquisa não se restringiu apenas às Escrituras, mas também a tratados e artigos de estudiosos da religião. Alguns desses trabalhos mostraram-se sensacionais e receberam a aprovação de denominações cristãs.
A pesquisa foi feita com uma mente aberta, tendo em vista a minha prévia cresça na doutrina da Trindade. Na realidade, a idéia era procurar por tangíveis evidências para sua autenticidade e não o contrário, tendo em mente de que a sua origem era de Deus. Mais adiante, a fim de ser objetivo, fiz uso de material de referência ao qual tive acesso.
De fato, foi um esforço de procura da alma de minha parte pesar as evidências à medida que elas iam se acumulando. Infelizmente, conforme a pesquisa progredia, a doutrina da Trindade, passada adiante por gerações como a verdade fundamental, tornou-se moribunda. Se o resultado tivesse sido a favor da Trindade isso teria iluminado meu coração. No entanto, para o meu espanto, descobri a doutrina como sendo errada. Ela foi feita por homens e cunhada para servir ao egoísmo e aos interesses deles. Por conseguinte, todas as afirmações prévias acabaram por ser absolutamente falsas. A doutrina da Trindade não apenas vai contra os ensinamentos dos profetas de
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Deus, mas também é um insulto ao intelecto humano porque é contrária a razão e não é encontrada em parte alguma na Bíblia.
Finalmente, a amarga verdade é que as doutrinas da Trindade e da Encarnação foram demolidas e com elas todas as crenças a elas relacionadas. Adorar a Deus de acordo com a Sua revelada Orientação é rejeitar essas doutrinas completamente.
Demolindo o conceito do Deus Encarnado e da Trindade, não desacredita Jesus, mas coloca Deus em Sua elevada, única e exaltada posição sem paralelos como o Único Verdadeiro Deus digno de ser adorado. Jesus Cristo não é Deus, mas um grande Profeta e Mensageiro de Deus!
Eu chamo a todos para procurar a verdade no meu trabalho. Verdade que poderia abrir o coração daqueles com esperança de salvação.
“Oh, Deus! Através desta obra temos nos esforçado para transmitir o correto significado da Sua Mensagem para a humanidade. Nosso Senhor! Derrama as Suas bênçãos e orienta a todos para a Verdade. Onde quer que tenhamos cometido um erro, por favor, perdoe-nos e proteja as pessoas de nossas falhas.” Amén
14 | A Doutrina da Trindade é Realmente Divina?
REPORTAGEM ESPECIAL DO REINO UNIDO
PESQUISA CHOCANTE DOS BISPOS ANGLICANOS
Ondas de choque se espalharam sobre toda a Inglaterra e o Mundo Cristão quando um relatório no DAILY NEWS do Reino Unido, sob o titulo “Pesquisa Chocante dos Bispos Anglicanos”, afirma que mais da metade dos Bispos Anglicanos da Inglaterra concordam que: “Cristãos não são obrigados a acreditar que Jesus Cristo era Deus.” Na pesquisa, 31 dos 39 Bispos Ingleses negam a DIVINDADE de Jesus e a RESSURREIÇÃO e, por conseguinte, tornam completamente nulas duas das mais fundamentais doutrinas cristãs. Eles atribuem estes conceitos antigos às imprecisões na Bíblia4.
NÃO DEUS – MAS “AGENTE SUPREMO DE DEUS”
O relatório mais adiante declara que 19 dos 31 Bispos concordam que: “Era suficiente considerar Jesus como o ‘Supremo Agente de Deus.” 5
ASSIM, MAIS DA METADE DOS BISPOS ANGLICANOS ABSOLVERAM-SE DA BLASFÉMIA E CONSIDERARAM... JESUS – COMO SENDO APENAS UM MENSAGEIRO.
BISPO JENKINS CRITICA OS FUNDAMENTOS DA DOUTRINA CRISTÃ
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Numa entrevista para o programa religioso chamado CREDO,
pela London’s Weekend Television, o recém ordenado Bispo de
Durban – o Reverendo Prof. David Jenkins, que é o quarto mais
elevado Bispo na Igreja da Inglaterra – dirigiu o seu ataque à instável
base em que toda a estrutura do cristianismo está suportada. As mais
fundamentais doutrinas cristãs da DIVINDADE de Jesus e da
RESSURREIÇÃO foram criticadas pelo Bispo que disse que os eventos
nos primórdios da Missão de Jesus “Não foram Estritamente
Verdadeiros, mas adicionados á história de Jesus pelos cristãos da
antiguidade para expressar a fé deles em Jesus como sendo o Messias.”
