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Termos em árabe:





·       Fiqh – Jurisprudência Islâmica.





·       Istihsan – Preferência jurídica.





·       Jihad – Uma luta, esforçar-se em um determinado assunto, podendo se referir a uma guerra legítima.





·       Maslahah mursalah – Interesse público. 





·       Shirk – Palavra que envolve atribuir parceiros a Allah, ou conceder atributos divinos a outro além de Allah, ou acreditar que a fonte de poder, dano e bênçãos vem de outro além de Allah.





·       Qiyas – Analogia.





·       Shariah – Lei Islâmica.





·       Sunnah – A palavra Sunnah tem vários significados segundo a área de estudo; contudo o significado que geralmente se lhe atribui é: palavras, ações e aprovações do Profeta.





·       Urf  – Costume, cultura local.





·       Zakah – Caridade obrigatória.





O que é Shariah


IntroToShariah1.jpgA palavra “Shariah” é incompreendida da mesma forma que "Jihad". Shariah geralmente é traduzida como “Lei Islâmica”. Uma tradução incompleta leva a muita confusão, portanto, devemos primeiramente compreender o significado do termo.





Essencialmente, “Shariah” refere-se ao que Allah legislou para Seus servos,[1] sejam crenças, práticas, adorações ou moral. É a totalidade dos mandamentos de Allah.[2] Outro autor define "Shariah" como ‘mandamentos, proibições, orientações e princípios que Allah prescreveu à humanidade em relação à sua conduta neste mundo e a salvação na Outra Vida’[3].





A Shariah engloba o seguinte[4]:





1.     Crença: inclui a unicidade de Allah, a rejeição do shirk, crer nos Anjos, nas Escrituras Divinas, nos Profetas e no Último Dia.





2.     Ética: ser verdadeiro, confiável, cumprir as promessas, rejeitar a imoralidade como mentir, quebrar as promessas, etc.





3.     Prática Religiosa: assuntos relacionados com a adoração e o trato com os semelhantes, incluindo crimes específicos e sua punição.





Em suma, a Shariah orienta todos os aspectos da vida do muçulmano, incluindo as orações diárias, o casamento, o divórcio, as obrigações familiares e as transações financeiras. 





Características únicas da Shariah


1.     A Shariah provém de Allah. É a revelação de Allah ao Seu Profeta Muhammad, seja diretamente na forma do Alcorão ou indiretamente como na Sunnah. Por sua vez, isso significa:





a.     Os princípios da Shariah estão livres de injustiça e não estão sujeitos ao critério humano. Um exemplo é a igualdade dos seres humanos, independente da sua cor, sexo ou língua. Apenas são ‘diferenciados’ uns dos outros com base em suas boas ações!





b.     A Shariah deve ser respeitada por todos os crentes, quer sejam governantes ou governados, porque é de Allah. Um exemplo é a proibição das drogas e do álcool, ambas são vedadas a todos, sem exceção.





c.     A Shariah promete ao praticante de boas ações grandes recompensas nesta vida e na outra, e adverte o pecador de uma grande punição nesta vida e na próxima. A recompensa da vida futura está ligada a viver e aplicar a Shariah no cotidiano, em assuntos como ablução, oração e zakat.





2.     A Shariah é atemporal e universalmente aplicável. Acreditamos que a Shariah é adequada e aplicável para todos os tempos e lugares.





3.     A Shariah é abrangente. Inclui questões de crença, ética Islâmica e regras que disciplinam a palavra e a ação. As regras que disciplinam a palavra e a ação são chamadas “fiqh” ou Jurisprudência Islâmica e podem ser subdivididas nas seguintes categorias:





a.     Adoração: como a oração e o jejum. Ela orienta a relação de uma pessoa com seu Senhor.





b.     Relações humanas: que incluem o direito civil, o direito financeiro, o direito da guerra e da paz e o direito penal.





4.     A Shariah é humanitária. Traz facilidade e remove dificuldades que são uma consequência natural da sua abrangência e perfeição. Allah diz:





“…Allah vos deseja a comodidade e não a dificuldade…” (Alcorão 2:185)





Portanto, a Shariah facilita um dever obrigatório quando ao executá-lo causa uma dificuldade excessiva, e permite temporariamente uma ação proibida quando há uma necessidade extrema[5]. 





