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A Verdade Sobre os Califas Probos (3)


Osman Ibn Affan (R)


Você não se envergonha perante um homem que os anjos se envergonham


perante ele?


Preparação: Dr. Ahmad Al Mazid


Dr. Ádel Ach Chadi


Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso


Louvado seja Allah, Altíssimo em Sua Magnificência. Que a paz e a graça


de Allah esteja com o Seu Profeta e escolhido, Mohammad Ibn Abdullah,


com os seus familiares, seus companheiros, quem pregar a sua missão e


seguir a sua orientação até o Dia do Juízo.


A nossa jornada nos conduz ao terceiro homem no Islam, após o Mensageiro


de Deus (S), a uma das lâmpadas da orientação, ao homem generoso,


portador da hombridade e da honra: Osman Ibn Affan


O Homem das Duas Luzes (R)


É Osman Ibn Affan Ibn Abi Al ‘As, ibn Umaiya.


O coraixita omíade


Ibn Al Jauzi disse: “Fique sabendo que Osman (R) converteu-se ao Islam


antes que o Profeta (S) frequentasse a casa de Arcam( local onde os


muçulmanos se reuniam no início do Islam). Quando se converteu, o seu tio,


Al Hakam Ibn Abi Al ‘As, prendeu-o. Quando constatou a sua firmeza na


sua religião, soltou-o”


Ele emigrou duas vezes para Abissínia, acompanhado com Rucaiya, filha do


Profeta (S).”


Ibn Hijr disse: “Converteu-se muito cedo, convidado pelo Siddik (R)”.


Imigrou para a Abissínia na duas vez e para Madina na terceira vez.


Casou com Rucaiya, filha do Rassulullah (S), antes da profecia. Ela faleceu


nas noites da batalha de Badr. Ele não participou da batalha, por causa da


doença da esposa e foi autorizado pelo Profeta (S). Este lhe garantiu a


recompensa e o considerou como participante. A notícia da vitória dos


muçulmanos chegou no dia do enterro de Rucaiya, em Madina.


Casou-se, então, com a irmã dela, Ummu Kulçum, que faleceu no ano 9 da


Hégira.


Os sábios disseram: “Não se conhece ninguém que se casou com duas filhas


do Profeta além dele, por isso foi denominado zunnurain (o homem das duas


luzes)”.


É um dos primeiros muçulmanos, o primeiro a emigrar, um dos dez


auspiciados pelo Paraíso, um dos seis que o Mensageiro de Allah (S), ao


falecer, estava satisfeito com eles.


Um dos companheiros que compilaram o Alcorão em um livro e ditribui-lo


para várias regiões


Já foi dito que o Siddik (R) compilou-o também, porém, Osman (R) se


distinguiu em compilá-lo num livro, utilizando um só tipo de pronúncia, das


sete em que foi revelado.


O Mensageiro de Allah (S) o designou governador de Madina na expedição


de Zátir Ricá e na expedição de Ghatfan.


Ibn Ishác disse: “Foi uma das primeiras pessoas a adotar o Islam depois de


Abu Bakr, de Áli e de Zaid Ibn Háriça. Era de beleza ímpar.3


Ibn Kacir disse: “É um dos três que foram designados para ocupar o califado


entre os seis. Posteriormente com o consenso dos muhajirin e ansar, foi


designado como o terceiro califa probo, um dos líderes orientadores que o


Rassulullah (S) ordenado que fossem seguidos”.


Seu Caráter


Tinha muita moral, pudor, generosidade, cuidava de seus familiares e


parentes, por Deus, estimulando-os a preferir a vida futura a esta, imitando o


Profeta (S). Assim fazia, com receio que Deus os lançasse no inferno,


colocando em seus corações orientação e fé.


Suas Participações


Participou de Uhud, Khandaq e Hudaibiya. O Profeta (S) deu o voto de


confiança por ele no dia de Hudaibiya, com uma das mãos. Participou de


Khaibar e Amrat al Kadá. Participou da conquista de Makka, de Hawazan,


de Taif e de Tabuk. Financiou o exército de apuro com trezentos camelos


junto com todos os mantimentos.


Praticou o Hajj com o Rassulullah (S) na peregrinação de despedida.


Quando o Profeta (S) faleceu, estava satisfeito com ele.


Foi excelente companheiro de Abu Bakr e quando este faleceu, estava


satisfeito com ele.


Foi excelente companheiro de Ômar e quando este faleceu, estava também


satisfeito com ele. Foi escolhido entre os seis do colegiado e foi o preferido


deles.


