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TRADUÇÃO:


DR. IMRÁNE SEBASTIÃO TEKA





OS DEZ INVALIDADORES DO ISSLĀM


OS QUATRO FUNDAMENTOS


OS SEIS PRINCÍPIOS





TRÊS TRATADOS SOBRE A CRENÇA ISLÂMICA DR. IMRÁNE SEBASTIÃO TEKA


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TRÊS TRATADOS SOBRE A CRENÇA ISLÂMICA


PRIMEIRA EDIÇÃO:


Khartum, Sudão– Ramadan 1438 (Junho de 2017)


TRÊS TRATADOS SOBRE A CRENÇA ISLÂMICA DR. IMRÁNE SEBASTIÃO TEKA


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Índice


Tema página


Introdução...............................................................................................................................6


Curta biografia do autor dos três tratados.......................................................8


Nota do tradutor……………………………………...………….…………..9


Os Dez Invalidadores do Isslām...........................................................................10


Primeiro invalidador: Associar Allāh... ........................................................11


Segundo invalidador: Quem obter intercessor... ..........................................11


Terceiro invalidador: Quem não considerar os descrentes...................... ....12


Quarto invalidador: Quem acreditar que existe... .........................................12


Quinto invalidador: Quem detestar alguma coisa….....................................12


Sexto invalidador: Quem zombar alguma coisa da religião..........................12


Sétimo invalidador: A feitiçaria....................................................................13


Oitavo invalidador: Aliar-se com os associadores (ou idólatras)..................13


Nono invalidador: Quem acreditar que algumas pessoas..............................14


Décimo invalidador: Desprezar a religião de Allāh......................................14


Os Quatro Fundamentos.......................................................................................16


Primeiro fundamento: Tenha em mente……………....................................19


Segundo fundamento: Eles dizem nós os invocamos....................................19


Terceiro fundamento: Na verdade o profeta surgiu.......................................20


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Quarto fundamento: De certo os idólatras.....................................................23


Os Seis Princípios Maiores....................................................................................24


Primeiro princípio: A sinceridade na religião de Allāh.................................25


Segundo princípio: Allāh ordenou a congregação.........................................25


Terceiro princípio: Por certo para que...........................................................26


Quarto princípio: Explicação do conhecimento............................................26


Quinto princípio: Allāh glorificado seja........................................................28


Sexto princípio: Refutar o equívoco..............................................................29


Fim dos tratados………………………………………………...………….31


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Introdução


Louvado seja Allāh senhor do universo, e que Allāh o Altíssimo enalteça e derrame sua paz sobre o Profeta Muḥammad, juntamente com os seus familiares, companheiros e todos aqueles que seguiram e os que seguirão o seu caminho até ao dia da Recompensa.


Esses três tratados que relatam sobre a crença islâmica são extremamente importantes, isto porque, contém assuntos básicos sobre o Isslām, e o assunto mais importante é o Tawḥīd (Monoteísmo Puro), ou seja, singularizar Allāh nas adorações, de concreto, Allah nos criou para que O adorássemos, como disse Allāh o Altíssimo: 





E não criei os gênios e os humanos, senão para Me adorarem. *Sūrah Adh-Dhāriyāt – “Os Eventos Disseminadores” (51:56)+


Esses tratados, também mostram o seu oposto, que é o Shirk (politeísmo e idolatria) isto, é, associar Allāh com qualquer outra coisa, sejam humanos, anjos, Profetas ou mesmo os ancestrais, esta prática é extremamente proibida e é o maior pecado no Isslām, e também é considerado como uma injustiça ao Criador (Allāh), e dentre os temas mais importante, consta o conhecimento das dez acções que invalidam a fé do muçulmano, ou seja, caso alguém cometa este tipo de acção ou pecado, categoricamente ele torna-se um descrente, o shaykh simplesmente citou dez, porém, existem mais do que os dez que citaremos, de certo, o Shaykh citou os mais destacados e os quais facilmente as pessoas caem neles, portanto, gostaria de dizer o seguinte: quem cometer um desses dez invalidadores, cometeu um grande pecado, desde que ele esteja consciente da sua gravidade e proibição, porém, caso ele não tenha conhecimento disso, ele estará a salvo da descrença, razão pela qual, a desculpa pela falta de não conhecer faz parte da metodologia dos Ahlus-Sunnah wa al-Jamā’ah.


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Curta biografia do autor dos Três Tratados


Ele é o Shaykh ul-Islām Muḥammad bin Abdil-Wahhāb bin Sulaymān bin Alī bin Muḥammad bin Aḥmad bin Rāshid bin Barid bin Muḥammad bin Umar, fazia parte da tribo Banū Tamīm, nasceu na cidade de Uyainah no ano de 1115 da Hégira, numa casa de conhecimento, sabedoria e nobreza, o seu pai foi um grande sábio e o seu avó foi um dos sábios de renome na sua época, Ele memorizou o Alcorão antes dos seus dez anos de idade, estudou a jurisprudência islâmica (Fiqh) até alcançar o nível elevado, fazia muito esforço na procura do conhecimento.


