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A Fé e a Crença Muçulmana


Todo o indivíduo acredita em alguma coisa, na verdade, nas superstições, e as vezes, até em coisas resultantes de interpretações falsas ou equívocas, tais crenças podem se modificar, com a idade e com a experiência, entre outros fatores, mas, certas crenças, são compartilhadas pôr grupos em comum.





Neste contexto, e o aspecto mais importante é a idéia que o homem faz da sua própria existência; de onde ele veio? para onde vai? quem o criou? qual a razão e o objetivo da sua existência?, e assim pôr diante.





A ciência que trata disso é a religião, as crenças são um assunto puramente pessoal, nem pôr isso , deixou a historia de registrar, quanto às religiões da espécie humana, inúmeros atos de violência em nome da religião, atos de que até os animais se envergonhariam, o princípio básico do Islam está contido no seguinte versículo do Alcorão Sagrado:





”Não há imposição quanto a religião, porque já se destacou a verdade do erro. Quem renegar o sedutor e crer em Deus, ter-se-á apegado a um firme e inquebrantável sustentáculo, porque Deus é Oniouvinte, Sapientíssimo.” (Alcorão Sagrado, 2:256)





É uma caridade, e até um sacrifício, guiar os outros, no seu esforço de dispersar a ignorância dos semelhantes, sem obrigar quem quer que seja a qualquer espécie de crença, está e a posição do Islam.





O conhecimento e a inteligência do homem estão num contínuo processo de evolução, o conhecimento médico ou matemático de um Galeno ou de um Euclides mal preenche, hoje em dia, os requisitos básicos para uma prova de admissão; muito mais do que isso é exigido dos universitários, atualmente.





No campo dos dogmas religiosos, é bem possível que o homem primitivo tivesse sido até incapaz de formular uma noção abstrata sobre um Deus transcendental, cujo culto dispensasse símbolos ou outras representações materiais.





Até na sua linguagem, ele era incapaz de transmitir idéias sublimes, sem ser forçado a usar termos que pouco se adequavam a tais conceitos abstratos. o Islam enfatizou, de modo específico, o fato de que o homem é constituído de dois elementos, corpo e alma, frisando que ele não deveria negligenciar um, em favor do outro.





Dedicar-se exclusivamente a objetivos espirituais seria o mesmo que aspirar a se tornar um anjo; dedicar-se exclusivamente a objetivos puramente materiais é o mesmo que se rebaixar à condição bestial.





O objetivo de ter criado o homem com a sua capacidade dual, continuará inalcançavel, se este não mantiver, simultaneamente, um equilíbrio harmonioso, entre as necessidades do corpo e as do espírito.





Os muçulmanos devem a sua fé religiosa a Muhammad, (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), o Mensageiro de Deus, certo dia respondeu assim, a uma pergunta sobre o que seria a fé.





”Acreditar no Deus Único, em seus mensageiros angelicais, nos livros revelados pôr Ele, nos seus mensageiros humanos, no dia do juízo final, e na determinação, pôr Deus, do bem e do mal.”





Na mesma ocasião, ele explicou o que significa submissão a Deus, e qual é a melhor maneira de obediência, aspectos que iremos abordar agora. A Fé no Islam é encarada sob os seguintes aspectos: Fé em Deus, nos Profetas, nos Anjos, nas Escrituras Sagradas, na Predestinação, na Ressurreição e no Juízo Final.





Fé em Deus:





O Muçulmano acredita em um Deus Único, Supremo e Eterno, Infinito e Poderoso, Clemente e Misericordioso, Criador e Sustentador. Para ser efetiva está crença exige completa confiança e esperança em Deus, submissão voluntária à vontade d’Ele e confiança na Sua Misericórdia. Isso confere dignidade ao homem e salva-o do medo e do desespero, do pecado e da confusão.





Nos Profetas:





Ele acredita em todos os Profetas de Deus sem distinção alguma entre eles, tais Mensageiros eram notáveis propagadores do bem e verdadeiros campeões da justiça. Cada um deles foi escolhido pôr Deus para ensinar e transmitir à humanidade a Sua Divina Mensagem.





Eles foram mandados em várias épocas da história. Em certas alturas, Deus enviou ao mesmo tempo dois Mensageiros ou mais, o Sagrado Alcorão menciona 25 nomes de tais mensageiros, Adão, Enoc, Noé, Heber, Saleh, Abraão, Ismael, Lot, Isaac, Jacó, José, Jó, Jetro, Aarão, Moisés, Josue, Elias, Eliseo, Daví, Salomão, Jonas, Zacarias, João o Batista, Jesus o Messias e o selo dos profetas, o último dos Mensageiros enviado pôr Deus a humanidade, Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre eles), todos os muçulmanos acreditam em todos Eles e aceita-os como Mensageiros e Profetas de Deus.





