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Os Pilares Uma vez que uma pessoa entra no Islam, a questão surge, ―O que eu faço agora?


 A resposta mais curta é: ―Vá para casa, tome um banho e comece a rezar.





Ao entrar no Islam, recomenda-se que a pessoa realize um ritual de purificação, que consiste em banhar todo o corpo na água. Este ritual é normalmente privado e, como o batismo, é simbólico ao renascimento em um novo espírito. A religião islâmica ensina que quando uma pessoa se torna muçulmana, todos os seus pecados anteriores são perdoados. Assim como a alma é purificada dos pecados pela verdade pura do testemunho de fé, o corpo é limpo simbolicamente com a pureza da água.





As práticas físicas que cabem ao convertido são cinco, a primeira é pronunciar a shahada (testemunho de fé), entendendo que, juntamente com a shahada a pessoa também reconhece implicitamente os fundamentos da fé (crença em Allah, em Seus anjos, nas escrituras reveladas, nos mensageiros, na outra vida e no decreto Divino). Os quatro deveres subsequentes exigidos consistem na oração cinco vezes por dia (nos intervalos prescritos, e de acordo com as regras islâmicas de oração e purificação), no jejum anual do mês de Ramadan, no pagamento anual do zakat (ajuda aos pobres) e na peregrinação a Meca durante o período de Hajj, uma vez na vida, se física e financeiramente capaz. Agora, recordando a lição acima, a primeira pergunta não deveria ser, ―Bem, ok, mas como eu faço essas coisas?‖ Em vez disso, a primeira pergunta deveria ser, ―Ok, tudo bem, mas, por favor, em primeiro lugar diga-me de onde retirou esse ensinamento.





A resposta é: do Alcorão e da Sunnah. No que diz respeito aos fundamentos da fé, TSA 2:177 inclui o seguinte: ―... mas a bondade é a de quem crê em Allah, e no Derradeiro Dia, e nos anjos, e no Livro, e nos profetas...‖ No que diz respeito aos cinco pilares do Islam, ―a bondade é a de... quem cumpre a oração e concede az-zakah...‖ (TSA 2:177), ―Ó fiéis, é-vos prescrito o jejum ...‖ (TSA 2:183-185), e ―E completai a peregrinação (hajj) e ‗umrah para Allah‖ (TSA 2:196). Em várias passagens do Alcorão Sagrado, essas crenças são repetidas, reformuladas e enfatizadas e/ou esclarecidas, em conjunto ou separadamente, e a unicidade, onipotência e decreto Divino de Allah são enfatizados repetidamente. Os versículos acima são apenas uma pequena amostra dos ensinamentos do Alcorão. A partir da Sunnah encontramos o que tem sido chamado de o hadith de Gabriel, relatado por Umar (companheiro de Muhammad ﷺ, e segundo Califa): 





―Certo dia, enquanto estávamos sentados com o Mensageiro de Allah ﷺ, apresentou-se ante nós um homem com roupas extremamente brancas e cabelos extremamente pretos. Não havia sinais de viagem nele e nenhum de nós o conhecia. 


Ele [veio e] sentou-se próximo ao Profeta ﷺ. Apoiou seus joelhos contra os joelhos do Profeta ﷺ, e colocou suas mãos sobre as coxas dele. Ele disse: 


―Ó Muhammad ﷺ, diga-me sobre o Islam. 


O Mensageiro de Allah ﷺ, disse: ―O Islam é testemunhar que não há nada digno de adoração além de Allah e que Muhammad ﷺ, é o mensageiro de Allah, estabelecer as orações, pagar o zakat, jejuar


 [o mês de] Ramadan, e fazer a peregrinação à Casa se tiver os meios para fazê-lo. Ele disse: ―Você falou a verdade [ou corretamente]


. Nós ficámos maravilhados com o fato de que ele fez a pergunta e, em seguida, disse que foi falada a verdade. Ele disse: ―Conte-me sobre o Imaan (fé). Ele [o Mensageiro de Allah ﷺ] respondeu: ―É crer em Allah, Seus anjos, Seus livros, Seus mensageiros, no Último Dia e acreditar no decreto divino, [ambos] bom ou mau. Ele disse: ―Conte-me sobre al-Ihsaan (consciência de Allah). Ele [o Profeta ﷺ] respondeu:


 ―É adorar a Allah como se O visses, e mesmo que não O vejas, [sabes que] Ele te vê. Ele disse: ―Conte-me sobre 


[o tempo da] a Hora. Ele [o Profeta ﷺ] respondeu: ―Aquele que foi questionado não sabe mais do que aquele que questionou. Ele disse: ―Conte-me sobre os sinais.