Os seus livros:


Além desses três tratados, o Shaykh ainda possui outras várias obras literárias como:


1. Thalāthat ul-Ussūl;


2. Kitābu At-tawḥīd;


3. Kashfu ash-Shubuhāt, entre outros livros.


Sua morte:


O shaykh faleceu no ano de 1206 Hégira, que Allāh o tenha em Sua misericórdia e que lhe recompense pelo seu trabalho em prol do Islām e dos muçulmanos.


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Nota do tradutor


Dei o máximo possível de traduzir estes três tratados, usando o pouco conhecimento que Allāh me concedeu, Al ḥamdulillāh, para deixar bem claro, existem certos termos ou significados teológicos que dificilmente podemos encontrar uma tradução directa na Língua Portuguesa, razão pela qual, optei por explica-los no rodapé, ou seja, usando as definições dos grandes conhecedores para que o leitor entenda o conteúdo ou o seu significado, da mesma forma fiz com certos assuntos que carecem uma boa explicação, como por exemplo: o caso do muçulmano que faz o seu julgamento fora da lei de Allāh, dei o detalhe derivado dos livros e explanações dos grandes conhecedores da Sunnah, dentre eles o Shaykh ibn Al-Uthaymīn, Shaykh Sālih Al-Fawzān e outros além deles, e também recorri às explicações desses grandes Shaykhs, que Allāh os faça entrar no Paraíso, peço a Allāh o Altíssimo que faça com que esta obra seja benéfica.


escreveu:


Dr. Imráne Sebastião Teka


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Os dez invalidadores do Isslām


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Disse Imām revivalista, Shaykh al-Isslām Muḥammad Bin Abdi Al-Wahhāb, que Allāh o Altíssimo o tenha em Sua Misericórdia:


Saiba que existem dez invalidadores do Isslām:


Primeiro invalidador


Atribuir parceiros a Allāh o Altíssimo na sua adoração, Allāh disse:





Allāh jamais perdoará a quem Lhe atribuir parceiros; porém, fora disso, perdoa a quem Lhe apraz. [Sūrah An-Nisā (4):116]


Allāh disse:





A quem atribuir parceiros a Allāh, ser-lhe-á vedada a entrada no Paraíso, e sua moradia será o Fogo infernal, os injustos jamais terão socorredores. [Sūrah Al-Māidah (5):72]


E dentre (as formas de atribuir parceiros a Allāh) consta o sacrifício (de animais) a outrem além de Allāh, como quem sacrifica para um Jinn1 ou uma sepultura.


Segundo invalidador


Quem colocar intermediários entre ele e Allāh, invoca-lhes ou faz pedidos para que intercedam por eles e confia-os, descreu com base o consenso2 (dos conhecedores muçulmanos).


1 São criaturas invisíveis criadas por Allāh o Altíssimo a partir do fogo, há crentes e descrentes dentre eles, e Allah sabe melhor.


2 Em árabe diz-se al-ijmā’ e a sua definição teológica é: “O consenso dos conhecedores dentre o povo do Muḥammad (صلى الله عليه وسلم) nos assuntos religiosos (islâmicos), numa certa era, depois da morte do Profeta Muḥammad (صلى الله عليه وسلم). [Al-MudhakkirahfīUṣūl al-Fiqh, de Muḥammad Al-Amīn Ash-Shinqīṭī].


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Terceiro invalidador


Quem não considerar os associadores (ou idólatras) como descrentes, e duvidar da sua descrença, ou autenticar a sua metodologia, então essa pessoa descreu.


Quarto invalidador


Quem acreditar que existe uma outra orientação ou julgamento mais completo acima (da orientação e julgamento) do Profeta Muḥammad صلى الله عليه وسلم, como aqueles que preferem julgamento dos ṭawāghīt1 do que o do Profeta صلى الله عليه وسلم, no entanto, ele torna-se descrente.


Quinto invalidador


Quem detestar alguma coisa dentre as que o Mensageiro صلى الله عليه وسلم trouxe, mesmo que a pratique, então, ele descreu.