Seu califado


Foi nomeado califa depois de Ômar. Conquistou várias regiões,


ampliando o império muçulmano, fazendo chegar a mensagem islâmica


tanto ao Oriente como ao Ocidente. As pessoas consideraram-no a


confirmação das palavras do Altíssimo: “Allah prometeu àqueles


dentre vós, que creem e praticam o bem, fazê-los herdeiros da terra,


como fez com os seus antepassados; consolidar-lhes a religião que


escolheu para eles e trocar a sua apreensão por tranquilidade”.


(24:55).


E as palavras do Altíssimo: “Foi Ele Quem enviou o Seu Mensageiro


com a orientação e com a verdadeira religião, para fazê-las


prevalecer sobre todas as religiões, ainda que isto desgoste os


idólatras”. (61:9).


E as palavras do Mensageiro de Allah (S): “Quando Cesar morrer, não


haverá outro depois dele. Quando Cosroé morrer, não haverá outro


depois dele. Por Aquele em Cujas Mãos está a minha alma, os tesouros


deles serão utilizados pela causa de Allah”. (Musslim). Tudo isso


aconteceu durante o califado de Osman.


Osman do Bem


Hassan Al Bassri descreveu o período de Osman (R) dizendo: “Diariamente,


as pessoas estavam dividindo algo. Eram convocados: ‘Ó muçulmanos,


venham receber as doações e levavam em grande quantidade, venham


receber os seus bens, venham receber a manteiga e o mel. Os bens eram


vastos, o inimigo quieto, temeroso, muita fartura e muita fraternidade’”.


Um dos seus conselhos era: “Prometeu-lhes que haverá opulência. quando


houver, tenham paciência. As espadas estavam guardadas entre os


muçulmanos, então eles as utilizaram contra eles mesmos. Por Allah que


continuarão a ser utilizadas até o dia de hoje. Por Allah, não quero ver as


espadas sendo utilizadas entre vocês até o Dia da Ressurreição.”


As Virtudes de Osman


Há muitas tradições falando das virtudes de Osman (R), que só são


negadas por petulantes que queriam tampar o sol com a peneira. Dentre


essas tradições temos:


Primeira: o terceiro entre os virtuosos: Ibn Ômar (R) relatou: “Na época


do Profeta (S) não preferíamos ninguém a Abu Bakr, nem a Omar, nem a


Osman. Considerávamos o resto dos companheiros do Profeta (S) no


mesmo nível”. (Bukhári).


Segunda: mártir: Ánas (R) relatou: “O Profeta (S), Abu Bakr, Ômar e


Osman subiram em Uhud. O monte tremeu com eles, o Profeta (S) bateu


seu pé com força no monte e disse: ‘Fique firme Uhud, pois está sobre


você um Profeta, um Siddik e dois mártires’”. ( Bukhári).


Terceira: Osman, um dos habitantes do Paraíso: Abu Mussa Al Achári


(R) relatou: “O Profeta (S) entrou num pomar e me pediu para guardar a


porta. Um homem chegou e pediu licença para entrar, o Profeta (S) disse:


‘Permita-lhe a entrada e avise-o que irá para o Paraíso’. Era Abu Bakr.


Outro homem veio lhe pedir licença para entrar, o Profeta (S) disse:


‘Permita-lhe a entrada e avise-o que irá para o Paraíso’. Era Ômar. Então


outro entrou e pediu licença para entrar. O Profeta (S) ficou queito um


pouco e disse: ‘Permita-lhe a entrada e avise-o que irá para o Paraíso


depois de uma desgraça que irá lhe acontecer.’ Era Osman Ibn Affan.”


(Bukhári e Musslim).


Quarta: Os anjos se envergonham perante Osman: Aicha (R) relatou: “O


Profeta (S) estava, uma vez, deitado em minha casa, com as pernas


descobertas. Abu Bakr pediu licença para entrar e o Profeta lha deu,


permanecendo na mesma posição. Ficaram conversando até que Ômar


pediu licença para entrar. O Profeta (S) lhe autorizou entrar,


permanecendo na mesma posição. Ficaram conversando até que Osman


pediu licença para entrar. O Profeta (S) endireitou-se, arrumou as suas


vestes e então deu autorização para o Osman entrar. Após conversarem,


Osman foi embora. Aicha perguntou: “Abu Bakr entrou e não se


importou; Ômar entrou e não se importou; então Osman entrou e você


sentou e arrumou as vestes.” O Profeta (S) disse: “Não devo me


envergonhar perante um homem perante o qual os anjos se


envergonham?” (Musslim)


Em outra narrativa Aicha (R) disse: “Ó Mensageiro de Allah, não o vi ter


pudor perante Abu Bakr e Ômar como teve perante Osman. O


Mensageiro de Allah (S) disse: “Osman é um homem com pudor. Fiquei


com receio que se eu lhe permitisse entrar e eu naquela posição, não


conseguiria me transmitir o que ele queria.” (Musslim).


