Introdução
Em nome de Allah, O Misericordioso, O Misericordiador
Todo louvor pertence a Deus, louvamo-Lo, pedimos a Sua ajuda, pedimos o Seu perdão e a Ele voltamos arrependidos, e pedimos refúgio a ele contra o âmago de nossos corações, do mal de nossas práticas, quem Ele guiou não há quem possa descaminha-lo, e quem Ele descaminhou, não há ser nenhum que possa guia-lo.
Testemunho que não existe divindade que mereça ser adorada excepto Allah, O Único que não tem parceiro, e testemunho também que Muhammad é Seu servo e Mensageiro, que Ele enviou com a orientação e a verdadeira religião, e que este fez chegar a mensagem (divina) e cumpriu com a sua tarefa, e aconselhou a nação para o bem e combateu no caminho de Deus segundo o que fora ordenado até o seu último momento da vida, deixou o seu povo na clareza, que sua noite se parece com o dia, e ninguém se descaminha das suas orientações senão o depravado, esclareceu nas suas orientação tudo o que a nação necessita em todos os aspectos.
O companheiro do Mensageiro, Abu Zari (que Deus esteja satisfeito com ele) disse: “o Profeta (que a paz e bênçãos de Deus estejam sobre ele) não deixou nenhum assunto sem que tenha nos dado alguma explicação em torno dele, até mesmo sobre um pássaro que voa pelo céu”; bem como um homem dentre os descrentes falou para Salman Alfarisy (que Deus esteja satisfeito com ele) dizendo: vosso Profeta vos ensinou até mesmo etiquetas de atender as necessidades (fisiológicas).
Outrossim, Salman comentou: “sinceramente, que ele (que a paz e bênçãos de Deus estejam sobre ele) proibiu-nos de direccionarmos ao quibla enquanto atendemos as necessidades
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ou fazermos o istijmar (pureza a partir de um sólido) com menos de três pedras, proibiu-nos também de lavar as partes privadas usando a mão direita e de fazer o istijmar a partir de fezes de animais ou ossos”.
O Caro leitor poderá ver que neste Alcorão sagrado Deus explicou nele as origens da religião e suas ramificações, que esclareceu o monoteísmo (tauhid) e seus tipos, bem como explanou sobre as etiquetas nas sentadas e no pedido de permissão (de entrar em casas alheias), Deus diz: (Ó vós que credes! Quando se vos diz: “Dai espaço.” Nas assembleias, dai espaço. Allah vos dará espaço no paraíso) [58:11] e diz num outro capítulo: (Ó vós que credes! Não entreis em casas alheias que as vossas, até que peçais permissão e cumprimenteis seus habitantes. Isso vos é melhor, e Allah assim determinou, para meditardes. E, se ninguém encontrais nelas, não entreis nelas, até que vo-lo seja permitido. E, se vos é dito: “retornai” retornai. Isso vos é mais digno. E Allah, do que fazeis é Omnisciente) [24: 27-28].
Até mesmo concernente as etiquetas sobre a vestimenta, Deus diz sobre elas: (E as mulheres que atingirem a menopausa, e que não mais esperam casamento, não há culpa sobre elas, em porém de lado algo de seus trajes, sem se exibirem com ornamentos.) [24: 60] e diz: (Ó Profeta! Dize a tuas mulheres e as tuas filhas e às mulheres dos crentes que se encubram em suas roupagens. Isso é mais adequado, para que sejam reconhecidas e não sejam molestadas. E Allah é Perdoador, Misericordiador) [33:59] e diz no outro capítulo: (E que elas não batam, com os pés, no chão, para que se conheça o que escondem de seus ornamentos) [24:31] e diz: (E a bondade não está em chegardes a vossas casas pelos fundos, mas, a bondade é a de quem é piedoso. E chegai as vossas casas por suas portas) [2:189].