Sexto invalidador


1 É tudo que se adora além de Allāh e se contenta com a tal adorção, seja obter algo como divindade, seguir alguém ou obedece-lo acima da obediência de Allāh e do seu Mensageiroصلى الله عليه وسلم, isto é o que se chama ṭwāghūt {RisālahMa‟nahṬāghūt, do Shaykh Muḥammad bin „Abdil-Wahhāb}, os ṭawāghīt plural de ṭāghūt são vários, mas os seus principais são cinco:


1. Ib-līs (Satã), o amaldiçoado;


2. O indivíduo que gosta de ser adorado;


3. O indivíduo que convida as pessoas para lhe adorarem;


4. Aquele que declara conhecer algo sobre o incognoscível;


5. Aquele que julga fora da Lei de Allāh.


Obs: Detalhe sobre aquele que julga fora da lei de Allāh:


Disse o Shaykh Al-Uthaymīn que Allāh o tenha em Sua Misericórdia: “Quem julgar fora da Lei de Allāh, tendo isso como (meio de) substima-la ou menosprezá-la, e acreditar que existe uma outra lei melhor e benéfica acima da Lei de Allāh, ou então iguala a Lei de Allāh com as demais, este é considerado de descrente, fora da senda do Isslām, e quem julgar fora da lei de Allah, mas não a diminui, não a menospreza e não acredita que existe uma outra lei melhor que a de Allāh, este é considerado de injusto ou transgressor, mas não é descrente, e quem julgar fora da Lei de Allāh, mas não a diminui, não a iguala e não a menospreza, muito menos acredita que existe lei melhor ou mais benéfica para os homens que a Lei de Allāh, porém, para ele outra lei é preferível ao julgado para garantir a corrupção ou qualquer outra prática de formas a adquirir bens mundanos, este é considerado como um pervertido, mas não é descrente. (Sharḥ Thalāthat Al-Usṣūl).


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Quem zombar de alguma coisa da religião do Mensageiro صلى الله عليه وسلم ou algo concernente a recompensa ou o castigo de Allāh, este, descreu, a evidência sobre isso, é o dito de Allāh, o Altíssimo:





Porém, se os interrogares, sem dúvida te dirão: estávamos apenas falando e gracejando. Diz-lhes: Escarneceis, acaso, de Allāh, de Seus Versículos e de Seu Mensageiro? Não vos escuseis, porque renegastestes, depois de terdes acreditado. [Sūrah At-Tawbah (9):65-66]


Sétimo invalidador


A feitiçaria, dentre ela, constam: aṣ-ṣarf1 e al-‘aṭwf2, quem praticar a feitiçaria ou sentir-se satisfeito com ela, descreu, e a evidência sobre (a proibição da feitiçaria) é o dito de Allāh o Altíssimo:





A ninguém instruíram sem que dissessem: “Somos apenas um teste: não vos torneis incrédulos.” [Sūrah Al-Baqarah (2):102]


Oitavo invalidador


Aliar-se com os associadores (idólatras) ou ajudá-los contra os muçulmanos, prova disso, disse Allah o Altíssimo:





Quem dentre vόs os tomar por confidentes, certamente será um deles e Allāh não encaminha os injustos .[ Sūrah Al-Mā.idah (5):51]


1) É o acto de feitiçaria para separar o marido da sua esposa e vice-versa.


2) É o ato de feitiçaria para fazer o homem amar uma mulher ou detestá-la.


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Nono invalidador


Quem acreditar que algumas pessoas podem se extinguir (livrar-se) da legislação do Muhammad1صلى الله عليه وسلم, como Khaḍar2 tinha feito na legislação do Mūsā (Moisés) que a paz de Allāh esteja sobre ele, então, ele é um descrente (isto, é, a pessoa que crê nisso).


Décimo invalidador


Desprezar a religião de Allāh o Altíssimo, como por exemplo, não se preocupar em aprendê-la e muito menos praticá-la, e a evidência para isso, está no dito de Allāh o Altíssimo:





E haverá alguém mais injusto do que quem, ao ser exortado com os Versículos do Senhor, logo os despreza? Sabei que nós puniremos os pecadores. [Sūrah As-Sajdah (32):22]


Não há diferença entre esses todos invalidadores para quem as cometer, brincando ou seriamente, ou mesmo por medo, excepto por compulsão.


E todos eles apresentam um grande perigo e são dentre as práticas nas quais muitos caem, por isso é necessário ao muçulmano ser prudente e temê-los para o seu próprio bem.


Buscamos refúgio em Allāh contra as causas que Lhe deixam zangado e do Seu castigo doloroso, suplicamos a Allāh para que enalteça a sua melhor


1) Disse Shaykh Al-Fawzān, que Allāh o preserve: “Quem não responder ao convite do Muḥammad صلى الله عليه وسلم e seguir um outro Profeta, ele será considerado descrente... desde que seja uma outra senda, isto porque, ele foi enviado por (Allāh), razão pela qual, Allāh ordenou obedecê-lo e segui-lo (ou seja, a Muḥammad صلى الله عليه وسلم então, não é permissível a ninguém se desviar da ordem do Profeta Muhammad, que Allāh o enalteça e derrame Sua paz sobre ele.