O Profeta (S) disse: “O mais misericordioso de minha comunidade é Abu


Bakr, o mais rigoroso na sua religião é Ômar e o que tem mais pudor é


Osman.” (Ahmad e Tirmizi).


Quinta: Osman o Pródigo: Abu Abdel Rahman Assalami relatou que


Osman (R), quando foi cercado, disse para os insurgentes: “Por Allah,


peço a vocês e só peço aos companheiros do Profeta (S). Vocês não


sabem que o Mensageiro de Allah (S) disse: ‘Quem equipar o exército do


apuro ingressará no Paraíso?’ Eu os equipei. Não sabem que o


Mensageiro de Allah (S) disse: ‘Quem abrir o poço de Ruma terá o


Paraíso por recompensa?’ Eu o abri. Eles corroboraram o que ele disse.”


(Bukhári).


Abdel Rahman Ibn Khubab relatou: “Presenciei o Profeta (S)


incentivando a formação do exército do apuro. Osman Ibn Affan disse:


‘Ó Mensageiro de Allah, contribuo com cem camelos com todos os seus


equipamentos pela causa de Allah.’ O Mensageiro de Allah (S) continuou


incentivando. Osman disse: ‘Ó Mensageiro de Allah, contribuo com


duzentos camelos com todos os seus equipamentos pela causa de Allah.’


O Mensageiro de Allah (S) continuou a incentivar pela equipagem do


exército. Osman disse: ‘Ó Rassulullah, contribuo com trezentos camelos


com todos os seus equipamentos pela causa de Allah.’ O Rassulullah (S)


desceu do lugar que estava, dizendo: ‘Osman não deve mais nada depois


disso’”. (Tirmizi).


Abdel Rahman Ibn Samara relatou: “Osman foi ter com o Profeta (S),


que estava equipando o exército do apuro, levando mil dinares. Ele


colocou as moedas no colo do Profeta (S). O Mensageiro de Allah (S)


começou a mexer com elas, dizendo: ‘Nada irá prejudicar Osman depois


de hoje pelo que fez, duas vezes.’” (Ahmad e Tirmizi).


A Justiça de Osman


Dentre os aspectos da justiça de Osman é que ele obrigava os seus


funcionários a comparecer no período do Hajj, todo ano. Escrevia para os


cidadãos: “Quem tiver alguma reclamação deles que venha falar na época do


Hajj, pois irei restituir o seu direito”.


Ele aplicava a lei tanto no próximo como no distante. Mandou açoitar, por


ter bebido álcool, Walid Bin ‘Ucba, seu irmão por parte de mãe. Adiou o


castigo até se certificar da acusação.


Seu Temor a Allah


Quando ficava na frente do túmulo de alguém, chorava até molhar a barba.


Foi-lhe dito: ‘Você se lembra do Paraíso e do Inferno e não chora, mas chora


perante o túmulo’? Respondeu que ouviu o Mensageiro de Allah (S) dizer:


‘O túmulo é a primeira fase da outra vida. Se o indivíduo escapar dela, o que


virá depois será fácil. Se não escapar, tudo que virá depois será difícil. Ouvi,


também, o Mensageiro de Allah (S) dizer: ‘Não vi uma cena mais terrível do


que a cena do túmulo.’” (Tirmizi).


Suas Devoções


A sua esposa (R), quando Osman foi assassinado, disse: “Vocês o mataram,


mesmo sabendo que ele praticava a oração da noite, recitando todo o


Alcorão numa só unidade de oração.


Ele morreu com o Alcorão no colo.


Sua Piedade pelo Rebanho


Ele era piedoso, de coração sensível pelo seu rebanho, como muito pudor e


modéstia. Talvez fosse isso que encorajou os insurgentes de atacá-lo,


acusando-o de coisas falsamente. A respeito disso, Ibn Ômar (R) declarou:


“Vocês condenaram Osman por atos que, se Ômar as tivesse cometido, não


o teriam condenado.”


A sua piedade pelas pessoas se manifesta pelo seu interesse por todos,


querendo saber de suas situações, seus negócios, seus enfermos e quanto


a outras situações.


Descrição de seu Assassinato


Huzaifa relatou: “A primeira intriga foi o assassinato de Osman; a última


intriga será o aparecimento do Anti-Cristo. Por Aquele em Cujas Mãos


está a minha alma, todo aquele que morrer e tiver no coração o tamanho


de uma semente de concordância quanto ao assassinato de Osman, irá


seguir o anti-Cristo, se o alcançar.


Ibn Assákir (R), baseado em Hassan (R), disse: “Osman foi assassinado


enquanto Áli estava ausente, em alguma terra de sua propriedade. Ao


saber da notícia, disse: ‘Ó Allah, não aceito nem concordo com isso.’”