6
Este conceito sobre Deus e Jesus é compartilhado por todos os
apóstolos, os primeiros cristãos, os estudiosos cristãos da antiguidade
e da modernidade, pensadores, escritores, e até mesmo o cristão
comum. Jesus diz em Mateus 4:10, na Bíblia:
“... Pois está escrito: “Adore o Senhor, o seu Deus, e só a
ele preste culto.”
Em João 17:3, na Bíblia, ele diz: “Esta é a vida eterna: que te
conheçam, o Único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste.”
Ainda em João 20:17: “Estou voltando para meu Pai e Pai de
vocês, para meu Deus e Deus de vocês”.
Estas afirmações não estão claras? De onde é que Jesus veio
a ser aceito como Deus?
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Agora vem a questão que vale o Bilhão de Dólares: “A doutrina da Trindade é realmente DIVINA?”
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OS CRISTÃOS
Mais ou menos 1 bilhão de pessoas em todo o mundo continua a acreditar e praticar a doutrina da Trindade enquanto que o dobro desse número, se não mais, rejeita-a como não apenas não sendo bíblica mas também falaciosa, sem base, sem nexo, incompatível e contrária à razão.
De acordo com Bamber Gascoigne, no seu livro “Os Cristãos”: ’ Nos primeiro 50 anos de que agora nós chamamos Era Cristã, nem uma palavra sobrevive em nenhum documento sobre Cristo e seus seguidores. Durante os 50 anos seguintes, os próprios cristãos escreveram a maioria do que agora constitui o Novo Testamento. Mas, ainda nenhuma palavra, com pequenas exceções, de algum escritor de fora. E então, no século II, os Romanos começam a comentar.7
“Existe um grupo chamado de cristãos pelo povo, que é odiado pelas suas abominações. Cristo, de quem o nome deriva, sofreu extremamente durante o reinado de Tibério, nas mãos de um de nossos oficiais, Pôncio Pilatos.” (Tacitus)
“Os cristãos são uma classe de homens dados a uma nova e perigosa superstição.” (Suetonius)
“Os pobres miseráveis têm persuadido a eles próprios de que eles serão imortais e viverão para sempre, através da adoração do sofista crucificado e da obediência as
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leis dele. Portanto, eles desprezam as coisas deste mundo e as consideram propriedade comum. Eles recebem estas doutrinas por tradição, sem nenhuma evidência definitiva. Então, se qualquer charlatão ou trapaceiro surge no meio deles, rapidamente adquire riqueza por imposição sobre este povo simples.” (Lucian)
Contudo, o cristianismo floresceu e tornou-se uma grande religião, mas os ensinamentos do Cristianismo Moderno, como conhecemos hoje, são diferentes do que foi ensinado por Jesus a seus discípulos. As diferentes doutrinas do cristianismo, como a da Trindade, desenvolveram-se mais tarde. A sua absorção começa durante o reinado do Imperador Constantino, o Grande em Nicéia, e mais tarde tornou-se um dogma plenamente desenvolvido no tempo do Imperador Teodósio em 381 DC - o que é muito estranho. Desde então, o cristianismo tem se multiplicado em muitos diferentes grupos e é difícil agora reconhecer a verdadeira fé cristã. Mas, qualquer que seja, no presente contexto, nenhuma chega nem perto dos ensinamentos originais do profeta. Eles baseiam seus ensinamentos na Bíblia, a qual esta sujeita a constantes revisões.
Apenas Deus sabe quando que os cristãos serão capazes de produzir uma correta (autêntica) copia de suas Escrituras (Bíblia).
É de se admirar com o número de versões da Bíblia em circulação hoje em dia. Cada uma diferente da outra, e, contudo, cada uma diz ser a versão original. Alguns têm adquirido o gosto de declarar ao mundo que a deles é a divinamente inspirada. E a sua pronta referência está em 2 Timóteo 3:16, na Bíblia, que diz: “Toda a Escritura
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é inspirada por Deus ...” Mas o que os cristãos não compreendem é
que, “substancialmente, o conteúdo da Bíblia deles não é as Escrituras
mas apenas histórias, narrativas, eventos e tradições.” O problema
torna-se mais complexo quando vimos a saber que algumas versões da
Bíblia contêm mais livros que outras. A versão Ortodoxa contém 86
Livros; a versão Carismática contém 76 Livros; a versão Católica
Romana contém 73 Livros; e todas as versões protestantes contém 66
Livros incluindo a Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas,
usada pelos Testemunhas de Jeová e outras versões como a Nova
Versão Internacional e muitas outras.8
Além disso, o que dizer sobre as alegações dos distintos
revisores da Bíblia da Versão Revisada Padrão (RS), edição revisada de
1952 e do Novo Testamento, segunda edição, de 1971, pela Wm.