“…Porém, quem, sem intenção nem abuso, for impelido a isso, não será recriminado, porque Allah é Indulgente, Misericordiosíssimo.” (Alcorão 2:173)





Um exemplo de dificuldade que facilitaria um dever obrigatório é que, se alguém adoecer ou estiver viajando, poderá quebrar o jejum.





5.     A Shariah é baseada na justiça. Isso não se refere apenas a um juiz que aplica a lei de forma justa para todos, mas sim que a própria lei é justa. Essa é uma consequência natural da sua fonte divina. A verdadeira justiça deve estabelecer um equilíbrio mediante o cumprimento de direitos e obrigações e pela eliminação do excesso e da disparidade em todas as esferas da vida. O padrão de justiça no Alcorão é mencionado em cerca de 50 passagens. As pessoas são incentivadas a serem justas com os outros em todos os níveis, seja pessoal ou público, em palavras ou em conduta, em lidar com amigos ou inimigos, muçulmanos ou nãomuçulmanos, todos devem ser tratados com justiça. Allah diz no Alcorão:





“Enviamos os Nossos mensageiros com as evidências: e enviamos, com eles, o Livro e a balança, para que os humanos observem a justiça…” (Alcorão 57:25)





6.     A Shariah promove a moderação. Allah diz no Alcorão:





“E, deste modo, (ó muçulmanos), contribuímo-vos em uma nação de centro...” (Alcorão 2:143)





As regras da Shariah são o caminho do meio entre os extremos. Um exemplo são as finanças islâmicas que estão entre o socialismo e a economia capitalista livre.





Fontes da Shariah


A fonte primária da Shariah é a revelação de Allah.[6]





“Inspiramos-te (ó Muhammad), assim como inspiramos Noé e os profetas que o sucederam...” (Alcorão 4:163)





A revelação de Allah ao Profeta Muhammad é de dois tipos:





a.     A Palavra de Allah, o Alcorão. Seu significado e palavras são de Allah.





b.     A Sunnah, cujo significado é de Allah, mas as palavras são do Profeta Muhammad. Algumas da Sunnah são decisões tomadas pelo Profeta e confirmadas por Allah, e algumas Sunnah são o entendimento do Alcorão pelo Profeta. Sunnah significa os ensinamentos do Profeta Muhammad contidos em suas palavras e ações que nos foram transmitidas.





Algumas das fontes secundárias da Shariah são o qiias (analogia), istihsan (preferência jurídica), maslahah mursalah (interesse público) e urf (costume, cultura local).





A Shariah é um conjunto de regras confirmadas que Allah legislou no Alcorão, na Sunnah e em outras fontes que se ramificam delas. 





O Fiqh (jurisprudência Islâmica), por outro lado, é definido como o conhecimento das regras práticas da Shariah que derivam das evidências detalhadas nas fontes [1].





Portanto, Shariah é o objetivo e o Fiqh é o caminho. O Fiqh está contido em livros e enciclopédias especializadas. É uma compilação de normas e regulamentos.





O Fiqh inclui questões religiosas práticas que são bem conhecidas no Islam. Estas consistem em normas transmitidas em um texto claro. Dois exemplos seriam o dever de rezar cinco orações diárias e a proibição dos embriagantes. São definitivas e claras. O Fiqh também inclui muitos detalhes práticos de assuntos religiosos que são especulativos. O sangramento invalida a ablução? Na ablução, é necessário molhar toda a cabeça ou apenas parte dela? As respostas detalhadas para tais perguntas encontram-se em livros de Fiqh.





Qual é a relação entre Shariah e Fiqh? [2]


1.     A Shariah são as autênticas normas reveladas por Allah. Não há contradição ou conflito entre elas. É obrigatório para todos os muçulmanos. Quanto ao Fiqh, é fruto dos estudiosos Islâmicos conhecidos como fuqaha (juristas) através dos textos da Shariah ou de outros métodos como o qiyas e o mursalah maslahah. Essas regras deduzidas podem ou não concordar com a Shariah. Em outras palavras, quando um acadêmico está correto na sua compreensão, a Shariah e o Fiqh estão de acordo. Quando um erudito comete um erro, a Shariah e o Fiqh separam-se. A Shariah não existe num vácuo, ela se encontra dentro do Fiqh [3].





2.     A Shariah é completa, o Fiqh não. A Shariah é em sua grande parte, princípios e máximas gerais a partir dos quais é deduzida a orientação para todos os aspectos da nossa vida diária. O Fiqh, por outro lado, é a opinião dos estudiosos em muitos assuntos. A maior parte da Shariah fornece diretrizes que são elaboradas no Fiqh.





