O olho da verdade
O PECADO ORIGINAL
.” (Alcorão 35:18)
E nenhum pecador arcará com culpa alheia; e se uma alma sobrecarregada suplicar a outra a que lhe alivie a carga, estanão lhe será aliviada no mínimo que seja, ainda que por um parente. Admoestarás tão-somente aqueles que temem seuSenhor na intimidade, e observam a oração. E quem se purificar, será em seu próprio benefício, porque a Deus será oretorno .
Os seres humanos não podem ser culpados por pecados que não cometeram,
nem podem obter a salvação sem terem tentado ser bons.
de acordo com o islamismo .
# - Como somos todos pessoalmente responsáveis por nossas ações (2:286; 6:164), não existe necessidade de um salvador inventado pelo homem no Islã; a salvação vem de Deus somente (28:67).
# - Quanto ao pecado de Adão, o Alcorão nos diz que ele se arrependeu de seu pecado. Deus revelou-lhe palavras de arrependimento, que foram aceitas.
(Alcorão 2:37)
“Adão obteve do seu Senhor algumas palavras de inspiração, e Ele o perdoou. Ele é o Remissório, o Misericordioso.”
Através da aceitação de Deus do arrependimento de Adão, Adão foi purificado do pecado que cometeu. Deus no Alcorão Se atribui repetidamente o atributo da misericórdia e perdão. Ele também menciona que Seus Nomes são O Perdoador, o Misericordiosíssimo, O Que Aceita o Arrependimento, e outros, todos enfatizando a Misericórdia Abrangente de Deus. Mesmo para aqueles que pecaram muito e poderiam perder a esperança no perdão de Deus, Ele diz:
(Alcorão 39:53)
“Dize: ‘Ó Meus servos que transgrediram contra suas almas
(ao cometerem maus atos e pecados)! Não desespereis da Misericórdia de Deus porque certamente Deus perdoa todos os pecados. Verdadeiramente, Ele é o Perdoador, Misericordiosíssimo.’”
No Islã a chave para a salvação é a crença e adoração do Único, Verdadeiro e Perfeito Deus e obediência aos Seus mandamentos, a mesma mensagem trazida por todos os Profetas. O Islã prega que uma pessoa deve trabalhar virtuosamente e evitar o pecado para obter o Paraíso, e que se alguém peca deve se arrepender do fundo de seu coração. Através disso e da Misericórdia e Graça de Deus, entrarão no Paraíso. O Islã não considera que aqueles que morreram antes do advento de Muhammad estão condenados ao Inferno, mas sim que foi enviado a cada nação um profeta, pelo mesmo Deus Único, e cabia a eles seguirem Seus mandamentos. Aqueles que não ouviram a mensagem não serão cobrados por não terem seguido o Islã e Deus lidará com eles com Sua Justiça Perfeita no Dia do Juízo. Bebês e crianças de muçulmanos e descrentes desfrutam igualmente do Paraíso na morte. Devido à Justiça infinita de Deus:
(Alcorão 17:15)
“...nenhum pecador arcará com a culpa alheia. Jamais castigamos (um povo), sem antes termos enviado um mensageiro.”
” (Alcorão 31:33)
Ó humanos, temei vosso Senhor e temei o dia em que um pai em nada poderá redimir o filho, nem o filho ao pai.Certamente, a promessa de Deus é verdadeira! Que não vos iluda a vida terrena, nem vos iluda a sedutor, com respeito aDeus.
De acordo com o cristianismo .
( Deuteronômio 24:16 )
16"Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos em lugar dos pais; cada um morrerá pelo seu próprio pecado.
Paulo de Tarso
Para a origem da doutrina da expiação, não se deve ir aos ensinamentos de Jesus, mas sim às palavras de Paulo, o verdadeiro fundador do Cristianismo; em ensinamentos dos atuais termos e práticas cristãos.
pecado original ، a principal afirmação escritural da doutrina é encontrada nos escritos de São Paulo...”
Esse conceito, entretanto, foi explicado por Agostinho de Hipo, um dos eruditos cristãos mais proeminentes na História. A base desse conceito é que “o pecado deliberado do primeiro homem (Adão) é a causa do pecado original.” O Segundo Concílio de Orange (529 E.C) declarou: “Um homem transmitiu para toda a raça humana não apenas a morte do corpo, que é a punição do pecado, mas o pecado em si, que é a morte da alma.”