Collins Sons & Co. Ltd, publicada pela Sociedade Bíblica do Canadá, que
dizem no prefácio: (1) "No entanto, a versão King James tem graves
defeitos... esses defeitos são tantos e tão graves que pedem uma
revisão da tradução em língua inglesa". (2) "A versão King James do
Novo Testamento foi baseada em um texto grego que foi marcado por
erros". E sobre as acusações das Testemunhas de Jeová em sua
publicação Awake (Despertar, em português) de setembro de 1951
que afirma: "A Bíblia tem 50.000 erros."
E, se eu disser que, contrariamente às nossas crenças "nenhum
dos quatro autores dos evangelhos eram discípulos originais de Jesus
." Em (Lucas 6:14-16 e Marcos 3:16-19, na Bíblia), encontramos os
nomes dos doze discípulos nomeados por Jesus . Embora os nomes
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de Mateus e João estejam incluídos, os nomes de Marcos, Lucas e Paulo não são mencionados.
No entanto, a partir das citações a seguir, pode-se perceber que os dois evangelhos atribuídos a Mateus e João, respectivamente, foram escritos por terceiros. Leia a reprodução do versículo em Mateus 9:9, na Bíblia:
“Saindo, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria, e disse-lhe: “Siga-me”. Mateus levantou-se e o seguiu.”
E em João 21:24:
“Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as registrou. Sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.”
No primeiro caso, o escritor apenas narrou o que havia acontecido entre Jesus e o homem chamado Mateus, enquanto no segundo caso, é óbvio que a referência verbal ao pronome "nós" se destaca como o escritor.
Vamos agora refletir sobre o que dois estudiosos cristãos dizem sobre a confecção da Bíblia:
"Um copista, às vezes, copiava não o que estava no texto, mas o que ele entendera dele. Ele confiava numa memória volúvel, ou fazia o texto de acordo com as opiniões da escola a qual ele pertencia. Além das
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versões e citações dos padres, quase quatro mil manuscritos gregos do Novo Testamento, eram conhecidos. Como resultado, a variedade de leitura é considerável." 9
"Assim, Evangelhos foram produzidos, os quais refletem claramente a concepção de necessidades práticas da comunidade para a qual foram escritos. Neles, material tradicional foi utilizado, mas não haveria hesitação em alterá-lo, ou fazer acréscimos, ou deixar de fora o que não atendesse ao propósito do escritor." 10
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A DOUTRINA DA TRINDADE
A doutrina da Trindade considera um só Deus em três Pessoas. Sendo dito que cada uma delas é sem começo, tendo existido por toda a eternidade. Cada uma contribuindo para ser o Todo-Poderoso, sem que um seja maior ou menor do que os outros; cada um é dito ser o Deus absoluto em todos os sentidos da palavra, que inclui os atributos de Deus, e todos são iguais no tempo, posição, poder e conhecimento. Essa doutrina constitui o núcleo e o pilar da fé cristã defendida por quase todas as denominações cristãs. No entanto, a doutrina da Trindade não é divinamente inspirada, mas um dogma feito por homens e cunhado pelos cristãos durante o último quarto do século 4. Na verdade, foi o resultado do Concílio de Constantinopla, em 381 DC, que concordou em colocar o Espírito Santo no mesmo nível que Deus e Jesus Cristo.
A Enciclopédia Britânica afirma que: O conceito de unidade de essência (homoousia) do Logos divino com Deus, o Pai, assegurou a completa divindade de Jesus Cristo. O mistério da pessoa de Jesus Cristo poderia ser compreendido na fórmula: duas naturezas em uma pessoa... Não sendo derivada primeiramente no ensino abstrato, mas sim em mudanças na liturgia com novas formas e em inúmeros hinos de culto - como nas palavras da liturgia pascal:
"O Rei dos Céus apareceu na terra pela sua generosidade para com os homens, e foi com os homens que Ele associou-se. Pois Ele tomou sua carne de uma virgem pura e dela saiu, de acordo com a sua vontade.