3.     A Shariah é geral e dirige-se a todos os seres humanos, ao contrário do Fiqh.





4.     A Shariah é vinculativa enquanto as partes do Fiqh não são vinculativas. O Fiqh fornece respostas relevantes a sociedade contemporânea em um lugar específico. A Shariah é independente de tempo e lugar. A Shariah fornece principalmente diretivas gerais, enquanto soluções detalhadas para questões particulares e sem precedentes são desenvolvidas no Fiqh.





5.     A Shariah é perfeita enquanto o Fiqh não o é. A Shariah não contém erros, uma vez que é considerada uma Revelação Divina, mas por vezes o Fiqh pode estar errado por ser um esforço humano e um produto do raciocínio.





Regras do Fiqh


As regras do Fiqh são categorizadas em uma escala de cinco valores:





1.     Wajib (obrigatório): o que é exigido de um muçulmano, como as cinco orações diárias.





2.     Mustahab (recomendado): o que se encoraja a um muçulmano fazer, como jejuar às segundas e quintas-feiras.





3.     Mubah (permissível): o que deixado a critério de um muçulmano, podendo ou não ser feito, como escolher uma determinada bebida ou comida.





4.     Makruh (detestável): aquilo que é melhor evitar para um muçulmano, como rezar quando a comida é servida.





5.     Haram (proibido): o que é proibido a um muçulmano, como adultério e roubo.





Os estágios da evolução do Fiqh


O Fiqh foi desenvolvido ao longo do tempo em diferentes áreas geográficas do mundo muçulmano. Sua evolução ao longo de um período de 1400 anos pode ser classificada em seis fases [4]:





1.     Fundação: a era do Profeta Muhammad, 609 - 632 E.C.- E. C.





2.     Estabelecimento: era dos Califas Justos, 632 - 661 E.C.





3.     Edificação: era da dinastia Omíada, 661 E.C. - século VIII E.C.





4.     Florescimento: era de ascensão e declínio da dinastia Abássida, século VIII - meados do século X.





5.     Consolidação: do declínio da dinastia Abássida ao assassinato do último Califa Abássida, 960 E.C. - meados do século XIII.





6.     Estagnação e declínio: do saque de Bagdá até o presente, 1258 E.C. - agora.





Requisitos de um Faqih (jurista muçulmano)


As três qualificações básicas de um erudito Islâmico especializado em Fiqh são:





1.     Conhecimento do Islam a partir de suas fontes: Alcorão, Sunnah, consenso e analogia jurídica (qiyas).





2.     Compreender as circunstâncias que prevalecem na sociedade para ser capaz de lidar com as questões contemporâneas de forma adequada.





3.     Piedade e boa intenção.





Mais especificamente, um erudito especialista em Fiqh (faqih) tem conhecimento de:





·       Língua árabe e suas ciências. 





·       Versículos sobre legislação no Alcorão e sua explicação. 





·       Ahadith da legislação e sua interpretação.





·       Capacidade de diferenciar entre hadith autêntico e fraco.





·       Sabe quais versículos e ahadith são revogados e quais continuam sendo utilizados.





·       Sabe distinguir entre o geral e o específico, o irrestrito e o restrito, os diferentes graus de clareza das expressões.   





·       Conhece as opiniões dos eruditos sobre questões, onde diferem e onde estão de acordo.





·       Sabe como qiyas é feito. 





·       Entende como resolver evidências conflitantes.





·       Compreende os objetivos da Shariah e suas diferentes prioridades.





Principais locais de aprendizagem no mundo muçulmano


As principais instituições de aprendizagem no mundo muçulmano são a Universidade Al-Azhar no Egito, a Universidade Zaituna na Tunísia, a Universidade Imam Muhammad ibn Saud na Arábia Saudita, a Universidade Umm Darman no Sudão, a Universidade Islâmica de Madina na Arábia Saudita e Dar ul Ulum Deoband na Índia. Muitos eruditos muçulmanos são formados nelas, em instituições afiliadas ou influenciadas por esses centros.





