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Quando nos casamos, não estamos só levando uma esposa, mas um mundo inteiro. De agora em diante, até o final de nossos dias, a esposa será nossa parceira, companheira e melhor amiga. Ela partilhará nossos momentos, nossos dias, nssos anos, nossas alegrias e tristezas,  sucessos e fracassos,  sonhos e receios.





 





Quando estivermos doentes, será ela quem melhor cuidará de nós, quando precisarmos de ajuda, ela fará o máximo que puder por nós. Se tivermos um segredo, ela o guardará, se precisarmos de um conselho, ela será a melhor conselheira. Ela sempre estará conosco: pela manhã, ao acordar, a primeira coisa que nossos olhos verão serão os dela; durante o dia ela estará conosco e, se por um momento não estiver fisicamente, ela estará pensando em nós, orando com todo seu coração, espírito e alma; quando à noite formos dormir, a última coisa que nossos olhos verão serão os dela e quando estivermos dormindo   ainda assim estaremos com ela em sonhos. Em resumo, ela será todo o nosso mundo e nós seremos todo o mundo dela.





A melhor descrição que eu li a respeito da proximidade dos casais é a que está no versículo alcorânico que diz: “Elas são as suas verstimentas e vós sois as vestimentas delas” (Surata al-Bácara, 2:187). Na verdade,  os esposos são como vestimentas uns para os outros porque eles se dão proteção, conforto, agasalho, apoio e o ornamento da mesma forma que as roupas fornecem ao ser humano. Imaginemos uma viagem ao Alaska, em pleno inverno, sem roupas! Nossas esposas nos fornecem o mesmo nível de conforto, proteção, agasalho e apoio na jornada de nossas vidas nesta terra, como as vestimentas fazem no inverno do Alaska.





A relação entre os esposos é a mais fantástica de todas as relações humanas: amor e  afeto, intimidade e proximidade,  misericórdia e compaixão, a paz e tranquilidade que inundam os corações dos esposos é simplesmente inexplicável. A única explicação racional para estes sentimentos tão fantásticos é que se trata de um ato de Allah Subhanahu wa Ta’ala, “E Allah criou para vós companheiras (e companheiros de vossa espécie…) (Surata an Nahl 16:72) Somente nosso Todo Poderoso Allah Subhanahu wa Ta’ala, em Seu Infinito Poder, Misericórdia Ilimitada e Grande Sabedoria poderia criar e enraizar esses abençoados e notáveis sentimentos nos corações dos esposos. Realmente, Allah Subhanahu wa Ta’ala está lembrando áqueles que buscam Seus sinais no universo que esses sentimentos nos corações dos esposos estão entre os sinais que devem guiar os seres humanos para a Sua existência, conforme Ele diz no Alcorão “E entre Seus sinais está este, o de que Ele criou para vós companheiras de vossa espécie para que possam viver em paz com elas e Ele colocou amor e misericórdia entre seus corações: em verdade, estes são sinais para aqueles que meditam.” (Surata al Rum 30:21).





Mas Allah Subhanahu wa Ta’ala sabe que o coração humano não é uma entidade estática, pois algumas vezes ele é fraco e outras é dinâmico. Os sentimentos podem e devem mudar com o tempo. O amor pode murchar e desaparecer. Os laços matrimoniais, se não forem adequadamente cuidados, podem enfraquecer. A felicidade no casamento não é uma garantia: a felicidade contínua exige o doar constante de ambos os lados. Para que a árvore do amor conjugal permaneça viva e continue crescendo, o solo deve ser sustentado, mantido, regado e alimentado.





Lembrem-se de que nosso Profeta Muhammad (s.a.w.) encontrou tempo para sair para o deserto e correr com sua esposa Aisha. No início ela ganhava mas, depois, quando ela ganhou algum peso ele é quem ganhava dela.





Lembrem-se de que o Profeta (s.a.w.) levou sua esposa para assistir aos jovens etíopes dançando suas danças folclóricas. A exposição das emoções é necessária para manter os laços conjugais longe do desinteresse e desintegração.





Lembrem-se de que seremos recompensados por Allah Subhanahu wa Ta’ala pelos sentimentos que demonstrarmos para com as esposas, como o Profeta (s.a.w.) disse “será recompensado aquele que fizer qualquer coisa pela satisfação de Allah, até a comida que ele colocar na boca de sua esposa”.





Jamais subestimem a importância das coisas pequenas, tais como colocar o alimento na boca da esposa, abrir a porta do carro para ela, etc. Lembrem-se de que o Profeta (s.a.w.) costumava estender seu joelho para ajudar sua esposa a subir no camelo.





Tentem sempre encontrar algum tempo para que ambos rezem juntos. O fortalecimento do laço entre vocês e Allah Subhanahu wa Ta’ala é a melhor garantia de que seus próprios laços conjugais permanecerão sempre fortes. Viver na paz de Allah Subhanahu wa Ta’ala terá como consequência ter mais paz em casa.





Lembrem-se de que o Profeta (s.a.w.) trouxe boas novas para os casais que acordam durante a noite para orarem juntos. O Profeta (s.a.w.) até recomendou que o cônjuge que se levantar primeiro acorde o outro jogando água fria no rosto. Tentem sempre ser bons para as esposas, com palavras e ações. Falem com ela, sorriam para ela, procurem seu conselho, peçam sua opinião, passem algum tempo com ela e sempre lembrem-se de que o Profeta (s.a.w.) disse “o melhor dentre vós é o melhor para com as esposas.”





Finalmente, é comum os esposos prometerem amor e fidelidade até que a morte os separe. Eu acredito que esta promessa é boa mas não suficiente! Não basta que vocês amem suas esposas. Vocês têm que amar o que elas amam também. Sua família, seus entes queridos também devem ser seus entes queridos. Não sejam como um colega meu que estava infeliz porque os pais de sua esposa estavam chegando para uma visita de algumas semanas. Ingenuamente, ele disse “Não gosto de seus pais”. Naturalmente que ela olhou para ele com raiva e disse “Muito menos gosto dos seus” …Também, não basta que vocês as ame até que a morte os separe. O amor nunca termina e nós acreditamos que existe vida depois da morte, onde aqueles que foram justos neste mundo juntar-se-ão aos seus pares (Surata al Zukhruf 43:70) e descendentes. O melhor exemplo a respeito disto é o do Profeta (s.a.w.), cujo amor por Khadija, sua esposa por 25 anos, se estendeu àqueles que ela amava e continuou até mesmo depois da morte dela. Muitos anos haviam se passado depois da morte dela e ele nunca se esqueceu dela e sempre que um cabra era morta em sua casa ele mandava pedaços da carne para a família e amigos de Khadija, e sempre que ele sentia que o visitante à sua porta podia ser a irmã de Khadija, Hala, ele suplicava, dizendo “Ó, Allah, tomara que seja Hala”.





Palestra do sheikh Abdullah Adhami sobre maridos (e esposas)





 


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