Estes eram conhecidos, como Mensageiros nacionais ou locais, com exceção de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), que foi enviado para toda a humanidade.





Os Mensageiros encarregados de guiar a humanidade pelo bom caminho de Deus, sem nenhuma exceção, eram mortais, seres humanos , dotados para receber a revelações divinas e escolhidos pôr Deus para levarem a cabo certas tarefas.





Entre eles, Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), aparece como o último Mensageiro e glória suprema de todos os Profetas.





Está não é uma atitude arbitrária, nem meramente uma crença de conveniência, tal como todas as outras crenças Islâmicas, é uma verdade autêntica e lógica. Será também útil mencionarmos aqui os nomes de alguns dos grandes Mensageiros, citados nos seguintes versículos do Alcorão:





”Dize: Cremos em Deus, no nos tem sido revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacó e às tribos; no que foi concedido a Moisés e a Jesus e no que foi dado aos profetas pôr seu Senhor; não fazemos distinção alguma entre eles, e nos submetemos a Ele.” (Alcorão Sagrado 2:136) 


“Inspiramos-te, assim como inspiramos Noé e os profetas que o sucederam; assim, também, inspiramos Abraão, Ismael, Isaac, Jacó e as tribos, Jesus, Jó, Jonas, Araão, Salomão, e concedemos os Salmos a Davi. E enviamos alguns Mensageiros, que te mencionamos, e outros, que não te mencionamos; e Deus falou a Moisés diretamente.


 


Foram Mensageiros alvissareiros e admoestadores, para que os humanos não tivessem argumento algum ante Deus, depois do envio deles, pois Deus é Poderoso Prudentíssimo.” (Alcorão Sagrado 4:165)


”Agraciamo-lo com Isaac e Jacó, que iluminamos, como havíamos iluminado anteriormente Noé e sua descendência, Davi e Salomão, Jó e José, Moisés e Araão. Assim, recompensamos os benfeitores.E Zacarias, João, Jesus e Elias, pois todos eles se contavam entre os virtuosos.E Ismael, Eliseu, Jonas e Lot, cada um dos quais preferimos sobre os seus contemporâneos.E a alguns de seus pais, progenitores e irmãos, elegemo-los e os encaminhamos pela senda reta.” (Alcorão Sagrado 6:84-87) 





“Ó fiéis, crede em Deus, em Seu Mensageiro, no Livro que Ele lhe revelou e no Livro que havia sido revelado anteriormente. Em verdade, quem renegar Deus, Seus Anjos, Seus Livros, Seus Mensageiros e o Dia do Juízo Final, desviar-se-á profundamente.” (Alcorão Sagrado 4:136) 


Nos Anjos:





Sendo Deus invisível à percepção física, era necessário haver algum meio de contato entre o homem e Ele; do contrário, não seria possível seguir a vontade divina.





Deus é o Criador, não apenas dos nossos corpos, mas de todas as nossas faculdades, que são diversas, e cada um capaz de uma certa evolução.





Foi Ele quem muniu de intuição, de consciência moral, e com meios de que nos valemos para nos orientar pelo caminho reto.





O mais alto nível de contato, o meio mais seguro e infalível de comunicação entre o homem e o seu Criador é chamado, pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), de ”Wahi”.





Está não é uma inspiração comum, mas sim, a verdadeira revelação, feita ao homem pelo Senhor, uma comunicação celestial.





O homem é matéria; Deus, pelo contrário, está acima até do espírito, e, portanto, é inacessível a qualquer contato físico direto com o homem. Deus é Onipresente, e como diz o Alcorão 50ª Surata, versículo 16; “está mais perto dele do que a sua veia jugular”.





Mesmo assim, não há qualquer contato físico, portanto, é um Anjo, portador da mensagem celestial, mensageiro que serve de intermediário ou de canal de comunicação da mensagem de Deus ao Seu agente ou mensageiro humano, ou seja os Profetas. Ninguém além do Profeta, recebe tal revelação, pôr intermédio de um mensageiro celestial.





O fruto da crença nos Anjos, incrementa o sentimento da grandeza de Deus e a conscientização de Sua misericórdia, porque delegou aos Anjos pedirem pêlos crentes e pedirem indulgência pôr eles. A pessoa se afastará, à medida do possível de desobediência, quando recorda que eles registram tudo quanto ele diz ou faz.