Abdel Rahman Ibn Mahdi relatou: “Dois atributos de Osman que nem


Abu Bakr nem Ômar tiveram: O ser paciente consigo mesmo até ser


assassinado e a reunião das pessoas para compilar o Alcorão.


Ibn Ômar (R) relatou que Osman foi ter com os insurgentes estando


cercado por eles. Disse-lhe: “Por que querem me matar? Ouvi o


Mensageiro de Allah (S) dizer: ‘O sangue de alguém só pode ser


derramado por três casos: Por adultério, através de apedrejamento, por


assassinato intencional, que merece execução, por apostasia, que deve


merecer a morte. Por Allah, não cometi adultério nem na época


pré-islâmica nem durante o Islam, nunca matei ninguém para ser


executado, nem cometi apostasia desde que me converti, pois presto


testemunho de que não há outra divindade além de Allah e que


Mohammad é o Mensageiro de Allah.’” (Ahmad e Nissá-i).


Osman Rejeita a Intervenção dos Companheiros


Os insurgentes cercaram Osman (R) e cortaram-lhe a água e a comida. Os


companheiros do Mensageiro de Allah (S) quiseram combatê-los, mas


Osman rejeitou. Disse-lhes: “O melhor entre vocês é aquele que não


utilizará a mão nem as armas.”


Disse ao Hassan, Hussein, Ibn Omar, Azzubair e outros jovens


companheiros (que Allah esteja satisfeito com todos eles) que se


postaram para protegê-lo: “Peço-lhes, por Allah, não devem derramar um


pingo de sangue por minha causa.” Áli foi dar-lhe apoio. Disse-lhe: “Não


preciso de combate nem de derramamento de sangue!”


Osman insistiu com eles para irem embora e deixarem-no enfrentar o seu


destino, sem luta e derramamento de sangue. Fez isso para proteger as


vidas dos muçulmanos, temendo o surgimento de intriga. Ele tinha visto


o Profeta (S) em sonho, que lhe disse: “Ó Osman, quebre o seu jejum


conosco.” Ele passou a jejuar e foi morto naquele dia. (Hákim).


Os Últimos Instantes


Nas suas últimas horas Osman (R) libertou vinte escravos, pediu uma calça


que vestiu para que suas partes pudicas não aparecessem se fosse morto, pois


tinha muito pudor.


Colocou o Alcorão entre as mãos e começou a recitá-lo e se rendeu à


vontade de Allah, negando-se a lutar, aconselhou os criminosos,


mostrando-lhes as suas virtudes no Islam, mas não se abstiveram.


Invadiram a casa e o mataram.


Foi narrado que a primeira gota de sangue foi derramada quando ele estava


recitando: “Allah ser-vos-á suficiente contra eles, e Ele é o Oniouvinte, o


Sapientíssimo” (2:137). Estava com oitenta e dois ou oitenta e quatro anos


de idade.Isso é um sinal da injustiça feita com Osman Ibn Affan(R)


Azzubair oficiou a sua oração fúnebre e foi sepultado no cemitério de


Baqui’, atendendo à sua vontade.


Que Allah esteja satisfeito com Osman Ibn Affan (R). Ó Senhor seja


testemunha de que o amamos, a todos os califas probos e a todos os


companheiros de Seu Profeta.


Que Allah abençoe e dê paz ao nosso Profeta Mohammad(S), aos seus


familiares e a todos os seus companheiros.








VOCÊ NÃO SE ENVERGONHA PERANTE UM HOMEM QUE OS ANJOS


SE ENVERGONHAM PERANTE ELE?


Em nome de Allah, o Clemente, o Misericordioso


Louvado seja Allah, Altíssimo em Sua Magnificência. Que a paz e a graça de Allah


esteja com o Seu Profeta e escolhido, Mohammad Ibn Abdullah, com os seus


familiares, seus companheiros, quem pregar a sua missão e seguir a sua orientação até


o Dia do Juízo.


A nossa jornada nos conduz ao terceiro homem no Islam, após o Mensageiro de


ALLAH ( صلى الله عليه وسلم), a uma das lâmpadas da orientação, ao homem generoso, portador da


hombridade e da honra: Osman Ibn Affan ( (رضي الله عنه


O HOMEM DAS DUAS LUZES ( (رضي الله عنه


É Osman Ibn Affan Ibn Abi Al ‘As, ibn Umaiya. O coraixita omíade


Ibn Al Jauzi ( رضي الله عنه ) disse: “Fique sabendo que Osman ( رضي الله عنه ) converteu-se


ao Islam antes que o Profeta ( صلى الله عليه وسلم) frequentasse a casa de Arcam (local onde os


muçulmanos se reuniam no início do Islam). Quando se converteu, o seu tio, Al


Hakam Ibn Abi Al ‘As, prendeu-o. Quando constatou a sua firmeza na sua religião,


soltou-o”


Ele emigrou duas vezes para Abissínia, acompanhado com Rucaiya, filha do Profeta


صلى الله عليه وسلم) ).” Ibn Hijr disse: “Converteu-se muito cedo, convidado pelo Siddik ( رضي الله


عنه )”. Imigrou para a Abissínia em duas vezes e para Madina na terceira vez.