O Cristianismo alega que Deus criou os humanos para viverem eternamente no Paraíso e que quando Adão comeu da árvore da qual ele havia sido proibido, Deus o puniu através da morte e banimento do Paraíso. Mais além afirma que assim como a morte foi herdada por sua descendência, o mesmo aconteceu com o pecado de seu pai, que se tornou uma mácula permanente nos corações da humanidade, que nunca seria removida exceto através de um sacrifício tão grande que obrigaria Deus a perdoar a humanidade. Esse sacrifício seria nada menos que o sacrifício do próprio Deus, encarnado em Seu “filho” Jesus. Dessa forma o Cristianismo considera toda a humanidade como condenada ao Inferno pelo pecado de Adão, do qual nunca será purificada, exceto através da crença de que Deus encarnou e morreu pelo pecado de Adão, ritualizado como Batismo, através do qual os cristãos 'renascem' no mundo, mas dessa vez livres do pecado. Assim vemos que a teoria de ‘Pecado Original’ forma a base de várias crenças cristãs, da crucificação de Jesus ao conceito de salvação e salvador do Inferno. Forma a verdadeira base para a missão do próprio Jesus.
Levanta-se a questão então: a humanidade é culpada pelo pecado que Adão cometeu ao comer da árvore que lhe foi proibida? Devemos todos nos arrepender desse grande pecado? De que forma devemos nos arrepender?
E se sim, qual o destino daqueles que não o fizerem?
Salvação de Acordo com Jesus .
Em nenhum lugar nos quatro evangelhos Jesus afirmou explicitamente que morreria para salvar a humanidade do pecado. Quando foi abordado por um homem que perguntou o que ele poderia fazer para obter vida eterna, Jesus disse a ele para manter os Mandamentos
(Mateus 19:16,17); em outras palavras, obedecer a Lei de Deus. A uma pergunta semelhante feita por um advogado, como registrado no evangelho de Lucas, Jesus disse para amar a Deus e ao próximo
(Lucas 10:25-28).
O conceito de pecado original não tem base nas escrituras prévias consideradas como divinas pelo Cristianismo. Nenhum dos profetas antes de Jesus foi conhecido por ter pregado esse conceito, nem quaisquer outras crenças ou rituais baseados nessa crença. Ao contrário, que a salvação do Inferno era alcançada através da crença em um Deus Único e obediência aos Seus mandamentos era pregado por todos os profetas, incluindo o Profeta do Islã, Muhammad, que Deus o louve.
O Profeta, que Deus o louve, Disse:
“Todos os filhos de Adão cometem erros repetidamente, mas os melhores entre aqueles que cometem erros são aqueles que se arrependem.”
(Ibn Maajah) .
Desde antes da criação de Adão,
O plano de Deus era que a humanidade fosse colocada na terra.
O Islã não considera a vida da humanidade na terra como um castigo,
mas como parte do plano de Deus.
Deus criou os humanos para adorá-lo,
já que Ele é o Mestre do universo.
” (Alcorão 5 : 72 )
72 - São blasfemos aqueles que dizem: Deus é o Messias, filho de Maria, ainda quando o mesmo Messias disse: Ó israelitas,adorai a Deus, Que é meu Senhor e vosso. A quem atribuir parceiros a Deus, ser-lhe-á vedada a entrada no Paraíso e suamorada será o fogo infernal! Os iníquos jamais terão socorredores.
73 - São blasfemos aqueles que dizem: Deus é um da Trindade!, portanto não existe divindade alguma além do Deus Único.Se não desistirem de tudo quanto afirmam, um doloroso castigo açoitará os incrédulos entre eles.
74 - Por que não se voltam para Deus e imploram o Seu perdão, uma vez que Ele é Indulgente, Misericordiosíssimo?
75 - O Messias, filho de Maria, não é mais do que um mensageiro, do nível dos mensageiro que o precederam; e sua mãe erasinceríssima. Ambos se sustentavam de alimentos terrenos, como todos. Observa como lhes elucidamos os versículos eobserva como se desviam.
76 - Pergunta-lhes: Adorareis, em vez de Deus, ao que não pode prejudicar-vos nem beneficiar-vos, sabendo (vós) que Deusé o Oniouvinte, o Sapientíssimo?