Principais Conselhos de Fiqh no Ocidente


Existem vários importantes Conselhos Islâmicos de Fiqh que em sua composição possui eruditos muçulmanos conhecidos em todo o mundo. Os mais famosos estão em Meca, Jeddah, Cairo e Índia. Os três principais conselhos para os muçulmanos que vivem no Ocidente são a Assembleia de Juristas Muçulmanos da América (Assembly of Muslim Jurists of America), o Conselho Europeu de Fatwa e Pesquisa (European Council for Fatwa and Research) e o Conselho de Fiqh da América do Norte (Fiqh Council Of North America).





Um dos sahabah perguntou uma vez ao Profeta Muhammad, qual foi a primeira masjid construída na terra. Ele respondeu: "A Mesquita Sagrada em Meca". “Qual veio depois?” Perguntou o sahabi e o Profeta respondeu “Mesquita Al-Aqsa em Jerusalém”.[1]





O Profeta Muhammad aconselhou seus seguidores a não se prepararem para uma jornada religiosa, exceto para três mesquitas.[2]





Essas três mesquitas são os três locais mais sagrados do Islam e estão situadas em três cidades sagradas, Meca, Medina e Jerusalém. Todas as três cidades estão no Oriente Médio, duas na atual Arábia Saudita e a outra na Terra Santa, agora conhecida como Palestina ou Israel. Em duas lições, examinaremos atentamente o significado das três cidades e discutiremos o que elas significam para os muçulmanos em todo o mundo.





Meca


A cidade de Meca é onde está localizada a maior mesquita do mundo: Masjid Al Haram (a Mesquita Sagrada). Ela circunda a Caaba, uma estrutura em forma de cubo considerada pelos muçulmanos como a primeira casa de culto. No século 21, esta mesquita possui um grande terraço ao ar livre com piso de mármore branco que reflete a luz durante o dia e a noite. É um espaço enorme que pode receber 4 milhões de pessoas na temporada do Hajj. É um espaço que está sempre acordado e onde pessoas de todo o mundo se reúnem para passar seus dias e noites em adoração e contemplação. Atualmente, Meca está muito longe de seu começo humilde.





A área em que a Meca está foi objeto de histórias que remontam ao início dos tempos. Tanto o Alcorão quanto a Bíblia mencionam o nome anterior de Meca de Beca como um local de culto. “Bem-aventurados aqueles cuja força está em ti e têm o coração para fazer a peregrinação. Quando passam pelo vale de Bakka, usam-no como um local de fontes ...”[3]





     “Na verdade, a primeira casa de culto designada para a humanidade foi em Becca ...”            (Alcorão 3:96)





Os primeiros muçulmanos oraram em direção a Masjid Al-Aqsa em Jerusalém. Enquanto exilado em Medina, o Profeta Muhammad recebeu uma revelação de Deus instruindo-o a voltar-se para a Caaba. Assim, tornou-se a qibla para os muçulmanos em todo o mundo. Os historiadores e estudiosos do Islam diferiram sobre quem construiu a Caaba. Alguns dizem que foi construída pelos anjos. Outros dizem que o pai da humanidade, Adam construiu a Caaba, mas ao longo de muitos séculos ela caiu em desuso e foi reconstruída pelo Profeta Ibrahim e seu filho Ismael. Todos concordam que a Caaba foi construída ou reconstruída pelo Profeta Ibrahim.





“E quando Abraão e Ismael levantaram os alicerces da Casa, exclamaram: Ó Senhor nosso, aceita-a de nós pois Tu és Oniouvinte, Sapientíssimo." (Alcorão 2: 127)





O Profeta Muhammad nasceu na cidade de Meca em 570 D.C. Naquela época, Meca era um oásis nas rotas comerciais entre o Iêmen e o Mar Mediterrâneo. Há evidências históricas indicando que mercadorias de todo o mundo conhecido fluíam pelos mercados de Meca. E os peregrinos costumavam visitar a Caaba. Naquele momento histórico, estava cheio de estátuas e ídolos.





A cada ano, os peregrinos viajavam para Meca e a tribo do Profeta Muhammad, os Quraish[4], ganhavam muito bem negociando com os peregrinos. A vida profética de Muhammad colocou em risco seus meios de subsistência muito lucrativos e essa foi uma das inúmeras razões complexas pelas quais eles causaram estragos nos muçulmanos e eventualmente os expulsaram da cidade.