Casou com Rucaiya, filha do Rassulullah ( صلى الله عليه وسلم), antes da profecia. Ela faleceu nas


noites da batalha de Badr. Ele não participou da batalha, por causa da doença da


esposa e foi autorizado pelo Profeta ( صلى الله عليه وسلم). Este lhe garantiu a recompensa e o


considerou como participante. A notícia da vitória dos muçulmanos chegou no dia do


enterro de Rucaiya, em Madina.


Casou-se, então, com a irmã dela, Ummu Kulçum, que faleceu no ano 9 da Hégira.


Os sábios disseram: “Não se conhece ninguém que se casou com duas filhas do


Profeta além dele, por isso foi denominado ZUNNURAIN (o homem das duas


luzes)”.


É um dos primeiros muçulmanos, o primeiro a emigrar, um dos dez auspiciados pelo


Paraíso, um dos seis que o Mensageiro de ALLAH ( صلى الله عليه وسلم), ao falecer, estava satisfeito


com eles.


Um dos companheiros que compilaram o Alcorão em um livro e ditribui-lo para


várias regiões


Já foi dito que o Siddik ( رضي الله عنه ) compilou-o também, porém, Osman ( (رضي الله عنه


se distinguiu em compilá-lo num livro, utilizando um só tipo de pronúncia, das sete


em que foi revelado.


O Mensageiro de ALLAH ( صلى الله عليه وسلم) o designou governador de Madina na expedição de


Zátir Ricá e na expedição de Ghatfan.


Ibn Ishác ( رضي الله عنه ) disse: “Foi uma das primeiras pessoas a adotar o Islam depois


de Abu Bakr, de Áli e de Zaid Ibn Háriça. Era de beleza ímpar.


Ibn Kacir ( رضي الله عنه ) disse: “É um dos três que foram designados para ocupar o


Khalifado entre os seis. Posteriormente com o consenso dos Muhajirin e Ansar, foi


designado como o terceiro Khalifa probo, um dos líderes orientadores que o


Rassulullah ( صلى الله عليه وسلم) ordenado que fossem seguidos”.


SEU CARÁTER


Tinha muita moral, pudor, generosidade, cuidava de seus familiares e parentes, por


ALLAH, estimulando-os a preferir a vida futura a esta, imitando o Profeta ( .(صلى الله عليه وسلم


Assim fazia, com receio que ALLAH os lançasse no inferno, colocando em seus


corações orientação e fé.


SUAS PARTICIPAÇÕES


Participou de Uhud, Khandaq e Hudaibiya. O Profeta ( صلى الله عليه وسلم) deu o voto de confiança


por ele no dia de Hudaibiya, com uma das mãos. Participou de Khaibar e Amrat al


Kadá. Participou da conquista de Makka, de Hawazan, de Taif e de Tabuk. Financiou


o exército de apuro com trezentos camelos junto com todos os mantimentos.


Praticou o Hajj com o Rassulullah ( صلى الله عليه وسلم) na peregrinação de despedida. Quando o


Profeta ( صلى الله عليه وسلم) faleceu, estava satisfeito com ele.


Foi excelente companheiro de Abu Bakr ( رضي الله عنه ) e quando este faleceu, estava


satisfeito com ele.


Foi excelente companheiro de Umar ( رضي الله عنه ) e quando este faleceu, estava


também satisfeito com ele. Foi escolhido entre os seis do colegiado e foi o preferido


deles.


SEU KHALIFADO


Foi nomeado Khalifa depois de Umar. Conquistou várias regiões, ampliando o


império muçulmano, fazendo chegar a mensagem islâmica tanto ao Oriente como ao


Ocidente. As pessoas consideraram-no a confirmação das palavras do Altíssimo:


“Allah prometeu àqueles dentre vós, que creem e praticam o bem, fazê-los herdeiros


da terra, como fez com os seus antepassados; consolidar-lhes a religião que escolheu


para eles e trocar a sua apreensão por tranquilidade”. (24:55).


E as palavras do Altíssimo: “ Foi Ele Quem enviou o Seu Mensageiro com a


orientação e com a verdadeira religião, para fazê-las prevalecer sobre todas as


religiões, ainda que isto desgoste os idólatras”. (61:9).


E as palavras do Mensageiro de ALLAH ( صلى الله عليه وسلم): “Quando Cesar morrer, não haverá


outro depois dele. Quando Cosroé morrer, não haverá outro depois dele. Por Aquele


em Cujas Mãos está a minha alma, os tesouros deles serão utilizados pela causa de


ALLAH”. (Musslim). Tudo isso aconteceu durante o Khalifado de Osman.


