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Termos em árabe





·       Iman - Fé, crença ou convicção.





·       Ramadan - Nono mês do calendário lunar islâmico. É o mês em que foi prescrito o jejum obrigatório.





·       Shaitan - Palavra usada no Islam e na língua árabe referindo-se ao diabo ou Satanás, a personificação do mal.





·       Shahadah - Testemunho de fé.





·       Salah - Palavra Árabe que denota uma ligação direta entre o crente e Allah. Mais especificamente, no Islam, refere-se às cinco orações diárias formais sendo ela a mais importante forma de adoração.





·       Sawm - Jejum





·       Hajj - É a peregrinação a Meca onde o peregrino realiza um conjunto de rituais. O Hajj é um dos cinco pilares do Islam, e todo muçulmano adulto deve realizá-lo pelo menos uma vez na vida caso possuir os meios econômicos e for fisicamente capaz (para realizar tal viagem).





·       Zakah - Caridade obrigatória.





O que é a fé?


IncreasingFaith1.jpgA definição da palavra fé no Merriam Webster Online Dictionary inclui o seguinte: Crença, confiança e lealdade a Deus, crença nas doutrinas tradicionais de uma religião e algo que se acredita especialmente com forte convicção.





No Islam, fé significa considerar, sem dúvida, que algo é verdade. Ela só pode ser concedida a uma pessoa por Allah e inclui a crença e o reconhecimento de Allah como a Única (verdadeira) Divindade. Uma pessoa com fé compreende e aceita sua posição como serva de Allah e reconhece o direito de Allah de ser obedecido e agradecido. A fé também implica saber que as promessas de Allah a Seu servo são verdadeiras e se cumprirão. 





Fé ou Iman é algo expresso em palavras, que se acredita do fundo do coração e é colocada em prática.





O profeta Muhammad disse que a fé tinha setenta e poucos ramos, o maior deles é dizer: ‘Não há divindade (verdadeira) exceto Allah’ e a menor é remover um obstáculo do caminho.[1]





A fé sé expressa com palavras “La ilaha illa Allah wa Muhammad rasulullah”, que significa: Não há divindade verdadeira exceto Allah e Muhammad é Seu Mensageiro. A fé é posta em prática seguindo os cinco pilares do Islam e reside no coração com a crença nos seis pilares da fé.





Os cinco pilares do Islam


·       Shahadah: pronunciar com sinceridade o Testemunho de Fé.





·       Salah: fazer a oração da maneira correta cinco vezes por dia.





·       Zakah: pagar uma porcentagem fixa em caridade para beneficiar os pobres e os necessitados.





·       Sawm: jejuar durante o mês do Ramadan.





·       Hajj: peregrinar a Meca (situada na atual Arábia Saudita) onde o peregrino realiza um conjunto de rituais.





Os seis pilares da fé


·       Crer em Allah.





·       Crer nos anjos.





·       Crer nos livros revelados.





·       Crer nos Mensageiros e Profetas de Allah.





·       Crer no Último Dia.





·       Crer na predestinação ou decreto divino.





A fé (iman) aumenta e diminui


O Profeta Muhammad disse: “… A semelhança do coração é como a de uma pena na raiz de uma árvore, sendo virada uma e outra vez pelo vento.”[2]





A fé é a confiança total em Allah que nos faz sentir seguro e próximo d'Ele - a fé, porém, não é estável, ela aumenta e diminui. A fé muitas vezes flutua de acordo com as circunstâncias da vida, mas qualquer que seja a razão das flutuações, a fé aumenta com a obediência a Allah e diminui com a desobediência. Como crentes, devemos tentar aprender que existem coisas que diminuem nossa fé, tais como deficiências em nossa oração ou sussurros do Shaitan. Por outro lado, devemos tomar medidas adequadas para evitar essas coisas ou situações e, ao mesmo tempo, tentar aumentar nossa fé praticando ações que agradam Allah. Todos temos momentos em que sentimos a necessidade de realizar atos de adoração, sendo isso algo natural e repetitivo ao longo de nossa vida. Assim, assegurar nossa fé é uma das coisas mais importantes que um crente pode fazer. O ponto de partida para aumentar o nível de fé no coração é reconhecer que existe um problema.





O que reduz nosso nível de fé (iman)


·       Negligenciar os atos de adoração.





·       Cometer pecados. Especialmente os pequenos pecados de forma contínua.





·       Ignorância dos Nomes e Atributos de Allah.





·       Não refletir sobre os sinais da grandeza de Allah. Particularmente aqueles que experimentamos todos os dias, como o sol, a lua e as estrelas, a capacidade de respirar ou procriar.





·      Não agradecer a Allah, até mesmo pela mais humilde das habilidades ou posses.





·       Não buscar o conhecimento adequado.





·       Não realizar boas ações, mesmo as mais pequenas, como sorrir.





·       Perder tempo fazendo coisas que não servem para este mundo nem para o próximo.





·       Esquecer que nosso principal propósito é adorar Allah.





·       Ser excessivo com as necessidades da vida. Por exemplo, comer em excesso, dormir o dia todo, ficar acordado até tarde sem nenhum propósito, falar sem uma boa razão e estar preocupado com a riqueza.





Muitas vezes as pessoas sentem que estão se esforçando o máximo possível e não conseguem entender porque sua fé parece estar diminuindo. Neste ponto, é importante lembrar que o pior inimigo da humanidade, o Shaitan, adora fazer com que as pessoas esqueçam o que é melhor para elas. Shaitan encoraja a negligência e a preguiça, ambas características que causam uma diminuição na fé.