A FALÁCIA HISTÓRICA DA EXPIAÇÃO
PAULO DE TARSO
E O CONCEITO DE SALVAÇÃO NO CRISTIANISMO
Salvação pode ser definida como libertação do pecado e suas punições; o caminho para salvação, entretanto, varia de uma religião para outra. No Cristianismo, a salvação é obtida através da doutrina da Expiação Vicária. Uma vez que no Cristianismo a natureza humana é considerada desobediente e pecadora, essa doutrina afirma que Jesus “prestou satisfação plena” a Deus pelos pecados do homem através de sua morte e ressurreição. Em resumo, Jesus tomou nosso lugar e sua morte nos absolveu de nossos pecados.
Isso contraria o que é encontrado no Torá, onde Deus diz: “... cada qual morrerá por seu próprio pecado.”
(Deuteronômio 24:16)
A questão de Jesus, como salvador da humanidade, é refutada no Alcorão, onde Deus diz que Ele
“... obliterou-lhes os corações, por causa de suas perfídias... E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado...”
(Alcorão 4: 155-157)
Salvação de Acordo com Jesus
Em nenhum lugar nos quatro evangelhos Jesus afirmou explicitamente que morreria para salvar a humanidade do pecado. Quando foi abordado por um homem que perguntou o que ele poderia fazer para obter vida eterna, Jesus disse a ele para manter os Mandamentos
(Mateus 19:16,17); em outras palavras, obedecer a Lei de Deus. A uma pergunta semelhante feita por um advogado, como registrado no evangelho de Lucas, Jesus disse para amar a Deus e ao próximo
(Lucas 10:25-28).
O papel de Jesus é deixado claro no Alcorão onde Deus diz:
“O Messias, filho de Maria, não é mais do que um mensageiro, do nível dos mensageiros que o precederam; ...Observa como lhes elucidamos os versículos e observa como se desviam da verdade.” (Alcorão 5: 75)
A missão de Jesus não era, portanto, estabelecer um método novo de obter a salvação, menos ainda fundar um novo sistema de crença; como até a Bíblia destaca, Jesus buscava apenas remover dos judeus a ênfase no ritual e levá-los de volta à virtude (Mateus 6:1-8).
Paulo de Tarso
Para a origem da doutrina da expiação, não se deve ir aos ensinamentos de Jesus, mas sim às palavras de Paulo, o verdadeiro fundador do Cristianismo; em ensinamentos dos
atuais termos e
práticas cristãos.
Como muitos judeus, Paulo não estava acostumado aos ensinamentos de Jesus, e ele próprio perseguiu os seguidores de Jesus por suas crenças não convencionais. Esse perseguidor zeloso se tornou um pregador ardente, entretanto, através de uma conversão repentina por volta de 35 EC. Paulo alegou que um Jesus ressuscitado apareceu para ele em uma visão, escolhendo Paulo como instrumento para levar seus ensinamentos aos gentios
(Gálatas 1:11, 12: 15, 16).
A credibilidade de Paulo em qualquer âmbito é questionável, entretanto, quando consideramos que: existem quatro versões contraditórias de sua suposta “conversão”
(Atos 9:3-8; 22: 6-10; 26: 13-18; Gálatas 1:15-17);
a Bíblia diz em passagens como Números 12:6, Deuteronômio 18:20 e Ezequiel 13:8-9,
que revelações vêm SOMENTE de Deus e relatos de numerosos desentendimentos entre os outros discípulos e Paulo com relação aos ensinamentos, como registrado em Atos.
Experiência e observação ensinaram a Paulo que pregar entre os judeus não era viável; ele, portanto, escolheu os não-judeus. Ao fazê-lo, entretanto, Paulo desconsiderou um comando direto de Jesus contra pregar para outros que não os judeus (Mateus 10:5-6). Em resumo, Paulo colocou de lado os ensinamentos verdadeiros de Jesus em seu desejo de ser um sucesso.
A Influência Pagã
Entre os pagãos do tempo de Paulo havia uma grande variedade de deuses. Embora esses deuses tivessem nomes diferentes e fossem adotados por povos de diferentes áreas do mundo – Adônis da Síria, Dionísio da Trácia, Átis da Frígia, por exemplo – o conceito básico em cada culto era o mesmo: esses filhos de deuses morreram de mortes violentas e ressurgiram para salvar seu povo.