OSMAN DO BEM


Hassan Al Bassri descreveu o período de Osman ( رضي الله عنه ) dizendo: “Diariamente,


as pessoas estavam dividindo algo. Eram convocados: ‘Ó muçulmanos, venham


receber as doações e levavam em grande quantidade, venham receber os seus bens,


venham receber a manteiga e o mel. Os bens eram vastos, o inimigo quieto, temeroso,


muita fartura e muita fraternidade’”.


Um dos seus conselhos era: “Prometeu-lhes que haverá opulência. quando houver,


tenham paciência. As espadas estavam guardadas entre os muçulmanos, então eles as


utilizaram contra eles mesmos. Por ALLAH que continuarão a ser utilizadas até o dia


de hoje. Por ALLAH, não quero ver as espadas sendo utilizadas entre vocês até o Dia


da Ressurreição.”


AS VIRTUDES DE OSMAN


Há muitas tradições falando das virtudes de Osman ( رضي الله عنه ), que só são negadas


por petulantes que queriam tampar o sol com a peneira. Dentre essas tradições temos:


Primeira: O terceiro entre os virtuosos: Ibn Ômar ( رضي الله عنه ) relatou: “Na época do


Profeta ( صلى الله عليه وسلم) não preferíamos ninguém a Abu Bakr ( رضي الله عنه ), nem a Umar ( رضي


الله عنه ), nem a Osman ( رضي الله عنه ). Considerávamos o resto dos companheiros do


Profeta ( صلى الله عليه وسلم) no mesmo nível”. (Bukhári).


Segunda: Mártir: Ánas ( رضي الله عنه ) relatou: “O Profeta ( صلى الله عليه وسلم), Abu Bakr, Umar e


Osman ( رضي الله عنهم ) subiram em Uhud. O monte tremeu com eles, o Profeta ( (صلى الله عليه وسلم


bateu seu pé com força no monte e disse: ‘Fique firme Uhud, pois está sobre você um


Profeta, um Siddik e dois mártires’”. ( Bukhári).


Terceira: Osman, um dos habitantes do Paraíso: Abu Mussa Al Achári (رضي الله عنه ) relatou: “O Profeta (صلى الله عليه وسلم) entrou num pomar e me pediu para guardar a porta. Um homem chegou e pediu licença para entrar, o Profeta (صلى الله عليه وسلم) disse: ‘Permita-lhe a entrada e avise-o que irá para o Paraíso’. Era Abu Bakr (رضي الله عنه ). Outro homem veio lhe pedir licença para entrar, o Profeta (صلى الله عليه وسلم) disse: ‘Permita-lhe a entrada e avise-o que irá para o Paraíso’. Era Umar (رضي الله عنه ). Então outro entrou e pediu licença para entrar. O Profeta (صلى الله عليه وسلم) ficou queito um pouco e disse: ‘Permita-lhe a entrada e avise-o que irá para o Paraíso depois de uma desgraça que irá lhe acontecer.’ Era Osman Ibn Affan (رضي الله عنه ).” (Bukhári e Musslim). Quarta: Os anjos se envergonham perante Osman: Aicha (رضي الله عنها ) relatou: “O Profeta (صلى الله عليه وسلم) estava, uma vez, deitado em minha casa, com as pernas descobertas. Abu Bakr (رضي الله عنه ) pediu licença para entrar e o Profeta (صلى الله عليه وسلم) lhe deu, permanecendo na mesma posição. Ficaram conversando até que Umar (رضي الله عنه ) pediu licença para entrar. O Profeta (صلى الله عليه وسلم) lhe autorizou entrar, permanecendo na mesma posição. Ficaram conversando até que Osman (رضي الله عنه ) pediu licença para entrar. O Profeta (صلى الله عليه وسلم) endireitou-se, arrumou as suas vestes e então deu autorização para o Osman (رضي الله عنه ) entrar. Após conversarem, Osman foi embora. Aicha perguntou: “Abu Bakr entrou e não se importou; Umar entrou e não se importou; então Osman entrou e você sentou e arrumou as vestes.” O Profeta (صلى الله عليه وسلم) disse: “Não devo me envergonhar perante um homem o qual os anjos se envergonham?” (Musslim) Em outra narrativa Aicha (رضي الله عنها ) disse: “Ó Mensageiro de ALLAH, não o vi ter pudor perante Abu Bakr e Umar (رضي الله عنهم ) como teve perante Osman. O Mensageiro de ALLAH (صلى الله عليه وسلم) disse: “Osman é um homem com pudor. Fiquei com receio que se eu lhe permitisse entrar e eu naquela posição, não conseguiria me transmitir o que ele queria.” (Musslim). O Profeta (صلى الله عليه وسلم) disse: “O mais misericordioso de minha comunidade é Abu Bakr (رضي الله عنه ), o mais rigoroso na sua religião é Umar (رضي الله عنه ) e o que tem mais pudor é Osman (رضي الله عنه ).” (Ahmad e Tirmizi). Quinta: Osman o Pródigo: Abu Abdel Rahman Assalami (رضي الله عنه ) relatou que Osman (رضي الله عنه ), quando foi cercado, disse para os insurgentes: “Por ALLAH, peço a vocês e só peço aos companheiros do Profeta (صلى الله عليه وسلم). Vocês não sabem que o Mensageiro de ALLAH (صلى الله عليه وسلم) disse: ‘Quem equipar o exército do apuro ingressará no Paraíso?’ Eu os equipei. Não sabem que o Mensageiro de ALLAH (صلى الله عليه وسلم) disse: ‘Quem abrir o poço de Ruma terá o Paraíso por recompensa?’ Eu o abri. Eles corroboraram o que ele disse.” (Bukhári). Abdel Rahman Ibn Khubab (رضي الله عنه ) relatou: “Presenciei o Profeta (صلى الله عليه وسلم) incentivando a formação do exército do apuro. Osman Ibn Affan (رضي الله عنه ) disse: ‘Ó Mensageiro de ALLAH (صلى الله عليه وسلم), contribuo com cem camelos com todos os seus equipamentos pela causa de ALLAH.’ O Mensageiro de ALLAH (صلى الله عليه وسلم) continuou incentivando. Osman disse: ‘Ó Mensageiro de ALLAH (صلى الله عليه وسلم), contribuo com