2) Quanto a saída de Khaḍir da obediença a Mūsā, que a paz de Allāh esteja sobre ele, isto é, porque Mūsā não foi enviado a ele, já que a Mensagem deste era específicamente para os Filhos de Israel.


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criatura, que é o Muḥammadصلى الله عليه وسلم1 e também para com a sua família e seus Companheiros e derrame Sua paz sobre eles.”


1) Esta sigla significa: “que Allāh o enalteça e derrame Sua paz sobre ele”. A tradução dessa sigla que as vezes é interpretada como: “que a paz e a benção de Allāh esteja sobre o Profeta” o termo “benção” não existe (nesta frase) e é algo sem fundamento, portanto, isso dá um outro sentido nessa linda frase, embora tendo significado apropriado para ser dito, mas não no seu lugar apropriado e também nada comprova isso. Por esse motivo não é apreciável usar essa tradução embora sendo algo muito conhecido perante os muçulmanos de Angola e de vários países lusófonos. E Allāh sabe melhor.


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Os quatro fundamentos


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Disse o Shaykh Muḥammad Bin Abdil-Wahhāb, que Allāh o tenha em Sua Misericórdia:


Peço a Allāh o Generoso, o Senhor do Magnífico Trono, que tome conta de ti nesse mundo e no além, e que te abençoe onde quer que estejas; e que te conta dentre aqueles que quando lhe é dado algo agradece, e quando é testado, fixa-se na paciência, e quando comete um pecado, implora o perdão a Allāh, de concreto, estas são as três categorias da felicidade.


Saiba, que Allāh te guie na sua obediênça, de certo, a Ḥanīfīyah1 é a senda de Ibrāhīm (Abraão) que consiste em adorar Allāh somente, com sinceridade na sua religião, como Allāh o Altíssimo disse:





E não criei os gênios e os humanos, senão para Me adorarem. [Sūrah Adh-Dhāriyāt (51):56]


Depois de saberes que Allāh te criou para a Sua adoração, saiba que a adoração não é chamada como tal, excepto com o Tawḥīd (Monoteísmo Puro), assim como a oração não é chamada de oração, sem a purificação, se por acaso o politeísmo penetrar na adoração, ele a destrói, assim como a impureza quando penetra na purificação.


Depois de perceberes que o Politeísmo quando se mistura com adoração destrói-a, exclui a boa prática, em seguida o praticante torna-se dentre os moradores do inferno, ficaste a saber que o mais importante para que tu saibas, é o Monoteísmo, e espera-se que Allāh te afaste desta rede, que é o Politeísmo, no qual Allāh o Altíssimo disse:





Allāh jamais perdoará a quem lhe atribuir parceiros; porém, fora disso, perdoa a quem lhe apraz. [An-nissá “as mulheres”48]


1) Disse o Imām Ibn Al-Qayyim, que Allāhَّo tenha em Sua Misericórdia: “Al-Ḥanīf é alguém direcionado a Allāh e oposto a tudo e todos além de Allāh ( seja na adoração, julgamento ou obediência). [Fatḥu Al-Majīd]


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Isto que acabou de ser citado consiste em quatro fundamentos os quais Allāh, o Altíssimo, citou no seu Livro:


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Primeiro fundamento


Tenha em mente, que os incrédulos que o Mensageiro صلى الله عليه وسلم combateu, eles acreditavam que Allāh é o Criador, o Sustentador e Aquele que rege todos os assuntos, mas estas palavras não os fez entrarem no Isslam, a prova disso, é o dito de Allāh o Altíssimo:





Diz: Quem vos agracia com os bens do ceú e da terra? Quem possui o poder sobre a audição e a visão? Quem surge o vivo do morto e o morto do vivo? E quem rege todos os assuntos? Dirão: Allāh, diz, então: Por que não O temeis? [Sūrah Yūnus (10):31]


Segundo fundamento


Eles (os politeístas) dizem: “Nós os invocamos e nos direccionamos a eles somente buscando aproximação (a Allāh) e afim de que intercedam por nós, a evidência (para a proibição dessa busca) de aproximação é o dito de Allāh, o Altíssimo:





Quanto áqueles que adotam protectores, além dˈEle, dizendo: “Nós só os adoramos para nos aproximarem de Allāh”, Ele os julgará, a respeito de tal divergência. Allāh não encaminha o farsante, ingrato. [Sūrah Az-Zumar (39):3]


A evidência (para a proibição dessa busca por) intercessão (ou intermediação) é o dito de Allāh o Altíssimo:





Adoram, em vez de Allāh, os que não podem prejudicá-los nem beneficia-los, dizendo: Estes são os nossos intercessores junto a Allah. [Sūrah Yūnus (10):18]


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Existem dois tipos de intercessões:


Intercessão proibida e intercessão permitida.