Uma vez que os pagãos tinham um salvador tangível – deuses em suas antigas religiões, eles não queriam menos da nova; eles não eram capazes de aceitar qualquer tipo de divindade invisível. Paulo fez muitas acomodações, pregando que um salvador chamado Jesus Cristo, o filho de Deus, morreu e ressuscitou para salvar a humanidade do pecado (Romanos 5:8-11; 6:8-9).
A própria Bíblia aponta o erro do pensamento de Paulo. Embora cada um dos quatro evangelhos contenha um relato da crucificação de Jesus, esses relatos são estritamente boatos; nenhum dos discípulos de Jesus foi testemunha, porque o abandonaram no Jardim
(Marcos 14:50).
No Torá, Deus diz que aquele que é “pendurado em uma árvore” - crucificado – é “amaldiçoado”
(Deuteronômio 21:23). Paulo contornou isso dizendo que Jesus se tornou amaldiçoado para assumir os pecados do homem (Gálatas 3:13); ao fazê-lo, entretanto, Paulo deixou de lado a própria Lei de Deus.
A ressurreição, na qual Paulo diz que Jesus “superou” a morte e os pecados para a humanidade
(Romanos 6: 9-10), desempenha um papel tão importante que aquele que não acredita nela não é considerado um bom cristão
(1 Coríntios 15:14).
Aqui, também, a Bíblia oferece pouco suporte às noções de Paulo; primeiro, além de não existirem testemunhas para a ressurreição, todos os relatos pós-ressurreição são contraditórios sobre quem foi ao túmulo, o que aconteceu lá e até sobre onde e para quem Jesus apareceu
(Mateus 28; Marcos 16; Lucas 24; João 20).
Segundo, embora o Cristianismo afirme que o corpo depois da ressurreição estará em uma forma eespiritual
(1 Coríntios 15:44),
Jesus obviamente não havia mudado, porque
ele comeu com seus discípulos
(Lucas 24:30, 41-43)
e permitiu que eles tocassem suas feridas (João 20:27). Finalmente, como o filho divino de Deus no Cristianismo, é dito que Jesus compartilha doas atributos de Deus; ninguém pode deixar de se admirar, entretanto, com a possibilidade de Deus morrer...
Em seu desejo de ganhar almas entre os pagãos, Paulo simplesmente retrabalhou uma variedade de crenças pagãs principais para montar o esquema cristão de salvação. Nenhum profeta – incluindo o próprio
Jesus – ensinou esses conceitos; eles são de inteira autoria de Paulo.
O Sacrifício Supremo
Acostumados por muito tempo a fazerem sacrifícios aos seus deuses, os pagãos compreenderam facilmente a noção de Paulo de que Jesus foi o “sacrifício supremo” cujo sangue lavou os pecados. Uma cerimônia comum durante essa época em vários cultos do Oriente Médio, como os de Átis e Mitras, era a do “taurobólio”: uma pessoa descia em um poço coberto com uma grelha sobre o qual um touro (ou carneiro), dito como representando a própria divindade pagã, era então abatida cerimonialmente. Ao cobrir-se com o sangue, dizia-se que a pessoa no poço havia “renascido” com seus próprios pecados lavados.
Vale mencionar que os judeus tinham aberto mão de sacrifícios em 590 antes da Era Comum, depois da destruição de seu Templo. As noções de Paulo, conseqüentemente, estavam em contradição direta tanto com os ensinamentos do Velho Testamento (Oséias 6:6) quanto com os ensinamentos do próprio Jesus (Mateus 9:13),
que enfatizou como Deus desejava boas virtudes, não sacrifícios.
Embora Paulo enfatizasse que o “amor” de Deus estava por trás do sacrifício de Jesus (Romanos 5:8), a Doutrina da Expiação mostra uma divindade rígida que só se satisfaz com o assassinato de seu filho inocente. Paulo estava completamente sem base aqui, porque o Velho Testamento está cheio de referências ao amor e misericórdia de Deus em relação ao homem
(Salmos 36:5, Salmos 103:8-17) revelado através de Seu perdão
(Êxodos 34: 6,7; Salmos 86:5-7)
, do qual até Jesus falou
(Mateus 6:12).