Decerto existem muitos outros versículos que revelam que esta religião abrange todos os aspectos e é completa que não precisa
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de acréscimo nenhum, pelo que não é possível que tenha algo em falta, e por essa razão Deus diz no Seu Livro: (E fizemos descer sobre ti o Livro, como elucidação de todas as coisas) [16:89] que não há nada que as pessoas precisam na sua vida senão Deus esclareceu sobre ele no Seu Livro seja literalmente ou por um sinal ou mencionado no texto ou de uma forma sub-entendida.
*Prezados irmãos: de esclarecer aqui que algumas pessoas interpretam o sentigo do dito dO Clemente: (E não há ser animal algum na terra nem pássaro que voe com suas asas senão em comunidade como vós. De nada descuramos, no Livro) [6: 38] esta parte (de nada descuramos, no Livro) que seja o Alcorão, e o certo é que este versículo refere-se ao quadro protegido (lauhi mahfuz, onde Deus fez a escritura sobre tudo), mas quanto ao Alcorão Deus qualificou com o seguinte versículo: (E fizemos descer sobre ti o Livro, como elucidação de todas as coisas) [16:89] e este é mais abrangente e mais claro que o versículo (De nada descuramos, no Livro. Em seguida, a seu Senhor, serão reunidos).
Ora, se calhar apareça alguém a nos perguntar, onde é que poderemos encontrar as cinco orações no Livro (Alcorão)? E o número de cada oração no alcorão? E como é possivel esta questão de não encontrarmos a menção dos rakats de cada oração enquanto Deus diz: (E fizemos descer sobre ti o Livro, como elucidação de todas as coisas) [16:89]?
A resposta para esta pergunta é a seguinte: que Deus esclareceu-nos no Seu Livro que a nossa obrigação é de tomarmos aquilo que o Profeta (que a paz e bênçãos de Deus estejam sobre ele) disse, e o que ele nos orientou a sua prática, Deus diz: (Quem obedece ao Mensageiro, com efeito, obedece a Allah. E quem volta as costas, não te enviamos sobre eles, por custódio) [4:80] e diz num outro capítulo: (E o que o Mensageiro vos conceder,
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tomai-o; e o de que vos coibir, abstende-vos dele. E temei a Allah. Por certo, Allah é Veemente na punição) [59:7].
Decerto o que a sunnat explicou, o Alcorão debruçou-se em torno dela, porque a sunnat é um dos tipos de revelação que Deus fez descer sobre Seu Mensageiro e ensinou-o, segundo o que depreende-se do dito dO Altíssimo: (E Allah fez descer sobre ti, o Livro, e a hikmat (sunnat) e ensinou-te o que não sabias, e o favor de Allah para contigo é imenso) [4:113], que assim fica claro que o que consta na sunnat foi abordado no Alcorão.
*Prazados irmãos: se é que estão cientes que no Livro fez-se abordagem de tudo o que esta nação necessita, então será que o Mensageiro faleceu enquanto restou algo da religião que ele não esclareceu? Jamais, pois o Profeta (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele) ensinou tudo sobre a religião, seja pelos seus ditos, ou pela seus actos ou pelos seus consentimentos, seja por em forma de argumentar ou em resposta a uma pergunta, e por vezes Deus fazia com que aparece-se um beduino vindo das zonas mais distantes das zonas desérticas ante ao Mensageiro de Deus (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele) a fim de pergunta-lo que algum assunto que tem a ver com a religião, cujo mesmo os seus companheiros que sempre estiveram em sua companhia não o colocavam, e é por essa razão que os companheiros do Mensageiro (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele) alegravam-se tanto quando vie-se um beduino colocar algumas questões ao Mensageiro de Deus. E a prova que revela que o Profeta de Deus (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele) não deixou algo daquilo que as pessoas necessitam na sua adoração, suas transações e no seu dia-a-dia senão explicou-lhes sobre isso, veja o dito de Deus: (Hoje inteirei a vossa religião, para vós, e completei Minha graça para convosco e agradei-Me do islão como religião para vós…) [5:3]
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*Se souber isto prezado irmão, então fique ciente que todo aquele que inova algo na religião de Deus, mesmo que tenha uma boa intenção, considera-se essa sua inovação, para além de ser uma perdição, um autêntico escârnio a religião de Deus, bem como considera-se uma desmentira ao dito dO Altíssimo (hoje inteirei a vossa religião), pois este inovador, que trouxe algo novo na religião que não consta nele, parece que ele queira dizer com isso, que esta religião não estava completa, e tinha em falta isso que ele trouxe de novo nessa religião com intuito de buscar o contentamento de Deus. E o admirável é ver alguém a inovar na religião em algum que diz respeito a Deus, em Seus nomes e atributos, e depois alega com isso que esta a enaltecer a Deus, e com isso está a glorificar o seu Senhor (de qualidades péssimas), e que está a cumprir com o dito de Deus: (Então não façais semelhantes a Deus) [2:22], é incrível que alguém faça isto na religião de Deus, algo que nem os salafs não o fizeram, tão-pouco fizeram os grandes imams deste ummat, só porque a tal pessoa alega que esta a enaltecer a Deus e a glorifica-lo com isso, em gesto de cumprir o dito de Deus (Então não façais semelhantes a Allah...) e acha que quem contraria a esse pensamento dele é quem faz semelhantes a Allah, é quem compara Allah com as criaturas, ou algo do género.