duzentos camelos com todos os seus equipamentos pela causa de ALLAH.’ O Mensageiro de ALLAH (صلى الله عليه وسلم) continuou a incentivar pela equipagem do exército. Osman disse: ‘Ó Rassulullah (صلى الله عليه وسلم), contribuo com trezentos camelos com todos os seus equipamentos pela causa de ALLAH.’ O Rassulullah (صلى الله عليه وسلم) desceu do lugar que estava, dizendo: ‘Osman não deve mais nada depois disso’”. (Tirmizi). Abdel Rahman Ibn Samara (رضي الله عنه ) relatou: “Osman foi ter com o Profeta (صلى الله عليه وسلم), que estava equipando o exército do apuro, levando mil dinares. Ele colocou as moedas no colo do Profeta (صلى الله عليه وسلم). O Mensageiro de ALLAH (صلى الله عليه وسلم) começou a mexer com elas, dizendo: ‘Nada irá prejudicar Osman depois de hoje pelo que fez, duas vezes.’” (Ahmad e Tirmizi). A JUSTIÇA DE OSMAN Dentre os aspectos da justiça de Osman (رضي الله عنه ) é que ele obrigava os seus funcionários a comparecer no período do Hajj, todo ano. Escrevia para os cidadãos: “Quem tiver alguma reclamação deles que venha falar na época do Hajj, pois irei restituir o seu direito”. Ele aplicava a lei tanto no próximo como no distante. Mandou açoitar, por ter bebido álcool, Walid Bin ‘Ucba, seu irmão por parte de mãe. Adiou o castigo até se certificar da acusação. SEU TEMOR A ALLAH Quando ficava na frente do túmulo de alguém, chorava até molhar a barba. Foi-lhe dito: ‘Você se lembra do Paraíso e do Inferno e não chora, mas chora perante o túmulo’? Respondeu que ouviu o Mensageiro de ALLAH (صلى الله عليه وسلم) dizer: ‘O túmulo é a primeira fase da outra vida. Se o indivíduo escapar dela, o que virá depois será fácil. Se não escapar, tudo que virá depois será difícil. Ouvi, também, o Mensageiro de ALLAH (صلى الله عليه وسلم) dizer: ‘Não vi uma cena mais terrível do que a cena do túmulo.’” (Tirmizi). SUAS DEVOÇÕES A sua esposa (رضي الله عنهم ), quando Osman foi assassinado, disse: “Vocês o mataram, mesmo sabendo que ele praticava a oração da noite, recitando todo o Alcorão numa só unidade de oração. Ele morreu com o Alcorão no colo. SUA PIEDADE PELO REBANHO Ele era piedoso, de coração sensível pelo seu rebanho, como muito pudor e modéstia. Talvez fosse isso que encorajou os insurgentes de atacá-lo, acusando-o de coisas falsamente. A respeito disso, Ibn Umar (رضي الله عنه ) declarou: “Vocês condenaram Osman (رضي الله عنه ) por atos que, se Umar (رضي الله عنه ) as tivesse cometido, não o teriam condenado.” A sua piedade pelas pessoas se manifesta pelo seu interesse por todos, querendo saber de suas situações, seus negócios, seus enfermos e quanto a outras situações.