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Um deles é o Filho, duas vezes em essência, mas não em pessoa. Portanto, ao anunciá-lo como Deus perfeito e homem perfeito, nós confessamos Cristo como nosso Deus."
O Credo Atanasiano declara:
“Porque a pessoa do Pai é uma, a do Filho é outra, e a do Espírito Santo outra. Mas no Pai, no Filho e no Espírito Santo há uma mesma divindade, igual em glória e co-eterna majestade... O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus. Contudo, não há três Deuses, mas um só Deus. Porque, assim como compelidos pela verdade cristã a confessar cada pessoa separadamente como Deus e Senhor; assim também somos proibidos pela religião universal de dizer que há três Deuses ou Senhores.” 11
A definição ortodoxa da Trindade cristã e Credo de Atanásio: "A doutrina da Trindade declara que o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus e, juntos, não exclusivamente, a partir de um único Deus. A Trindade é co-eterna, sem princípio e nem fim, e co-igual."12
A Igreja Católica Romana afirma: “A Trindade é o termo empregado para significar a doutrina central da religião cristã...” Enquanto a Igreja Ortodoxa grega chama a Trindade, "a doutrina fundamental do cristianismo, dizendo: Os cristãos são aqueles que aceitam Cristo como Deus." No livro "Nossa Fé Cristã Ortodoxa", a
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mesma Igreja declara: "Deus é trino. O Pai é totalmente Deus, o Filho é totalmente Deus e o Espírito Santo é totalmente Deus..." 13
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COMO A TRINDADE DESENVOLVEU-SE NA DOUTRINA CRISTÃ
A perseguição aos cristãos e a supressão da Igreja primitiva sob os imperadores romanos, que começou no primeiro século, terminou com a chegada ao poder de Constantino, o Grande, na Ponte Mílvio, em 312 dC. Assim, através da conversão ao cristianismo, favores especiais eram oferecidos ao povo na forma de ganhos políticos, militares e sociais. Como resultado, milhares de não-cristãos se uniram à Igreja e permitiram que Constantino exercesse grande poder sobre os assuntos da Igreja.
Foi durante o reinado de Constantino que a idéia de Jesus Cristo como co-igual a Deus, o Pai, começou a ganhar impulso. Ainda assim, a Trindade não foi uma doutrina estabelecida nessa época. A idéia de um deus trino despertou grande controvérsia no seio da Igreja, uma vez que ainda muitos dos clérigos e leigos não aceitavam a posição de Cristo como Deus.14
Esta discordância alcançou o nível de confronto entre o Bispo Alexandre da Alexandria, no Egito, e seu presbítero Ário. O Bispo Alexandre ensinava que Jesus era igual a Deus, mas Ário não. Então, em um sínodo realizado em Alexandria em 321 d.C., Ário foi deposto e excomungado.15
Ário, apesar de institucionalmente desfavorável, ainda tinha muito apoio fora do Egito. Muitos dos bispos importantes, como o versado historiador palestino Eusébio da Cesárea, e seu xará poderoso,
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Eusébio, bispo de Nicomédia, teologicamente concordavam com Ário: Jesus Cristo não é Deus.16
A sustentada polêmica perturbou Constantino e, a fim de legitimar sua posição, ele convidou todos os bispos da Igreja Cristã de Nicéia (Ásia Menor) em maio de 325 dC. Assim, o Concílio de Nicéia começou a resolver as controvérsias referentes à relação entre Deus e seu Filho. Constantino, que estava liderando o processo, exerceu o seu poder político persuadindo os bispos a aceitarem a sua posição teológica. O credo assinado por 218 bispos era claramente anti-Ário. Em outras palavras, o Credo de Nicéia sancionou o Filho como co-igual a Deus. Duzentos e dezoito dos bispos assinaram este credo, embora tenha sido realmente o trabalho de uma minoria.17
A Enciclopédia Britânica resume os trabalhos do Conselho de Nicéia da seguinte forma:
O Conselho de Nicéia reuniu-se em 20 de maio de 325. O próprio Constantino presidindo e ativamente orientando as discussões, e ele pessoalmente propôs (sem dúvida incitado por Ossius) a fórmula crucial expressando a relação de Cristo com Deus no credo emanado pelo conselho, "de uma única substância com o Pai". Intimidados pelo imperador, os bispos, com duas únicas exceções, assinaram o credo, muitos deles contra a sua inclinação pessoal.