Caro leitor Te admirarás de pessoas que trazem inovações na religião ou de aspectos que não fazem parte dela e no que toca o Mensageiro de Deus (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele), e alegam com isso que eles são os que amam o Mensageiro de Deus, e que eles o consideram-no, e consideram quem não concorda com eles nessa sua inovação de uma pessoa que detesta o Mensageiro de Deus (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele), e por ai dentre as denotações que eles dão a quem contradiz a opinião deles sobre essa sua inovação à respeito do Mensageiro de Deus.
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O admirável nisto é que estas pessoas alegam que são elas que enaltecem a Deus e consideram o Seu Profeta, todavia eles ao trazerem algo novo que não existe na religião de Deus, religião essa que o Profeta (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele) trouxe, sem dúvidas que eles passam a ser considerados dos que se antecipam a Deus e ao Seu Mensageiro, pelo que Deus diz: (Ó vós que credes! Não vos antecipeis a Allah e a Seu Mensageiro. E temei a Allah. Por certo, Allah é Oniouvinte, Onisciente) [49:1].
*Prezados irmãos: Eu irei vos colocar uma pergunta e peço-vos em nome de Deus que me sejam sinceros, e quero a resposta que seja do vosso intimo e não segundo as vossas paixões, e uma resposta consoante daquilo que sabeis da vossa religião e não por uma simples imitação que tem por alguém, o que dizem à respeito daquelas pessoas que trazem algo novo na religião de Deus, algo esse que não faz parte dele, no que toca a Deus, Seus nomes e atributos ou no que diz respeito ao Mensageiro de Deus e depois alegam que nós somos os que damos a devida consideração a Deus e Seu Mensageiro, será mesmo esses os que dão a devida consideração a Deus e a Seu Mensageiro? Ou são as outras que não se desviam nem a medida de uma falangeta do sharia de Deus, que dizem daquilo que lhes chegou do sharia, cremos, e acreditamos no que fomos informado, ouvimos e cumpriremos daquilo que nos foi ordenado ou do que fomos coibidos de faze-lo, e dizem sobre aquilo que o sharia não abordou em tornou dele, não atravessamos o limite e paramos por aqui, e não nos é digno antecipar a Deus e ao Seu Mensageiro, como também não é da nossa competência falar sobre a religião de Deus algo que não faz parte dela, qual desses dois grupos de pessoas é digno de se denotar que ama a Deus e ao Seu Mensageiro, e os que dão a devida consideração a Deus e ao Seu Mensageiro?