A intercessão proibida: É aquela que o pedido é feito a outrem além de Allāh, naquilo que ninguém é capaz de realizar excepto Ele, a evidência (da proibição) disso é o dito de Allāh o Altíssimo:





Ó crentes, fazei caridade com aquilo com que vos agraciamos, antes que chegue o dia em que não haverá permuta, amizade, nem intercessão alguma. Sabei que os incrédulos são injustos. [Sūrah Al-Baqarah (2):254]


A intercessão permitida: É aquela que o pedido é direccionado a Allāh, e o intercessor é a pessoa que foi honrada (por Allāh) com a intercessão, enquanto aquele por quem se intercede, é a pessoa com quem Allāh está satisfeito com a sua fala e sua prática, depois de permitir a intercessão (para ele), como Allāh o Altíssimo disse:





Quem poderá interceder junto a Ele sem o Seu consentimento? [Sūrah Al-Baqarah (2):255].


Terceiro fundamento


Na verdade, o Profeta صلى الله عليه وسلم surgiu para com as pessoas segregadas nas suas adorações, dentre elas há quem adorava os anjos, Profetas, piedosos e também havia quem adorava árvores, pedras, sol e lua, o Mensageiro صلى الله عليه وسلم combateu todos eles de igual modo, a prova disso é o dito de Allāh o Altíssimo:





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Combatei-os até terminar a fitnah e prevalecer totalmente a religião de Allāh. [Sūrah Al-Baqarah (2):193]


A evidência (sobre a proibição de adorar) o sol e a lua, é o dito de Allāh, o Altíssimo:





E entre os seus sinais, contam-se a noite e o dia, o sol e a lua. Não vos prostreis ante o sol nem a lua. [Sūrah Fuṣṣilat (41):37]


A evidência (sobre a proibição de adorar) os anjos, é o dito de Allāh o Altíssimo:





Tampouco é admissível que ele vos ordene tomar os Anjos e os Profetas por senhores. [Sūrah Āl -Imrān (3):80]


A evidência (sobre a proibição de adorar) os profetas, é o dito de Allāh, o Altíssimo:





Quando Allah dirá: Ó Jesus, filho de Maria! Foste tu que disseste aos homens: Tomai a mim e a minha mãe por duas divindades, em vez de Allāh? Respondeu: Glorificado sejas! É inconcebível que eu tenha dito o que por direito não me corresponde, se o tivesse dito, te-lo-ias sabido, porque Tu conheces a minha pessoa, ao passo que desconheço de ti. Somente tu és o conhecedor do invisível. [Sūrah Al-Mā.idah (5):116]


E a evidência (sobre a proibição de adorar) os Ṣāliḥīn1, é o dito de Allāh o Altíssimo:


 Ṣālīḥ: é aquela pessoa que dá o direito de Allah e o direito das suas criaturas.


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Aqueles que invocam, anseiam por um meio que os aproxime do seu senhor e esperam a sua misericórdia e temem o seu castigo. [Sūrah Al-Isrā (17):57]


A evidência (sobre a proibição de adorar) árvores e pedras, é o dito de Allāh o Altíssimo:





Por acaso, haveis visto Al-Lāt1 e Al-‘Uzzah (ídolos dos politeístas árabes) e a outra terceira (ídola) Manāt2? [an-nadjimo”a estrela”]





E no ḥadīth de Abī Wāqid Al-Laythī que disse: “Saímos com o Profeta صلى الله عليه وسلم indo para a Batalha de Ḥunayn3





“E éramos recém convertidos (no isslam)





“e os idolatras (ou associadores) tinham uma árvore de Sidr4, onde ficavam ao redor dela





e pousavam nela as suas armas





chamavam esta árvore de Dhāt Anwāṭ.


1 Disse Ibn Jarīr, que Allāh o tenha em Sua Misericórdia: “(Os idólatras) Derivaram este nome a partir do nome de Allāh, o Altíssimo, e disseram „Al-Lāt é o feminino d'Ele‟ (isto é, de Allāh), glorificado seja Allāh acima dessas falas, o Elevado, o Maior!” Disse em seguida: “E (o nome) Al-„Uzzah (os idólatras) derivaram de As-„Azīz (O Poderosíssimo)”. [Fatḥ Al-Majīd]


2 Disse o Imām Al-Bukhārī, no ḥadī de Urwah, relatado por Āishah, que Allāh esteja satisfeito com ela: “Ela é uma estátua (isto é, um ídolo) que se encontrava entre Makkah e Madīnah.” [Fatḥ Al-Majīd]