Constantino considerou a decisão de Nicéia como divinamente inspirada. Enquanto ele viveu ninguém se atreveu a desafiar abertamente o Credo, mas a esperada concordância não prosseguiu.18
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O CREDO DE NICEIA
Cremos em um Deus Pai Todo-Poderoso, criador de todas as coisas visíveis e invisíveis. E em um Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado do Pai, unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado não criado, de uma substância com o Pai, por quem todas as coisas foram feitas, as coisas no céu e na terra. Que por nós homens e para nossa salvação desceu dos céus e se fez carne, e se fez homem, sofreu, e ressuscitou no terceiro dia, subiu aos céus, e virá para julgar os vivos e mortos.
E no Espírito Santo.
E aqueles que dizem "Existia, quando ele não existia”, e “Antes dele ter sido gerado ele não exista” e que, "Ele veio a existir a partir do que não existia”, ou aqueles que alegam que o filho de Deus é "de outra substância ou essência",
Ou “criado”,
Ou "mutável",
Ou "alterável".
A estes a Igreja Católica e Apostólica anatematiza.
O Credo Niceno
Bettenson explica o Credo de Nicéia como segue:
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“Encontrado no trabalho de Epifânio, Ancoratus, 374 dC, e extraído por estudiosos, quase palavra por palavra, a partir das Leituras Catequéticas de S. Cirilo de Jerusalém; lido e aprovado na Calcedônia, 451 dC, como o credo dos ”318 padres que se reuniram em Nicéia e dos 150 que se reuniram posteriormente (por exemplo, em Constantinopla, em 381)”. Por esta razão, muitas vezes chamado de Constantinopolitano ou Niceno-Constantinopolitano, e tido por muitos como uma revisão do credo de Jerusalém realizada por Cirilo.
‘Cremos em um Deus Pai Todo-soberano, Criador do céu e da terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis;
Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao Pai. Por Ele todas as coisas foram feitas. E por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus. E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria. E se fez homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escrituras; e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai. De novo há de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos; e o seu Reino não terá fim.
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Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos Profetas. Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica. Professo um só batismo para a remissão dos pecados. E espero a ressurreição dos mortos e vida do mundo que há de vir. ’ ”19
Embora o Concílio dos Bispos tenha aceitado o Credo Niceno, não havia menção à Trindade.
A controvérsia sobre a natureza de Jesus continuou por várias décadas. No ano 381 d.C. um segundo Concílio Ecumênico se reuniu em Constantinopla20. Este conselho adotou o Credo Niceno afirmando que Jesus e Deus eram co-iguais, co-eternos, e da divindade do Espírito Santo. A doutrina da Trindade veio a ser formalmente estabelecida como a pedra angular da fé cristã para os próximos quinze séculos.
Nota: Assim como a "Oração do Pai Nosso" (Mateus 6:9-13), todos os católicos romanos são obrigados a memorizar o "Credo Niceno", que é incluído nas orações.
O Imperador Teodósio fez da crença no cristianismo uma questão de decreto imperial:
"Queremos que todos os povos governados pela administração da nossa clemência professem a religião que o divino apóstolo Pedro deu aos romanos,... Cremos na divindade única do Pai, do Filho e do Espírito Santo sob o conceito de igual majestade e da piedosa
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Trindade. Ordenamos que tenham o nome de cristãos católicos os que sigam esta norma, enquanto os demais os julgamos dementes e loucos sobre os quais pesará a infâmia da heresia. Os seus locais de reunião não receberão o nome de igrejas e serão objeto, primeiro da vingança divina, e depois serão castigados pela nossa própria iniciativa que adotaremos seguindo a vontade celestial." 21
Posteriormente, também a doutrina da veneração de Maria como a "mãe de Deus" e "genitora de Deus", foi formulada no Concílio de Constantinopla (553 dC), e o título de "Virgem Maria" foi adicionado. "Nas orações e hinos da Igreja Ortodoxa o nome da mãe de Deus é invocado na mesma proporção que o nome de Cristo e da Santíssima Trindade"... "Na doutrina católica, Maria, a mãe de Deus, foi identificada como a figura da Sabedoria divina. O processo de deificação da mãe de Deus deu um passo adiante aqui, em que Maria é tratada como uma hipóstase divina (a substância). A figura da Sabedoria divina.” 22
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FATORES QUE INFLUENCIARAM A DOUTRINA DA TRINDADE
Os fatores que influenciaram a formulação da doutrina da Trindade foram resumidos pela Watchtower e Bible Tract Society of Pennsylvania, em 1989, no que pode ser considerado como precursor da doutrina da Trindade:
Em todo o mundo antigo, desde a Babilônia, a adoração de deuses pagãos agrupados em trios era comum. Esta prática também foi prevalente antes, durante e depois de Cristo no Egito, Grécia e Roma. Após a morte dos apóstolos, tais crenças pagãs começaram a invadir o cristianismo.