A influência pagã no Cristianismo se estende até seu símbolo sagrado. Embora Paulo chame a cruz de Jesus de “o poder de Deus”
(1 Coríntios 1:18), trabalhos de referência como a Enciclopédia Britânica,
o Dicionário de Símbolos,
A Cruz em Ritual, Arquitetura e Arte destacam que a cruz era usada como um símbolo religioso séculos antes do nascimento de Jesus. Baco da Grécia, Tammuz de Tiro, Bel de Caldéia, e Odin da Noruega são apenas uns poucos exemplos de deuses pagãos antigos cujo símbolo sagrado era
uma cruz.
Pecado Original
Central para a Doutrina da Expiação é a noção
de Paulo de que a humanidade é uma raça de malfeitores, que herdou de Adão seu pecado em comer do fruto proibido. Como resultado desse Pecado Original, o homem não pode servir como seu próprio redentor; boas obras não têm valor, diz Paulo, porque mesmo elas não podem satisfazer a justiça de Deus (Gálatas 2:16).
Como resultado do pecado de Adão, o homem está predestinado a morrer. Através de sua morte, entretanto, Jesus recebeu a punição que era do homem; através de sua ressurreição Jesus venceu a morte, e a virtude foi restaurada. Para obter a salvação um cristão só precisa ter fé na morte e ressurreição de Jesus
(Romanos 6:23).
Apesar de sua posição proeminente no Cristianismo, a noção de um “pecado original” não é encontrada entre os ensinamentos de qualquer profeta, inclusive Jesus. No Velho Testamento Deus diz: “...o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho, ...”
(Ezequiel 18:20-22). A responsabilidade pessoal também é enfatizada no Alcorão, onde Deus diz: “De que nenhum pecador arcará com culpa alheia? De que o homem não obtém senão o fruto do seu proceder?
(Alcorão 53:38-39)
A doutrina do pecado original deu a Paulo os meios para justificar influência pagã em seu esquema de salvação.
A irresponsabilidade se tornou a marca do Cristianismo através dessa doutrina, porque ao “transferir” os pecados para Jesus, os seguidores não assumem responsabilidade por suas ações.
Salvação no Islã
Por volta do século 7 as doutrinas concebidas por Paulo tinham sido embelezadas a ponto de o Cristianismo ser uma religião quase que inteiramente feita pelo homem. Nesse momento Deus escolheu enviar Muhammad como Seu Mensageiro Final, para esclarecer as coisas de uma vez por todas para a humanidade.
Uma vez que Deus é Todo-Poderoso, Ele não precisa da charada inventada pelos cristãos para perdoar o homem. No Alcorão Deus diz que todos nós somos criados em um estado de bondade (30:30); Ele não sobrecarregou o homem com qualquer “pecado original”, tendo perdoado Adão e Eva
(2:36-38; 7:23,24)
como Ele nos perdoou
(11:90; 39:53-56).
Como somos todos pessoalmente responsáveis por nossas ações (2:286; 6:164), não existe necessidade de um salvador inventado pelo homem no Islã; a salvação vem de Deus somente (28:67).
Assim o Islã buscou restaurar o verdadeiro significado do monoteísmo, porque no Alcorão Deus pergunta:
“E quem melhor professa a religião do que quem se submete a Deus, é praticante do bem e segue a crença de Abraão, o monoteísta?”
(Alcorão 4:125; 41:33)
A Religião de Homens
A evidência de que o conceito de salvação
no Cristianismo – sua Doutrina da Expiação Vicária – não veio de Deus mas do homem,
via rituais e crenças pagãos, é esmagadora.
Paulo efetivamente desviou o centro de adoração de Deus ao dizer que Jesus era o agente divino de sua salvação (Gálatas 2:20). Ao fazê-lo, entretanto, Paulo deixou de lado todos os ensinamentos dos profetas de Deus e até o conceito de monoteísmo em si, uma vez que Deus no Cristianismo precisa de Jesus para ser Seu “ajudante” divino.
Examine Melhor
Com a própria salvação em jogo, os cristãos deviam examinar melhor o que acreditam e por que. Deus diz no Alcorão:
“Ó Povo do Livro! Não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade.
O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Deus... sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto existe nos céus e na terra. e Deus é mais do que suficiente Guardião.”