O verdadeiro Muçulmano crê nos Anjos de Deus, estes são seres esplêndidos e puramente espirituais, cuja natureza não necessita de alimento, bebida ou sono.





Eles passam o dia e a noite ao serviço de Deus, são numerosos, e cada um deles tem o seu cargo e um certo dever, se nós não podemos ver os Anjos a olho nu, isso não nega a existência e a realidade deles.





Há, no mundo, muitas coisas invisíveis à vista ou insensíveis aos sentidos e, no entanto, acreditamos na existência delas, há lugares que nunca vimos e coisas, como o gás ou o éter, que não podemos ver a olho nu, nem tocar, nem provar ou ouvir; e no entanto reconhecemos a existência deles.





A crença nos Anjos deriva do principio Islâmico que diz que ”o conhecimento e a verdade não se limitam só ao conhecimento sensorial ou à percepção sensorial.”





De acordo com o Alcorão, o mensageiro celestial que trouxe as revelações para o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), chama-se Gabriel ( Jibril).





O Alcorão também se refere a Miguel (Mikail), sem porém indicar suas funções, Malik é o guardião do inferno, o Alcorão também fala de outros Anjos sem atributos específicos, sendo que todos eles cumprem as ordens de Deus.





A crença Islâmica de que Gabriel, a quem o Alcorão também cognomina de ”Espírito Fiel” (Arruh Al Amin), prevalece sobre todos.





Al Nawwas Ibn Sam’an relata que o Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), disse:





”Quando Deus deseja revelar algo ao homem, fala claramente as palavras a serem relatadas. Neste instante, os céus estremecem pôr temor à Ele. Quando as palavras de Deus chegam aos habitantes dos céus, estes se chocam e caem prostrados. O primeiro deles a erguer a cabeça será o Arcanjo Gabriel, então, passará pêlos outros Anjos em diferentes céus, e é perguntado em cada um: 





O que é que o nosso senhor disse? 


Ele responderá: 


Disse a verdade; Ele é o Grandioso, O Altíssimo. 


Todos repetirão a mesma frase depois dele, Gabriel então irá onde o Todo Poderoso lhe ordenar.” 


O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), nos ensinou que estes seres espirituais imperceptíveis, que as pessoas crêem ser divindades ou deuses meninos de Deus, são na realidade os Seus Anjos.





Eles não compartilham da divindade de Deus; eles estão debaixo do Seu comando, e são tão obedientes que não se desviam dos Seus comandos nem sequer a mais pequena fração de centímetros.





Deus utiliza-os para administrar o Seu Reino, e Eles cumprem as Suas ordens cm exatidão e perfeição, não tem autoridade para fazer nada da sua própria autoria.





Não podem apresentar a Deus um esquema concebido pôr Eles próprios, não estão autorizados sequer a interceder perante Deus pôr qualquer humano.





Adorá-los e solicitar a sua ajuda é degradante ao homem, no primeiro dia da criação do homem, Deus fê-los prostrar perante Adão (que a Paz esteja com ele), outorgando-lhe um conhecimento maior do que aquele que Eles possuíam, e passando pôr cima deles conferiu a Adão (que a Paz esteja com Ele), a Sua própria vice regência na Terra.





”Recorda-te ó Profeta de quando teu Senhor disse aos anjos: Vou instituir um legatário na terra! Perguntaram-lhe: Estabelecerás nela quem ali fará corrupção, derramando sangue, enquanto nós celebramos Teus louvores, glorificando-Te? Disse o Senhor: Eu sei o que vós ignorais. Ele ensinou a Adão todos os nomes e depois apresentou-os aos anjos e lhes falou: Nomeai-os para Mim se estiverdes certos. Disseram: Glorificado Sejas! Não possuímos mais conhecimento além do que Tu nos proporcionaste, porque somente Tu és Prudente, Sapientíssimo. Ele ordenou: Ó Adão, revela-lhes os seus nomes. E quando ele lhes revelou os seus nomes, asseverou Deus: Não vos disse que conheço o mistério dos céus e da terra, assim como o que manifestais e o que ocultais? E quando dissemos aos anjos: Prostrai-vos ante Adão! Todos se prostraram, exceto Lúcifer que, ensoberbecido, se negou, e incluiu-se entre os incrédulos.” (Alcorão Sagrado 2:30-34)





O Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), proibiu os muçulmanos de adorarem os anjos ou associá-los com Deus na Sua divindade, e ao mesmo tempo informou-nos que eles foram considerados criaturas de Deus.