Níveis flutuantes de fé são normais. Todos experimentarão isso. Em tais momentos, é importante fazer todos os atos obrigatórios de adoração, nunca abandone completamente o caminho de Allah, pois onde há o mais ínfimo pedaço de fé, a esperança permanece.





Na lição seguinte descobriremos que há uma variedade de opções para se aumentar a fé.





 Como os seres humanos aprendem muito imitando o comportamento dos outros, é importante que eles escolham ou tenham acesso a bons exemplos. Isto é particularmente verdade no Islam. Em um mundo que muitas vezes menospreza a moral e as maneiras islâmicas, é essencial que os muçulmanos tenham pessoas para procurar, admirar e copiar. Não existem pessoas melhores que os membros dos sahabah, aqueles homens, mulheres e crianças que eram próximos ao Profeta Muhammad e foram ensinados o Islam como foi revelado. Na lição anterior, examinamos brevemente dois homens sahabi e agora examinaremos duas das esposas mais influentes do Profeta Muhammad.





Khadija, a Filha de Khuwaylid


Khadija foi a primeira, e por 25 anos, a única esposa do Profeta Muhammad. Ela tinha 40 anos e viúva duas vezes quando se casou com ele, então com 25 anos, o qual ainda não havia recebido a condição de Profeta. Khadija era uma empresária bem-sucedida, rica por si mesma com reputação de lidar com deficientes, órfãos, viúvas e pobres, com bondade e compaixão; ela era conhecida como "At-Tahira", a pura. Khadija amou e apoiou o Profeta Muhammad durante os primeiros anos difíceis do Islam. Ela fez isso no espírito de parceria e companheirismo inerentes a um casamento verdadeiramente islâmico.





Khadija foi a primeira pessoa a aceitar a mensagem do Islam e ficou ao lado do marido quando a família e os amigos se voltaram contra ele e planejaram matá-lo. Apoiou a ascensão do Islam com sua riqueza e saúde. Ela forneceu comida, água e medicamentos para a comunidade banida e boicotada. Mesmo não acostumada à privação, Khadija nunca reclamou das más condições em que ela foi forçada a suportar. Depois de sua morte (três anos antes da migração dos muçulmanos de Meca para Madina), o Profeta Muhammad observou que ela era uma mãe amorosa, uma esposa leal e solidária que compartilhava todos os seus segredos e sonhos mais profundos.





Aisha a filha de Abu Bakr


Aisha era filha de Abu Bakr, um dos companheiros mais próximos do Profeta Muhammad. Durante seu casamento com o Profeta Muhammad, o casal desenvolveu um relacionamento próximo e foi em seus braços que ele morreu em 632 E.C. Considerada por muitos como sua esposa favorita, ela foi uma figura ativa em inúmeros eventos e uma testemunha importante de muitos outros.





Aisha era generosa e paciente. Ela suportava sem reclamar a pobreza e a fome que eram comuns nos primeiros dias do Islam. Por dias a fio, nenhum fogo era aceso na casa escassamente mobilada do Profeta para cozinhar ou assar pão, e eles viviam apenas com tâmaras e água. A pobreza não afligiu ou humilhou Aisha e quando a autossuficiência chegou não corrompeu seus modos gentis.





Aisha também era conhecida por sua sabedoria e curiosidade. Ela sempre fazia perguntas e esclarecia até os menores pontos; isso fez dela um recurso inestimável. Mais de 2.000 narrações hadith podem levar até ela. Devido ao seu vasto conhecimento, ela era frequentemente consultada antes de um parecer ser dado ou decisões serem tomadas. Viveu muito depois da morte do Profeta e foi capaz de ensinar aos muçulmanos sua religião por muitos anos antes de sua morte.





Como discutimos na lição 1, as pessoas, principalmente as crianças, aprendem copiando o comportamento das pessoas importantes ou famosas de suas vidas. Tente se lembrar da última vez que ouviu crianças brincando; muitas delas desejam ser a última estrela do esporte ou sensação musical. Infelizmente, em alguns casos, quando atingem a idade adulta, essas crianças podem contar tudo sobre os astros da mídia, mas não um único fato sobre os companheiros do Profeta Muhammad. Elas podem citar estatísticas esportivas perfeitamente, mas tropeçam na recitação da Al-Fatihah. No dia da ressurreição, esses ídolos do entretenimento vão ignorar e repudiar todos aqueles que os tomaram como modelos. Curiosamente, na conclusão de um anúncio da Reebok, o ídolo do basquete caminha até a câmera e diz: "Só porque eu enterro uma bola não significa que tenho que criar seus filhos". Até as próprias estrelas percebem que nem sempre exibem um comportamento que os outros devem aspirar ou imitar.





Os exemplos de vida não apenas demonstram o melhor comportamento, mas também demonstram como aprender com os erros e falhas. Os sahabah, em particular, frequentemente se encontravam em situações difíceis e de difícil aprendizagem. Em muitos casos, foi o próprio Profeta Muhammad quem corrigiu o comportamento deles, e ele o fez de uma maneira que não humilhou ou aborreceu o agressor. Bons exemplos, como os sahabah, ensinam por seu comportamento; eles ensinam aqueles que os admiram a viver de uma maneira que agrade a Allah. Deles aprendemos que os seres humanos não são perfeitos, mas podem procurar agradar a Allah em tudo o que fazem e em todas as reações às influências externas.



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