3 Refere-se à Batalha de Ḥunayn – e Ḥunayn é uma localidade sita entre a cidades de Makkah e Twāif. [Iānat Al-Mustafīd bi Sharḥ Kitāb At-Tawḥīd, do Shaykh Ṣāliḥ Al-Fawzān]


4 Nome de uma árvore muito comum nos países árabe.


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Ele continuou dizendo: “Nόs passamos por esta árvore e dissemos:





“’Ó Mensageiro de Allāh, determina para nós uma árvore igual a deles.’ (...)”.1 [Narrado por Tirmidhī (2180)]


Quarto fundamento


De concreto, os idólatras desse tempo são piores em relação aos primeiros, pois os primeiros atribuíam (parceiros a Allāh) nos bons momentos, porém, eram sinceros a Ele nos momentos difíceis; enquanto que os idólatras actuais atribuem (parceiros a Allāh) continuamente, tanto nos bons como nos maus momentos!


A evidência disso é o dito de Allāh o Altíssimo:





Quando embarcam nos navios, invocam a Allāh sinceramente; porém, quando, a salvo, chegam á terra, eis que (Lhe) atribuem parceiros. [Sūrah Al-‘Ankabūt (29):65].


1 Continuidade do ḥadīth: “O Mensageiro de Allāh (que Allāh o enalteça e derrame sua paz sobre ele) disse: “Allāh é o Maior! De certo, esta é a Sunani (o caminho ou senda a seguir) – isto é, algo que já aconteceu antes deles” o Profeta صلى الله عليه وسلم continuou dizendo: “Juro por Aquele que tem a minha alma em Suas Mãos, vós dissestes a mesma coisa que os filhos de Israel disseram a Mūsā (Moisés) disse Allāh o Altíssimo: Ponha-nos uma Divindade, assim como eles têm uma divindade‟.” O Profeta صلى الله عليه وسلم prosseguiu dizendo: Por certo, vós sois um povo ignorante.”


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Os seis princípios


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Dentre as coisas mais admiráveis e dentre os maiores Āyāt1 que indicam a Auto-capacidade do Rei, o Soberano, constam, os seis princípios, os quais Allāh o Altíssimo esclareceu de uma forma ampla e bem detalhada para que os iletrados (ou seja, as pessoas comuns possam entender) acima dos ẓānūn2, no entanto, muitos intelectuais e sábios dentre os filhos de Ādam erraram em relação a isso, salvo a minoria dentre eles.


Primeiro princípio


A sinceridade (Ikhlāṣ) na religião de Allāh o Altíssimo, o Único, sem sócio algum e a explicação do oposto disso, que é o Shirk3 a Allāh, e o ( esclarecimento) do caso de que a maior parte do Alcorão explica esse princípio, em diversas maneiras, de uma forma que o mais ignorante dentre as pessoas comuns possa entender, depois de passar muitas gerações, o Shayṭān4 apresentou às pessoas uma (forma enganosa de) sinceridade nas imagens dos piedosos, e o contrário disso (era considerado) como subestimar e diminuir os seus direitos5. É dessa forma que o Shayṭān introduziu o sistema de associar Allāh ( fazendo as pessoas começarem a ter) amor pelas imagens dos Ṣāliḥīn (piedosos) e seus seguidores.


Segundo princípio


Allāh ordenou a Congregação (al-ijtimā’) na religião e proibiu a segregação (at-tafarruq) nela, e explicou isto detalhadamente para possibilitar a


1 É o plural de Āyah, que pode significar sinal ou versículo do Alcorão Sagrado.


2 São aquelas pessoas que se baseiam em termos como “eu acho”, “eu penso que” ou qualquer outro termo parecido com os acima citados, eles preferem as suas ideias do que o Alcorão e a Sunnah.


3 É adorar outrem além de Allāh, em todo tipo de adoração, como fazer sacrifícios, suplicar, pedir auxílio a outro além de Allāh etc…


Obs: Existem matérias que mostram as formas permitidas como pedir auxílio ou ajuda a outrem além de Allāh: desde que ele esteja presente, e seja capaz de responder o pedido.


4 Ele é dentre os Jinn, que são criaturas de Allāh, criadas a partir do fogo, este citado (“Shayṭān”) é o que chamamos de satã ou satanás, e dentre os jinn há crentes e descrentes.


5 Isto, é, aquele que se afastou das imagens e permaneceu na unicidade de Allāh, as pessoas consideravam isso como uma subestimação aos Ṣāliḥīn (piedosos ou tementes).