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Não há sombras de dúvidas que aos que disseram cremos, acreditamos no que fomos informados, ouvimos e cumpriremos no que foi nos ordenado, e limita-nos em apenas a fazer o que foi nos legislado, e o que não foi nos legislado abstemo-nos dele, e que dizem nós somos tão pequenos para trazer algo novo na religião de Deus, algo esse que não faz parte dela, sinceramente que estas pessoas são os que conheceram as suas competencias e conheceram o grau do seu Senhor, esses são os que enalteceram a Deus como deve ser enaltecido, e deram devida consideração ao Seu Mensageiro, e são eles que mostraram o verdadeiro amor para Deus e ao Seu Mensageiro (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele), e não aqueles que fazem inovações na religião de Deus, com algo que não consta nele no que concerne a crença, ou ditos ou práticas.
E te espantarás tanto de pessoas que conhecem o dito do Profeta (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele) : “evitem as inovações, pois toda inovação considera-se bidah, e toda bidah é uma perdição e toda perdição induz ao fogo (infernal) ” e o Mensageiro usou o termo “kulu” que significa todo, uma palavra abrangente, e quem proferiu essa palavra conhecia o sentido profundo que leva consigo esse termo, pois era pessoa mais eloquente, mais aconselhadora dentre as criaturas, não proferia algo senão tendo alvo o seu sentido.
Depois de sabermos que ele (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele) era o mais eloquente e a pessoa mais aconselhadora, e o mais sabio, fica claro que o seu discurso tem um grande significado que carrega nele, e será que depois deste discurso ainda haja pessoas que alegam que a bidah divide-se em três tipos ou cinco tipos? Nunca, isso não é verdade, e alguns sábios alegam haver um bidah hassanat, não foge de duas conclusões:
1. Não ser uma inovação e as pessoas acharem que seja uma inovação;
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2. Ser uma inovação, e considera-se uma perdição, mas as pessoas não sabem de sua perdição.
E toda vez que for a alegar-se que um certo bidah seja hassana (não detestável) a resposta é esta. Que desta maneira não ha meios de saida para os que praticam a bidah em fazer com que os seus bidah tornem-se hassana, e temos como espada para responder a questão deles, o dito profético: “Toda bidah é uma perdição” esta espada que temos como resposta a essas pessoas foi feita numa das “fábricas “ do Mensageiro de Deus, não foi feita numa industria onde haja falha, e que não é possível para aquele que tenha esta espada preparada pelo Profeta, encontrar alguém alegando que existe bidah hassana e aceitar o discurso deste ( homem que alega haver bidah hassana).
Parece que agora sinto que dentro de vossos corações aparece alguma dúvida, que diz o que responderá sobre a passagem do Emir dos crentes, Omar bin Khatab, que Deus esteja satisfeito com ele, quando ordenou Ubaya bin Kaab e Tamimi Dary que dirigissem o sualat da noite (tarawih) no mês de Ramadan e Omar numa dessas noites enquanto saia para a mesquita disse: “ que belo bidah é este, e a oração que dormem neglicenciando é melhor que esta que atendem”Albukhari.
A resposta pode se dar por duas formas:
Não é permissivel a qualquer um que seja discordar o dito do Mensageiro (que a paz e bênção de Deus estejam sobre ele) com um dito de qualquer um, seja de Abu bakr, que foi o melhor homem deste ummat depois do seu Profeta, nem pelo dito de Omar que foi o segundo melhor homem depois do Profeta e Abu bakr, nem mesmo pelo dizer do Othman que foi o terceiro, nem pelo dito de Aly que foi o quarto (que Deus esteja satisfeito com eles), e nem por um dito de um outro além deles, pois Deus diz: (Então os que discrepam de sua ordem se precatem de que não os alcance provação ou não os alcance doloroso castigo) [24:63] que Imam Ahmad dizia: “sabe o que significa a provação? A
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provação é o shirk, que ao rejeitar o dito do Mensageiro (que a paz e bênçãos de Deus estejam sobre ele) aparecer algo no seu coração da perdição e tornar-se dentre os descaminhados”.