Mais ainda, Ele informou-nos que estes anjos de Deus rodeiam-nos, estão-nos atribuídos e estão sempre em nossa companhia. Eles observam e anotam todas as nossas ações, as boas e as más, registram completamente a vida de todos os humanos.





Após a morte quando formos levados perante Deus, apresentarão um relatório completo de nossa existência na terra, onde encontraremos tudo corretamente registrado, nem o mais pequeno movimento será esquecido, pôr mais secreto e oculto que ele seja.





Não fomos informados da natureza intrínseca dos anjos, só algumas virtudes e atributos nos foram mencionados e fomos chamados a crer na sua existência, não temos outros meios de conhecer a sua natureza, os seus atributos e as suas qualidades, seria, no entanto, insensato da nossa parte atribuir-les qualquer forma ou qualidade.





Nas Escrituras Sagradas:





Deus revelou os Livros aos seus Profetas antes de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), e estes Livros foram enviados para a Terra do mesmo modo que Ele enviou o Alcorão à Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele).





Nós fomos informados dos nomes de alguns destes Livros, pôr exemplo, Livros de Abraão, o Tora de Moisés, Salmos de Davi e o Evangelho de Jesus (que a Paz esteja com eles).





Não fomos informados dos nomes dos Livros que foram revelados a outros Profetas, assim, olhando para outros Livros religiosos existentes, não estamos em posição de dizer, corretamente se eles são os que foram revelados ou não.





Mas acreditamos, tacitamente, que todos os Livros que foram enviados para a Terra pôr Deus são todos verdadeiros. Dos Livros que acabamos de falar, desapareceram os Livros de Abraão e não há vestígios deles na literatura Mundial existente, os Salmos de Davi, o Tora e o Evangelho, encontram-se com os judeus e os Cristãos, mas o Alcorão diz-nos que as pessoas introduziram mudanças e interpolações nesses Livros, e as palavras de Deus foram misturadas com textos da suas própria autoria.





A adulteração destes Livros foram tão grande e tão evidente que mesmo os Judeus e os Cristãos admitem que não possuem os textos originais , e somente as suas traduções e que há muitos séculos muitas alterações foram feitas e continuam a ser feitas.





Ao estudar estes livros encontramos muitas passagens e acontecimentos que não podem vir de Deus, as palavras de Deus e as do homem estão misturadas nestes livros e não temos meio de saber qual a porção vinda de Deus e qual a porção vinda do homem.





Ordenaram-nos que acreditássemos nos livros revelados previamente, só no sentido de admitir que antes do Alcorão, Deus enviou outros Livros através de seus Profetas, que eram todos de um só Deus, do mesmo Deus que enviou o Alcorão o qual, como Livro Divino, não é um acontecimento novo nem estranho, mas só confirma, restabelece e completa as instruções de Deus que as pessoas mutilaram ou perderam na antigüidade.





O Alcorão é o último dos Livros Divinos enviado pôr Deus a toda a humanidade, e existe algumas diferenças pertinentes entre o Alcorão e os Livros anteriores, estas diferenças podem ser expostas sumariamente como mostraremos a seguir:





1º- Os textos originais da maioria dos primeiros Livros foram completamente perdidos e só existem hoje as suas traduções.





O Alcorão, pôr outro lado, existe hoje em dia tal como foi revelado ao Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), a 1400 anos atrás; nem uma palavra, nem uma vírgula, nem um ponto, foi adulterado está disponível nos seus textos originais e apalavra de Deus está preservada para todos os tempos.





2º- Nos primeiros Livros Divinos revelados, o homem misturou as suas palavras com as de Deus, mas no Alcorão nós encontramos somente as palavras de Deus e na sua mais bela pureza, isto é admitido até mesmo pôr aqueles que se opõem ao Islam.





3º- Em relação a que nenhum outro Livro Sagrado é possuído pôr outras pessoas, pode dizer-se, com base nas evidências históricas que ele realmente pertence ao Profeta a que foi atribuído. No caso alguns deles não se sabe como, e em que época e a que Profeta foram revelados.





Quanto ao Alcorão, a evidência de que ele foi revelado ao Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), é tão volumosa, tão convincente, tão forte e tão compelida que mesmo o pior crítico do Islam não pode ter dúvidas acerca disso. esta evidência é tão vasta e detalhada que pode ser sabido quando e onde foram reveladas muitas estrofes e exortações do Alcorão.