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compreensão às pessoas comuns, Ele nos proibiu de sermos como aqueles que se segregaram e se dividiram antes de nós, e foram destruídos por isso, e Ele mencionou que ordenou a congregação na religião entre os muçulmanos e proibiu que eles se segregassem, para mais esclarecimento (desse assunto) vê-se os relatos da Sunnah, e isso faz com que seja dentre os assuntos mais admiráveis.


Depois de um tempo, a segregação tornou-se algo relacionado a princípios (Usṣūl) da religião e com os seus ramos (furū’), como também no conhecimento (ilm) e jurisprudência (fiqh), enquanto que a congregação na religião tornou-se um assunto sobre o qual ninguém falava, excepto o zindīq (herege)1 ou o louco2.


Terceiro princípio


Por certo para que a congregação seja completa, é preciso ouvir e obedecer a quem nos dirige, mesmo sendo ele um escravo ḥabashī3, todavia, Allāh explicou isto de uma forma clara, ampla e suficiente, através de muitos aspectos e de vários tipos de explicações, tanto na questão religiosa, como em relação ao Qadar4, em seguida, esse princípio tornou-se desconhecido diante da maioria daqueles que declaravam possuir o conhecimento5, imagina como é que isso poderia ser praticado?


Quarto princípio


Uma explicação do (que é) Ilm (conhecimento ou ciência) e (quem são) os Ulamā (conhecedores) e (o que é) Fiqh (Jurisprudência) e (quem são) os


1 É a pessoa que oculta a sua descrença e aparenta ser um crente muçulmano, A regra sobre ele no Islām é a descrença (isto é, ele não é muçulmano) mas não podemos chamá-lo de descrente sem que ele apresente isso publicamente, pois o que está no seu coração nós não soubemos, excepto Allāh.


2 Era desta maneira que eram chamados aqueles que abordavam sobre a congregação.


3 Refere-se ao escravo da Etiópia.


4É a pré-destinação, mas aqui se refere com base nos acontecimentos daquela época.


5 E que na verdade não o tinham!


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Fuqahā (Juristas na teologia islâmica) isso também nos faz conhecer aquele que se parece com eles e que, na realidade, não fazem parte deles, pois Allāh esclareceu este princípio no começo da Sūrah Al-Baqarah, no Seu dito:


۝ٝهب ه ث ِْٜ اِعْ ه شائِٞ ه وَّ ارْ م ش اٗ عِّْ هَ زِ ه َّٜ اى زِٜ أه هّْ ع ذَّ ه عيهْٞ ن هٗ أه فْٗ ا٘ ثِعه ذِْٖٛ أ فَِّٗ ثِعه ذِْٖ م ۝ٌ


Ó, filhos de Israel! Recordai-vos das Minhas mercês, com as quais vos agraciei. Cumpri o vosso compromisso, que cumprirei o Meu compromisso. [Sūrah Al-Baqarah (2):40]


Até o versículo...


۝ٝهب ه ث ِْٜ اِعْ ه شائِٞ ه وَّ ارْ م ش اٗ عِّْ هَ زِ ه َّٜ اى زِٜ أه هّْ ع ذَّ ه عيهْٞ ن هٗ أه ٜ فه ضيْز ن ه عيهٚ اىْعهبىه َِٞ ه۝َِّ


Ó, filhos de Israel! Recordai-vos das minhas mercês , com as quais vos agraciei e de que vos preferi aos vossos contemporâneos [Sūrah Al-Baqarah (2):47]


E o que aumenta isso em clareza é o que foi explicado pela Sunnah1 em relação a esse assunto, com muita fala nítida e bem explicada para (até) o mais ignorante (entender).


Em seguida, esse assunto tornou-se algo muito estranho, e o ilm (conhecimento) e o Fiqh (Jurisprudência) foram consideradas como sendo inovação e desvio (na cabeça das pessoas) e escolheram encobertar a verdade com a falsidade, nesse caso, o ilm que Allāh o Altíssimo ordenou (que fosse aprendido) e o qual foi elogiado perante as suas criaturas, ninguém mais falava sobre ele, excepto o (que foi considerado como) zindīq ou louco, e quem rejeitava (esse ilm) e alertava ou escrevia algo contra ele, então ele era (considerado) o faqīh (Jurista) o Ālim (conhecedor).


1 É tudo aquilo que foi atribuído ao Profeta Muhammad, seja a sua fala, prática, ou o seu consentimento numa prática feita pelo seu companheiro na sua presença ou foi informado sobre tal e não proibiu, e também das suas características naturais ou mesmo o seu comportamento.