Ibn Abass dizia também: “É possível que caiam pedras do céu sobre vós, eu digo que o Profeta disse isto e voces dizem Abu bakr e Omar disseram aquilo”. Segundo: nós sabemos muito bem que o Emir dos crentes, Omar bin Al-khatab (que Deus esteja satisfeito com ele) era uma das pessoas que mais dava a devida consideração as palavras de Deus e do Seu Mensageiro ( que a paz e bênção de Deus estejam com ele), e que este era conhecido em praticar tudo dos parâmetros delineados por Deus, até que era qualificado de uma pessoa cumpridora (que não transgride os limites) no que concerne as palavras de Deus, e não é desconhecida a passagem daquela mulher que contradizeu a Omar bin Al-khatab, -caso seja autêntica esta passagem- no que tange a definição (do limite) máximo do dote, que esta mulher lembrou a Omar o dito de Deus : ( E, se despejais substituir uma esposa em lugar de outra, e haveis concedido a uma delas um quintal de ouro, nada tomeis deste...)[4:20] e Omar desistiu de definir o limite nos dotes, mas de salientar aqui que esta passagem há controvérsia( sobre a sua autenticidade), e o que efectivamente importa esclarecer aqui é que Omar bin Al-khatab era uma pessoa que não transgredia os limites de Deus, que por essa razão não se justifica dizer-se Omar daquilo que se conhece sobre ele, que seja ele uma pessoa que venha contradizer o dito do Profeta( que a paz e bênção de Deus estejam com ele) e dizer sobre alguma inovação, que existe a bidah hassanat, apesar de haver o dito do Profeta : “ toda a bidah é uma perdição”, mas sim o que deve-se tomar em conta é que essa bidah que Omar refere-se não é a bidah mencionada no hadith supracitado, não obstante, Omar bin Al-khatab ( que Deus esteja satisfeito com ele) alude a bidah no seu dito “ que bela bidah (inovação) é esta” a junção das pessoas a
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fim de observarem o sualat tarawih de trás de um único imam, depois de terem estado a observar separadamente , e a origem desta prática verificou-se do Mensageiro de Deus ( que a paz e bênção de Deus estejam com ele), pois consta nos livros de hadiths autênticos (Al-bukhari e Muslim) a narração a partir de Aishat ( que Deus esteja satisfeito com ela), que o Profeta observou as orações (da noite de Ramadan) juntamente com as pessoas num período de três dias, e não compareceu na quarta noite e disse: “ receei que seja preescrito para vós, e não puderdes cumpri-la”, que deprende-se que as orações noturnas no mês de Ramadan fazem parte da sunnat do Mensageiro ( que a paz e bênção de Deus estejam com ele), e Omar denotou de inovação (bidah) pela questão das pessoas terem deixado de observar (em conjunto com um único imam), pois já observavam a tal oração separadamente, que alguns rezavam sozinhos, outros em grupo de duas ou três pessoas, ou um grupo de cinco pessoas, dentro da mesquita, que Omar ao ver a situação dessas pessoas como observavam a oração em grupos, decidiu uni-las atrás de um único Imam, que esta prática de unirem-se as pessoas observando o sualat de trás de um único imam tornou nova (bidah ) comparativamente ao que faziam antes de cada um rezar solitariamente ou em grupos, que fica assim claro que uma inovação titular de acréscimo, e não é uma inovação no seu sentido geral de trazer algo novo, num sentido que Omar tenha inovado algo, porém é sobejamente sabido que esta (prática) sunnat existia na era do Mensageiro( que a paz e bênção de Deus estejam com ele, que é uma sunnat que tinha sido deixada desde a era do Mensageiro, e depois Omar a reaviveu, e com esta resposta dada os que fazem inovações (bidah) na religião não encontraram fundamento nenhum para se defender com o dito do Omar ( que Deus esteja satisfeito com ele) a fim de se escusarem que estão na retidão daquilo que eles fazem ( da práticas de bidah).