4º- Os primeiros Livros Divinos revelados foram enviados em línguas que já não são mais utilizadas há muito tempo, na era atual nenhuma nação ou comunidade fala aquelas línguas e há só poucas pessoas que dizem compreendê-las; assim mesmo se estes livros existissem na sua forma atual e não adulterada, seria virtualmente impossível na nossa época atual compreender e interpretar corretamente as sua exortações e po-las em prática na forma exigida.





A língua utilizada no Alcorão, pôr outro lado, é uma língua viva; há milhões de pessoas que a falam, e milhões que a compreendem-na e a conhecem. É ensinada e estudada em quase todas as universidades do mundo; qualquer homem pode aprendê-la e quem não puder aprende-la pode encontrar em qualquer lugar pessoas que conhecem está língua, e que podem facilmente lhe explicar o significado do Alcorão.





5º- Cada um dos Livros Sagrados existentes encontrados entre várias nações do mundo foi endereçado para um determinado povo, todos eles contêm um número de ordens que parece terem sido feitas para um determinado período da história, os quais alimentam as necessidades só desta época.





Eles nem são necessários hoje nem podem agora serem postos em prática corretamente e com lisura, daqui se conclui que estes livros não tenham um significado especial para todo mundo.





Além disso, eles não foram enviados para serem seguidos permanentemente pelo mesmo povo para que foram enviados, eles foram feitos para atuarem só durante um certo período, em contraste com isto, o Alcorão foi endereçado a toda a humanidade, não há uma simples exortação de que se suspeite ter sido endereçada a um povo em particular.





Do mesmo modo todas as ordens e exortações do Alcorão são tais que podem atuar em qualquer lugar e sempre, este fato prova que o Alcorão tem significado para todo o mundo e é um código interno para a vida humana.





6º- Não se nega o fato de que os primeiros livros divinos também apresentam virtude, eles também ensinam os princípios da moralidade e da veracidade e apresentam o modo de vida que é o agrado de Deus, mas nenhum deles é suficientemente compreensivo para abranger tudo aquilo que é necessário para uma boa vida humana.





Alguns deles primam a respeito de uma coisa, outros de outra. É o Alcorão e só o Alcorão que apresenta não só aquilo que era bom nos primeiros Livros mas também aperfeiçoa o caminho de Deus e apresenta-o, o seu todo, apresenta um código de vida, incluindo tudo o que é necessário para o homem nesta Terra.





A fórmula do credo enunciado pelo Profeta Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), fala desses Livros, não se referindo tão somente ao livro, o que significaria o Alcorão. Esta tolerância é característica nos seus ensinamentos. O Alcorão alude a ela em vários trechos. Pôr exemplos: 





”O Mensageiro crê no que foi revelado pôr seu Senhor e todos os fiéis crêem em Deus, em Seus anjos, em Seus Livros e em Seus mensageiros. Nós não fazemos distinção alguma entre Seus mensageiros. Disseram: Escutamos e obedecemos. Só anelamos Tua indulgência, ó Senhor nosso! A Ti será o retorno!”(Alcorão Sagrado 2:285)





”Não houve povo algum que não tivesse tido um admoestador.” (Alcorão Sagrado 35:24)


 


”Antes de ti, havíamos enviado mensageiros; a história de alguns deles te temos relatado, e há aqueles dos quais nada te revelamos.” (Alcorão Sagrado 40:78)


O Alcorão cita os nomes e reconhece os Livros de Abraão, Moisés, Davi e Jesus (que a Paz esteja com eles), como os Livros revelados pôr Deus.





É verdade que hoje não sobraram mais nem traços dos Livro de Abraão (que a Paz esteja com ele), conhece-se a triste história da Tora de Moisés (que a Paz esteja com ele), e como ela foi destruída pêlos pagãos pôr mais de uma vez.





O mesmo destino tiveram os Salmos de Davi (que a Paz esteja com ele), quanto a Jesus (que a Paz esteja com ele), ele não teve tempo para compilar ou ditar o que pregava, foram os seus discípulos e seus sucessores que rebuscaram e transmitiram para a posteridade seus ensinamentos, em inúmeros tratados, muitos deles foram considerados apócrifos pela própria igreja alguns anos depois.





Seja como for; eis um dogma para os muçulmanos crerem não só no Alcorão, mas também nas coletâneas originais de revelações Divinas da época pré-islâmica.





O Alcorão é a palavra de Deus, revelada a Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele), desde a Surata da abertura até a Surata dos Humanos, constituindo o derradeiro dos Livros revelados à humanidade pôr Deus. 



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