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A Crise Financeira Atual





Sheikh.Khaled Taky El Din





Tradução : Prof. Samir El Hayek





Louvado seja Allah, o Criador, o Agraciante, o Onifeitor, o Formador. Nós O


agradecemos pela dádiva do Islam. Se contardes as mercês de Allah, não podereis enumerálas.


Presto testemunho de que não há outra divindade além de Allah, em reconhecimento à


Sua Unicidade e em confirmação à Sua promessa e generosidade. Presto testemunho de que


Mohammad é Seu servo e Mensageiro, Seu escolhido e querido dentre as criaturas. Que Allah


o abençoe e lhe dê paz bem como aos seus familiares, seus companheiros e aos que seguirem


a sua orientação até o Dia do Juízo Final. Amém.


Allah, Ta’ála, diz: “Logo vos chegará a Minha orientação e quem seguir a Minha


orientação, jamais se desviará, nem será desventurado. Em troca, quem desdenhar a


Minha Mensagem, levará uma mísera vida, e o faremos comparecer, cego, no Dia da


Ressurreição.” (:-).


Allah fez descer o nosso pai, Adão, para aterra, enviando com ele o cânon da orientação


divina. Quem se apegar a ele a felicidade o acompanhará onde estiver. Quem se negar a seguilo,


viverá aflito e perderá tanto esta vida como a Outra.


Servos de Allah


O mundo hoje está passando por uma crise sufocante que ameaça as empresas de


falência, e as pessoas em geral, de fome e empobrecimento, além de humilhar as nações. Esses


problemas se devem, em primeiro e último lugar a negação das nações de recordarem-se de


Allah, seguindo métodos econômicos que consideram os juros como principal objetivo, mesmo


sendo um dos pecados capitais, que promete ao praticante a afronta nesta vida a na Outra.


Os especialistas em economia de hoje em dia são unânimes em dizer que o motivo


principal do problema que o mundo enfrenta hoje em dia se deve ao sistema econômico baseado


nos juros. A usura é dar e receber e a atividade de empréstimos se tornaram compra, venda e


intermediação. O aumento da taxa de juros sobre os depósitos causou o aumento da taxa de


juros sobre os empréstimos concedidos às pessoas físicas e jurídicas. Os beneficiados, em


primeiro lugar, são os bancos, as financeiras, os intermediários financeiros, e os penalizados são


os tomadores dos empréstimos..


Irmãos muçulmanos


Allah, exaltado seja, diz a verdade quando diz no Seu Livro Sagrado: “Allah destituirá a


usura de todas as benesses e multiplicará a recompensa aos caritativos; Ele não aprecia


nenhum incrédulo, pecador.” (:)


E diz: “Quando emprestardes algo com usura, para que vos aumente (em bens), às


expensas dos bens alheios, estes não vos aumentarão perante Allah; contudo, o que derdes


na forma de zakat, anelando contemplar o Rosto de Allah (ser-vos-á aumentado). A eles


será duplicada a recompensa.” (:    ).


O Rassulullah (S) também disse a verdade quando declarou: “Se o juro aparecer em uma


cidade, Deus irá destruí-la.”


E disse: “Toda vez que o juro aparecer num povo, aparecerá com ele a loucura.”


Allah combateu os juros em Seu Livro Sagrado, e considerou o envolvimento com eles


um pecado capital. Ele prometeu um hostilidade intensa. Ele disse: “Mas, se tal não acatardes,


esperai a hostilidade de Allah e do Seu Mensageiro.” (:    ).


Os juros foram a causa de destruição de países e o boicote à liberdade de outros. No


passado foi a causa de escravidão dos indivíduos. Hoje é causa da escravidão dos povos com um


método mais moderno.


Muitas instituições hoje em dia, no Ocidente, estão exigindo a aplicação dos


ensinamentos islâmicos nas questões econômicas. Eis o redator chefe da Revista “Challenger”,


uma das mais importantes revistas econômicas da Europa publicou um editorial em     --





com o título: “O Papa ou o Alcorão” em que diz: “Penso que estamos necessitando, nessa crise,


ler mais o Alcorão, em vez do Evangelho para entendermos o que está acontecendo conosco e


com os nossos bancos. Se os responsáveis pelos nossos bancos respeitassem o que o Alcorão


contém de ensinamentos e regras, e os aplicassem, não estaríamos sofrendo tantas aflições e


crises, e não teríamos chegado a essa situação de miséria, porque as moedas não geram


moedas.”


Loran Laskin, redator chefe do jornal “Le Jornal Du Finance”, em seu editorial dessa


semana exigiu a aplicação da lei islâmica nas questões econômicas e financeiras. O artigo tinha


o título “Será que o Wall Street está pronto para adotar a Lei Islâmica?”


A pesquisadora italiana Loretta Napoleoni, publicou um livro com o título: “A Economia


do Chacal” em que disse: “O equilíbrio dos mercados financeiros pode ser conseguido graças


ao financiamento islâmico depois da destruição do sistema ocidental que compara a economia


islâmica de terrorismo.” E disse: “Os bancos islâmicos podem ser o substituto ideal dos bancos


ocidentais.”


Maurice Allais, o economista francês, propôs duas condições para a saída da crise e a


restituição do equilíbrio: Estabelecer a taxa de juros no limite zero e revisar a taxa de imposto


próxima dos %. É a forma de acabar com os juros e próxima do zakat no sistema islâmico. É o


que foi confirmado por Adam Smith, o pai dos economistas, como é chamado , que a taxa de


juros seja zero.


Servos de Allah:


São testemunhos de ocidentais, prestados sem camuflagem. De que a salvação da


humanidade reside na aplicação da orientação divina. É nosso dever divulgarmos essa verdade


entre os filhos da nossa comunidade, e entre a comunidade brasileira.


O sistema econômico islâmico é um sistema divino, baseado no princípio de facilitar as


coisas às pessoas, principalmente àqueles que passam por situações compulsivas que os vedam


de pagar. Allah, Ta’ála, diz: “Se vosso devedor se achar em situação precária, concedei-lhe


um tempo; mas, se o perdoardes, será preferível para vós, se quereis saber.” (:


).


* O sistema econômico-financeiro islâmico está baseado numa série de valores, exemplos


e condutas como: Confiança, fidedignidade, transparência, evidência, facilitação, cooperação,


integração, solidariedade.” Não há economia islâmica sem moral.


* O sistema financeiro e econômico islâmico é baseado numa base de participação no


lucro e nas perdas, de circulação efetiva dos bens e recursos.


* A lei islâmica proibiu todo tipo de venda da dívida por dívida, como o desconto de


duplicatas, de cheques pré-datados, como proíbe o sistema de indexação das dívidas com o


aumento da taxa de juros.


Todas as transações citadas causaram a gravíssima crise econômico-financeira mundial.


Por isso, caros irmãos muçulmanos, que Allah abençoe suas transações comerciais.


Peçam a Allah a paz, confiem n’Ele, pois Ele é o Agraciante por natureza.


Peço a Allah que nos proteja nesta vida e na Outra.


Mesquita de Guarulhos


Sheikh Khaled Rezk Taky Eldin


khaleddin@hotmail.com


Tradução: Prof. Samir El Hayek


Fontes: Estudo do Dr. Hussein Chahata, especialista nas transações financeiras islâmicas


Site: WWW. Islamonline.com


Revista “Challenger” de     



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