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É possivel que alguém diga: há certas coisas que foram inovadas e os muçulmanos aceitaram e fazem uso delas, e que estas coisas não eram conhecidas na era do Profeta ( que a paz e bênção de Deus estejam com ele), como as escolas, a compilação de livros, e algo do género, e estas práticas inovadas os muçulmanos olham como sendo algo que não tem nada de errado, e fazem-nas, então como se pode responder a esta questão que quase ganhou a unanimidade entre os muçulmanos sobre a sua prática face ao dito do grande líder e o profeta dos muçulmanos, Mensageiro do Senhor dos mundos : “ toda inovação é uma perdição”
A resposta será a seguinte: realmente estas coisas não se consideram de inovações (bidah) mas sim apenas são meios para se observar o pretendido ( segundo a sharia), e os meios diferem segundo o tempo e o lugar, e a regra que temos na nossa religião é dos meios terem a mesma sentença que os objectivos, isto é se forem meios de algo considerado licito (pela sharia) também consideram-se os meios lícitos e se forem meios de algo considerado ilicito (pela sharia), da mesma maneira que consideram-se de ilícitos os meios, e de frisar aqui se um bem for um meio para o mal, torna-se um mal proibido, e ouça o dito dO Clemente: (E não injuríeis os que eles invocam além de Allah: pois, eles injuriariam a Allah, por agressão, sem ciência) [6:108], o que sabe-se é que injuriar os deuses dos politeístas não é uma agressão, mas sim é um direito e no lugar certo, mas a questão de injuriar-se O Senhor dos Mundos trata-se de uma agressão e uma opressão, e a questão de injurias os deuses invocados além de Allah que é uma ideia louval, mas por seu uma razão de injuriar-se a Deus, torna-se proibida. Trouxe aqui esta prova para apoiar-me da regra que enunciei anteriormente, que os meios tem a mesma sentença dos propósitos, que as escolas, a compilação de livros, mesmo que sejam algo novo que não existia na era do Mensageiro ( que a paz e bênção de
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Deus estejam com ele), não se tratam de propósito, mas sim consideram-se de meios, e os meios tem a mesma sentença dos propósitos. Que por essa razão se alguém edificar uma escola para lecionar algum conhecimento proibido, a edificação considera-se de haram (ilicita), e se edificar uma escola com o objectivo de ensinar o conhecimento permitido pela sharia, considera-se esta edificação lícita( em concordância com a sharia).
E se alguém colocar novamente a seguinte questão: como poderão responder sobre o dito do Mensageiro ( que a paz e bênção de Deus estejam com ele): “Quem trouxer algo novo e belo do islão, terá a recompensa pela sua prática e a recompensa de quem pratica-lo, até o Último Dia”Muslim?
Resposta: a pessoa que disse: “Quem trouxer algo novo e belo do islão, terá a recompensa pela sua prática e a recompensa de quem pratica-lo, até o Último Dia”, é a mesma que disse: “toda a inovação é uma perdição” e não é possível que haja do Verdadeiro e Confiado (o Mensageiro) algum discurso que contradiza o outro, e quem achar que as palavras do Mensageiro ( que a paz e bênção de Deus estejam com ele) se contradizem, que ele volte a investigar sobre o assunto (que ele deseja saber), pois esta maneira de pensar somente surge pela incapacidade da pessoa que pensa assim ou por seu desleixo, e o que sabe-se que nas palavras de Deus e do Seu Mensageiro não há contraditória.
E se assim for , então a explicação da não contraditória do hadith: “toda inovação é uma perdição" ao hadith : “Quem trouxer algo novo um belo no islão” é de que o Profeta ( que a paz e bênção de Deus estejam com ele) disse : “Quem trouxer algo novo e belo do islão” e o bidah não faz parte do islão, e o Profeta mencionou algo belo, e o bidah não é algo belo.
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Também podemos dar uma outra resposta que é a seguinte: que o sentido de trazer algo novo e belo do islão, significa reaviver um sunnat que tinha sido deixada a sua prática.