O historiador Will Durant observou: "O cristianismo não destruiu o paganismo, mas o adotou... Do Egito vieram as idéias de uma trindade divina..." E no livro de religião egípcia, Siegfried Morenz comenta: “A Trindade foi uma das principais preocupações dos teólogos egípcios... Três deuses são combinados e tratados como sendo único, dirigido no singular. Desta forma, a força espiritual da religião egípcia mostra ligação direta com a teologia cristã."
Assim, em Alexandria, clérigos egípcios, como Atanásio, do final do terceiro e início do quarto século, refletiam essa influência que formulara ideias que levaram à Trindade. Influência que se propagou tanto que Morenz considera a "teologia Alexandrina como o intermediário entre a herança religiosa egípcia e o cristianismo."
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Na Enciclopédia de Religião e Ética, James Hasting escreveu: "Na religião indiana, por exemplo, encontramos o grupo trinitário de Braham, Shiva e Vishnu; na religião egípcia, o grupo trinitário de Osíris, Isis e Hourus... Não é apenas em religiões históricas que encontramos Deus visto como uma Trindade. Recordando em particular o ponto de vista neo-platônico do Supremo ou da Realidade Absoluta. Que é ‘trinitariamente’ representado."
A Enciclopédia New Schaff-Herzog de Conhecimento Religioso mostra a influência dessa filosofia grega: "As doutrinas do Logos e da Trindade receberam a sua forma de padres gregos, que foram muito influenciados, direta ou indiretamente, pela filosofia platônica... os erros e corrupções que infiltraram na Igreja a partir desta fonte não podem ser negados."
A Igreja dos Primeiros Três Séculos diz: "A formação da doutrina da Trindade foi gradual e comparativamente tardia;... teve sua origem em uma fonte inteiramente estranha daquela das Escrituras judaicas e cristãs;... Ela cresceu, e foi enxertada no cristianismo, pelas mãos de padres platonizadores." 23
Esculturas de deuses com três faces foram encontradas em várias partes do mundo, por exemplo: Kampuchea, Trina divindade budista, século 12 d.C.; Itália, Trindade, século 15 d.C.; Noruega, Trindade (Pai, Filho, espírito Santo), século 13 d.C.; França, Trinity, século 14 d.C.; Alemanha, Trindade, século 19 d.C.; Índia, Trina divindade hindu, século 7 d.C.; Falmyra S., Tríade do deus da lua, Senhor dos Céus, deus do sol, século 1 d.C.; Babilônia, Tríade de Ishtar,
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Sin, Shamash, segundo milênio a.C. e Egito, Tríade de Horus, Osiris, Isis, segundo milênio a.C. 24
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JUSTIFICATIVA DA TRINDADE PELOS TRINITARIANOS
Gigantes da cristandade, numa tentativa de resgatar a Trindade, tentaram todos os meios disponíveis para justificar a doutrina. No entanto, depois de esgotar todas as lógicas conhecidas e razões humanas, falharam miseravelmente e declararam ser um "mistério". A seguir estão algumas das declarações dadas pelos chefes das Igrejas, eminentes teólogos cristãos e escritores conhecidos que vieram com ousadia para defendê-la com temeridade:
"A Santíssima Trindade é um mistério no sentido mais estrito da palavra. Pois razão não pode provar a existência de um Deus Trino que a Revelação ensina. E mesmo depois que a existência do mistério foi-nos revelada, continua a ser impossível para o intelecto humano compreender como as Três Pessoas são colocadas em uma natureza divina." 25
Os estudiosos católicos Karl Rahner e Herbert Vorgimler declararam em seu Dicionário Teológico: "A Trindade é um mistério no sentido estrito, que não poderia ser conhecido sem revelação, e mesmo após a revelação não pode tornar-se totalmente inteligível..."
"Um Dogma tão misterioso pressupõe uma revelação divina." (A Enciclopédia Católica)