(Alcorão 4:171)
OS TÍTULOS DESCRITIVOS DE
JESUS NO ALCORÃO
“O MESSIAS” E “UM MILAGRE”
O Islã, ao lado do Cristianismo, é a única religião mundial importante que reconhece Jesus. A crença de um muçulmano está incompleta sem Jesus. O Profeta Muhammad disse:
“Se alguém testemunhar que ninguém tem o direito de ser adorado, exceto Deus, que Ele não tem parceiros e que Muhammad é Seu servo e Seu mensageiro; e que Jesus é servo de Deus e Seu mensageiro e Seu Verbo que Ele concedeu sobre Maria e um Espírito vindo Dele; e que o Paraíso é verdadeiro e o Inferno é verdadeiro, Deus admitirá no Paraíso com as boas ações que fez, mesmo se essas ações forem poucas.”
Em outras palavras, sem uma crença sólida em Jesus, nunca se conseguirá o Paraíso de Deus. Como com os outros profetas de Deus, os muçulmanos adicionam ao seu nome alai his-salam, que significa “que a paz esteja sobre ele.” Embora Jesus tenha dito: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou” no Evangelho, os cristãos raramente usam qualquer termo honorífico, exceto “Cristo”, e isso como parte de seu nome. Embora isso possa ser devido à idéia de que o cristão não ora por ele, mas para ele, demonstra que os muçulmanos têm um grande respeito por ele, apesar de não compartilharem esse ponto de vista.
O Alcorão é a escritura sagrada do Islã e nele mais de noventa versículos espalhados em quinze capítulos do Alcorão discutem Jesus. Três capítulos do Alcorão são nomeados por suas referências a Jesus: o terceiro capítulo do Alcorão, “A Família de Imran”, tem esse nome por causa do pai de Maria; o quinto capítulo, “A Mesa Servida”, provavelmente recebeu esse nome por causa da última ceia. Por fim, o capítulo dezenove recebeu seu nome por causa de Maria.
Seu Nome no Alcorão
Em árabe Jesus é conhecido como Issa. Em dezesseis das 25 passagens no Alcorão onde Issa é usado, ele é chamado “o filho de Maria” (Ibn Mariam). Como não teve pai, recebeu o nome de sua mãe.
Os Títulos Descritivos de Jesus no Alcorão:
(1) O Messias
Antes do aparecimento de Jesus a crença na vinda do Messias era uma parte básica e fundamental do Judaísmo tradicional.
É parte dos Treze Artigos de Fé de Maimônides que são considerados os requisitos mínimos da crença judaica. Na oração Shemoneh Esrei , recitada três vezes por dia, os judeus modernos oram para que o Messias que será seu rei da linha de Davi venha e restaure as glórias de sua era dourada. Em hebraico “Messias” significa o “ungido”. É interessante notar que a profecia do Velho Testamento enfatiza a humanidade do Messias referindo-se a ele como o “filho do homem”
(Daniel 7:13) e não como Deus.
A ideologia do Messias tem uma posição central na teologia cristã. De acordo com a Bíblia, Jesus reivindicou ser o Messias esperado dos judeus (João 4:25-26) , mas eles o rejeitaram. Consequentemente os cristãos aplicaram “Cristo” - a palavra grega para “Messias” - a Jesus. Além disso, também mantêm que o Messias seria o filho de Deus.
O Alcorão corrige os judeus e cristãos em seus excessos. Considera que os judeus estão corretos em acreditarem que o Messias seria humano, mas equipara sua rejeição de Jesus à descrença:
E por blasfemarem e dizerem graves calúnias acerca de Maria. E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam, quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram.”
(Alcorão 4:156-157)
Por outro lado, o Alcorão concorda com os cristãos que identificam Jesus com o Messias, mas considera a insistência deles de que o Messias é o filho de Deus uma blasfêmia:
“São blasfemos aqueles que dizem: Deus é o Messias, filho de Maria.” (Alcorão 5:72)
A verdade, de acordo com o Alcorão, é que:
“O Messias, filho de Maria, não é mais do que um mensageiro, do nível dos mensageiros que o precederam.”