E há uma terceira resposta para a pessoa: que se encontra na passagem do mesmo hadith que estamos se debruçando em torno dele, que é a história de uma delegação que chegou ao Mensageiro( que a paz e bênção de Deus estejam com ele) e eles encontravam-se em dificuldades financeiras, que o Mensageiro, incentivou as pessoas a fazerem doações para eles, e apareceu um ansar (companheiro do Profeta, que o recebia na Madina) que detinha nas suas mãos uma certa quantidade de prata, que pesava-lhe tanto em sua mão, e colocou-a nas mãos do Mensageiro (que a paz e bênçãos de Deus estejam com ele) e o a cara do Mensageiro começou a resplandescer de alegria e disse: “Quem trouxer algo novo e belo na religião, terá a recompensa pela sua prática e a recompensa de quem pratica-lo, até o Último Dia” que fica aqui claro que o sentido de trazer algo novo significa a sua execução, em gesto de cumprir com o ordenado (pela sharia) e não a sua legislação, pois a questão de legislar (uma acção que nada consta sobre ele na sharia) é proibido.
*Saibam queridos irmãos que seguir o Mensageiro de Deus ( que a paz e bênção de Deus estejam com ele) não se concretiza senão quando a acção estiver em concordância com a sharia em seis aspectos:
Primeiro: a razão : se uma pessoa adorar a Deus alusivo a uma certa razão que não consta na sharia, considera-se sua prática de bidah, e rejeitada para o seu dono, um exemplo elucidativo disso é o que algumas pessoas fazem, de passar a vigécima sétima noite do mes de Rajab acordadas engajados na adoração, alegando que é a noite em que o Mensageiro teve a ascensão para o sétimo céu, sabe-se bem que a a oração noturna é uma
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adoração, mas desde o momento em que observou por uma certa razão, considera-se de bidah, por ter sido obervada esta prática por uma certa razão / causa que não consta nada sobre ela na sharia. Chamo atenção aqui que esta questão de concordância do ibadat (adoração a sharia ) no que tange a causa é uma questão muito importante e que a partir dela fica desvendada a prática de bidah de muitas pessoas que alegam que estejam a fazer consoante a sunnat, enquanto não se trata de sunnat.
Segundo: o tipo, há que deixar claro aqui que uma adoração para que seja aceite e em concordância com a sharia, deve concordar no tipo, e se uma pessoa observar uma certa adoração com um tipo de algo que Deus não legislou, não será aceite esta adoração, um exemplo disso é de uma pessoa fazer um sacrifico na vespera do ide al-azha (uzhiyat) de um caválo, este uzhiyat não é aceite, por não ir em concordância com o tipo ( de animal) que a sharia legislou, pois deve se fazer o uzhiyat com rebanhos, o camelo, a vaca, e o gado caprino.
Terceiro: A medida, se uma pessoa por exemplo quiser aumentar na medida ou número dos sualats, diremos-lhe que esta prática considera-se bidah e será rejeitada, por não ir em concordância com a sharia na medida (ou número), que por essa razão que uma pessoa se observar cinco rakats na oração de zuhr, seu sualat é inválido, isso por unanimidade entre os sábios.
Quarto: O modo, por exemplo se uma pessoa enquanto faz a ablução, começar por lavar os seus pés, seguidamente fazer passar a mão molhada sobre a sua cabeça, lavar seus braços e finalmente seu rosto, diremos que sua ablução é inválida, por não estar em concordância com a sharia no modo de observação.
Quinto: O tempo, se uma pessoa por exemplo degolar o seu animal de uzhiyat nos primeiros dias do mês de zul-hijat, não será aceite seu uzhiyat, por não fazer esta prática segundo a
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sharia no que concerne ao tempo. E acompanhei que algumas pessoas fazem sacrifício de um animal no mês de Ramadan a busca de contentamento de Deus, e esta prática é bidah desta forma, porque não existe algo que se da em sacrifício a Deus a busca de Seu contentamento senão o uzhiyat, o haqiqat e o hadiyu( oferenda alusivo ao hajj), quanto a esta questão de sacrificar um animal no mês de Ramadan, tendo a crença de ter a recompensa por isso, da mesma maneira que espera recompensa aquele que degola um uzhiyat, então assim considera-se um bidah, mas se for a degolar-se só com o objectivo de consumo da carne não há culpa nenhuma, poís é permissível isso.