 Ele ﷺ respondeu: 


―A escrava dará à luz à sua senhora, e verás pastores descalços, escassamente vestidos e carentes competindo na construção de edifícios altos.


 Então, ele foi embora. Eu permaneci por um longo tempo. Então, ele


 [o Profeta ﷺ] disse: 


―Ó Umar, sabes quem era o questionador?


 Eu disse: 


―Allah e Seu Mensageiro ﷺ sabem melhor


. Ele disse: 


―Foi [o anjo] Gabriel, que veio para vos ensinar a vossa religião.





O Islam foi construído sobre cinco (pilares): atestar que não há outra divindade senão Allah e que Muhammad ﷺ é o mensageiro de Allah, estabelecer as orações, pagar o zakat, fazer a peregrinação à Casa, e jejuar no Ramadan.





Assim, uma vez estabelecida a autoridade dos ensinamentos, podemos continuar. 





Os rituais da oração levam tempo para serem aprendidos, e um convertido entenderá que Allah desculpa as deficiências no início, enquanto os convertidos se esforçam em aprender e melhorar. No entanto, as orações devem ser oferecidas no seu tempo, e o dever do convertido é aprender e aperfeiçoar a oração tão rapidamente quanto possível e, conforme o modo e condições da oração de acordo com a Shari’a. 








Em algum momento no primeiro ano, o muçulmano convertido irá encontrar o jejum do mês de Ramadan, e a temporada do hajj (peregrinação) a Meca, que segue o jejum do Ramadan por dois meses lunares. Ambos os pilares demonstram a praticidade da religião islâmica, pois, embora jejuar pela primeira vez possa ser uma experiência formidável para alguns, o convertido tem o conforto em saber que a incapacidade de jejuar pode ser compensada. E por falar nisso, o jejum não é necessário àqueles que se encontram incapacitados devido a dificuldades como a falta de saúde ou idade avançada. Da mesma forma, o hajj é um dever sobre os muçulmanos que sejam capazes (tanto física quanto financeiramente), mas aqueles que não são capazes são dispensados tanto tempo quanto as circunstâncias os impeçam. No entanto, a importância destes pilares religiosos não deve ser subestimada, e uma pessoa só deve aceitar a dispensa se for realmente incapaz de realizar o ritual necessário. Por exemplo, Umar (companheiro de Muhammad ﷺ e o segundo Califa), salientou a importância do hajj, ensinando que ―o muçulmano que possuir a capacidade de realizar o hajj, mas não o fizer, e morrer nesse estado, então, deixem-no morrer como um judeu ou cristão





O pagamento do zakat, o direito dos pobres, é o último dos cinco pilares do Islam a se tornar obrigatório sobre o convertido, pois o zakat é pago uma vez por ano. Talvez um dos mais mal-entendidos dos pilares da prática, o zakat não é um dízimo, pois o zakat não é um percentual de salário. Algumas pessoas precisam de toda a sua renda para viver, e como tal, não podem pagar nada. O zakat, então, não é uma porcentagem da renda, mas sim uma porcentagem da riqueza excedente, o que significa que os muçulmanos são ordenados a pagar uma pequena caridade (2,5% ou 5%, dependendo da categoria) sobre a riqueza possuída acima e além das necessidades por um período de um ano. Assim, se uma pessoa tem um milhão de dólares por onze meses, mas o perde no duodécimo, nenhum zakat é devido. Da mesma forma, se uma pessoa começa o ano com uma casa, um carro, e um salário, mesmo que seja um alto salário, mas termina o ano com a mesma casa, carro, e salário, mas nada guardado excedente às necessidades do ano anterior, nenhum zakat é devido. O zakat é apenas devido sobre os elementos de riqueza (ex: dinheiro, ouro, culturas, mercadorias destinadas a venda, pecuária, etc.), além das necessidades de uma pessoa, que uma pessoa possua por um ano completo.



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