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Quinto princípio


Allāh Glorificado seja, explica quem são os Seus Awliyā (Aliados) e o discernimento existente entre Awliyā de Allāh e aqueles que se parecem com eles dentre os inimigos de Allah, como os munāfiqīn (hipόcritas) e os fujjār (criminosos) o versículo na Sūrah Āli Imrān nos é suficiente (como evidência em relação a isso) e é o dito de Allāh o Altíssimo:





Diz: Se verdadeiramente amais Allāh, segui-me; Allāh vos amará. [Sūrah Āli Imrān (3):31]


E o versículo na Sūrah Al-Māidah, que é o Seu dito:





Ó, crentes, aqueles dentre vós que renegarem a sua religião, saibam que Allāh os suplantará por outras pessoas, ás quais amará. [Sūrah Al-Māidah (5):54]


Até o fim do versículo, e o outro versículo na Sūrah Yūnus, Allah disse:





Não é, acaso, certo que os Aliados de Allāh jamais serão presas do temor, nem se angustiarão? [Sūrah Yūnus (10):62]





Estes são os crentes, e são tementes. [Sūrah Yūnus (10):63]


Em seguida, esse caso tornou-se de tal forma perante aqueles que se intitulam como “conhecedores” e que se consideram como os orientadores de pessoas e protectores da Lei (Islâmica) que, para ser considerado dentre os aliados (de Allāh) é obrigatório que eles deixem de seguir os Mensageiros e quem seguir-Lhes não será dentre eles, e também dizem que se deve abandor


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al-Jihād1 e quem fizer Jihād não é dentre eles, os mesmos dizem para deixar al-Īmān (a Fé) e at-Taqwā (o temor a Allāh) e (também dizem que) aquele que apegar-se na Fé e no temor a Allah não é dentre eles.


Ó, nosso Senhor, pedimos-Te o perdão e a boa disponibilidade, por certo, Tu és o Ouvinte das preces.


Sexto princípio


Refutar o equívoco que o Shayṭān2 colocou para que as pessoas abandonassem o Alcorão e a Sunnah e que seguissem opiniões e desejos diferentes e divergentes, isto é: O Alcorão e a Sunnah não se pode perceber excepto um Mujtāhid Mutlaq (um jurista absolutamente qualificado)3 e se referem com isso, aquela pessoa que é descrita com tais características que talvez Abū Bakr e o Umar (que Allāh esteja satisfeito com eles) não aprensetaram essas características por completo, e se por acaso ( a tal pessoa) não for assim, então que apresente uma qualidade obrigatória derivada do Alcorão e Sunnah, que não há dúvidas nem equívocos neles.


E quem desejar a orientação vinda do Alcorão e Sunnah, ele será considerado zindīq ou louco, por causa da difícil compreensão (que ele tem) do Alcorão e da Sunnah.


Todavia, glorificado e louvado seja Allāh, quão ampla é a Sua explicação , seja ela da forma religiosa, com base no Decreto (Divino) ou mesmo em via das suas criaturas ou com base no (Seu) comando, na refutação deste equívoco amaldiçoado de várias formas e que chegou ao ponto de ser dentre


1Deriva do termo “jahada” que significa esforçar-se ou fazer esforço, mas nesse contexto refere-se ao combate na causa de Allāh.


2 Este termo já foi explicado anteriormente e significa “satã”.


3 “É aquela pessoa que possui o domínio das derivações dos pontos práticos da constituição da religião, derivando-os das suas evidências detalhadas (que são o Alcorão, a Sunnah e o Ijmā’ (o consenso dos muçulmanos depois do falecimento do Profeta) etc.).” [Al-Wajīz fī Uṣūl Al-Fiqh, do Dr. „Abdul-Karīm Az-Zaydān]. Resumindo, são os grandes conhecedores – isto dá a entender na explicação do Shaykh Al-Fawzān (que Allah o proteja) em “Sharḥ Sittat il-Uṣsūl”.


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as obrigações gerais (para se conhecer) Porém, a maioria das pessoas desconhecem (e disse Allāh o Altíssimo):





A Palavra provou ser verdadeira sobre a maioria deles, pois que são incrédulos. Nós sobrecarregamos os seus pescoços com correntes até ao queixo, para que andem com as cabeças erguidas (sem poderem ver). E lhes colocaremos uma barreira pela frente e uma barreira por trás e lhes ofuscaremos os olhos, para que não possam ver. Tanto se lhes dá que os admoestes ou não, jamais crerão. Admoestarás somente a quem seguir a mensagem e temer na privacidade o Clemente; anuncia a este, pois, uma indulgência e uma generosa recompensa. [Sūrah Yā-Sīn (36)7-11]


Por fim, todos louvores pertencem a Allāh o Senhor do universo, e que Allāh enalteça e derrame Sua paz sobre o nosso mestre Muḥammadصلى الله عليه وسلم e sobre os seus familiares e companheiros, muita paz até ao Dia da Recompensa.


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Fim dos tratados


Todos os louvores pertencem a Allāh



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