O Profeta Muhammad disse uma vez sobre Meca: "Por Allah, você é a melhor e mais amada das terras de Allah para Ele. Se eles não tivessem me perseguido, eu nunca teria deixado você" [5] E ele observou em uma ocasião: "Allah, não o povo, fez de Meca um santuário; é por isso que quem acredita em Allah e no Último Dia nunca pode derramar sangue sobre ele ou cortar suas árvores." [6] 





Quando o Mensageiro de Allah retornou a Meca, ele assumiu o controle da cidade com grande diplomacia e misericórdia incomum com seus habitantes. Ele expurgou a Caaba e toda a península arábica de ídolos e qualquer forma de adoração que não fosse para Allah. Meca tomou seu lugar na história como o centro espiritual do Islam.





Medina


Sacred-Cities-Part-1_b.jpgMedina, também na Arábia Saudita atual, é o segundo lugar mais sagrado do Islam. Sua importância vem da presença do Masjid An-Nabawi (também conhecida como Mesquita do Profeta). Ela está localizada na casa que o Profeta tinha em Medina e é o local onde estão seus restos mortais. Medina também tem duas mesquitas importantes: Masjid Al Quba, a primeira mesquita construída quando o Profeta e os Sahabah fugiram para Medina (conhecida na época como Yathrib), e a Masjid Al Qiblatain, construída no local onde o Profeta Muhammad recebeu a revelação de mudar a direção da qiblah de Jerusalém para Meca. Al Baqi, um cemitério onde muitos membros da família do Mensageiro de Allah, califas e estudiosos descansam, também está dentro de seu território.





Medina (continuação)


Sacred-Cities-part-2.jpgA segunda cidade mais sagrada do Islam é Medina; fica na região Oeste da Arábia Saudita, na área conhecida como Hijaz. Medina é a palavra árabe para "cidade" e é conhecida como "a cidade", ou seja, a cidade do Profeta Muhammad. Às vezes, também é chamada Medina Al Munawarah (cidade da iluminação). Originalmente chamada Yathrib, Medina é a cidade para a qual o Profeta Muhammad e a nação islâmica emergente emigraram quando a vida se tornou impossível em Meca.





A primeira mesquita do Profeta era um edifício ao ar livre com uma plataforma elevada para dar sermões. Tinha uma forma quadrada e uma área de 30 ou 35 metros quadrados, construída com troncos de palmeiras e paredes de barro. Pode ser acessada por três portas, e seu plano original foi adotado por muitas outras mesquitas em todo o mundo.





Esta masjid também tinha uma área coberta no lado sul e uma área de oração voltada para o norte na direção de Jerusalém. Quando a qiblah foi alterada em direção a Meca, a orientação da masjid também foi alterada. Esta propriedade também foi usada como centro comunitário, quadra e escola. Em apenas sete anos, o espaço da masjid dobrou para dar origem ao crescente número de muçulmanos.





É aqui na masjid onde está localizado o túmulo do Profeta Muhammad. Visto que os profetas estão enterrados no local onde morrem, o Profeta foi enterrado na casa de sua esposa Aisha. Essa casa foi inicialmente anexada à mesquita, mas ao longo dos séculos a propriedade se expandiu tanto que o cemitério conhecido como Al Baqi, originalmente fora da cidade, agora marca o recinto externo da mesquita. As sepulturas de alguns membros da família do Profeta e muitos sahabah e as primeiras gerações de sábios estão lá.





Uma das razões mais importantes e significativas pelas quais os muçulmanos em todo o mundo querem visitar esta cidade cheia de luz e conhecimento é porque está cheia de bênçãos.





"A pessoa que faz 40 orações consecutivas no meu Masjid, sem perder uma oração no meio, garantirá imunidade contra o fogo do Inferno e outros tormentos e também da hipocrisia."[1] 





O Profeta Muhammad disse: "Fui ordenado a migrar para uma cidade que engoliria (conquistaria) outras cidades e se chama Yathrib, que é Medina, e as pessoas (más) como fornalha removem as impurezas do ferro." E ele também disse: "Há anjos guardando as entradas (ou estradas) de Medina, nem a peste nem o Dajjal (Anticristo) poderão entrar nela."[2]





Medina e seus arredores estão cheios de lugares e pontos turísticos repletos de história islâmica. O local da Batalha de Badr fica a aproximadamente 30 quilômetros a sudoeste de Medina, e a quatro quilômetros ao norte é o local da Batalha de Uhud. Também a uma curta distância é o lugar onde a Batalha da Vala foi travada. Masjid Al-Quba, a primeira mesquita construída no Islam e cuja pedra fundamental foi lançada pelo próprio Profeta Muhammad pode ser encontrada aqui em Medina, assim como Masjid Al-Qiblatain, a mesquita construída no local onde veio a revelação para mudar a direção da qibla. Antes desta revelação, os primeiros muçulmanos rezaram de frente para Jerusalém.