Sexto: O local, se uma pessoa fizer o itikaf (permanência na mesquita com intuito de fazer ibadat) num local que não seja na mesquita, seu itikaf não é válido, pois o itikaf é só aceite quando feito nas mesquitas, e se uma mulher dizer eu quero observar o itikaf na minha casa, seu itikaf não é válido por não ir em concordância com a sharia no que concerne ao local. Um outro exemplo disso é se uma pessoa desejar observar o tawaff ( circundação ao Kaaba) e encontrar o mataf (local onde se faz um tawaf) com um fluxo maior de pessoas e verificar que poderá fazer com dificuldade o tawaff e decidir fazer o tawaff fora da mesquita, diremos a este homem que seu tawaff não é válido, pois esta adoração de tawaff deve-se observar ao lado da Casa( Kaaba), Deus disse a Abraão: (E purifique a Minha Casa para os que a circundam )[22:26].
Efectivamente importa frisar que uma adoração não se considera de uma boa obra exceto quando tiver as seguintes condições:
-Primeiro: A sinceridade
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-Segundo: Seguir o Mensageiro (que a paz e bênção de Deus estejam com ele), e o seguir ao Mensageiro não se concretiza senão quando reunirem-se as seis condições supracitadas.
E eu digo a essas pessoas que foram provadas com esse hábito de praticar os actos de bidah, que por vezes suas intenções podem ser boas, e buscam com isso o bem, se quiserem o bem, não conhecemos nenhum outro caminho melhor que o caminho dos salafs ( que Deus esteja satisfeito com eles).
Prezados irmãos, apegai-vos com a sunnat do Mensageiro com os dentes molares, e trilhem pelo caminho dos salafs, e estejais naquilo que eles estavam, e vejais se isso vos prejudica em alguma coisa?
E eu digo, e peço refúgio a Deus de dizer o que não tenho conhecimento sobre ele, digo : vocé encontrará a maioria dessas pessoas que fazem as práticas de bidah preocupadas no acto de bidah, e negligentes em questões que têm base na religião, que quando terminam de fazer esses actos de bidah, verifica-se deles preguiça e desleixo de cumprir o que consta da sunnat, e isto tudo é resultado do mal que a prática do bidah provoca em seus corações, pois o bidah seu impacto nos corações é formidável, e seu perigo na religião é maior, que nenhum povo ou comunidade traz inovações na religião de Deus senão descaminham-se da sunnat, segundo o que dizem os sábios da ahl sunnat wal jamat.
De salientar aqui que a pessoa quando sente-se que está a seguir ( o que consta apenas na sharia) e que não não está a trazer inovações ou legislar, ganha a partir disso o temor, a humildade ,submissão na adoração a Deus, Senhor dos mundos, e concretiza o seguimento aos passos do Mensageiro( que a paz e bênção de Deus estejam com ele).
Vou deixar aqui um conselho para todos os irmãos muçulmanos que olham algumas práticas do bidah como boas, seja no que diz
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respeito a Deus ou Seus nomes ou Seus atributos ou no que concerne ao Mensageiro de Deus ( que a paz e bênção de Deus estejam com ele), que devem temer a Deus e deixarem essas práticas e crenças que eles encontram-se mergulhados nelas, e que façam com que tudo o que fazem seja consoante os ensinamentos (proféticos) e não a invenção, que seja feito com sinceridade e não com shirk, consoante a sunnat e não o bidah, do agrado do Misericordioso e não ao agrado do Satanás, e que vejam o que alcançarão os seus corações, a paz, socego, tranquilidade e uma enorme luz.
Peço a Deus que faça-nos dentre os guiados, e líderes reformadores, e que ilumine nossos corações com a Fé e conhecimento, que não faça com que aquilo que aprendemos seja um desastre para nós, e que nos faça trilharmos pelo caminho de Seus servos crentes, como também rogamos a Ele que faça-nos dentre os seus amigos tementes e seu partido vencedor, e pedimos a Ele que a paz e Sua bênção estejam com o Mensageiro dEle, Muhammad, junto a sua familia, seus companheiros e todo aquele que o seguir até o Último Dia.