(Alcorão 5:75)
Além disso, o Alcorão afirma que o Messias chamou para a adoração do “verdadeiro Deus”, como todos os profetas antes dele:
“... o Messias disse, ‘Ó Filhos de Israel, adorai a Deus, meu Senhor e vosso Senhor.’”
(Alcorão 5:72)
O Alcorão se refere a Jesus como o Messias (al-Massih) pelo menos nove vezes. Uma das explicações dadas pelos lexicógrafos é que Jesus era o Messias porque ungiu os olhos do cego para curá-los
(Alcorão 3:43;
Marcos 6:13;
Tiago 5:14)
ou porque costumava impor as mãos sobre os doentes.
(2) Sinal
O Alcorão descreve Jesus como sendo um “Sinal” uma ayah no Alcorão. Na terminologia do Alcorão um milagre é um “sinal” de Deus para mostrar poder divino e habilidade irrestrita de fazer ações fora da cadeia de causa e efeito. Nesse sentido, o nascimento virginal de Jesus é um milagre; uma maravilhosa demonstração do poder grandioso de Deus de fazer o que deseja. Consequentemente, Jesus é um “sinal” não somente para os israelitas, mas para o mundo todo:
“E fizemos do filho de Maria e de sua mãe sinais.” (Alcorão 23:50)
“Fizemos dele um sinal para os homens...”
(Alcorão 19:21)
“...fazendo dela e de seu filho sinais para a humanidade.”
(Alcorão 21:91)
Em acréscimo o Alcorão declara a segunda vinda de Jesus como um “sinal”, um anúncio de que o Dia do Juízo está próximo: “E (Jesus) será um sinal (do advento) da Hora. Não duvideis, pois, dela, e segui-me, porque esta é a senda reta.” (Alcorão 43:61)
(3) “Verbo” de Deus
O Alcorão se refere a Jesus como um “Verbo” de Deus em três passagens. Nenhum outro profeta foi descrito com esse título.
E quando os anjos disseram: Ó Maria, por certo que Deus te anuncia o Seu Verbo, cujo nome será o Messias, Jesus, filhode Maria, nobre neste mundo e no outro, e que se contará entre os diletos de Deus
(Alcorão 3:45)
Ó adeptos do Livro, não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho deMaria, foi tão-somente um mensageiro de Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito.Crede, pois, em Deus e em Seus mensageiros e digais: Trindade! Abstende-vos disso, que será melhor para vós; sabei queDeus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra, eDeus é mais do que suficiente Guardião
(Alcorão 4:171)
Os anjos o chamaram, enquanto rezava no oratório, dizendo-lhe: Deus te anuncia o nascimento de João, que corroboraráo Verbo de Deus, será nobre, casto e um dos profetas virtuosos
” (Alcorão 3:39)
Os cristãos acreditam que no primeiro capítulo do evangelho de João Jesus é identificado como “o Verbo”
(logos em grego) encarnado, ou feito carne. “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade...”
A idéia cristã do logos é completamente diferente do entendimento islâmico simples do “Verbo”. A idéia do grego logos pode ser traçada até o filósofo do século 6 antes de Cristo, Heráclito. Ele propôs que havia um logos no processo cósmico análogo ao poder de raciocínio no homem. O filósofo judeu que falava grego, Filo de Alexandria (15 AC - 45 EC) ensinou que o logos era o intermediário entre Deus e o cosmos..Os escritos de Filo foram preservados e apreciados pela Igreja e forneceram a inspiração para a sofisticada teologia filosófica cristã. “A identificação de Jesus com o logos... foi posteriormente desenvolvida na igreja primitiva, mas com mais base nas idéias filosóficas gregas do que nos temas do Velho Testamento. Esse desenvolvimento foi ditado por tentativas feitas pelos teólogos e apologistas cristãos primitivos para expressar a fé cristã em termos que seriam inteligíveis para o mundo helenístico e impressionar seus ouvintes com a visão de que o Cristianismo era superior, ou o herdeiro, do melhor na filosofia pagã.”