Jerusalém


A cidade de Jerusalém é o terceiro lugar mais sagrado do Islam. Segundo a história islâmica, o profeta Jacó construiu uma masjid na propriedade de Al Aqsa, aproximadamente 40 anos depois que seu avô, o Profeta Abraão, construiu a Caaba em Mecca. Mais tarde, foi reconstruído e ampliado pelo rei Salomão, um homem também considerado pelo Islam como um Profeta.





"Glorificado seja Aquele que, durante a noite, transportou o Seu servo, tirando-o da Sagrada Mesquita (em Meca) elevando-o à Mesquita de Al Acsa (em Jerusalém), cujo recinto bendizemos, para mostrar-lhe alguns dos Nossos sinais. Sabei que Ele é Oniouvinte, o Onividente." (Alcorão 17: 1)





     Os muçulmanos são muito apegados a Jerusalém porque Deus se refere a ela no Alcorão como "o bairro que abençoamos". Um composto chamado Masjid Al-Aqsa fica dentro da cidade de Jerusalém. O nome Al-Aqsa se traduz no masjid mais distante. No entanto, existem várias mesquitas e centros de aprendizado no local de 144.000 metros quadrados, incluindo o edifício mais identificável em Jerusalém, a Cúpula da Rocha.





A cúpula dourada brilha no horizonte de Jerusalém e pode ser reconhecida por muçulmanos e não-muçulmanos. Em um evento conhecido como Jornada Noturna e Ascensão, o Profeta Muhammad subiu ao céu mais baixo a partir de uma rocha que agora é encontrada dentro deste símbolo mais famoso. Na mesma jornada, o Profeta Muhammad liderou os profetas anteriores em oração e esse local fica do outro lado de Al-Aqsa. Mais informações sobre a Jornada Noturna e a Ascensão podem ser encontradas aqui. https://www.islamreligion.com/pt/articles/1511/





Quando a direção da oração foi mudada de Jerusalém para Meca, o significado de Jerusalém não diminuiu de maneira alguma; a mudança meramente representou mais um passo no estabelecimento da mensagem do Islam. O imenso valor de Jerusalém aos olhos dos muçulmanos continuou então, como agora.





Uma oração na Masjid Al Aqsa é igual a 250 orações em qualquer outro lugar, excluindo a Mesquita do Profeta em Medina, na qual uma oração é equivalente a 1.000, ou na Mesquita Sagrada de Meca, onde uma oração tem a recompensa de 100 mil. [3]





O Propósito da Vida





Por que eu estou aqui é uma velha questão que tem incomodado a humanidade por milênios. Qual é o propósito da minha vida, qual é o propósito da vida dos outros? Estas e outras perguntas semelhantes têm sido feitas por pessoas desde que existe a vida humana. As pessoas se perguntam isso, em todo lugar, o tempo todo. Se expressa de muitas formas diferentes, como "O que devo fazer?", "Por que estamos aqui?", "Do que se trata a vida?", e "Qual o propósito da existência?" e inclusive "Existe a vida?"  No grande esquema das coisas, os muçulmanos estão em uma posição muito privilegiada, porque quando essas questões existenciais aparecem em nossas mentes, somos capazes de compreender a resposta.





A razão pela qual nós (a humanidade) estamos aqui, neste pequeno planeta girando em um universo aparentemente infinito, é para adorar Allah e somente a Ele. Este é o propósito para o qual fomos criados. Não é um segredo, nem um mistério, nem um enigma, nem um quebra cabeça. Encontrar o sentido da vida é possível com apenas uma coisa, o desejo de cumprir o plano de Allah. Não há necessidade de horas, meses ou anos de busca e anseio.