DESCRIÇÃO DE SEU ASSASSINATO Huzaifa (رضي الله عنه ) relatou: “A primeira intriga foi o assassinato de Osman; a última intriga será o aparecimento do Anti-Cristo (DÁJAL). Por Aquele em Cujas Mãos está a minha alma, todo aquele que morrer e tiver no coração o tamanho de uma semente de concordância quanto ao assassinato de Osman (رضي الله عنه ), irá seguir o anti-Cristo (DÁJAL), se o alcançar. Ibn Assákir (رضي الله عنه ), baseado em Hassan (رضي الله عنه ), disse: “Osman ( رضي الله


عنه ) foi assassinado enquanto Áli (رضي الله عنه ) estava ausente, em alguma terra de sua propriedade. Ao saber da notícia, disse: ‘Ó ALLAH, não aceito nem concordo com isso.’” Abdel Rahman Ibn Mahdi (رضي الله عنه ) relatou: “Dois atributos de Osman ( رضي الله


عنه ) que nem Abu Bakr (رضي الله عنه ) nem Umar (رضي الله عنه ) tiveram: O ser paciente consigo mesmo até ser assassinado e a reunião das pessoas para compilar o Alcorão. Ibn Umar (رضي الله عنه ) relatou que Osman (رضي الله عنه ) foi ter com os insurgentes estando cercado por eles. Disse-lhe: “Por que querem me matar? Ouvi o Mensageiro de ALLAH (صلى الله عليه وسلم) dizer: ‘O sangue de alguém só pode ser derramado por três casos: Por adultério, através de apedrejamento, por assassinato intencional, que merece execução, por apostasia, que deve merecer a morte. Por ALLAH, não cometi adultério nem na época pré-islâmica nem durante o Islam, nunca matei ninguém para ser executado, nem cometi apostasia desde que me converti, pois presto testemunho de que não há outra divindade além de ALLAH e que Muhammad (صلى الله عليه وسلم) é o Mensageiro de ALLAH.’” (Ahmad e Nissá-i). OSMAN REJEITA A INTERVENÇÃO DOS COMPANHEIROS Os insurgentes cercaram Osman (رضي الله عنه ) e cortaram-lhe a água e a comida. Os companheiros do Mensageiro de ALLAH (صلى الله عليه وسلم) quiseram combatê-los, mas Osman rejeitou. Disse-lhes: “O melhor entre vocês é aquele que não utilizará a mão nem as armas.” Disse ao Hassan, Hussein, Ibn Umar, Azzubair e outros jovens companheiros (que Allah esteja satisfeito com todos eles) que se postaram para protegê-lo: “Peço lhes, por ALLAH, não devem derramar um pingo de sangue por minha causa.” Áli (رضي الله عنه ) foi dar-lhe apoio. Disse-lhe: “Não preciso de combate nem de derramamento de sangue!” Osman insistiu com eles para irem embora e deixarem-no enfrentar o seu destino, sem luta e derramamento de sangue. Fez isso para proteger as vidas dos muçulmanos, temendo o surgimento de intriga. Ele tinha visto o Profeta (صلى الله عليه وسلم) em sonho, que lhe disse: “Ó Osman, quebre o seu jejum conosco.” Ele passou a jejuar e foi morto naquele dia. (Hákim).


OS ÚLTIMOS INSTANTES


Nas suas últimas horas Osman (رضي الله عنه ) libertou vinte escravos, pediu uma calça que vestiu para que suas partes pudicas não aparecessem se fosse morto, pois tinha muito pudor. Colocou o Alcorão entre as mãos e começou a recitá-lo e se rendeu à vontade de ALLAH, negando-se a lutar, aconselhou os criminosos, mostrando-lhes as suas virtudes no Islam, mas não se abstiveram. Invadiram a casa e o mataram. Foi narrado que a primeira gota de sangue foi derramada quando ele estava recitando: “ALLAH ser-vos-á suficiente contra eles, e Ele é o Oniouvinte, o Sapientíssimo” (2:137). Estava com oitenta e dois ou oitenta e quatro anos de idade. Isso é um sinal da injustiça feita com Osman Ibn Affan (رضي الله عنه ) Azzubair oficiou a sua oração fúnebre e foi sepultado no cemitério de Baqui’, atendendo à sua vontade. Que ALLAH esteja satisfeito com Osman Ibn Affan (رضي الله عنه ). Ó Senhor seja testemunha de que o amamos, a todos os Khalifas probos e a todos os companheiros de Seu Profeta. Que ALLAH abençoe e dê paz ao nosso Profeta Muhammad (صلى الله عليه وسلم), aos seus familiares e a todos os seus companheiros. Ámen



 



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