O Islã fornece explanação clara de como Jesus era um “Verbo” de Deus. Mas primeiro o processo de procriação humana deve ser entendido. O Poder de Deus está por trás de tudo. Toda vez que Deus decide fazer algo, como dar vida ou causar morte, Ele diz a palavra “Seja” e acontece:
“Ele é Quem dá a vida e a morte e , quando decide algo, diz somente: Seja!, e é.” (Alcorão 40:68)
O primeiro passo na procriação humana é a união biológica entre as células reprodutivas do homem e da mulher, além da vontade de Deus. Como Jesus nasceu sem um pai, não foi concebido por células de esperma masculino. Ao invés disso, sua criação, semelhante a de Adão, é atribuída exclusivamente ao Verbo de Deus, “Seja”. Deus diz:
“O exemplo de Jesus, ante Deus, é idêntico ao de Adão, que Ele criou do pó, então lhe disse: Seja! e foi.” (Alcorão 3:59)
O Alcorão dá detalhes da concepção de Jesus. Maria não engravidou de um homem. O anjo Gabriel, chamado no Alcorão de Espírito, trouxe a alma de Jesus - a alma dele foi criado por Deus como as outras almas humanas - para soprar em Maria. Ao ver o anjo, ela se expressou com surpresa:
“Meu Senhor, disse Maria, como poderei ter um filho se nenhum homem me tocou?’” (Alcorão 3:47)
O anjo respondeu:
“Assim será. Deus cria o que deseja, posto que quando decreta algo, diz: Seja! e é.” (Alcorão 3:47)
Gabriel então soprou a alma de Jesus em Maria “a qual alentamos com o Nosso Espírito”.
(Alcorão 66:12)
Em essência, Jesus é “Verbo” de Deus porque passou a existir pela Palavra de Deus - “Seja” - como o Alcorão descreve em outra passagem:
Ó adeptos do Livro, não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho deMaria, foi tão-somente um mensageiro de Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito.Crede, pois, em Deus e em Seus mensageiros e digais: Trindade! Abstende-vos disso, que será melhor para vós; sabei queDeus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra, eDeus é mais do que suficiente Guardião
” (Alcorão 4:171)
(4) “Espírito” de Deus
No Alcorão Deus atribui certas criações a Si Próprio como uma forma de respeito e honra. Por exemplo, Deus chama a sagrada mesquita em Meca de “Minha Casa” como forma de veneração. Deus diz:
“E estipulamos a Abraão e a Ismael, dizendo-lhes: “‘Purificai Minha Casa, para os circundantes
(da Caaba), os retraídos, os que genuflectem e se prostram.’”
(Alcorão 2:125)
O Alcorão descreve Jesus como um “Espírito” que vem de Deus:
“Maria, a quem alentamos com o Nosso Espírito.” (Alcorão 21:91)
“... um Espírito criado por Ele.” (Alcorão 4:171)
“...a qual alentamos com o Nosso Espírito.” (Alcorão 66:12)
Jesus era um espírito ou, mais corretamente, uma alma criada por Deus, trazida por Gabriel, um anjo poderoso de Deus e soprou em Maria:
“...a qual alentamos com o Nosso Espírito.” (Alcorão 66:12)
Jesus não era uma “parte”, “pessoa” ou “atividade” de Deus que se separou e habitou em Maria. É chamado um “Espírito” de Deus como um símbolo de respeito e honra, não de divindade.
Da mesma forma, Deus também dá a Adão essa característica de ser Seu espírito. Deus disse quando ordenou aos anjos para se prostrarem para Adão na sua criação:
“Quando o tiver plasmado e alentado com o Meus Espírito, prostrai-vos ante ele.” (Alcorão 38:72)
De fato Jesus recebe uma posição honrada no Alcorão é recebeu certos títulos e descrições que não foram dados a outros profetas, mas isso de forma alguma deve fazer uma pessoa acreditar que Jesus foi algo mais que um mortal. Isso pode ser resumido no seguinte versículo no qual Deus diz:
“Ó povo do Livro
(cristãos e judeus)! Não exagereis em vossa religião e não digais de Deus senão a verdade. O Messias, Jesus, filho de Maria, foi tão-somente um mensageiro de Deus e Seu Verbo, com o qual Ele agraciou Maria por intermédio do Seu Espírito. Crede, pois, em Deus e em Seus mensageiros e não digais: Trindade! Abstende-vos disso, que será melhor para vós; sabei que Deus é Uno. Glorificado seja! Longe está a hipótese de ter tido um filho. A Ele pertence tudo quanto há nos céus e na terra, e Deus é mais do que suficiente Guardião.”
(Alcorão 4:171)