“E não criei os Jinn e os humanos a não ser para que Me adorem.” (Alcorão 51:56)





“Oh povo meu! Adorem somente a Allah, pois não existe outra divindade exceto Ele.” (Alcorão 7:59)





No entanto, é importante entender que Allah não precisa de adoração humana. Se nenhum ser humano adorasse Allah, isso não diminuiria a Sua glória de maneira alguma; e se toda a humanidade O adorasse, isso não aumentaria a Sua glória de maneira alguma.[1]   





“Se Deus vos auxiliar, ninguém poderá vencer-vos; por outra, se Ele vos abandonar, quem, em vez d'Ele, vos ajudará? Que os fiéis se encomendem a Deus." (Alcorão 3:160)





"Ó humanos, sois vós que necessitais de Deus, porque Deus é, por Si, o Opulento, o Laudabilíssimo.." (Alcorão 35:15)





Porque somos seres humanos frágeis, precisamos do conforto e da segurança de adorar Allah. Além disso, não encontraremos a verdadeira felicidade e satisfação até que pelo menos tentemos cumprir nosso propósito na vida. O propósito da nossa existência é mais significativo do que ser escravos da dunya. Allah afirma que a realidade desta dunya está cheia de ilusões e nos adverte para não cairmos no seu desfrute passageiro. Devemos nos concentrar em nosso propósito na vida para garantir nosso lugar no Akhirah.





Em um hadith o Profeta Muhammad nos diz que: “Allah disse: 'Filho de Adão, encha seu tempo com minha adoração, e Eu encherei teu coração com riquezas e acabarei com tua pobreza. Porém se não fizerdes, te deixarei com as mãos ocupadas (com os assuntos da dunya) e não acabarei com tua pobreza’”[2].





A religião do Islam explica claramente o nosso propósito, ao mesmo tempo em que nos dá orientações claras a seguir, a fim de tornar a nossa adoração mais fácil e mais satisfatória. Tudo está explicado no Alcorão e na Sunnah do Profeta Muhammad. Eles são os nossos guias para uma vida cheia de sentido e satisfação. Ambos são os únicos meios para alcançar a verdadeira felicidade, mas isso não significa que não sejamos testados. Allah diz muito claramente no Alcorão que nos colocará a prova.





“Ele é Quem criou a morte a vida para prová-los e distinguir quem melhor faz...” (Alcorão 67:1-2)





É claro que a vida de um ser humano pode estar cheia de entretenimento e prazer, mas esse não é o propósito de nossas vidas. Allah diz no Alcorão que fomos criados para um propósito além do mero prazer e desfrute. A realidade é que seremos ressuscitados para prestar contas de cada detalhe de nossas vidas.





“Pensais, porventura, que vos criamos por diversão e que jamais retornareis a Nós?” (Alcorão 23:115)





Uma das maneiras mais fáceis de ter o melhor de tudo é adorar a Allah em tudo o que fazemos. O Islam torna tudo fácil. É tão simples como seguir as orientações que nos foram dadas. Recordar de Allah em cada oportunidade e viver nossas vidas e conduzi-la sabendo que Allah está nos observando e que os anjos estão registrando cada um de nossos movimentos. Ao adorarmos Allah, estamos fazendo um favor a nós mesmos. Quando estamos conscientes da Allah, agimos de maneira correta e evitamos ser maus e oprimir os outros. Além disso, sabemos que as leis do Islam são concebidas para nosso próprio benefício e guiam-nos para o melhor curso de ação em todas as situações.





Recordar de Allah alivia o estresse e a preocupação e deixa a pessoa focada no verdadeiro propósito da vida. No entanto, a condição humana nem sempre é pacífica, a ansiedade pode nos afetar a qualquer momento, e não temos controle sobre isso; no entanto, somos capazes de controlar nossa reação. Se reagirmos ao stress e à ansiedade voltando-nos para Allah, caminharemos com sucesso pelos caminhos desta vida.   





“O coração dos crentes fica tranquilos com a recordação de Allah.” (Alcorão 13:28)





O propósito da vida é reconhecer Allah e Seus sinais e implica ser grato, considerando nossas bênçãos e obedecendo aos mandamentos de Allah. O significado da vida está contido na nossa adoração. Quando vivemos nossas vidas submetidos à vontade de Allah, estamos cumprindo nosso propósito. Adorar o Criador é o propósito da vida e essa mensagem chegou à humanidade por meio de todos os profetas e mensageiros de Allah.





“Teu Senhor ordenou que não adorem senão a Ele…” (Alcorão 17:23)





“Jamais enviamos mensageiro algum antes de ti, sem que lhe tivéssemos revelado que: Não há outra divindade além de Mim. Adora-Me, e serve-Me!” (Alcorão 21:25)



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